terça-feira, 17 de junho de 2025

Marco Aurélio - "Meditações" profundas deste Imperador Romano

MEDITAÇÕES = MARCO AURÉLIO Meditations Em Português do Brasil LIVRO  LACRADO! | eBay
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Eis algumas delas que nos deixam a refletir profundamente:

LIVRO I

1. Aprendi com o meu avô o caráter e a retidão.

2. Com a memória e a reputação que me foram legados pelo meu pai, aprendi a integridade e a força.

3. Com a minha mãe, aprendi a piedade, a generosidade e a abstenção não apenas da prática de maus atos, mas também de maus pensamentos; e ainda a simplicidade da vida, bem distante do modo de vida seguido pelos ricos.

4. Ao meu bisavô, devo o não ter frequentado as escolas públicas, o ter-me proporcionado bons professores em casa, e a crença de que as despesas com este fim são dinheiro bem gasto.

5. Com o meu tutor, a não apoiar o Verde nem o Azul (*as cores dos aurigários , indivíduos que guiavam os carros nas corridas, vestidos de quatro cores que simbolizavam as quatro estações do ano. Os vencedores tornavam-se ídolos do povo) nem este ou aquele lutador nos jogos públicos. A aguentar a fadiga e a não fazer exigências. A trabalhar por mim mesmo, sem me sobrecarregar de tarefas excessivas, e a não desperdiçar tempo com boatos.

6. Com Diogneto (*pintor e filósofo que que iniciou Marco no estoicismo ainda durante a infância), aprendi a não perder tempo com frivolidade; a não me deixar levar pelo que dizem os feiticeiros e os charlatães sobre encantamentos e formas de preservar os espíritos, e outras superstições do género; a não me obcecar com lutas de aves nem outras distrações semelhantes; a ouvir verdades inconvenientes; a praticar Filosofia, a estudar Báquico, e depois Tandásio e Marciano; a escrever diálogos, logo desde estudante; a escolher o estilo de vida grego - uma cama de acampamento, coberto apenas com um manto simples.

Estas reflexões deveriam ser levadas por nós, com seriedade, obrigando-nos a refletir e a adaptar cada uma delas aos tempos que vivemos neste momento. Mas há princípios e valores que são intemporais comuns a qualquer era.

Não esqueçamos que estamos no ano de 2025 e que Marco Aurélio nasceu em Roma a 26 de abril de 121 e morreu em Vindobona ou Sirmio, a 17 de março de 180! 

Foi Imperador Romano desde 161 até à sua morte, tendo sido criado pela sua mãe e pelo seu avô. 

sábado, 14 de junho de 2025

Sugestões de leitura juvenil para o próximo verão

A Volta ao Mundo em 80 Dias - Brochado - Compra Livros na Fnac.pt
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Alice no País das Maravilhas
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Livro História Gaivota E Do Gato - Luis Sepulveda | Auchan
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Boas leituras e boas férias!




sexta-feira, 13 de junho de 2025

Marchas Populares de Santo António 2025 - Alcântara foi a grande vencedora!


Pois é verdade: 

Hoje é feriado em Lisboa, 13 de junho! E porquê?

Porque, felizmente, os nossos santos populares continuam bem "Vivinhos da Silva"!

A tradição portuguesa mantém-se e bem precisamos destes eventos.

Neste mundo tão conturbado, cheio de guerras, ódio e violência absurdos, temos de tentar manter a nossa saúde física e mental, o mais possível. 

E tanto a música como a dança ajudam-nos muito a manter essa sanidade! É um contributo que não devemos desperdiçar.

Bons santos Populares, boas marchas e bons momentos! 

Mas também acompanhados de uma boa sardinhada com broa ... 

quinta-feira, 12 de junho de 2025

Origem do nome do mês de junho, mês dos Santos e festas populares

Almeida Garrett (1799-1854) - BE Castanheira de Pera
Almeida Garrett (1799-1854)
imagem obtida em:
https://becastanheiradepera.blogs.sapo.pt

Começo por um pequeno texto de Almeida Garrett extraído das "Viagens na Minha Terra", para expor algo interessante sobre a origem do nome do mês.

"O dia passou-se assim, um longo dia de Junho que tão curto e rápido nos pareceu.

Era noite quando fomos jantar." 

                                                          Almeida Garrett

Então agora, baseada na leitura da obra Almanaque da Língua Portuguesa, de Marco Neves (Editora Guerra e Paz), já conhecida nos posts do meu blog pessoal, posso concluir do que acabo de ler, que é um mês que se dedica à deusa JUNO.

No português, usamos o som NH em vez do som latino N (como se confirma em Juno). O NH não se usava em latim e, por isso, também não havia uma letra a acompanhá-lo. Para passar a ser representado, claro que teve de ser criado, inventado, por algumas línguas.

Por exemplo (e seguindo a ordem que o autor refere na sua obra):

  • os espanhóis inventaram o ñ porque começaram a usar dois nn juntos (em que um n se sobrepunha ao outro, acabando por ficar nasalado)
  • os catalães (e noutras línguas também) criaram a letra n acrescida de y  e, portanto, o n começou a ser representado por ny
  • os franceses representavam-no por gn
  • os occitanos no início representavam o n por nh; e a criação deste som acabou por influenciar os falantes portugueses 
  • os portugueses adoptaram o mesmo sistema dos occitanos; sabemos que os portugueses acabaram espalhando a nossa língua por outros países, influenciando-os. e como aconteceu isso? É uma curiosidade muito interessante citada por Marco Neves na sua obra, em que refere ("incluindo - surpreendentemente -o vietnamita, cujo sistema de escrita atual se baseia no alfabeto latino para lá levado por missionários portugueses")
Esta última explicação é deveras muito gratificante para nós, portugueses!