sábado, 3 de agosto de 2013

Receita de ESPUMA DE ABACATE (sobremesa doce)

Abacate
 
Espuma de Abacate

Ingredientes: 

2 abacates
3 dl de natas
4 colheres de sopa de Adoçante Canderel cristalizado
Sumo de 1 limão pequeno

Bata as natas até ganharem consistência. 
Junte-lhes o Canderel. 
Corte os abacates em metades e retire-lhes os caroços. 
Com uma colher retire-lhes a polpa. 
Bata esta numa tigela com o sumo de limão até a mistura ficar cremosa.
Junte o creme de abacate às natas, misturando com cuidado.
Leve a espuma do abacate ao frigorífico em taças de vidro.
(a utilização do adoçante Canderel nesta receita evitou o consumo de cerca de 288 calorias)

Busca efetuada em: "Coisas Doces sem açúcar", de Manuel Luís Goucha e Francisco d'Almeida Dias, 3ª edição

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Uma leitura de verão: "Peregrinação", de Fernão Mendes Pinto


Uma boa sugestão de um livro para estas férias e para quem gosta de viagens, é a obra "Peregrinação", de Fernão Mendes Pinto.

A leitura torna-se deliciosa pela linguagem da época, pelas aventuras constantes, inúmeras peripécias, perigos e riscos de maior e variedade de cenários dados por um número infinito de lugares percorridos. 

É o próprio, (por volta de 1558) e depois de ter regressado das suas missões no Oriente, que se dedica à redação da PEREGRINAÇÃO. Não esqueçamos que Fernão Mendes Pinto, nascido em Montemor-o-Velho, talvez em 1510 (?), sempre sentiu vontade de fazer fortuna e, deste modo, numa dada altura da sua vida,  resolveu embarcar para a Índia.

Ficou no Oriente quase duas décadas e foi um dos primeiros portugueses a chegar ao Japão, país onde se pensa que desembarcou,  na companhia de São Francisco Xavier e de mais jesuítas, chegando todos a ir também até à China. 

Em 1558 terá regressado a Portugal onde fez por ser recompensado pelas suas missões no Oriente. Mas, como sempre acontece com as personagens importantes da  nossa História de Portugal, só lhe foi concedida pouco tempo antes de morrer, uma pequena tença, por ordem de Filipe I. Vem a falecer em 1583.

A sua obra é considerada uma obra-prima no campo da literatura de viagens, publicada muito depois da sua morte em 1583.

Boa leitura!

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Há! Mas são verdes!

O significado de "estão verdes/há mas são verdes!" é uma exclamação referente àquilo que uma pessoa cobiça, mas que desdenha por não estar ao seu alcance.

A propósito, esta expressão faz lembrar, de imediato, a fábula de Esopo (reescrita por La Fontaine), "A Raposa e as Uvas":
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/A_Raposa_e_as_Uvas

Com pequenas variações, é basicamente a história de uma raposa que tenta, sem sucesso, comer um cacho de convidativas uvas penduradas em uma vinha alta. 

Não conseguindo, afasta-se, dizendo que as uvas estariam verdes. 

Muitas vezes por comodismo e por não querer obter, criando desculpas e justificativas enfadonhas. 

A moral afirmada no final da fábula é algo como:

É fácil desprezar aquilo que não se pode obter
A raposa e as uvas, ilustrado por Milo Winter, em uma antologia de Esopo (1919).

terça-feira, 30 de julho de 2013

"Bué"...uma palavra muito usada...e qual é o seu significado?


(origem onomatopaica) 

s. m.

[Brasil, Popular]  Berreiro de criança. = CHORADEIRA

bué 

(talvez do quimbundo) 

adv.

1. [Informal]  Em grande quantidade ou intensidade (ex.: corremos bué).

det. e pron. indef. 2 g. 2 núm.

2. [Informal]  Grande número ou quantidade (ex.: estava bué gente).

Sinónimo Geral: MUITO

muito |mũĩ| 


det. e pron. indef.

1. Indica uma grande quantidade indefinida.


2. Indica grande quantidade.

adv.

3. Com grande intensidade.

4. Em excesso.

5. Com força.
6. Repetidas vezes.
s. m.
7. Quantidade grande de algo.
o muitoo mais.





Antónimo Geral: POUCO

pouco | pron. indef. | s. m. | adv.




pouco 

(latim paucus, -a, -um


pron. indef.


1. Em pequena quantidade (ex.: tem pouco sal; havia pouco tempo). ≠ MUITO


s. m.

2. O que é ou existe em diminuta quantidade ou intensidade (ex.: trouxe um pouco de alegria; pus um pouco de leite).

3. Coisa de reduzida importância ou de valor pequeno (ex.: habituou-se a viver com pouco).
adv.
4. Não muito; insuficientemente. ≠ BASTANTE, MUITO
a pouco e poucoum pouco de cada vez; progressivamente; lentamente. = AOS POUCOS, PAULATINAMENTE
aos poucosum pouco de cada vez; progressivamente; lentamente. = A POUCO E POUCO, PAULATINAMENTE, POUCO A POUCO
daqui a poucodaqui a alguns instantes (ex.: embarcamos daqui a pouco). =BREVEMENTE
fazer poucofazer troça ou chacota (ex.: fez pouco do meu chapéu novo). = GOZAR, TROÇAR, ZOMBAR
por (um) poucopor uma pequena diferença; por um triz (ex.: falhou o alvo por pouco).QUASE
pouco a poucogradualmente; devagar; a pequenos intervalos (ex.: a família foi aumentando pouco a pouco). = AOS POUCOS, PAULATINAMENTE
pouco e poucoo mesmo que pouco a pouco.
saber a poucoacabar depressa aquilo que é bom ou que se quer prolongar (ex.: as férias souberam a pouco).

Ver também dúvida linguística: bué.
 bué [Neologismos / Lexicografia]

A palavra "bué" foi ou não aceite na Língua Portuguesa?
Cremilde Carvalho (Portugal)

Não há nenhuma instituição ou entidade que possa aceitar ou não uma palavra na língua ou determinar o que é aceite. A partir do momento em que uma palavra é utilizada, sobretudo por um número elevado de falantes e com larga difusão geográfica, passa a ser um facto linguístico e cabe ao utilizador da língua decidir acerca da sua utilização ou não, consoante o seu conhecimento linguístico, a situação em que se encontra e o uso próprio que ele faz da língua. Mesmo os chamados erros ou o desrespeito por determinadas regras não deixam de ser factos linguísticos e de fazer parte da língua; se o falante tiver conhecimento de que se trata de um erro, pode é optar por o utilizar ou não.

Em relação à palavra bué, não é de um erro que se trata, mas de um advérbio e pronome que faz parte de um registo mais informal da língua, muitas vezes denominado calão, mas cujas fronteiras são difíceis de definir. Como outras palavras deste nível de língua, é considerado normal ou seu uso em contextos informais, sendo desaconselhado ou desadequado em situações mais formais.

A eventual dicionarização de palavras de nível informal (o registo de bué noDicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa em 2001 foi, de alguma forma, polémico) não torna uma palavra aceite ou não, pois faz parte do conhecimento linguístico dos falantes saber em que situação usar determinado nível de língua. O uso de níveis de língua diferentes está relacionado com o conhecimento das situações de comunicação e dos códigos de conduta social, que passa também pela utilização da língua (um exemplo claro deste conhecimento é o uso dos chamados palavrões, ou tabuísmos, cuja utilização em determinadas situações é considerada altamente reprovável).
Helena Figueira, 7-Ago-2009


        
Notas:
  1. As respostas são datadas e escritas segundo a ortografia da norma europeia anterior ao Acordo Ortográfico de 1990.
  2. A base do dicionário foi alterada a 1 de Abril de 2009, pelo que as referências em dúvidas anteriores a esta data podem não corresponder ao conteúdo actual. As respostas sobre questões ortográficas são maioritariamente baseadas na norma ortográfica portuguesa de 1945, contendo as respostas mais recentes indicações sobre a ortografia antes e depois do Acordo Ortográfico de 1990.
  3. A bibliografia utilizada está disponível aqui:
  4. http://www.flip.pt/Duvidas-Linguisticas/Duvida-Linguistica.aspx?DID=4258#.UfgCVdL2aHE

domingo, 28 de julho de 2013

Fernando Pessoa: "Não te acostumes com o que não te faz feliz"

imagem obtida em: info-dia.blog.pt
"Não te acostumes com o que não te faz feliz, revolta-te quando julgares necessário. 

Enche o teu coração de esperança, mas não deixes que ele se afogue nela."

              Fernando Pessoa