segunda-feira, 20 de maio de 2013

Homenagem a Colin Davis, um maestro inglês da Orquestra Sinfónica de Londres


Colin Davis nasceu a 25 de setembro de 1927.

Foi um maestro inglês que dirigiu a Orquestra Sinfónica de Londres (LSO). O seu grande ídolo era Hector Berlioz. É conhecida a Symphonie Fantastique Op. 14, Épisode de la Vie d'un artiste en cinq parties, de Berlioz, interpretação do maestro Colin Davis, com a LSO. 

Com efeito, durante duas dezenas de anos foi visto a presidir à referida Orquestra, tendo tido uma carreira internacional digna de nota, editando discos que venceram alguns Grammys.


Quando era rapazinho, gostava de ouvir música no gramophone que havia lá em casa e foi uma vez, ao ouvir a 8ª Sinfonia de Beethoven que decidiu qual a carreira que queria seguir. 

O pai era bancário e tinha sete filhos, mas o seu benfeitor foi um tio-avô que o ajudou e apoiou, permitindo-lhe, aos 16 anos, estudar no Colégio Real de Música. Ali aprendeu a tocar clarinete. Teve de fazer uma auto-aprendizagem dos movimentos de maestro, uma vez que, como não aprendera piano, viu  recusada a inscrição em aulas de direção de orquestra. Como bom observador que era, e com a experiência de dirigir coros, fez várias tentativas e acabou por conseguir tornar-se Assistente na Orquestra Sinfónica da BBC escocesa (1957).

Mais tarde, em 1959, destacou-se, quando teve de substituir o famoso Maestro Otto Klemperer, no Royal Festival Hall.  

Hoje, é conhecido por Sir Colin Davis, uma vez que foi ordenado Cavaleiro pela Rainha Isabel II, em 1980.

Mas...tudo isto é bom de ser escrito, só que é obrigatório que se refira que Colin Davis era uma pessoa que tinha muito mau feitio, era arrogante, e zangava-se com frequência com os instrumentistas. 

Chegou ao ponto de tratar mal o público, quando dirigia a Orquestra na Royal Opera House: quando foi vaiado, deitou-lhe a língua de fora...!!!

Também trabalhou na Orquestra Sinfónica da BBC, bem como na Sadler's Opera House e ainda na Royal Opera House. Mais tarde, escolheu viver na Baviera e depois, em Boston. Sentiu que tinha de se modificar e tornar-se outro homem.

Regressou a Londres 30 anos depois, em 1995 e foi para Regente Principal da Orquestra Sinfónica de Londres. Tinha sido casado com a soprano April Cantelo, de quem se separara; agora, casara com uma mulher persa, de quem teve cinco filhos, e estava completamente diferente!

Aprendeu a acalmar-se e, segundo o que li na Revista Sábado, fumava cachimbo, fazia malha (quando era pequeno, era ele que confecionava as roupas para as bonecas das irmãs), e é interessante referir que aos 80 anos, tricotava as suas próprias camisolas. Tinha um animal de estimação com quem brincava: uma iguana! Também gostava muito de ler: era um profundo conhecedor de música clássica!

No concerto do dia dos seus 80 anos, escolheu o "Requiem de Mozart"! 

Há várias semanas que se encontra à venda o disco "Grande Messe des Morts", obra escolhida por ele quando conduziu a Orquestra Sinfónica de Londres, pela última vez. 

"Partiu" há pouco tempo, com 85 anos, a 14 de abril de 2013!



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