O Viaduto de Millau situa-se no sudoeste da França, tem 343 metros de altura e é o mais alto viaduto do mundo. É uma ponte suspensa por cabos e foi construída para facilitar a travessia do vale do rio Tarn.
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O Viaduto foi projetado pelo arquiteto Norman Foster e pelo engenheiro francês Michel Virgoleux; tendo sido inaugurado a 14 de dezembro de 2004, dois dias depois era aberto ao tráfego.
António Pires de Lima, Ministro da Economia português, fazendo parte da comitiva que acompanha o nosso Presidente da República, Professor Cavaco Silva, na visita oficial à China, proferiu as seguintes palavras:
"Há quatro anos a nossa relação comercial com a China era muito incipiente. Hoje, a China é o nosso 10º maior cliente."
Salientou ainda que "a confiança" entre Pequim e Lisboa "é uma base determinante para se poder concretizar negócios numa perspetiva de médio e longo prazo." in jornal METRO, 14 maio 2014
Espero que a confiança mútua entre os dois países seja mesmo uma realidade! Haja fé e esperança...
O romance Uma Outra Voz, escrito por uma portuguesa
radicada em Londres, ganhou o Prémio Leya. Retrata a emigração para
África de uma família de Estremoz.
Manuel Alegre, presidente do júri, depois de aberto o
envelope onde está escrito o nome do concorrente, comunicou por
telefone a Gabriela Trindade a notícia de que era vencedora do Prémio
Leya. Nessa altura ficou a saber que ela nunca tinha escrito um romance e
também nunca tinha publicado. “É um romance onde se cruzam histórias
individuais com a história colectiva. É um romance onde se cruzam várias
personagens e é também a história de uma cidade do Alentejo, Estremoz”,
disse ao PÚBLICO o escritor.
“Tem personagens femininas muito
fortes, isso foi uma das coisas que mais me marcou e uma história de
amor também muito forte”, acrescentou. E tem ainda “traços de
originalidade e modernidade”, como o facto de mostrar algumas
fotografias de um personagem que a certa altura vai para África, são
fotografias dos anos 30, numa fazenda de café. “Foi uma boa escolha.
Vê-se que num período de crise destes as pessoas estão a procurar
soluções pela criatividade e neste caso pela criatividade literária.”
A
obra vencedora, anunciada esta terça-feira de manhã, foi escolhida por
um júri que incluiu também os escritores Nuno Júdice, Pepetela e José
Castello, e ainda José Carlos Seabra Pereira, da Universidade de
Coimbra, Lourenço do Rosário, reitor do Instituto Superior Politécnico e
Universitário de Maputo, e Rita Chaves, da Universidade de São Paulo.
O
poeta Nuno Júdice disse que destacaria em primeiro lugar “a qualidade
da escrita” na obra da premiada. “A coerência com que a história de uma
família de Estremoz é narrada desde o século XIX até este século sem
seguir o cânone do romance realista do século XIX.” Retrata a
realidade, pouco conhecida, da emigração para África muito antes da
guerra colonial. "É uma visão muito inovadora da nossa história com
pouco mais de um século."
Com cerca de 300 páginas, é um romance
contado a várias vozes, com personagens femininas muito fortes, em que o
ponto de vista da história se vai alterando. Júdice, tal como
Alegre, explicou que não se trata de uma narração simples, mas de um
romance em que por vezes encontramos documentos visuais que nos permitem
ver melhor o que foi essa época: “Junta fotografia com ficção.”
A
força do livro está para o crítico literário brasileiro José Castello,
que também fez parte do júri, “na insatisfação” que gera a escrita de
Gabriela Ruivo Trindade. “É uma escrita polifónica. Uma escrita que
mistura fotografia, árvore genealógica, é uma escrita inquieta”, disse
Castello ao PÚBLICO. “Muitas vezes existem livros bem narrados, bem
organizados mas escritos com medo. Escritos dentro de modelos clássicos,
repetitivos. E esse livro, mal você começa a ler, começa a descobrir
que está entrando num terreno que nunca pisou."
Para o
crítico, "essa aposta numa escrita muito original, num olhar original
sobre o mundo parece[-lhe] que foi o motivo mais forte para premiar esse
livro”. O romance tem “um entrelaçamento de histórias”, mas “o
principal são as vozes”. “Você nunca sabe direito os limites de fantasia
e de realidade. É um livro muito interessante, só lendo mesmo para
poder entender”, acrescentou.
Segundo o grupo Leya, esta foi, até
agora, a edição “mais concorrida e internacional” do prémio, com 491
originais oriundos de 14 países. Instituído em 2008 com o objectivo de
distinguir anualmente um romance inédito escrito em língua portuguesa, o
prémio foi nesse ano atribuído ao livro O Rastro do Jaguar, do
jornalista e ficcionista brasileiro Murilo Carvalho. No ano seguinte
venceu o escritor e historiador moçambicano João Paulo Borges Coelho,
com o romance O Olho de Hertzog, e em 2010 o júri, também então
presidido por Manuel Alegre, decidiu não atribuir o prémio, entendendo
que nenhum dos originais recebidos tinha qualidade para o receber.
Nos últimos dois anos, o Prémio Leya ficou em Portugal: em 2011 recebeu-o João Ricardo Pedro, com O Teu Rosto Será o Último, e ano passado foi a vez de Nuno Camarneiro, com o romance Debaixo de Algum Céu. http://www.publico.pt/cultura/noticia/gabriela-ruivo-trindade-vence-premio-leya-1609157