sábado, 26 de dezembro de 2020

Quem foi Serge Gainsbourg?

Serge Gainsbourg

Cantor e músico francês, Serge Gainsbourg nasceu a 2 de abril de 1928, em Paris, com o nome de Lucien Ginzburg, e morreu, na mesma cidade, a 2 de março de 1991. Os seus pais formavam um casal de judeus russos que fugiu para França após a chegada ao poder dos bolcheviques, em 1917.

Gaisnbourg, tendo desde cedo mostrado algum sentido estético, estudou arte, dedicando-se, na sua juventude, à pintura. Entretanto, começou a trabalhar como pianista no circuito de cabarés de Paris e acabou por ser recrutado para um espetáculo musical, "Milord L'Arsoille", onde, a contragosto, apareceu no papel de cantor. Serge Gainsbourg não gostava muito do seu próprio aspeto e, por isso, preferia singrar no mundo da música como compositor e produtor.

No entanto, em 1958, acabou por lançar um disco chamado Du Chant a la Une, a que se seguiram, em 1961, L'Ettonnant Serge Gainsbourg e, em 1963, Gaisnbourg Confidentiel, todos seguindo uma linha próxima do jazz. Só que estes trabalhos, em termos de vendas, revelaram-se um fracasso, e Serge só fazia sucesso com temas que compunha para outros artistas, como Petula Clark, Juliette Greco e Dionne Warwick.

Já no final da década de 60, Serge Gainsbourg conheceu e ficou amante da atriz francesa Brigitte Bardot. A atriz deu-lhe inspiração para compor uma série de temas eróticos, que viriam a ser interpretados pelo próprio casal. Dessa lista fizeram parte "Bonnie & Clyde", "Harley Davidson" e "Comic Strip" que homenageavam vários símbolos da cultura pop.

Mas a relação com Bardot durou pouco tempo e Serge envolveu-se a seguir com Jane Birkin, com quem gravou, em 1969, o dueto "Je T'Aime... Moi Non Plus". A canção tinha uma letra apaixonada e ardente, sendo acompanhada por uma respiração pesada, o que lhe valeu ser proibida em alguns locais. Mas, na Europa, subiu nos tops de vendas de muitos países, tornando-se num verdadeiro clássico da música pop.

Em 1971, o cantor francês lançou o álbum Histoire de Melody Nelson, onde eram abordadas as temáticas da droga, doenças, suicídio e misantropia, tendência que se seguiu nos trabalhos posteriores. 

Serge, embora nunca mais tenha repetido o sucesso alcançado nos finais da década de 60, continuou a ser um músico respeitado na Europa. Paralelamente, tornou-se um artista controverso graças a atitudes bizarras como aparecer vestido de travesti na capa de um disco ou galantear a cantora norte-americana Whitney Houston durante um programa de televisão transmitido em direto. 

A obra deste controverso cantor francês pode ser escutada em Initials S.G.(2003). Com 23 faixas, desde 1958 a 1980, este registo é um must para quem pretende descobrir uma obra que influenciou outros artistas e que marcou uma fase da música francesa.

in: infopedia.pt


sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

25 de dezembro de 2020 - O Dia de Natal

Cabana com Natividade Moranduzzo efeito noite 30x40x30 cm 1
imagem obtida in holyart.pt


Neste dia, o coração de quem é cristão, crente, praticante, está centrado no nascimento do Menino Jesus. 

Os presentes, ficam para depois. São importantes para demonstrar o amor ou a amizade entre as famílias ou os amigos, mas não estão, de modo algum, em primeiro lugar. São símbolos que nos fazem recordar a festa da família. 

O cristão percebe a importância de assinalar o Natal com gestos de fraternidade e ajuda para com os mais pobres, doentes e necessitados.

Bom Natal em família!

Transcrevo este texto que se segue, partilhando o espírito de Natal.

Vaticano: «O consumismo sequestrou o Natal», alerta o Papa 
Dez 20, 2020 

Francisco convidou a oferecer uma prenda aos mais necessitados, apelando à solidariedade, particularmente em ano de pandemia

Cidade do Vaticano, 20 dez 2020 (Ecclesia) – O Papa Francisco criticou hoje no Vaticano o consumismo associado à celebração do Natal, pedindo aos católicos que assinalem o nascimento de Jesus com atenção aos mais necessitados e com a oração.

“O consumismo, irmãos e irmãs, sequestrou o Natal. O consumismo não está na manjedoura de Belém, ali está a realidade, a pobreza, o amor”, disse, desde a janela do apartamento pontifício, antes da recitação da oração do ângelus.

“Não nos deixemos levar pelo consumismo. ‘Ah, tenho de comprar os presentes, tenho de fazer isto’, o frenesim de fazer coisas, coisas, coisas… O importante é Jesus”, acrescentou.

Perante centenas de peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, num momento de oração com transmissão online, o Papa referiu-se ao “momento difícil” provocado pela Covid-19.

Em vez de reclamarmos do que a pandemia nos impede de fazer, façamos algo por quem tem menos: não um enésimo presente para nós e para os nossos amigos, mas para uma pessoa necessitada, em quem ninguém pensa”.

Francisco deixou ainda outro conselho para a celebração do Natal, deixando votos de que seja “oportunidade de renovação interior, de oração, de conversão, de passos em frente na fé, e de fraternidade”.

“Para que Jesus nasça em nós, preparemos o coração, vamos rezar, não nos deixemos levar pelo consumismo”, declarou.

O Papa pediu atenção para quem se encontra “na indigência, o irmão que sofre, onde quer que se encontre”.

“O irmão que sofre pertence-nos, é Jesus na manjedoura. Aquele que sofre é Jesus”, realçou.

Pensemos um pouco nisto, para que o Natal seja aproximar-se de Jesus neste irmão, nesta irmã. É aí, no irmão em necessidade, que está o presépio para o qual devemos ir, com solidariedade; este é o presépio vivo, o presépio no qual encontraremos verdadeiramente o Redentor, nas pessoas em necessidade”.

No final do encontro, o Papa elogiou a mostra ‘100 presépios’ que, este ano, decorre na Colunata da Praça de São Pedro, falando numa “catequese da fé para o Povo de Deus”.

Francisco destacou como a arte procura “mostrar como nasceu Jesus”, numa “grande catequese” da fé cristã.

A exposição “100 Presépios no Vaticano” acontece ao ar livre, sob a colunata de Bernini que envolve a Praça São Pedro, devido às limitações impostas pela pandemia.

A mostra percorre 30 países, num convite a conhecer as diversas tradições de representar a cena da Natividade.

A entrada é controlada, mas gratuita, e feita num percurso de sentido único.

A reflexão dominical do Papa partiu do anúncio do nascimento de Jesus, feito a Maria (Lc 1, 28,31), um momento de alegria e também de incerteza.

“Tendo um filho, Maria teria transgredido a Lei, e as penas para as mulheres eram terríveis: estava previsto o apedrejamento”, recordou.

Francisco sublinhou que a resposta de Maria manifesta um “desejo forte” de corresponder à vontade de Deus, sem adiar decisões.

OC

Após a oração, o Papa disse que a pandemia criou especiais dificuldades aos trabalhadores marítimos.

“Muitos deles – estima-se que 400 mil, em todo o mundo – estão presos nos navios, para lá do termo dos seus contratos, e não podem regressar a casa”, alertou.

Francisco rezou à Virgem Maria, para que conforte estas pessoas e todos os que vivem situações de dificuldade, pedindo aos governos “façam o possível” para que os trabalhadores possam voltar a estar com os seus entes queridos.

Encontrei in agencia.ecclesia.pt

quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

24 de dezembro, a noite da consoada

Bacalhau.jpg
in visao.sapo.pt


Em Portugal, a ceia de natal recebe o nome de consoada sendo celebrada na noite do dia 24 de Dezembro, a véspera de Natal. Esta tradição leva as famílias a reunirem-se à volta da mesa de jantar, comendo uma refeição reforçada. Por ser uma festa de família, muitas pessoas percorrem longas distâncias para se juntarem aos seus familiares.

A origem do nome “Consoada” vem do Latim "consolata", de "consolare", "consolar".

Na tradição católica os fiéis participavam, ao final da noite, na Missa do Galo.

Segundo a tradição portuguesa, a Consoada consiste principalmente em bacalhau cozido, seguido dos doces, como aletria, rabanadas, filhoses e outros doces. Em algumas regiões do país (principalmente no Norte), o polvo guisado com couves e batatas também consta da mesa de Natal. Em Trás-os-Montes, peru no forno, canja de galinha e assados de borrego, porco ou leitão também marcam o Natal, enquanto na Beira Alta, o cabrito é uma tradição. No Alentejo e no Algarve, o peru recheado assado são pratos que podem constar das mesas.

A Consoada e os Presentes de Natal

Em Portugal, depois da Consoada, é tradição fazer a distribuição dos presentes de Natal.

No início do século XII d.C., os presentes eram distribuídos em nome de S. Nicolau, a 6 de Dezembro. Contudo, a Contrarreforma católica do Concílio de Trento (1545 – 1563) passou essa função ao Menino Jesus, sendo a distribuição feita no dia 25 de Dezembro, assinalando a data do nascimento de Jesus.


Os pratos tipicos de Natal de Norte a Sul de Portugal | Mulher Portuguesa
in mulherportuguesa.com