sexta-feira, 22 de maio de 2015

A propósito da disciplina de Religião e Moral nas escolas


assistente-tecnico.blogspot.com
Fui professora de línguas do segundo e terceiro ciclos durante muitos anos e aposentei-me em 2009. Sempre me lembro (à exceção dos dois ou três últimos anos antes disso) de, no ato da matrícula, os encarregados de educação assentirem ou fazerem questão de pôr a "cruzinha" no quadrado do impresso para concretizarem a inscrição do seu educando na disciplina de Religião e Moral (EMRC - Educação Moral e Religiosa Católica). Talvez fossem outros tempos!

Quando algum menino ou menina "torcia o nariz" perante o pai ou a mãe, reclamando que não queria frequentar a referida disciplina, logo os diretores de turma e professores que se encontravam a rececionar as famílias durante as matrículas, as alertavam para o facto de, nessa hora em que a disciplina semanal seria lecionada, o seu educando ou educanda  iria estar "um pouco à solta" pelos recreios da escola, uma vez que, não ficando inscrito, nem tiraria partido da disciplina, que até contemplava conteúdos interessantes,  nem estaria com a professora e os colegas dentro da sala de aula... E os pais, sensíveis a esses "contras" não hesitavam em preferir que os filhos estivessem integrados no grupo. 

Será que compensa frequentar a escola e ter os chamados "furos"? Será que uma hora semanal da referida disciplina ocupada a mostrar a realidade com que os jovens se deparam hoje em dia, ajudando-os a "crescer" e a defenderem-se de situações "menos boas", com a ajuda de debates abertos e apresentação de filmes temáticos, pode ser considerada matéria que não interessa? 

Pessoalmente, sempre pensei que mal não lhes deve fazer... Mas é só uma opinião, claro... Concordo que teremos sempre de respeitar o direito à escolha da religião; e a opção de frequentar EMRC também pertence a cada um; como as aulas contemplam a formação geral e moral do indivíduo, o seu comportamento em sociedade, a paz, a alegria, o amor e a amizade, o respeito e a solidaridade pelo outro, acho que não faz mal a ninguém ouvir isto...

Com o passar destes últimos anos, infelizmente, temos constatado que muitos jovens não se querem inscrever a EMRC, conseguindo, muitas vezes, convencer os pais da sua decisão... E será que já têm maturidade para decidir sozinhos?Antes de decidirem, por que não informarem-se primeiro sobre os conteúdos programáticos?

Esta disciplina curricular está presente do 1º ao 12º ano e é de muito interesse na formação moral dos alunos, ajudando-os a descobrir e a refletir sobre os valores e o sentido da vida.  A sua educação fica mais completa com a frequência destas matérias. Eles saberão assimilar tudo o que lhes transmitirem na sala de aula - assim eles  estejam atentos e recetivos! Esses jovens irão, decerto, povoar uma sociedade que se quer o mais fraterna possível...

Para já, vamos assistindo ao drama de muitos professores que lecionavam esta disciplina tão importante e que por falta de inscrição de alunos (e também da progressiva baixa da natalidade, sim, é uma realidade!), se encontram no desemprego há já vários anos, sem qualquer hipótese de voltarem a fazer aquilo de que mais gostavam - ser professores de Religião e Moral...!

quinta-feira, 21 de maio de 2015

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Convite para conhecer a pintura de Ana Pais Oliveira

2.bp.blogspot.com

A sua pintura carateriza-se por "um rigor projetual que existe pela geometria e na orgânica cromática, sem abdicar, no melhor sentido, das proximidades de diversos géneros - do desenho arquitetónico à pintura contextualizada, jogo percetivo entre o que é cenário de fundo, plano, liso de cores congruentes, quase sempre frias, e a complementaridade finginda do espaço tridimensional". 
(ler mais em Jornal de Letras, Olhares, Rocha de Sousa) 
(ver exposição em Amarante, Museu Municipal Amadeo de Sousa Cardozo, de 18 de abril a 7 de junho, das 9 e 30 às 12 e 30 e 14 às 17 e 30, encerra às segundas-feiras)


segunda-feira, 18 de maio de 2015

A Estação de Santa Apolónia, em Lisboa

portugalemfotos.com.pt
Estação Ferroviária de Lisboa-Santa Apolónia, mais conhecida como Estação de Santa Apolónia, é uma interface ferroviária da Linha do Norte, que serve a localidade de Lisboa, em Portugal; foi inaugurada em 1 de Maio de 1865.

Localização e acessos

Situa-se na freguesia de São Vicente de Fora, cidade de Lisboa, com acesso pela Avenida Infante Dom Henrique.

Enquadramento

Faz parte de um conjunto de quatro terminais no Centro de Lisboa, terminais das ligações radiais:
  • Lisboa Rossio (terminal das linhas de Sintra e Oeste)
  • Lisboa Sul e Sueste (terminal das linhas do Sul e do Sado)
  • Lisboa Cais do Sodré (terminal da linha de Cascais)
  • Lisboa Santa Apolónia (terminal da linha do Norte)
Os quatro terminais não se encontram ligados directamente entre si por intermédio de uma rede ferroviária, originando uma descontinuidade da rede ferroviária de Lisboa. Para colmatar esta descontinuidade, existem linhas de transportes urbanos que permitem a ligação directa entre os quatro terminais. Estas linhas são operadas pela Carris ou pelo Metropolitano de Lisboa:
  • Santa Apolónia ⇄ Sul e Sueste - Carris ou Metropolitano de Lisboa
  • Santa Apolónia ⇄ Rossio - Metropolitano de Lisboa
  • Santa Apolónia ⇄ Cais do Sodré - Carris
As ligações do Metropolitano de Lisboa são operadas pela linhaazul e as da Carris através da Ponte-Bus Santa Apolónia ⇄ Cais do Sodré. Ressalva-se ainda a possibilidade de fazer a articulação entre Santa Apolónia e Rossio através da carreira 759 da Carris.

Caracterização física

Arquitectura

A fachada principal, simétrica, apresenta-se do estilo neoclássico, como pode ser comprovado pela decoração das sacadas, pelo frontão e arquitrave, os arcos de volta perfeita e a saliência no módulo principal.3 A nave da estação tem 117 metros de comprimento, 24,60 metros de largura e uma altura máxima de 13 metros. Os materiais utilizados na sua construção foram alvenaria de tijolo, cantaria de calcário, ferro forjado, madeira (pinho) e vidro. ...(...)...

Planeamento

O projecto definitivo para a construção no Cais dos Soldados foi aprovado pelo Governo em 8 de Março de 1854; este plano apresentava gares distintas para os passageiros e mercadorias, oficinas para reparação, cocheiras para albergar o material circulante, e várias vias de serviço. Para o edifício dos passageiros, já havia sido obtido em 1852 o antigo Convento de Santa Apolónia mas seria necessário demolir o Arsenal do Exército, que à época ali se encontrava. Iniciou-se, desde logo, a construção de uma ligação ferroviária e de um cais marginal para mercadorias até à Alfândega de Lisboa, sendo, para isso, necessário ganhar terreno sobre o Rio Tejo.
No entanto, quando se inaugurou o primeiro troço do Caminho de Ferro do Leste, entre o Carregado e Lisboa, em 28 de Setembro de 1856, ainda não se tinha iniciado a construção desta estação, tendo o terminal sido instalado num edifício provisorio junto ao Palácio de Coimbra.

Construção e inauguração

O projecto foi realizado por Angel Arribas Ugarte, e a obra foi conduzida pelo engenheiro-director, João Evangelista de Abreu, e pelo engenheiro-chefe, Lecrenier. A edificação foi leva a cabo pela empresa de construção Oppermann. A Estação foi inaugurada em 1 de Maio de 1865. Em 1873, entra ao serviço a primeira linha de carros americanos em Lisboa, ligando a Estação de Santa Apolónia a Santos.

Século XX

Acolheu, entre 1967 e 1989, o serviço internacional TER Lisboa Expresso, que fazia a ligação entre a capital portuguesa e Madrid.

Século XXI

Em Dezembro de 2007, a estação passou a estar ligada à rede do Metropolitano de Lisboa (Linha Azul).
O Presidente da Câmara Municipal de LisboaAntónio Costa, defendeu, em 2008, que a estação devia encerrar a actividade ferroviária e passar a servir o terminal de cruzeiros.
referência: http://pt.wikipedia.org/