Pesquisa efetuada em:
"No Novo Testamento, a palavra grega mathetes, que significa “discípulo”, é encontrada exclusivamente nos Evangelhos e no livro de Atos. Embora Paulo nunca use o termo, muitas vezes ele descreve aqueles que tinham as características de serem discípulos. Nos Evangelhos, os seguidores imediatos de Jesus são chamados de “discípulos” e incluem os doze em seu círculo mais íntimo, mais os outros setenta e dois.
Durante o tempo de Jesus na terra, outros professores tinham discípulos, os mais notáveis eram os fariseus (Marcos 2:8 e Lucas 5:33) e João Batista (Mt 9:14). É evidente a partir da prática de João batista, que os professores de diferentes chamados sustentavam diferentes disciplinas dos seus seguidores. A maneira de João foi muito mais de caráter ascético do que o de Jesus (Mt 9:14). O ensinamento de João não só cobria a conduta e modo de vida, mas também um padrão distinto de orar (Lucas 11:1).
Os discípulos de Jesus tiveram uma experiência única. Eles beneficiaram-se do ensino imediato de Jesus (Marcos 10:21), mas também foram testemunhas do drama do plano de salvação de Deus. Eles seguiram um professor que encarna a substância de Seu ensino. Cristo ensinou os primeiros discípulos, pouco a pouco, não só porque eles tinham que remover as suas concepções errôneas (Mt 16:21), mas também porque o significado do que Jesus disse não poderia ser apreciado, a não ser após os acontecimentos de Sua morte e ressurreição (Mt 28:9).
Os grupos dos primeiros discípulos de Jesus, tanto os doze discípulos e os setenta e dois discípulos (Mt 26:20, Lucas 10:1) receberam o ensinamento de Jesus, ensinaram aos outros (Lc 10:1-11), e lhes foi dado o poder de curar (Mt 10:1), e foram enviados para outras cidades para proclamar a mensagem da salvação. No entanto, os doze tiveram destaque especial, com exceção de Judas Iscariotes (cujo lugar foi tomado por Matias, Atos 1:26); eles se tornaram os professores primários da igreja cristã emergente após a morte de Jesus. Sua autoridade na Igreja, dada por Cristo (Mt 16:19, 28:16-20), foi caracterizada por um estilo único de serviço abnegado (Lucas 22:24-30). Para esse grupo de discípulos, que veio a ser conhecido como “apóstolos”, Saulo de Tarso foi adicionado. Na conversão de Saulo na estrada de Damasco, o próprio Cristo apareceu e encomendou Saulo (mais tarde renomeado Paulo) como o apóstolo dos gentios (Atos 9:15; Gal. 1:12, 16).
Versículos chave
Mateus 10:1; 28:16; Atos 6:2, 7
No momento da ascensão de Jesus, o Cristo encomendou os primeiros discípulos a “fazer discípulos de todas as nações” (Mateus 28:19) daí, o termo “discípulo” também é utilizado no livro de Atos para descrever os crentes. Embora Cristo não tivesse diretamente chamado-os de crentes, somos chamados pelo Espírito de Cristo, através da mensagem entregue pelos primeiros discípulos. Nós também devemos “fazer discípulos de todas as nações,” para espalhar o evangelho de modo que ninguém possa afirmar que “nunca soube sobre Jesus.”
Fonte: Holman Treasury of Key Bible Words de Eugene E. Carpenter e Philip W. Comfort."
"A expressão “estrada de Damasco” recorda o episódio da conversão do apóstolo Paulo. Ele era um militar que perseguia os cristãos mas, a caminho da capital síria, converteu-se e adotou a fé justamente daqueles aos quais perseguia. A expressão é usada, neste sentido, para mudanças profundas de rumo. (...)"
http://www.vermelho.org.br/editorial.phpid_secao=16&id_editorial=838"ESTRADA DE DAMASCO
Todos que passaram por uma experiência espiritual, seja através de sonhos, visões, revelações onde aparecem criaturas de grande elevação, um mestre superior, um local fora do comum ou mesmo sensações que os acompanham por uns tempos. Visões, revelações que nos induz a pensar que somos escolhidos pelos seres que guiam a humanidade, como sendo um deles...
Paulo, o apóstolo, citado como um grande exemplo cristão, seguindo pela estrada de Damasco viu um clarão e ouviu a voz do Mestre da Cristandade provocando em sua vida uma mudança total de rumo.
O chamado do Mestre Jesus não foi um prêmio ou privilégio de Paulo que, até aquele momento, só havia feito o contrário do que Jesus pregava aos seus seguidores. A convocação foi apenas o início de uma grande e dolorosa missão.
Os momentos místicos poderão ser considerados uma "Estrada de Damasco" em nossa vida. Quanto maior os dons recebidos ou as visões maravilhosas que nos se apresentam, maiores responsabilidades nos serão cobradas.
Ver ou ouvir uma entidade superior, visões extra físicas, desdobramentos, revelações, tudo nos traz a perigosa sensação de sermos criaturas já evoluídas em comparação ao resto da humanidade. Nem mesmo os profundos conhecimentos que adquirimos são passaportes para a evolução espiritual.
Somente quando a nossa sabedoria vier com um amor profundo por tudo que existe é que nos graduaremos.
Sabemos que muitos serão chamados, mas poucos serão os escolhidos.
Paulo, o apóstolo, não se imobilizou ao receber este chamamento, passou a viver em função de uma grande tarefa espiritual. Missão que lhe rendeu muitos sacrifícios, perdendo todas suas regalias nos templos judaicos, perdeu as riquezas materiais e amigos, sofreu perseguições, foi açoitado, apedrejado inúmeras vezes e preso em várias cidades onde percorreu levando os ensinamentos de Cristo.
Viveu na pobreza com o fruto do seu tear.
Só após a morte é que Paulo foi considerado vitorioso e um verdadeiro escolhido por ter completado sua tarefa de disseminação evangélica. Não só pregou como exemplificou. Não só mudou os homens como mudou a si mesmo. Não esperou recompensas nesta vida.
Muitos de nós tivemos o grande chamamento, mas não podemos hesitar, nem perder precioso tempo na contemplação dos resultados de nossos pequenos esforços; na lamentação da falta de reconhecimento dos outros ou dos sacrifícios conseqüentes deste trabalho.
O chamado não é o coroamento de uma vida, é o início.
Aprovação só virá após cumprirmos nossa tarefa.
Escolhidos seremos depois de vencer.
Não o mundo, mas a nós mesmos.
Miryã Kali/MLucia"