sexta-feira, 12 de abril de 2013

Reflexão para uma sexta-feira...


"Minha alma tem o peso da luz. Tem o peso da música. Tem o peso da palavra nunca dita, prestes quem sabe a ser dita. Tem o peso de uma lembrança. Tem o peso de uma saudade. Tem o peso de um olhar. Pesa como pesa uma ausência. E a lágrima que não se chorou. Tem o imaterial peso da solidão no meio de outros."      

Clarice Lispector

 

quinta-feira, 11 de abril de 2013

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Para refletir...um artigo de Viriato Soromenho Marques



"União Europeia morreu em Chipre"

VIRIATO SOROMENHO MARQUES - DN 26-03-2013

"União Europeia morreu em Chipre" por VIRIATO SOROMENHO MARQUES - DN
26-03-2013 

"Quando as tropas norte-americanas libertaram os campos de extermínio nas áreas conquistadas às tropas nazis, o general Eisenhower ordenou que as populações civis alemãs das povoações vizinhas fossem obrigadas a visitá-los. 

Tudo ficou documentado. Vemos civis a vomitarem.
Caras chocadas e aturdidas, perante os cadáveres esqueléticos dos judeus
que estavam na fila para uma incineração interrompida. 

A capacidade dos seres humanos se enganarem a si próprios, no plano moral, é quase tão infinita como a capacidade dos ignorantes viverem alegremente nas suas cavernas povoadas de ilusões e preconceitos. 

O povo alemão assistiu ao desaparecimento dos seus 600 mil judeus sem dar por isso. Viu desaparecerem os médicos, os advogados, os professores, os músicos, os cineastas, os banqueiros, os comerciantes, os cientistas, viu a
hemorragia da autêntica aristocracia intelectual da Alemanha. 

Mas em 1945, perante as cinzas e os esqueletos dos antigos vizinhos, ficaram
chocados e surpreendidos. Em 2013, 500 milhões de europeus foram
testemunhas, ao vivo e a cores, de um ataque relâmpago ao Chipre. Todos
vimos um povo sob uma chantagem, violando os mais básicos princípios da
segurança jurídica e do estado de direito. Vimos como o governo Merkel
obrigou os cipriotas a escolher, usando a pistola do BCE, entre o
fuzilamento ou a morte lenta. 

Nos governos europeus ninguém teve um só gesto de reprovação. A Europa é hoje governada por Quislings e Pétains.

A ideia da União Europeia morreu em Chipre. As ruínas da Europa como a
conhecemos estão à nossa frente. É apenas uma questão de tempo. Este é o
assunto político que temos de discutir em Portugal, se não quisermos um
dia corar perante o cadáver do nosso próprio futuro como nação digna e
independente."

 

terça-feira, 9 de abril de 2013

Homenagem a Luís Andrade, ex-Diretor de Programas da RTP


                   (www.atelevisao.com)

Luís Andrade (24 de Outubro de 1935 - Lisboa6 de Abril de 2013) foi cantor de óperarealizador e Diretor de Programas da RTPPai da apresentadora SerenellAndrade e do atual Diretor de Programas da RTP Hugo Andrade. Figura grande da Rádio e Televisão de Portugal, realizou e foi o responsável, entre vários outros, por programas como Zip-Zip, em 1969, considerado um marco na televisão em Portugal e Vaca CornéliaFoi condecorado pelo Presidente da República em 2008.

Margaret Thatcher deixou de estar entre nós



Morreu aos 87 anos Margaret Thatcher


Morreu aos 87 anos Margaret Thatcher
legenda da imagem
Cathal McNaughton, Reuters

A antiga primeira-ministra britânica Margaret Thatcher morreu esta segunda-feira na sequência de um acidente vascular cerebral. "É com grande tristeza que Mark e Carol Thatcher anunciam que sua mãe morreu pacificamente", comunicou o porta-voz da família. Thatcher sofria de Alzheimer e estava muito debilitada fisicamente, sendo que na última década foram raras as suas aparições públicas.

A antiga primeira-ministra britânica Margaret Thatcher morreu na sequência de um acidente vascular cerebral, anunciou o porta-voz da família.


Citando os dois filhos, Mark e Carol Thatcher, o porta-voz esclareceu que "a baronesa Thatcher morreu pacificamente esta manhã depois de ser vítima de um AVC".

Conhecida como a "Dama de Ferro", foi a primeira mulher a chegar ao cargo de primeira-ministra na Grã-Bretanha, levando os conservadores a três vitórias eleitorais e governando entre 1979 e 1990, o mais longo período contínuo feito por um primeiro-ministro britânico desde o início do século XIX.

Thatcher foi uma das figuras de maior destaque na política do século XX, filha de um merceeiro, com uma determinação de aço, amada e odiada na mesma medida, considerada por muitos como fundamental na modernização e na transformação do país, mas acusada por outros de cavar um enorme fosso entre pobres e ricos.

Ficou ainda conhecida pela forte aliança realizada com o Presidente dos EUA Ronald Reagan contra o comunismo, sendo recompensada ao ver a queda do Muro de Berlim em 1989. No entanto essa recompensa tornou-se também numa preocupação face a uma Alemanha unificada e dominadora da Europa.

"Um tirano brilhante"

Conhecida para muitos como simplesmente "Maggie" foi ainda a responsável pela transferência de grande parte da economia das mãos do Estado para a propriedade privada.

"Um tirano brilhante rodeado por mediocridades" foi como o ex-primeiro-ministro Harold Macmillan a descreveu, enquanto Edward Heath, um outro primeiro-ministro, a intitulou de "mulher sangrenta".

Thatcher sofria de Alzheimer, estava muito debilitada fisicamente e, na última década, as suas aparições públicas foram raras, não falando em público desde 2002 por aconselhamento dos seus médicos, após ter sido vítima de vários acidentes vasculares cerebrais.

Tinha sido hospitalizada em dezembro passado para retirar um tumor da bexiga, intervenção cirúrgica que foi classificada então como "menor" pelos elementos mais próximos da ex-primeira-ministra britânica.


pôr-do-sol ou pôr de sol?

Com ou sem hífenes?

Esta palavra deverá escrever-se sem hífen, portanto: 
  • a forma correta é pôr do sol
  • segundo o novo acordo ortográfico não se usa hífen na maioria das locuções
(RTP, Acordo Ortográfico, Bom Português, Porto Editora)

segunda-feira, 8 de abril de 2013

La Mort de Didon (Didon et Enée), de Henry Purcell

A nossa querida Sarita Montiel..deixou-nos hoje!




Morreu Sarita Montiel 8 de Abril, 2013




A actriz e cantora espanhola Sara Montiel, uma das artistas de Espanha que teve mais projecção internacional, morreu hoje em Madrid aos 85 anos, de causas naturais.
Sara Montiel - também conhecida como Sarita Montiel - era o nome artístico de María Antonia Fernández, nascida em La Mancha e que se tornou numa "diva do cinema espanhol, ícone de sensualidade", como descreve a agência Efe.
A actriz, que apelidavam de "manchega universal", gravou mais de trinta discos e entrou em cerca de 50 filmes, onde contracenou, por exemplo, com Gary Cooper ou Burt Lancaster e se cruzou com Frank Sinatra e Marlon Brando, tornando-se numa das artistas de maior projecção internacional, muito antes do sucesso que o cinema espanhol viria a ter.
Até 1974, ano em que abandonou o cinema para se dedicar à música, Sara Montiel protagonizou, por exemplo, "Veracruz", "El último cuplé" e "Cinco almohadas para una noche".
Várias vezes premiada e homenageada, Sara Montiel ficou conhecida na música por interpretar temas como "Fumando espero", "Bésame mucho", "La violetera" e "Amado mío".
Lusa/SOL
Tags: EspanhaCultura

Um ato de Amor: os pais saberem ser solidários, libertadores, e mais tarde...desNecessários!




A boa mãe é aquela que vai se tornando desnecessária com o passar do tempo. Várias vezes ouvi de um amigo psicanalista essa frase, e ela sempre me soou estranha. 

Chegou a hora de reprimir de vez o impulso natural materno de querer colocar a... cria  debaixo da asa, protegida de todos os erros, tristezas e perigos. Uma batalha hercúlea, confesso. 

Quando começo a esmorecer na luta para controlar a super-mãe que todas temos dentro de nós, lembro logo da frase, hoje absolutamente clara.

Se eu fiz o meu trabalho direito, tenho que me tornar desnecessária.

Antes que alguma mãe apressada me acuse de desamor, explico o que significa isso.

Ser “desnecessária” é não deixar que o amor incondicional de mãe, que sempre existirá, provoque vício e dependência nos filhos, como uma droga, a ponto de eles não conseguirem ser autônomos, confiantes e independentes. Prontos para traçar seu rumo, fazer suas escolhas, superar suas frustrações e cometer os próprios erros também. 

A cada fase da vida, vamos cortando e refazendo o cordão umbilical. A cada nova fase, uma nova perda é um novo ganho, para os dois lados, mãe e filho.

Porque o amor é um processo de libertação permanente e esse vínculo não pára de se transformar ao longo da vida. Até o dia em que os filhos se tornam adultos, constituem a própria família e recomeçam o ciclo. 

O que eles precisam é ter certeza de que estamos lá, firmes, na concordância ou na divergência, no sucesso ou no fracasso, com o peito aberto para o aconchego, o abraço apertado, o conforto nas horas difíceis.

Pai e mãe - solidários - criam filhos para serem livres. Esse é o maior desafio e a principal missão.

Ao aprendermos a ser “desnecessários”, nos transformamos em porto seguro para quando eles decidirem atracar.
               
"Dê a quem você Ama :

- Asas para voar...

- Raízes para voltar...

- Motivos para ficar... "

http://www.wearingangels.com/mae-e-pai-desnecessarios/

domingo, 7 de abril de 2013

A saudade...

«A saudade é a nossa alma dizendo para onde ela quer voltar.»      
                            
                                                     Rubem Alves