sábado, 6 de julho de 2024

"Já a formiga tem catarro" - significado desta expressão idiomática




imagem obtida IN: https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/


Esta expressão é usada muitas vezes referindo-se aos mais novos. 

Na 1ª pesquisa, encontrei:

"Já a formiga tem catarro" é uma expressão usada quando alguém com pouca idade ou experiência toma uma posição de força ou expressa uma opinião sobre um assunto sobre o qual, aparentemente, não está habilitado.

(in Dicionário de calão, Expressões Idiomáticas, de José João Almeida, Guerra e Paz, Livros CMTV)




Na 2ª pesquisa:

'Transcrevemos a definição dada por António Nogueira Santos, em Novos Dicionários de Expressões Idiomáticas (Lisboa, Sá da Costa, 1988), da expressão «a formiga tem catarro»:'

«Diz-se de pessoa (geralmente criança ou jovem) que tem pretensões superiores à sua idade, estado condição.»


É de facto o que se passa com o galo mais jovem que sucede a Tenório, que, depois de cantar ao amanhecer «um canto tão cristalino e tão puro», surpreende todos, inclusive o seu pai, que até então era o galo que apresentava melhores qualidades (Os Bichos, de Miguel Torga, pp. 33-28).'

'Bárbara Nadais Gama-  28 de novembro de 2014'

in Ciberdúvidas da Língua Portuguesa, https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/a-formiga-tem-catarro/33191 [consultado em 05-07-2024]

sexta-feira, 5 de julho de 2024

Homenagem a Fausto - poeta, cantor e compositor português

Fausto

- lembra-me um sonho lindo 
- foi por ela 
- ao longo de um claro rio de água doce 
(letra)



Fausto, nome artístico de Carlos Fausto Bordalo Gomes Dias[1] OL (Oceano Atlântico), registado em Vila Franca das Naves, 26 de novembro de 1948Lisboa, 1 de julho de 2024[2]) foi um compositor e cantor português.

Biografia

Embora nascido a bordo do navio Pátria,[3][4][5] em viagem entre Portugal e Angola, Fausto Bordalo Dias foi registado em Vila Franca das Naves, Trancoso. Foi na antiga província ultramarina portuguesa que formou a sua primeira banda, Os Rebeldes. À musicalidade da sua origem beirã,

assimilou os ritmos africanos.[6]


Aos 20 anos, em Lisboa, onde se instalou a fim de prosseguir os estudos — concluiu a licenciatura em Ciências Políticas e Sociais, no então denominado Instituto Superior de Ciências Sociais e Política Ultramarina, atual ISCSP.[6]

Em 1969 lançou o primeiro EP, Fausto, com o qual venceu no mesmo ano o Prémio Revelação da Rádio Renascença.[6]

No âmbito do movimento associativo em Lisboa, aproximou-se de nomes como José Afonso, Adriano Correia de Oliveira, Manuel Freire, juntamente com José Mário Branco ou Luís Cília, que viviam no exílio.[7]

Em maio de 1974 foi um dos fundadores do GAC, juntamente com José Mário Branco, Afonso Dias e Tino Flores.[6]

Em 1978 colaborou com Sérgio Godinho e José Mário Branco na banda-sonora do filme 

No dia 8 de julho de 1997, em Belém, ofereceu um dos seus mais marcantes concertos, celebrando os 500 anos da partida de Vasco da Gama para a Índia, no mesmo dia em 1497, a convite da Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses.[9]

Em 2009 juntou-se novamente a Sérgio Godinho e José Mário Branco para o espectáculo Três cantos ao vivo, um evento de grande destaque cultural que resultou no lançamento de um álbum ao vivo.[10][11]

Autor de 12 discos, gravados entre 1970 e 2011 (dez de originais, uma compilação regravada e um disco ao vivo), é presentemente um importante nome da música portuguesa e da música popular em particular. A sua obra tem sido revisitada por nomes como, entre outros, Mafalda Arnauth, Né Ladeiras, Pedro Moutinho, Teresa Salgueiro, Cristina Branco, Marco Oliveira ou Ana Moura.[12][13][7]

O seu último álbum, Em busca das montanhas azuis, foi lançado em 2011 e conta com arranjos musicais de José Mário Branco em quatro faixas.[14]

Em março de 2023 foi realizada uma homenagem de Filipe Sambado, Surma e Primeira-Dama a Fausto, na segunda semifinal da 57ª edição do Festival RTP da Canção. Foram interpretadas as canções "O barco vai de saída", "Como um sonho acordado", "A guerra é a guerra", "O cortejo dos penitentes" e "Lembra-me um sonho lindo".[15][16][17]

Morreu a 1 de julho de 2024, aos 75 anos, em Lisboa, vítima de doença prolongada.[2][18]

Fausto e Amélia Muge, no Chapitô(Lisboa), em 2010

Entre a sua discografia encontram-se:[6]Fausto e Amélia Muge, no Chapitô(Lisboa), em 2010
Álbuns de originais
Fausto (1970)
Singles e EPsFausto (1º EP, 1969)
Guerra do Mirandum (Single, 1984)
ColetâneasO Melhor dos Melhores (1994)
Grande Grande É a Viagem (ao vivo) (1999)
Álbuns em colaboraçãoCantigas De Ida E Volta (1975), em conjunto com Sérgio Godinho, Vitorino e Sheila Charlesworth
Prémios e condecorações1969 — Prémio Revelação, atribuído pela Rádio Renascença [3][6]
1994 — Oficial da Ordem da Liberdade (9 de Junho)[20]
2012 — Melhor Álbum — Prémios Autores da Sociedade Portuguesa de Autores, "Em Busca das Montanhas Azuis"[21]
2012 — Melhor Canção — Prémios Autores da Sociedade Portuguesa de Autores, "E Fomos pela Água do Rio"[21]

Referências

«Lista de associados da Audiogest» (PDF). Actividades Culturais / Ministério da Cultura. 25 de Julho de 2007. Consultado em 3 de Janeiro de 2014. Arquivado do original (PDF) em 24 de dezembro de 2013
Ir para: a b «Morreu Fausto, trovador-mor da canção portuguesa». Jornal de Notícias. 1 de julho de 2024
Ir para: a b Ribeiro, A. J. P. (2017). pareSeres da terra e a música popular portuguesa no Conservatório do Vale do Sousa. Revista Vórtex, 5(3), 1-20.
«Poema da Semana - Fausto Bordalo Dias». cvc.instituto-camoes.pt. Consultado em 1 de julho de 2024
«O fado». O fado. Consultado em 1 de julho de 2024
Ir para: a b c d e f «Fausto (músico)». Infopédia. Consultado em 26 de Novembro de 2013
Ir para: a b «Fausto Bordalo Dias – Meloteca». www.meloteca.com. Consultado em 13 de março de 2023
«A Confederação | Arquivo José Mário Branco». arquivojosemariobranco.fcsh.unl.pt. Consultado em 13 de março de 2023
«Poeta da música - Biografia». fausto.blogtok.com. Consultado em 1 de julho de 2024
«Três Cantos ao vivo | Arquivo José Mário Branco». arquivojosemariobranco.fcsh.unl.pt. Consultado em 13 de março de 2023
«Sérgio Godinho, José Mário Branco e Fausto lançam «Três Cantos Ao Vivo»». CNN Portugal. Consultado em 13 de março de 2023
«Fausto Bordalo Dias». centraldeartistas.pt. Consultado em 13 de março de 2023
Monteiro, Ana Cáceres (21 de agosto de 2021). «Fausto Bordalo Dias: O homem que canta o mar nasceu no Oceano Atlântico | O Jornal Económico». jornaleconomico.pt. Consultado em 13 de março de 2023
«Fausto as montanhas azuis do sonho de descobrir mundos». PÚBLICO. Consultado em 13 de março de 2023
«Festival da Canção 2023: todas as canções apuradas para a final». Expresso. Consultado em 13 de março de 2023
«Inês Apenas e Dapunksportif juntam-se a Churky na final do Festival da Canção». Jornal de Leiria. Consultado em 13 de março de 2023
Matias, Bernardo (5 de março de 2023). «Apurados os últimos seis finalistas do Festival da Canção 2023». e-FestivalPT. Consultado em 13 de março de 2023
Lopes, Mário (1 de julho de 2024). «Morreu Fausto Bordalo Dias, o genial alquimista da música portuguesa». PÚBLICO. Consultado em 1 de julho de 2024
«Amadora Prémio José Afonso – Musorbis». www.musorbis.com. Consultado em 13 de março de 2023
«Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Fausto Bordalo Dias". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 15 de abril de 2015
Ir para: a b Coelho, Pedro Miguel (28 de fevereiro de 2012). «Vencedores do Prémio Autores da SPA». Espalha-Factos. Consultado em 1 de julho de 2024
«Fausto Bordalo Dias distinguido com Prémio Carreira pelo Festival Cantar Abril». SAPO Mag. Consultado em 3 de junho de 2018

Pesquisa encontrada em : https://pt.wikipedia.org/wiki/Fausto_Bordalo_Dias

quarta-feira, 3 de julho de 2024

Notícias preocupantes da Covid-19!

Covid-19: Portugal regista aumento de novas infeções contrariando  decréscimo europeu – Observador
imagem in jornal OBSERVADOR


Já não nos bastam as que ouvimos diariamente nos meios de comunicação social sobre as guerras...Esta é mais uma e está sempre a repetir-se!

A Covid-19 está a voltar em grande força...infelizmente!

Todo o cuidado é pouco, pois pelos vistos o vírus regressou e é preciso evitar-se grandes ajuntamentos e outras situações, tão bem por nós conhecidos. A minha opinião pessoal é a de que a máscara, para quem tem sintomas de constipação ou gripe (que pode vir a ser Covid), ainda é "a melhor receita", e não temos de estar constrangidos por termos de a usar. É sinal de que somos responsáveis!

Enfim, não vou aqui enumerar os procedimentos aconselhados pelos médicos e cientistas, ouvidos e bem conhecidos com a pandemia desde 2020, em que "o pior" ainda levou cerca de 2 anos a atenuar-se.

A situação atual pede que estejamos atentos e sejamos sejamos cautelosos e responsáveis, disso não há qualquer dúvida! Temos de pensar em nós e nos outros. Se não o fizermos, o problema começa a alastrar.

Mas nada melhor que transcrever o texto da pesquisa que efetuei sobre este tema (tão desagradável e preocupante)!

FONTE: texto da Agência Lusa, de 03. de julho de 2024 no Jornal OBSERVADOR


Portugal com uma média de 12 mortes por dia e quase 400 novos casos de Covid-19 

Números de casos tem vindo a aumentar no último mês passando de uma média de três mortes diárias para doze e de uma média de 130 casos para quase 400. Houve ainda um aumento de 30% dos internamentos.

Portugal está com uma média diária de 12 mortes por Covid-19 e perto de 400 novos casos, um número que quase triplicou desde finais de maio, disse esta quarta-feira à Lusa o epidemiologista Manuel Carmo Gomes.

No fim de maio, Portugal tinha uma média de 130 notificações de casos positivos de Covid-19 por dia e nos últimos sete dias a média diária rondou as 390, precisou o professor da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, ressalvando que no início de maio o número de notificações era “muito baixinho”, cerca de dez casos.Relativamente ao número de mortes, Manuel Carmo Gomes disse que é de “aproximadamente 12 por dia”, o que representa também “um grande aumento relativamente há um mês“, em que se registavam cerca de três mortes diárias.

“Se recuarmos aproximadamente dois meses, nessa altura tínhamos um óbito de dois em dois dias”, adiantou o epidemiologista e membro da Comissão Técnica de Vacinação Contra a Covid-19.Segundo Carmo Gomes, também se registou “um aumento grande” do número de mortes de doentes internados em hospitais públicos com teste positivo, o que não significa que estivessem hospitalizadas por Covid-19.

Assinalou ainda o aumento de quase 30% de doentes internados que testaram positivo ao longo dos últimos três meses.

“Neste momento, as pessoas que testam positivo para Covid e estão internadas, um pouco mais de metade têm mais de 60 anos” e cerca de 24% mais de 80 anos, disse, apontando que, eventualmente, é nesta faixa etária que está a ocorrer a maior parte das mortes devido a terem várias doenças.Como razões para este aumento de casos, Carmo Gomes apontou a evolução do vírus SARS-Cov-2, com o surgimento de novas linhagens com capacidade de fugir aos anticorpos,

“Praticamente já não temos proteção contra estas novas linhagens do vírus”, nomeadamente a KP.1, KP.2 e KP.3, que têm “uma série de descendentes” e são dominantes, neste momento, na Europa e na América.


De acordo com o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), a sublinhagem KP.3 tornou-se maioritária em Portugal ao longo do mês de maio, mas é geral na Europa e na América.

“Todos temos anticorpos a circular no corpo porque já fomos vacinados e fomos infetados, etc., mas estas linhagens têm capacidade de fugir a estes anticorpos”, salientou.

Por outro lado, o epidemiologista observou que já passaram cerca de oito meses desde a última campanha de vacinação, que ocorreu no outono de 2023, tendo a proteção das pessoas contra o vírus baixado.Recordou ainda que a cobertura vacinal no passado outono “não foi brilhante”.

“As pessoas com mais de 60 anos tiveram uma cobertura vacinal de aproximadamente 66%, o que quer dizer que os outros 34% nem sequer foram vacinados no outono, já não têm contacto com a vacina há mais de um ano e meio”, observou.Recordou ainda que a cobertura vacinal no passado outono “não foi brilhante”.

“As pessoas com mais de 60 anos tiveram uma cobertura vacinal de aproximadamente 66%, o que quer dizer que os outros 34% nem sequer foram vacinados no outono, já não têm contacto com a vacina há mais de um ano e meio”, observou.Numa altura de férias, Manuel Carmo Gomes lembrou que o vírus SARS-CoV-2 continua a circular e lembrou algumas recomendações para evitar a infeção.

“A Covid não tem características sazonais, pelo menos até ao momento, como a gripe que praticamente já desapareceu, mas continua entre nós e está a dar origem a esta onda” de infeções.

O epidemiologista aconselhou as pessoas de maior risco a evitarem estar em espaços não arejados com pessoas fora do seu círculo habitualO epidemiologista aconselhou as pessoas de maior risco a evitarem estar em espaços não arejados com pessoas fora do seu círculo habitual.

Lembrou a importância de higienizar as mãos, nomeadamente não levar as mãos à boca ou aos olhos sem estarem lavadas, e o uso de máscara por pessoas que sabem que “são de alto risco”.

FONTE: texto da Agência Lusa, de 03. de julho de 2024 no Jornal OBSERVADOR