quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Cuca Roseta, uma voz que se vem destacando no fado

in: cucaroseta.com
Cuca Roseta (Maria Isabel Rebelo do Couto Cruz Roseta, Lisboa2 de dezembro de 1981) é uma fadista portuguesa.
Cuca Roseta é uma das vozes da nova geração do Fado. O seu primeiro disco, lançado em 2011, foi produzido por Gustavo Santaolalla (músico e produtor detentor de dois Óscares e mais de 20 Grammys). Posteriormente grava “Raiz” onde se assume como compositora e letrista da maior parte dos temas. O sucesso repete-se e canta em mais de 30 paises de mundo, em todos os continentes.
No terceiro disco volta a surpreender e convida um aclamado produtor brasileiro. A primeira vez que Roseta cantou no Brasil foi durante o Campeonato do Mundo, tendo atuado nas principais cidades, sempre com teatros lotados. Aqui nascia a admiração e o amor do Brasil por esta fadista, que também não passou despercebida a uma pessoa muito especial: Nelson Motta, compositor, jornalista e produtor do Brasil, que sempre lhe dedicou os maiores elogios. Após um encontro em Lisboa, convidou Nelson Motta para produzir o seu mais recente disco. Nelson aceitou, mesmo depois de 10 anos de interregno, pois viu em Roseta um potencial único e um projeto que sempre quis fazer - gravar um disco de world fado - um fado virado para o mundo. Entre o Rio e Lisboa, juntou-se o talento e a voz de Roseta à sábia mestria de Nelson Motta. O disco, de nome “Riû”, junta vários universos musicais que influenciaram o fado e figuras incontornáveis da música mundial como Bryan AdamsDjavan, Ivan Lins, Jorge Drexler entre muitos outros. A fadista multiplica as suas participações e concertos pelo mundo inteiro. No ano de 2015 a fadista cantou em mais de 120 concertos, em Portugal e no estrangeiro.
in: https://pt.wikipedia.org/wiki/Cuca_Roseta

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Um vilão chamado açúcar!

Todos temos lido e ouvido nos meios de comunicação social, nos últimos tempos,  a grande preocupação que está a constituir a venda de alimentos e bebidas repletos de açúcar adicionado. 


Com efeito, em bebidas energéticas e refrigerantes, encontramos açúcar! Imagine-se...até no pão, nas sopas, em alguns enchidos, nos iogurtes, e em tudo o que seja alimentos processados. 


É um "açúcar invisível" e que aparece com vários nomes nas embalagens. Helen Bond é uma dietista da Associação Dietética Britânica e refere o seguinte:"É marketing inteligente - com termos como "frutose" a fazer as pessoas pensar que estão a cortar nos açúcares adicionados quando é o mesmo que espalhar açúcar branco sobre a comida." E o Dr Malhotra, um dos líderes da campanha antiaçúcar na Europa e cardiologista em Londres, diz mesmo: "Este açúcar adicionado é completamente desnecessário. Ao contrário do que a indústria alimentar nos quer fazer crer, o corpo não precisa de qualquer energia dos hidratos de carbono vindos do açúcar adicionado."


Vamos lá esforçar-nos por consumir açúcares moderadamente!

O Dr Robert Lustig, endocrinologista pediátrico da Universidade da Califórnia, é  um outro líder numa das campanhas mundiais contra o açúcar e faz-nos notar que "...o consumo de açúcar em todo o mundo triplicou nos últimos 50 anos. Mas tendo a população duplicado no mesmo período, o aumento do consumo de açúcar per capita foi de 50%! Os nossos alimentos agora contêm tanto açúcar adicionado que os nossos sistemas metabólicos (processamento de energia) não conseguem lidar com isso. O nosso corpo faz coisas diferentes com diferentes tipos de calorias. A frutos (açúcar adicionado) nas quantidades ingeridas hoje em dia é primeiro armazenada como gordura. Normalmente, essa gordura irá para a nossa barriga".


(as frases acima transcritas foram retiradas de um artigo de William Ecenbarger e Mary S. Aikins intitulado "Açúcar, o novo tabaco", in Selecções Reader's Digest setembro 2016)


in: Cantinho Vegetariano

E para que não seja tudo mau no que se refere ao açúcar, se consumido com moderação, vamos conhecer a sua história:


A HISTÓRIA DO AÇÚCAR

• SÉCULO VI a.C.


Antes de existir açúcar, tal como hoje o conhecemos, existiam apenas duas fontes de sabor doce no mundo: o mel e a cana.

A cana é cultivada já desde a Antiguidade. Terão sido os povos das ilhas do Sul do Pacífico, por volta do ano 20.000 a.C., a descobrir as propriedades desta planta, que crescia espontaneamente nas suas terras. 
Foi na Nova Guiné que a cana foi pela primeira vez cultivada. A partir desta zona, a cultura estendeu-se depois a outras ilhas vizinhas, como as Fiji ou a Nova Caledónia. Mais tarde, a cana-de-açúcar terá prosseguido a sua viagem e chegado a outros países, como as Filipinas, a Indonésia, a Malásia ou a Índia. 
Foram os Indianos, aliás, o primeiro povo a extrair o suco da cana e a produzir, pela primeira vez, açúcar “em bruto”, baptizado com o nome gur, por volta de 500 a.C.. Os segredos da produção de açúcar espalharam-se aos poucos por toda a região do Médio Oriente. Os Árabes aprenderam com os Persas a produzir açúcar sólido e foi desta forma que, por volta do século III a.C., se estabeleceram verdadeiras “rotas do açúcar”, com caravanas a fazer o transporte entre os países asiáticos e africanos. Mais tarde, vieram as Cruzadas. 
Motivados por uma causa religiosa, os Europeus viajaram até países longínquos... no regresso trouxeram alguns conhecimentos novos. Descobriram a cultura da cana-de-açúcar e introduziram-na na Grécia, em Itália e nalgumas regiões de França. No entanto, o sucesso não foi grande... o clima não era o mais adequado e o Oriente continuou a ser o maior fornecedor de açúcar do mundo ocidental. 
Nesta altura, eram os mercadores venezianos os principais intermediários deste comércio: em Alexandria compravam o açúcar proveniente da Índia, fazendo-o depois chegar ao resto da Europa. Durante centenas e centenas de anos o açúcar foi, assim, considerado uma especiaria extremamente rara e valiosa. Apenas nos palácios reais e nas casas nobres era possível consumir açúcar. Vendido nos boticários (as farmácias de então), o açúcar atingia preços altíssimos, sendo apenas acessível aos mais poderosos.
• SÉCULO XV e XVI


No início do século XV deu-se uma viragem importante na história do açúcar. 

O infante D. Henrique resolveu introduzir na Madeira a cultura da cana. O projecto correu bem e, em breve, Portugal estaria a vender açúcar ao resto da Europa. Por outro lado, com a passagem do cabo da Boa Esperança, os Portugueses passaram a viajar para a Índia com bastante regularidade. Nesta época, os Portugueses tornaram-se, assim, os maiores negociantes de açúcar, e Lisboa a capital da refinação e comércio deste produto. Normalmente associa-se o açúcar a um produto de origem sul-americana. No entanto, terá sido apenas na altura dos Descobrimentos que a cana fez a sua viagem até este novo continente. 

Foi Cristóvão Colombo o intermediário desta viagem, tendo levado alguns exemplares de cana-de-açúcar provenientes das Canárias para plantar em S. Domingos, a actual República Dominicana. A cultura de cana encontrou no novo continente excelentes condições para se desenvolver, e não foram precisos muitos anos para que, em praticamente todos os países recém colonizados, os campos se cobrissem de cana-de-açúcar. 

Os navegadores portugueses apostaram nos solos férteis das terras brasileiras para instalar plantações gigantescas de cana e... a aposta foi ganha! Os solos eram férteis, o clima o mais adequado e o sucesso foi tal que, por volta de 1580, existiam no Brasil cerca de 115 engenhos, a funcionar com a mão-de-obra de 10 000 escravos. Por ano, a produção atingia as 200 000 arrobas, ou seja, cerca de 3000 toneladas. Nesta época, na Europa, o açúcar era um produto de tal maneira cobiçado que foi apelidado de “ouro branco”, tal era a riqueza que gerava.

       
• SÉCULOS XVIII ao XX


Em 1747, um químico alemão chamado Andreas Marggraf desenvolveu uma alternativa ao açúcar de cana, conseguindo, pela primeira vez, produzir açúcar cristalizado a partir de suco extraído de raízes de beterraba. 

A história da produção de açúcar dava assim um novo passo e, aos poucos, o açúcar de beterraba iria tornar-se a principal fonte de açúcar no continente europeu. O açúcar de beterraba continua o seu caminho... Longo seria ainda o caminho a percorrer por este “novo açúcar”... 

O discípulo de Marggraf, Franz Carl Achard, instala, em 1796, a primeira refinaria de açúcar de beterraba da Europa. O açúcar obtido não tinha, no entanto, a qualidade desejável, sendo ainda bastante caro. Mais tarde, durante as invasões napoleónicas, a nova indústria teve finalmente a oportunidade que precisava para se desenvolver e aperfeiçoar, começando assim a concorrência entre o açúcar de cana e o açúcar de beterraba. 

A Primeira Guerra Mundial trouxe graves problemas. Os bombardeamentos destruíram muitas das refinarias de açúcar de beterraba europeias e foram grandes as dificuldades em obter mão-de-obra e matérias-primas. No entanto, bastaram alguns anos para a produção recuperar. 

Em 1920, a produção de açúcar de beterraba corria tão bem que se gerou uma crise e os preços acabaram por cair. Em 1937 realizou-se um acordo para regular o mercado de açúcar e foi criado o Conselho Internacional do Açúcar; em 1968 viria a nascer o mercado comum do açúcar, que tornou a Comunidade Europeia o maior produtor de açúcar de beterraba do mundo.
• ACTUALMENTE


Hoje, entre 131 países produtores de açúcar, 79 produzem açúcar de cana-de-açúcar e fornecem 3/4 da produção mundial de açúcar. O maior produtor é o Brasil, seguido pela Índia. O açúcar tornou-se um alimento comum à dieta de todos os países, constituindo uma fonte de energia de fácil e rápida assimilação. 

Consumido com moderação contribui para uma dieta equilibrada, proporcionando um sabor agradável aos alimentos. Para além disso, o sabor doce é um dos mais apreciados pelo ser humano, o que torna o açúcar um dos alimentos capazes de oferecer momentos de bem-estar e de prazer.


Fonte: Programa de Alimentação e Saúde promovido pela ARAP (Associação dos Refinadores de Açúcar Portugueses)
Texto transcrito na íntegra, encontrado em http://www.docerar.pt/index.php?id=124

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Homenagem a Vinícius de Moraes


imagem in: Wikipédia 
Soneto do amigo


Enfim, depois de tanto erro passado 
Tantas retaliações, tanto perigo 
Eis que ressurge noutro o velho amigo 
Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado 
Com olhos que contêm o olhar antigo 
Sempre comigo um pouco atribulado 
E como sempre singular comigo.

Um bicho igual a mim, simples e humano 
Sabendo se mover e comover 
E a disfarçar com o meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...

Vinicius de Moraes
encontrei aqui: https://pensador.uol.com.br/poemas_de_amizade_de_vinicius_de_moraes/