segunda-feira, 15 de julho de 2013

BANA

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Bana: O seu acervo musical deve ser estudado

13 Julho 2013
Bana será sempre o “Rei da Morna” e a sua vida e o acervo 

musical, essencialmente de mornas "devem ser estudadas”, 

disse Rui Machado que sempre acompanhou durante a 

sua longa carreira: Bana foi condecorado por Mário Soares, 

Jorge Carlos Fonseca, publicou mais de 60 LP’s e EP’s, 

participou em pelo menos quatro filmes (dois franceses, um 

alemão e um luso-cabo-verdiano), além de ter feito várias 

peças de teatro.




Bana morreu na madrugada de sábado (02h00) de paragem 

cardíaca, no Hospital de Loures, arredores de Lisboa.

O cantor que se encontrava muito fragilizado em estado de 

semi-consciência, estava num lar em Camarate, também na 

região de Loures, onde residia desde há uma semana, 

sob a responsabilidade da segurança social portuguesa 

e da Embaixada de Cabo Verde.

Foi na sequência do último tratamento de hemodiálise a que se submetia desde há alguns anos, três vezes por semana, que o cantor ter-se-á sentido mal e foi transportado para o hospital de Loures. O artista tinha estado antes da sua entrada no lar, dois meses internado no Hospital de Santa Maria.
Luís Fortes, um cantor que reside na Holanda e que apoiava o cantor com “uma mesada”, vem a caminho de Portugal.
Rui Machado, emocionado, disse que o tinha visitado recentemente, mas o seu estado era muito débil. Na sua memória parece que o está a ver até num filme (anos 70 do século XX), que descobriu quando estava na Alemanha e foi surpreendido porque nele entrava o Bana, a falar, em dobragem, o alemão.
Há um ano atrás, Rui Machado almoçou com ele num café perto de sua casa em Benfica, onde Bana o terá convidado para ser seu biógrafo. “Mas ainda bem que foi uma jovem, Raquel Ochoa, que deixou uma boa obra”, disse.
A sua obra “deve ser mais estudada”, disse Rui Machado, recordando que ele dedicou toda a sua vida à morna, cuja carreira internacional começou quando foi para o Senegal.
“Em S. Vicente, Bana era pobre, andava descalço e por isso, naquele tempo, proibiam-no de cantar em sítios de melhor qualidade” e foi quando o grupo de teatro da Universidade de Coimbra foi a Cabo Verde, com Manuel Alegre, Assis Pacheco e José Fanha, que o conseguiram levar pela primeira vez ao “Grémio”.
Da sua vida em Portugal, onde foi condecorado com a Ordem de Mérito Oficial, por Mário Soares e também por Mascarenhas Monteiro, ex-presidente de Cabo Verde e pelo actual Jorge Carlos Fonseca.
Bana: O seu acervo musical deve ser estudado

Em Lisboa actuou em todos os palcos designados como "catedrais da música”. Bana, que é também embaixador da mornas de Cabo Verde, ao lado de Cesária Évora, foi em 2003 acompanhado pela primeira vez com uma orquestra, na Aula Magna de Lisboa, dirigida por Albertino Monteiro. Por variadíssimos lugares do mundo, o artista recebeu homenagens, louvores e felicitações.
OL

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