quinta-feira, 19 de junho de 2025

Linguagem à moda do Porto - "Chuço" (guarda-chuva)

Guarda-chuva Floresta
imagem obtida in tutete.com

"Chuço"´é um regionalismo muito usado no Norte,  principalmente pelas gentes do Porto.

Nesta zona do Porto, "chuço" refere-se a guarda-chuva; no sul do nosso país os falantes preferem chamar-lhe "chapéu-de-chuva"!

Houve uma fábrica de guarda-chuvas na zona do Porto, chamada CHUSSOL! Esteve ativa anos a fio, mas infelizmente encerrou nos anos 80! 

A Chussol inspirou-se precisamente no termo adotado pelos portuenses "chuço" 😁

A verdade é que ainda continuamos a ouvir chamar ao guarda-chuva, "o chuço"!

A marca foi comprada e é possível, ainda hoje, ver guarda-chuvas com essa chancela", segundo o que o Professor João Carlos Brito, na sua obra "Em Português nos (des)entendemos", Ideias de Ler, da Divisão Editorial Literária, marca registada da Porto Editora, 2020, João Carlos Brito e Porto Editora

Pessoalmente, quando chove, digo para mim mesma, antes de sair de casa: 

"Não posso esquecer-me de levar o meu pingómetro" 😅

terça-feira, 17 de junho de 2025

Marco Aurélio - "Meditações" profundas deste Imperador Romano

MEDITAÇÕES = MARCO AURÉLIO Meditations Em Português do Brasil LIVRO  LACRADO! | eBay
imagem obtida in ebay.com


Eis algumas delas que nos deixam a refletir profundamente:

LIVRO I

1. Aprendi com o meu avô o caráter e a retidão.

2. Com a memória e a reputação que me foram legados pelo meu pai, aprendi a integridade e a força.

3. Com a minha mãe, aprendi a piedade, a generosidade e a abstenção não apenas da prática de maus atos, mas também de maus pensamentos; e ainda a simplicidade da vida, bem distante do modo de vida seguido pelos ricos.

4. Ao meu bisavô, devo o não ter frequentado as escolas públicas, o ter-me proporcionado bons professores em casa, e a crença de que as despesas com este fim são dinheiro bem gasto.

5. Com o meu tutor, a não apoiar o Verde nem o Azul (*as cores dos aurigários , indivíduos que guiavam os carros nas corridas, vestidos de quatro cores que simbolizavam as quatro estações do ano. Os vencedores tornavam-se ídolos do povo) nem este ou aquele lutador nos jogos públicos. A aguentar a fadiga e a não fazer exigências. A trabalhar por mim mesmo, sem me sobrecarregar de tarefas excessivas, e a não desperdiçar tempo com boatos.

6. Com Diogneto (*pintor e filósofo que que iniciou Marco no estoicismo ainda durante a infância), aprendi a não perder tempo com frivolidade; a não me deixar levar pelo que dizem os feiticeiros e os charlatães sobre encantamentos e formas de preservar os espíritos, e outras superstições do género; a não me obcecar com lutas de aves nem outras distrações semelhantes; a ouvir verdades inconvenientes; a praticar Filosofia, a estudar Báquico, e depois Tandásio e Marciano; a escrever diálogos, logo desde estudante; a escolher o estilo de vida grego - uma cama de acampamento, coberto apenas com um manto simples.

Estas reflexões deveriam ser levadas por nós, com seriedade, obrigando-nos a refletir e a adaptar cada uma delas aos tempos que vivemos neste momento. Mas há princípios e valores que são intemporais comuns a qualquer era.

Não esqueçamos que estamos no ano de 2025 e que Marco Aurélio nasceu em Roma a 26 de abril de 121 e morreu em Vindobona ou Sirmio, a 17 de março de 180! 

Foi Imperador Romano desde 161 até à sua morte, tendo sido criado pela sua mãe e pelo seu avô.