sábado, 23 de março de 2013

"Levar um puxão de orelhas"

Significado: Repreender

Origem: As Ordenações Afonsinas prescreviam que os ladrões tivessem as orelhas cortadas. Vasco da Gama  relatou o corte de 800 orelhas e Gomes Freire de Andrade recebeu 7 800 delas. Mais tarde, as orelhas deixaram de ser cortadas e passaram apenas a ser puxadas.

sexta-feira, 22 de março de 2013

Dia Mundial da Água

imagem obtida em:
sosriosdobrasil.blogspot.com
Dia Mundial da Água celebra-se todos os anos a 22 de março, desde 1992, e tem como  
objetivo principal chamar a atenção das populações para a necessidade de preservação deste recurso natural, orientadas pelas instâncias governamentais dos seus países.

Esta atitude tem reflexos na vida de cada um de nós, essencialmente no campo da saúde, na energia,  na indústria...

"As alterações climáticas provocam graves impactos nos recursos de água. Alterações atmosféricas como tempestades, períodos de seca, chuva e frio afetam a quantidade de água disponível e afetam os ecossistemas que asseguram a qualidade da água.

Origem da data

A comemoração surgiu no âmbito da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento e Ambiente que decorreu na cidade brasileira do Rio de Janeiro, em 1992. 

Os países foram convidados a celebrar o Dia Mundial da Água e a implementar medidas com vista à poupança deste recurso e promover a sua sustentabilidade.
"sosriosdobrasil.blogspot.com"

Os filhos dos retornados chegaram ao poder

 12 de Março, 2013
por Luís Osório


Em 1975, meio milhão de portugueses das colónias desembarcavam em Lisboa com uma mão à frente e outra atrás. 

Em Angola e Moçambique, sobretudo aí, eram donos do espaço e viviam sem preocupações de tempo ou angústias financeiras. Para eles, a morte do Estado Novo trouxe-lhes o fim do paraíso e abriu-lhe as portas a um inferno que nunca poderão esquecer. 

Para muitos, Mário Soares é a besta negra. Responsabilizam-no, mais do que a Cunhal, por exemplo, por tudo ter corrido mal. Por muito que o fundador do Partido Socialista fale no peso das circunstâncias ou na pressão internacional motivada pelo equilíbrio de poder entre americanos e russos, o certo é que poucos o ouviram ou ouvem. 

Quase 40 anos depois, pouco interessa a questão da culpa ou da inocência, para eles é o homem que podia ter evitado e não evitou. O réu para os que perderam tudo o que tinham. Para os que chegaram nas pontes aéreas e foram tratados como brancos de segunda, tratados como, porventura, alguns de entre eles tratavam os negros em Angola e Moçambique.

Retornados. Nome que é um rótulo, um peso que os marcou como ferro em brasa. Ainda assim, um processo que correu anormalmente bem ? sobretudo se comparado ao que acontecera com as descolonizações francesas. As pessoas foram distribuídas por todo o território, de Norte a Sul os que a si próprios se definiam como ?espoliados? puderam recomeçar. Do zero, claro. E os seus filhos, pequenos ou ainda por nascer, também pagaram o preço da profunda infelicidade dos pais, um peso que certamente os terá influenciado. Para o bem e para o mal.

Para o mal, o ressentimento. Para o bem, a vontade de ganhar e uns horizontes mais largos do que a maioria dos que, na metrópole, haviam nascido. Habituados à terra a perder de vista estavam capacitados para ver mais longe e com maior alcance. Vários reconstruíram riquezas, montaram negócios, fizeram boas carreiras.

Onde quero chegar? A um ponto interessante e fundamental para balizar a nossa história contemporânea. Porque este é o tempo em que os filhos desses homens e mulheres obrigados a começar tudo de novo, filhos do ressentimento e de uma África de largos horizontes, chegaram ao poder.


O facto poderá ser visto por alguns como uma prova de que as feridas não estão saradas, justificando as medidas do actual Governo como uma espécie de vingança psicanalítica. Mas para outros será o ponto final parágrafo numa narrativa de sucesso, a história de 500 mil portugueses que perderam uma vida e começaram do zero numa terra que, na verdade, tantos não conheciam.

Para os primeiros, é a prova de que o ressentimento passa de pais para filhos. Para os segundos, a prova de que Portugal soube sarar as feridas e incorporar a força, o talento e o largo olhar dos que regressaram.

Os críticos terão mais um motivo para atacar porque se convencerão que é gente que deseja ajustar contas. Os que acreditam dirão que é a grande oportunidade de Portugal mudar na sua mentalidade.

Mudar esta tendência para que, em todas as épocas da História, as elites perguntem se existe futuro para o nosso país. Como escrevi há uns dias, num ?postal? para amigos: «É uma marca genética, um traço que nos distingue dos alemães, ingleses ou franceses; ao contrário deles, banhados de certezas, temos a arrogância da dúvida permanente. Somos orgulhosos, mas fazemos por escondê-lo, como se fôssemos cristãos a rezar nas catacumbas após a morte de Cristo. Quando falamos do que somos, dizemos ?os portugueses? e não ? nós, os portugueses?. Somos o que somos. Umas vezes, tanto. Outras vezes, nada. Adoramos o que detestamos, odiamos o que amamos. Temos o Sol, mas inventámos o fado. Falamos de medo e partimos à conquista do mundo. Temos inveja e somos generosos. Somos uma coisa e o seu contrário».

A história e os cobradores de fraque decretaram-nos da urgência de mudar. A delícia da inconstância é boa para salões e crédito, e uma tragédia para quem perdeu anéis e já só tem os dedos para oferecer.

Nesta perspectiva, ter Pedro Passos Coelho em São Bento é uma boa notícia. Ainda não completara os dez anos quando Salgueiro Maia e os capitães de Abril impuseram o fim do Estado Novo ao compasso da voz de Zeca Afonso. Com uma infância angolana, como Miguel Relvas, viu os pais lutarem com dificuldades e sacrifício para alcançar um futuro para os seus filhos.

Em 1974, e no regresso dos retornados nas célebres pontes aéreas de um ano depois, ninguém daria nada por aqueles miúdos de calções e, certamente, olhar assustado. Não passavam de brancos de segunda. Ressentidos e sem futuro
Afinal, o futuro revelou-se de um outro modo. Como aliás sempre acontece. Os filhos conquistaram o poder. E uma parte de Portugal, tal como aconteceu com os seus pais, grita para que desapareçam, para que tenham vergonha na cara, para que nunca mais voltem.

O ressentimento tem sempre múltiplas faces, está em todo o lado e não é exclusivo de ninguém em particular. É democrático. Um patrimônio de todos. Infelizmente.

A História é uma maravilhosa caixa de surpresas, não é?

quinta-feira, 21 de março de 2013

21 de março, dia mundial da poesia


Por resolução na 30ª sessão da Unesco, em 1999, ficou decretado que se comemoraria no dia 21 de março, O Dia Mundial da Poesia.


A partir de 2000 esse dia tem sido assinalado anualmente. 


Neste blog o dia é lembrado com este Poema de Paul Éluard e é dedicado a todos os amantes de poesia:


GRITAR

Aqui a acção simplifica-se
Aqui a acção simplifica-se
Derrubei a paisagem inexplicável da mentira
Derrubei os gestos sem luz e os dias impotentes
Lancei por terra os propósitos lidos e ouvidos
Ponho-me a gritar
Todos falavam demasiado baixo falavam e escreviam

Demasiado baixo

Fiz retroceder os limites do grito

A acção simplifica-se

Porque eu arrebato à morte essa visão da vida
Que lhes destinava um lugar perante mim

Com um grito

Tantas coisas desapareceram
Que nunca mais voltará a desaparecer
Nada do que merece viver

Estou perfeitamente seguro agora que o Verão
Canta debaixo das portas frias
Sob armaduras opostas
Ardem no meu coração as estações
As estações dos homens os seus astros
Trémulos de tão semelhantes serem

E o meu grito nu sobe um degrau
Da escadaria imensa da alegria

E esse fogo nu que pesa
Torna a minha força suave e dura

Eis aqui a amadurecer um fruto
Ardendo de frio orvalhado de suor
Eis aqui o lugar generoso
Onde só dormem os que sonham
O tempo está bom gritemos com mais força
Para que os sonhadores durmam melhor
Envoltos em palavras
Que põem o bom tempo nos meus olhos

Estou seguro de que a todo o momento
Filha e avó dos meus amores 
Da minha esperança 
A felicidade jorra do meu grito
Para a mais alta busca
Um grito de que o meu seja o eco.


Paul Éluard, in Algumas das palavras
dom quixote, 1977
trad. António Ramos Rosa e Luisa Neto Jorge

quarta-feira, 20 de março de 2013

A história da palavra "salário"


       

Imagem obtida em::
http://www.prisciladiciero.com.br/blog/vai-um-e2809csalzinhoe2809dae

A história desta palavra (vinda do latim  salarĭu-) é muito interessante. O sentido «soldo para comprar sal” advém do facto de, no Império Romano, os soldados serem pagos com… sal.

Modernamente considerado um produto comum e de baixo preço, nem sempre foi assim.

Na Antiguidade, era usado em cerimónias religiosas e oferecido aos deuses. Indispensável no processo de embalsamamento dos corpos, no Egito, foi, em várias culturas, usado como elemento purificador.

Na atualidade, apesar de banal nas sociedades ditas desenvolvidas, o sal continua a ter um valor efetivo fora da cozinha. 

Alguns exemplos: espanta os maus espíritos (Marrocos); simboliza a amizade a hospitalidade (gregos, hebreus e árabes); sela contratos (Médio Oriente); protege as crianças (países nórdicos); purifica (Japão).
São múltiplas as mezinhas e crenças populares com base no sal. 
http://portuguesemforma.blogspot.pt/2013/03/qual-origem-da-palavra-salario.html?spref=fb




Gabriel, o Pensador...




"Seja você mesmo, mas não seja sempre o mesmo."Gabriel, o pensador, compositor, cantor, RJ
"Pensa! O pensamento tem poder. 

Mas não adianta só pensar. 
Você também tem que dizer! 
Diz! Porque as palavras têm poder. 
Mas não adianta só dizer. 
Você também tem que fazer! 
Faz! Porque você só vai saber se o final vai ser feliz depois que tudo acontecer.

terça-feira, 19 de março de 2013

segunda-feira, 18 de março de 2013

Pensamento Importante Para Reflexão

"Nega Deus somente quem está interessado em que ELE não exista." 

Santo Agostinho

domingo, 17 de março de 2013

Origem da palavra "noite"...




Em muitos idiomas europeus, a palavra NOITE é formada pela letra
N + o número 8 na respectiva língua.
 
A letra N é o símbolo matemático de infinito e o 8 deitado também
simboliza infinito,

ou seja: noite significa,
em todas as línguas, a união do infinito!!!

Português: noite = n + oito
Inglês: night = n + eight
Alemão: nacht = n + acht
Espanhol: noche = n + ocho
Francês: nuit = n + huit
Italiano: notte = n + otto