sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Uma expressão portuguesa: "Fazer oó"!



"[Pergunta
Resposta]
«Fazer oó»
[Pergunta] Na Estónia, noite diz-se öö. Terá alguma ligação com a origem da expressão «fazer oó» aplicada às crianças quando vão dormir? Se não tiver, qual é a origem de tal expressão?
Alice Gonzaga :: Reformada :: Casal de Loivos, Portugal
[Resposta] Não há qualquer relação. De facto, noite em estónio (ou estoniano, que é designação também correcta) é öö, palavra que tem forma semelhante em finlandês yö.
Qual é aqui a importância de se referir o finlandês? É que esta língua, o estónio, o húngaro e outras línguas (o carélio, o comi, o sami, etc.) constituem uma família linguística, a fino-úgrica, que é distinta da família a que o português pertence, que é a indo-europeia.
Deste modo, só posso concluir que a semelhança gráfica e fonética de português oó com o estónio öö é puramente acidental, até porque a origem da expressão portuguesa será a linguagem infantil (cf. Grande Dicionário da Língua Portuguesa, de José Pedro Machado).
Carlos Rocha :: 14/09/2007"

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Sonhos...



Citações do Livro "O Vendedor de Sonhos", de Augusto Cury

"Sem sonhos, os monstros que nos assediam, estejam eles alojados em nossa mente ou no terreno social, nos controlarão"

"O objectivo fundamental dos sonhos não é o sucesso, mas livrarmo-nos do fantasma do conformismo"

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Homenagem a um novo ser que nasceu hoje


À descoberta de si mesmo

 No ventre da minha mãe
Sentia-me muito quentinho…
Ela sabia cuidar bem
Do seu querido filhinho.

Um dia, quis ver o sol
E do ventre da mãe saí…
Ouvi o canto do rouxinol,
Dei-me conta que nasci.
...(...)...(...) 
 
Ser Criança
 
Ser criança é achar que o mundo é feito de fantasias
Sorrisos e bricadeiras
Ser criança é comer algodão doce e lambuzar-se
Ser criança é acreditar num mundo cor de rosa
Cheio de pipocas
Ser criança é olhar e não ver o perigo...
Ser criança é sorrir e fazer sorrir...


Sempre Criança

Menino, vem, vou-te levar pra ver
paisagens pra brincar,
não vais querer crescer:
Veja quem vai nos levar
por esse pedaço de céu.
É o meu cavalo Carrossel...

vais teimar com o vento,
e rir das marcas dos teus pés pelos caminhos.
E um dia já distante,
em uma janela da cidade,
lembrarás desses campos,
com saudades...

O GRILO

Faz a casa no jardim
Onde gosta de morar,
É pequeno e mesmo assim
Nunca se cansa de cantar.
Dá-se bem quando há calor
Por isso no verão mais canta,
E até parece um amor
Quando as asinhas levanta.
Não tem sono nem fastio,
Servem-lhe alface ao jantar,
E a cigarra ao desafio
Põe-se com ele a cantar.
 
Crescendo e aprendendo

Quando eu nasci
Não sabia fazer quase nada...
Mamava, chorava,
Fazia xixi e cocó,
Fazia manha, dormia, acordava...
Fui crescendo devagarinho,
E a cada dia
Aprendia um pouquinho...
Aprendi a bater palminhas,
Aprendi a engatinhar,
Aprendi a caminhar,
Aprendi a falar...
Fui crescendo e aprendendo...
Hoje sei fazer muitas coisas:
Sei dançar, sei cantar,
sei falar, sei correr e pular...
Mas sei também
Que ainda tenho
Muito para aprender.
Sei que quanto mais aprendo,
Mais coisas poderei fazer.
E assim vou aprendendo
A conhecer o mundo
Que é cheio de encantos e magia,
Que é cheio de amor, natureza e poesia...
 



terça-feira, 5 de outubro de 2010

Centenário da República Portuguesa - 1910.2010



Os textos que se seguem foram extraídos do Portal do Centenário da República - Portal oficial da Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República: http://5outubro.centenariorepublica.pt/

"Símbolos Nacionais:

BANDEIRA NACIONAL


VERDE
“Cor de esperança e do relâmpago, significa uma mudança representativa na vida do país”.

VERMELHO
“Cor combativa e quente, é a cor da conquista e do riso.
Uma cor cantante, ardente, alegre. Lembra o sangue e incita à vitória”.


O ESCUDO
Sobre a esfera armilar, um escudo com as armas nacionais, constituído por uma área interior branca, com cinco escudetes azuis, em homenagem à bravura dos que lutaram pela independência e uma área exterior vermelha, com sete castelos amarelos, que representam a independência nacional.


1 de Dezembro de 1911
Instituição do Dia da Bandeira, primeiro feriado nacional republicano.


30 de Março de 1987
Decreto-Lei n.º 150/87 que actualiza, sintetiza e homogeneíza a diversa legislação dispersa, estabelecendo regras gerais de utilização da bandeira nacional da República Portuguesa."

 

HINO NACIONAL

Heróis do mar, nobre povo,
Nação valente, imortal,
Levantai hoje de novo
O esplendor de Portugal!
Entre as brumas da memória,
Ó Pátria sente-se a voz
Dos teus egrégios avós,
Que há-de guiar-te à vitória!
Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar

(...)...(...)...(...)

Henrique Lopes de Mendonça


"A Portuguesa

Alfredo Keil (1850-1907), o autor da música do hino nacional português, é uma das mais interessantes figuras de artista do seu tempo, pelo carácter multifacetado da sua actividade como compositor, mas também como pintor, desenhador, coleccionador, poeta, pioneiro da arte da fotografia e, de um modo geral, representante daquele culto da arte típico do mundo ocidental nas últimas décadas do século XIX.


Autor de diversas óperas, música orquestral, canções e peças para piano, Alfredo Keil deve em parte a sua celebridade à marcha patriótica A Portuguesa, reflexo da comoção política, social e cultural que o Ultimato britânico de Janeiro de 1890 veio provocar durante a última fase do regime monárquico. Reagindo ao clima de efervescência colectiva e à retórica do “ressurgimento” da Pátria decadente, Keil terá composto a sua marcha ainda em finais do mesmo mês, solicitando ao poeta, dramaturgo e oficial da armada Henrique Lopes de Mendonça (1856-1931) a feitura dos versos apropriados à circunstância. Num artigo tardio, Lopes de Mendonça viria a relatar a sua versão da génese da peça. Segundo esse testemunho, fora intenção do compositor publicar rapidamente o hino, numa larga tiragem, e distribuí-lo “profusamente” pelo país, para “não deixar arrefecer o entusiasmo do povo” e para que este o aprendesse quanto antes e o adoptasse como “canto de reivindicação nacional”. No mesmo artigo, o escritor dava também conta da tarefa – manifestamente ingrata, reconheça-se – de conceber a letra a partir de uma composição musical pré-existente: “Foi em íntimo acordo com o Keil, quase sempre em sua casa, que eu compus as estrofes, compasso a compasso” – escreve Lopes de Mendonça – “acomodando constantemente o verso não só à contextura musical, mas também às intenções de cada frase, engastando uma sílaba em cada nota que ele arrancava do piano, com o empenho, para nós ambos simpático, de afastar da letra o mais ligeiro vislumbre de sentimento monárquico”. O título terá sido adoptado por sugestão do autor literário, “como susceptível de congregar as aspirações patrióticas de todos os portugueses”. E foi sob esse título que o hino rapidamente adquiriu popularidade por todo o país, divulgado por meio de folhetos, partituras, jornais, adereços e objectos decorativos, sem esquecer o papel desempenhado pelos teatros na sua difusão.

Já em Abril do mesmo ano, os autores faziam questão de sublinhar, em carta distribuída à imprensa, o seu distanciamento relativamente às facções políticas então em confronto pela apropriação do hino: “Perante a vergonha duma afronta [...] desejámos que, sob o influxo dum canto patriótico, um só grito surgisse espontaneamente de lábios portugueses, grito veemente e enérgico que repercutisse lá fora como a afirmação duma nacionalidade vivaz, brado unânime que levantasse os ânimos abatidos [...]. Esse grito era o de: Viva Portugal!”. Fosse qual fosse a intenção original dos seus autores, A Portuguesa tornou-se efectivamente o cântico de predilecção dos estudantes e jovens militares empenhados nas manifestações patrióticas do início da década de 1890, geralmente imbuídas de um espírito de contestação às instituições do Estado, acusadas de subserviência perante os interesses estrangeiros. Terá sido principalmente a partir da revolta portuense de 31 de Janeiro de 1891 que A Portuguesa viu consolidado o seu estatuto de símbolo da mobilização republicana contra uma monarquia desacreditada. De facto, segundo rezam as crónicas, a República viria a ser proclamada a 5 de Outubro de 1910 ao som da Portuguesa, e, previsivelmente, a obra veio a ser adoptada como hino nacional por decreto da Assembleia Nacional Constituinte (19 de Junho de 1911), ao mesmo tempo que era oficialmente instituída a bandeira verde-rubra.


A Portuguesa tem sido diversamente apreciada enquanto realização poetico-musical – sendo certo que, como qualquer composição congénere, o seu valor de ícone patriótico se sobrepõe inevitavelmente a uma “pura” avaliação estética. À primeira vista, ressalta a óbvia afinidade com o modelo “revolucionário” da Marselhesa. A estrutura poetico-musical de ambas as peças é semelhante; não dispondo de um texto específico como ponto de partida, é provável que Keil se tenha servido do hino francês como molde da sua composição. As afinidades não se limitam aliás à estrutura: é notório o paralelismo imagético consubstanciado na inflexão ao modo menor em ponto idêntico de ambas as peças (“Mugir ces féroces soldats...”/“Ó Pátria sente-se a voz...”), vincando o contraste com o belicoso refrão “Aux armes, citoyens!”/“Às armas, às armas!”, que assinala em ambos os casos o regresso triunfal ao modo maior. O refrão, por seu turno, contém uma quase-citação do antigo Hino da Maria da Fonte (cuja popularidade em certos quadrantes, após a implantação da República, o recomendaria como potencial concorrente da Portuguesa à dignidade de hino nacional). Bem característica, de acordo com a intenção de Keil de introduzir na sua composição “umas leves mas significativas reminiscências dos nossos principais hinos e cantos populares”, parece ser a inflexão fadística da secção correspondente à evocação dos antepassados, emergindo de “entre as brumas da memória”. Note-se ainda o curioso tratamento harmónico dado ao verso inicial “Heróis do mar, nobre povo”, que vem conferir uma nota nostálgica (reforçada pela dinâmica piano) à escansão enfática dos versos, e que talvez constitua o momento mais subtil da partitura.


A versão primitiva da Portuguesa apresentava o inconveniente de possuir um âmbito melódico muito extenso (um intervalo de décima terceira entre as notas extremas), tornando-a imprópria para a execução pela voz inculta do cidadão comum. Esse facto, e também a existência de numerosas variantes, levaram à constituição, em Março de 1956, de uma comissão incumbida de estabelecer uma versão oficial do hino nacional. Essa versão (na tonalidade de dó maior, mais facilmente cantável por vozes de tessitura média) difere da original sobretudo na redução do âmbito da melodia e nalguns detalhes de natureza rítmica, aliás pouco significativos e amplamente sancionados pela prática; a mesma veio a ser publicada – infelizmente sem acompanhamento, nem indicações dinâmicas – no Diário do Governo, I Série, de 4 de Setembro de 1957, mantendo-se presentemente em vigor.


Paulo Ferreira de Castro"


A propósito do dia 5 de Outubro de 1910 - Proclamação da República

"Data de publicação:

05.10.2010

5 de Outubro de 1910 - Proclamação da República
Na manhã do dia 5 de Outubro, em Lisboa, dirigentes do Partido Republicano Português dirigiram-se aos Paços do Concelho, de cuja varanda, José Relvas, acompanhado por Eusébio Leão e Inocêncio Camacho, proclamou a República: "Unidos todos numa mesma aspiração ideal, o Povo, o Exército e a Armada acabou de, em Portugal, proclamar a República".

Testemunho de José Relvas
A Praça do Município regurgitava, cheia pela multidão que ali acorrera logo depois de pacificada pela confraternização do Rossio. Foram proclamados os membros do Governo Provisório: Presidente, Teófilo Braga; Interior, António José de Almeida; Justiça, Afonso Costa; Finanças, Basílio Teles; Guerra, Correia Barreto; Marinha, Amaro de Azevedo Gomes; Obras Públicas, António Luís Gomes e Estrangeiros, Bernardino Machado. (…).

Fonte: José Relvas, Memórias Políticas, Lisboa, Terra Livre, 1977, p.151.

Testemunho de António José de Almeida
Batalhou-se durante três dias, mas batalhou-se honrosamente e aqueles que pegaram nas espingardas saíram dessa luta com as mãos tão puras de sangue que, voltando a seus lares podiam tomar ao colo as crianças que encontravam no berço.

Fonte: Discursos do Dr. António José de Almeida (Presidente de Portugal) Durante a sua estadia no Rio de Janeiro, de 17 a 27 de Setembro de 1922, por ocasião das festas comemorativas do 1.º centenário da Independência do Brasil, Rio de Janeiro, Jacinto Ribeiro dos Santos, 1922, p.36. "


O Centenário da República - 5 de Outubro de 2010!

O Cartoon do ano em Portugal...!!!

Portugal vai mal...



domingo, 3 de outubro de 2010

Português Correcto: "o cônjuge" ou "a cônjuge"?

Segundo Carlos Manuel Albuquerque, autor do livro "Bom Português",  (Rubrica de sucesso da RTP agora em livro), da Porto Editora, a forma correcta é o cônjuge.

Esta forma é um nome masculino, referindo-se a esposo ou esposa. Acrescenta que "o género da palavra não tem a ver com o sexo da pessoa".