sábado, 22 de abril de 2017

O que é o "manga de alpaca"?

in: ciberduvidas.iscte-iul.pt
A origem e a história deste "insulto":

"O manga de alpaca é o burocrata, o indivíduo que nada mais vê para além dos estreitos horizontes da sua mesa. Em lugar de mando, tende a querer forçar a realidade aos seus ilusórios ditames, culpando os seus subordinados se a realidade não corresponde aos seus desejos. Por extenso, pode também, referir-se a pessoa tacanha.

Nas primeiras décadas do século XX os trabalhadores de secretaria tinham meias mangas de tecido negro que os impediam de sujar ou degradar as mangas da camisa. Supostamente essas meias mangas seriam feitas de alpaca ou tecido similar. Com o tempo foram-se as mangas mas não os burocratas." 

(in: Dicionário de Insultos, de Sérgio Luís de Carvalho, Planeta Manuscrito, 2014)


sexta-feira, 21 de abril de 2017

Lenda grega de Esopo: "Matar a galinha dos ovos de ouro"

in: youtube
in: literaturaemcontagotas.wordpress.com
"Matar a galinha dos ovos de ouro" é uma expressão 

"...que se diz quando alguém arruina uma boa fonte de rendimento. Uma velha lenda grega de Esopo conta a história de uma galinha que punha ovos de ouro. Os seus donos enriqueceram rapidamente, mas como amiúde acontece, a riqueza não lhes trouxe mais sabedoria. Determinados a aumentar o seu pecúlio de forma ainda mais rápida, decidiram matar a galinha para lhe extrair de uma vez por todas o total dos ovos que pensavam que ela possuísse. Como é evidente, a galinha não tinha esses ovos, pelo que a mataram em vão e assim perderam a sua fonte de rendimentos."

(in: Nas bocas do mundo, de Sérgio Luís de Carvalho, Planeta Manuscrito, 2010) 


quinta-feira, 20 de abril de 2017

Sarampo em Portugal

"A Direção-Geral de Saúde admite vacinar crianças logo aos seis meses contra o sarampo, em particular se se tratar de uma situação de "pós-exposição" à doença. A criança que for vacinada aos seis meses deverá, no entanto, voltar a ser vacinada quando fizer um ano e a antecipação da vacina depende de prescrição médica. Numa orientação divulgada esta quinta-feira, "atendendo à atividade epidémica do sarampo", a DGS determina que a vacina contra o sarampo deve estar acessível "em todos os pontos de vacinação do país", frisando que "a vacinação de acordo com o Programa Nacional de Vacinação continua a ser a melhor medida de prevenção contra o sarampo". A DGS prevê que a vacina seja administrada "sem qualquer pagamento por parte do utente" numa primeira dose, aos 12 meses, e numa segunda dose aos cinco anos de idade, mas ressalva que a vacinação poderá ser feita antes, mediante prescrição, e terá de ser "devidamente ponderada pelo médico tendo em consideração a situação clínica e epidemiológica em cada momento e em particular em situações de pós-exposição". Nestes casos, a vacina pode ser administrada a crianças com idade entre os seis e os 12 meses ou, no que se refere à segunda dose, antes dos cinco anos. A dose administrada antes dos 12 meses de idade "não é considerada válida em termos de calendário vacinal, pelo que a criança a quem tenha sido administrada vacina naquelas condições deve ser revacinada quando atingir os 12 meses, mas respeitando o intervalo mínimo de quatro semanas entre doses", indica ainda a orientação da DGS. O último balanço de casos foi feito ontem às 16 horas. De acordo com a DGS há 21 casos confirmados e 15 em investigação. Noutros dez casos a doença não foi confirmada. Nos casos de sarampo confirmados, quatro são em crianças com menos de um ano de idade, três em crianças entre um e quatro anos. A maioria das infeções ocorreu em adultos com mais de 20 anos. Ainda segundo a DGS, 57% dos casos (12) os doentes infetados não têm registo de vacinação. Em termos geográficos, 13 casos ocorreram na região de Lisboa e Vale do Tejo, sete no Algarve e um no Norte. Há ainda nove profissionais de saúde infetados, dois dos quais sem registo de vacinação. O surto de sarampo em Portugal provocou uma morte. Uma jovem de 17 anos que faleceu ontem no hospital D. Estefânia, onde estava internada há vários dias com uma pneumonia bilateral, uma das complicações provocada pelo sarampo. A jovem não estava vacinada porque tinha feito uma reação alérgica grave a uma das primeiras vacinas a tomar, o que levou à decisão de não fazer mais. A infeção ocorreu no hospital de Cascais, unidade a que tinha recorrido por um outro problema de saúde. O foco terá sido um bebé de 13 meses que não tinha feito a vacina de acordo com o calendário por motivos clínicos. O bebé está estável e em casa. 21 dias de afastamento da escola em caso de não vacinação Já ontem, a Direção-Geral de Saúde tinha emitido uma orientação em que aconselhava as escolas a afastarem dos estabelecimentos de ensino por um período de 21 dias qualquer membro da comunidade escolar que, depois de exposto ao vírus do sarampo, recuse ser vacinado. "Os delegados de saúde verificam a existência de contacto com um doente em fase de contágio e sugerem, quando indicada, a vacinação. Nestes casos, e perante a recusa da vacinação de qualquer membro da comunidade escolar, em situação de pós-exposição, aconselha-se a não frequência da instituição durante 21 dias após o contacto", refere a orientação da DGS publicada na página oficial do organismo." (in dn.pt 20.04.2017)

in: advancecare.pt

quarta-feira, 19 de abril de 2017

terça-feira, 18 de abril de 2017

Curiosidades interessantes sobre o elemento feminino em Portugal


imagem in: pt.slideshare.net

Foi na Revista SÁBADO nº 671 (de 9 a 15 de março de 2017), que encontrei sob o título DIA DA MULHER os seguintes dados, que considero interessantes sobre as mulheres portuguesas e que gostaria de partilhar aqui:  

"Sabia que em Portugal as raparigas com 18-24 anos abandonam menos a escola que os rapazes dessa idade?" 
"Taxa de abandono precoce de educação e formação 2016, 10,5% mulheres; 17,4% homens (Fonte: INE, Pordata)"

 "Sabia que em Portugal foi em 1986 que o número de alunas no ensino superior ultrapassou o de alunos? E que a maioria dos diplomas é atribuída a mulheres?"
"Alunos matriculados no Ensino Superior 1986 - 5.724 mulheres; 52.492 homens; 2016 - 190.282 mulheres; 166.117 homens (Fonte: DGEE/Med, Pordata)"

"Sabia que em Portugal as mulheres entre os 16 e os 74 anos usam menos INTERNET que os homens? E que o número de utilizadores femininos tem crescido muito?"
"2002 - 15% mulheres e 24% homens; 2016 - 69% mulheres e 72% homens (Fonte INE, Pordata)"

"Sabia que em Portugal a esmagadora maioria (88%) dos adultos que vivem sozinhos com crianças são mulheres? É dos valores mais altos da União Europeia!"
"Dados de 2015: 9º - Alemanha 87,9%; 10º - Luxemburgo 87,8%; 11º - Portugal 87,6%; 12º - Itália 87,5%; e 13º - Grécia 87,3% (Fonte: Eurostat, Pordata)"

"Sabia que em Portugal a larga maioria dos magistrados judiciais são mulheres, sendo seis vezes mais do que no início dos anos 90?"
"Magistrados Judiciais 1991 - 181 mulheres e 847 homens; 2015 - 1.053 mulheres e 734 homens (Fonte DGPJ/MJ, Pordata)"

"Sabia que em Portugal, desde 2010, o número de médicas ultrapassa o de médicos, tendo o seu valor duplicado em relação ao seu início dos anos 90?"
"Médicas 1991 - 11.385; 2015 - 25.997 (Fonte: INE, Pordata)"

"Sabia que em Portugal desde 2008 as mulheres estão em maioria no número de doutoramentos realizados?"
"1970 - 7%; 2008 - 51%; 2013 - 55% (Fonte: DGEE/Med, Pordata)"

"Sabia que em Portugal as mulheres praticam cada vez mais desporto? Mas ainda assim continuam em minoria em relação aos homens?"
"Praticantes desportivos federados: 2003 - mulheres - 70.051; e homens - 306.414; 2015 - mulheres 156.013; e homens - 410.353 (Fonte: IPDJ/Pordata)"

Para já, é tudo, e espero que a percentagem da participação das mulheres na vida ativa portuguesa, continue a subir! Para o bem da Nação...e da democracia...!


segunda-feira, 17 de abril de 2017

Páscoa 2017 em família

in: osmais.com
No dia 16 de abril, Domingo de Páscoa, pus-me à janela com os meus dois netos para ver sair da Igreja da nossa freguesia os acólitos que fazem a visita pascal às casas dos residentes da zona.

Assim que passaram em frente à nossa casa, solicitei da janela a visita do Compasso Pascal, ao que me responderam, solicitamente,  que a fariam logo de seguida.

Segundos depois, o Compasso batia à nossa porta. Este era constituído por três acólitos (um senhor e duas senhoras com "vestes" semelhantes aos paramentos dos sacerdotes), o senhor trazendo um crucifixo grande nas suas mãos, uma das senhoras a água benta, e a outra um pequeno "cofre" para os donativos com que as pessoas gostam de contribuir. 

Logo à entrada deram-nos uma pequena brochura dobrada em duas pequenas folhas, com  um pequeno título "Páscoa 2017" e proclamaram: 

"O Senhor ressuscitou
Aleluia, Aleluia!

Paz a esta casa
e aos que nela habitam
Aleluia, Aleluia!

Fazei tudo o que Ele vos 
disser.
Ide e anunciai a Boa Nova!
Aleluia, Aleluia!

Beijámos o crucifixo, reunimos a nossa família (os dois avós e os dois netos) e depois de um pequeno diálogo com as crianças, passámos todos para a sala de estar e lemos então em conjunto o conteúdo da pequena brochura:

"Em Caná começaram os sinais,
a mão do homem tocada p'la de Deus:
Jesus estava presente com os seus
em alegre convívio de esponsais.
Faltou o vinho, disse a mãe sem se deter:
fazei tudo o que Ele vos disser!

Com os discípulos à mesa se sentou
Uma toalha cingida na cintura:
o criador lava os pés à criatura, 
o Senhor sobre o servo se dobrou.
A noite desceu, na alma a irromper:
fazei tudo o que Ele vos disser!

Pelo cruel juiz foi entregue à morte
mas a semente da terra germinou no céu
e ao terceiro dia do túmulo se ergueu:
a Sua vitória mudou a nossa sorte.
Ide a todo o mundo onde gente houver:
e fazei tudo o que Ele vos disser!"

Por fim, chegou a altura da despedida. O Compasso tinha de prosseguir com as suas visitas, pois ainda tinham muito caminho a percorrer e muitas casas para visitar, para depois poderem recolher às suas casas, para confraternizarem com os seus.

Também nós estávamos à espera do resto da nossa família para o Almoço de Páscoa: por isso, apressei-me a ir para a cozinha e acabar de assar as batatas com o cordeirinho e fazer o arroz de forno! E enfeitar a mesa com folar de carnes, ovos de chocolate e pão-de-ló de Ovar!

Foi uma Excelente Páscoa!

image in: ovarnews.pt


domingo, 16 de abril de 2017

Reflexão para o Domingo de Páscoa

"O QUE SIGNIFICA PÁSCOA?
Este tema da passagem é o tema da Páscoa. Pessah em hebraico, quer dizer passagem. A passagem, no rio, de uma margem à outra margem, a passagem de um pensamento a outro pensamento, a passagem de um estado de consciência a outro estado de consciência. A passagem de um modo de vida a outro modo de vida.

Esta fala de Jesus lembra que somos peregrinos sobre a terra. Somos passageiros. A vida é uma ponte e, como diziam os antigos, não se constrói uma casa sobre uma ponte. Temos que manter, ao mesmo tempo, as duas margens do rio, a matéria e o espírito, o céu e a terra, o masculino e o feminino e fazer a ponte entre estas nossas diferentes partes, sabendo que estamos de passagem. É importante lembrar-se do caráter passageiro de nossa existência, da impermanência de todas as coisas, pois o

sofrimento geralmente é de querermos fazer durar o que não foi feito para durar.
A grande Páscoa é a passagem desta vida mortal para a vida eterna, é a abertura do coração humano ao coração divino. É a passagem da escravidão para a liberdade, passagem que é simbolizada pela migração dos hebreus, do Egito para a Terra Prometida. Mas não é preciso temer o Mar Vermelho. O mar de nossas memórias, de nossos medos, de nossas reações. Temos que atravessar todas estas ondas, todas estas tempestades, para tocar a terra da liberdade, o espaço da liberdade que existe dentro de nós.
Sede passante! Creio que esta palavra é verdadeiramente um convite para continuarmos nosso caminho a partir do lugar onde algumas vezes paramos. Observemos o que pára a vida em nós, o que impede o amor e o perdão, onde se localiza o medo dentro de nós. É por lá que é preciso passar; é lá nosso Mar Vermelho. Mas, ao mesmo tempo, não esqueçamos a luz, não esqueçamos a liberdade, a terra que nos foi prometida!
JEAN-YVES LELOUP"

in: mensagens.culturamix.com