sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

"Natal", um poema de Miguel Torga


imagem obtida em: chaves.blogs.sapo.pt

NATAL

Nasce mais uma vez,
Menino Deus!
Não faltes, que me faltas
Neste inverno gelado.
Nasce nu e sagrado
No meu poema,
Se não tens um presépio 
Mais agasalhado.

Nasce e fica comigo
Secretamente,
Até que eu, infiel, te denuncie 
Aos Herodes do mundo. 
Até que eu, incapaz 
De me calar,
Devasse os versos e destrua a paz
Que agora sinto, só de te sonhar.

     Miguel Torga

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Significado da expressão "fazer fosquinhas"...

"fazer fosquinhas" significa 
  • dissimulação (in dicionário prático ilustrado Lello, Lello & Irmão Editores)
"fazer fosquinhas" significa 
  • fingir afectos, lisonjear (in dicionário de calão, de Eduardo Nobre, publicações Dom Quixote)
"fosquinha (fosca+inha) significa
  • gesto, momice, negaça e disfarce/fosca/festas (in dicionáriopribéram.pt)
 "fosquinha" significa
  • 1. aparecimento repentino seguido de desaparecimento inesperado
  • 2. festa; afago
  • 3. trejeito para fazer alguém rir; momices; careta
  • 4. gesto ou movimento que se faz para enganar alguém; negaça
  • 5. atitude ou gesto que envolve malícia ou troça
       (in infopedia.pt)

in: lemotdubonjour.com

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Matias Damásio canta "Loucos" na novela "A Única Mulher"


Matias Damásio
 (in: www.youtube.com)

"Veio como refugiado do bairro humilde da Lixeira, em Benguela. Em Luanda chegou a lavar carros na rua e a engraxar sapatos.

Desde criança que Damásio ganhou o gosto pela música. Em meados de oitenta, no bairro em que vivia, ouvia as cassetes dos Kassav (grupo de musica zouk das Antilhas) e de Eduardo Paim.

Cresceu num bairro pobre, mas com um ambiente diário de festa. Apesar dos problemas financeiros e sociais, julga ter sido uma criança feliz que vivia numa comunidade humilde onde se partilhava o pouco que se tinha com o vizinho. Os mais endinheirados, que possuíam televisores em casa, punham-no no quintal onde a vizinhança se reunia para ver as novelas brasileiras e mexicanas. As crianças faziam bonecos de lodo e brinquedos a partir das latas de óleo.

Apesar de tudo, Damásio alegra-se pelo facto de ter tido um lindo pomar e um mar onde podia banhar-se gratuitamente. Acredita que o seu carácter é um resultado da linda infância que teve e de todos os valores morais que lhe foram transmitidos no bairro da Lixeira. Damásio lembra-se com orgulho da mensagem que recebia dos mais velhos do bairro: Angola vai melhorar. Temos que acreditar e viver em alegria, festa e harmonia todos os dias. Daí a homenagem ao bairro que o viu nascer.

Matias Damásio o menino da “Lixeira” de Benguela, chegou a Luanda em 1993. Devido à guerra partiu da sua terra natal em companhia da mãe e quatros irmãos e realojou-se no Município da Samba. O seu pai só os seguiu algum tempo depois.

Na condição de refugiado, passou por várias dificuldades e viu na música uma forma se exprimir e transmitir o que vinha na alma. Nessa altura juntou-se a dois amigos do bairro Morro Bento em Luanda: Timóteo e Gito com quem aprendeu a tocar guitarra.

Algum tempo depois sentiu a necessidade de abandonar a casa onde vivia com os pais e foi viver com amigos para o Bairro da Samba. Seguiu-se o município da Maianga, no Bairro Catambor, onde viveu com os conhecidos colegas de carreira Nicol Ananás e Paulo Mancini. Nessa altura ele andou pelas ruas a lavar carros e a engraxar os sapatos dos transeuntes como meio de subsistência."
(encontrei em: letras.com.br)

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015