sábado, 17 de março de 2012
sexta-feira, 16 de março de 2012
Um Poema: "Diante de uma criança", de Carlos Drummond de Andrade
DIANTE DE UMA CRIANÇA
Como fazer feliz meu filho?
Não há receitas para tal.
Todo o saber, todo o meu brilho
De vaidoso intelectual
vacila ante a interrogação
gravada em mim, impressa no ar.
Bola, bombons, patinação
Talvez bastem para encantar?
Imprevistas, fartas mesadas,
louvores, prémios, complacências,
milhões de coisas desejadas,
concedidas sem reticências?
Liberdade alheia a limites
perdão de erros, sem julgamento,
e dizer-lhe que estamos quites,
conforme a lei do esquecimento?
Submeter-se à sua vontade
sem ponderar, sem discutir?
Dar-lhe tudo aquilo que há
e entontecer um grão-vizir?
E se depois de tanto mimo
Que o atraia, ele se sente
Pobre, sem paz e sem arrimo,
Alma vazia, amargamente?
Não é feliz. Mas que fazer
para consolo desta criança?
Como em seu íntimo acender
uma fagulha de confiança?
Eis que acode meu coração
e oferece, como uma flor,
a doçura desta lição:
dar a meu filho meu amor.
Pois o amor resgata a pobreza,
vence o tédio, ilumina o dia
e instaura em nossa natureza
a imperecível alegria.
Carlos Drummond de Andrade
(Brasil, 1901- 1987)
quinta-feira, 15 de março de 2012
Baraço...Embaraço... sentir-se embaraçado
baraço
s. m.s. m.
1. Corda delgada. = BARAÇA, CORDEL, FIO
2. Corda para enforcar.
embaraçar - Conjugar
v. tr.
1. Causar embaraço a; estorvar; obstruir.
2. Complicar.
3. Perturbar; enlear.
4. [Popular] Tornar grávida (a mulher).
v. pron.
5. Sentir embaraço; embrulhar-se; perturbar-se.
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Expressões Curiosas
quarta-feira, 14 de março de 2012
terça-feira, 13 de março de 2012
Furto e Roubo - qual a diferença de significado?
Fonte: Dicionário Priberam da Língua Portuguesa
http://www.priberam.pt/dlpo/Default.aspx
Roubo versus furto
roubo
s. m.
1. Acto.Ato.Ato ou efeito de roubar.
2. Aquilo que se rouba.
3. [Figurado] Preço excessivo.
roubar - Conjugar
v. tr. e intr.v. tr. e intr.
1. Tirar o que está em casa alheia ou o que outrem leva consigo.
2. Cometer fraude em.
3. Subtrair às escondidas, furtar.
4. Rapar.
5. Despojar de.
6. Plagiar; dar como invenção sua o que outrem inventou.
7. [Figurado] Arrebatar, enlevar, arroubar, extasiar.
v. pron.v. pron.
8. Esquivar-se.
furto
s. m.
1ª pess. sing. pres. ind. de furtar
furto
s. m.s. m.
1. Acto.Ato.Ato ou efeito de furtar.
2. Aquilo que se furtou.
a furto: ocultamente, dissimuladamente.
furtar - Conjugar
v. tr.
1. Subtrair fraudulentamente, sem violência.
2. Apresentar como de própria lavra (o que é de lavra alheia).
3. Desviar.
4. Falsificar (imitando).
v. pron.v. pron.
5. Desviar-se; eximir-se, esquivar-se.
furtar as voltas: não correr a direito, mas sim furtando o corpo.
http://www.priberam.pt/dlpo/Default.aspx
Roubo versus furto
roubo
s. m.
1. Acto.Ato.Ato ou efeito de roubar.
2. Aquilo que se rouba.
3. [Figurado] Preço excessivo.
roubar - Conjugar
v. tr. e intr.v. tr. e intr.
1. Tirar o que está em casa alheia ou o que outrem leva consigo.
2. Cometer fraude em.
3. Subtrair às escondidas, furtar.
4. Rapar.
5. Despojar de.
6. Plagiar; dar como invenção sua o que outrem inventou.
7. [Figurado] Arrebatar, enlevar, arroubar, extasiar.
v. pron.v. pron.
8. Esquivar-se.
furto
s. m.
1ª pess. sing. pres. ind. de furtar
furto
s. m.s. m.
1. Acto.Ato.Ato ou efeito de furtar.
2. Aquilo que se furtou.
a furto: ocultamente, dissimuladamente.
furtar - Conjugar
v. tr.
1. Subtrair fraudulentamente, sem violência.
2. Apresentar como de própria lavra (o que é de lavra alheia).
3. Desviar.
4. Falsificar (imitando).
v. pron.v. pron.
5. Desviar-se; eximir-se, esquivar-se.
furtar as voltas: não correr a direito, mas sim furtando o corpo.
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Língua Portuguesa
segunda-feira, 12 de março de 2012
"Portugal à rasca"...
Passa hoje um ano sobre a grande manifestação da "geração à rasca" e ao procurar a efeméride na imprensa escrita, encontrei um artigo que reflete o que vai na alma de quem vai para a rua gritar, contestando a situação em que o país se encontra.
Gostaria, no entanto, que refletíssemos maduramente sobre o assunto e que nos interrogássemos também, quais os verdadeiros motivos que levaram Portugal a chegar ao ponto que todos nós conhecemos.
Gostaria, no entanto, que refletíssemos maduramente sobre o assunto e que nos interrogássemos também, quais os verdadeiros motivos que levaram Portugal a chegar ao ponto que todos nós conhecemos.
"Um ano depois, a geração à rasca deu lugar ao Portugal à rasca
12 Março 2012
01:09
Bruno Simões - brunosimoes@negocios.pt
Há um ano, centenas de milhares de portugueses manifestaram-se nas ruas contra o fim da precariedade, por um futuro melhor. Hoje, está quase tudo pior, lamentam os organizadores. Ainda assim, as pessoas descobriram que têm voz, estão mais conscientes e atentas à política, dizem.
Não é fácil perceber o que mudou para melhor desde que, a 12 de Março, o País assistiu a uma das maiores manifestações de que há memória, sem qualquer estrutura partidária ou sindical por detrás. Na altura, os ingredientes que confeccionaram o protesto foram vários, como recorda Alexandre Sousa Carvalho, um dos organizadores do protesto: a canção “Parva que Sou”, dos Deolinda, verbalizava a insatisfação de uma geração de licenciados que não conseguia encontrar estabilidade laboral; a Primavera Árabe continuava a derrubar ditadores no Norte de África e Médio Oriente. E o Governo Sócrates vivia uma fase de muita contestação. A soma destas partes foi igual a 300 mil pessoas na rua em Lisboa e no Porto.
“Sempre dissemos que os partidos e os sindicatos são essenciais e indispensáveis”, atesta Alexandre Sousa Carvalho. “Não dizemos que a culpa desta situação é apenas dos partidos; ela cabe a todos: a nós, aos partidos, aos sucessivos Governos”, assinala. Mas atenção: quando o Governo diz que os portugueses vivem acima das suas possibilidades, tem grandes responsabilidades nisso: “Quando se usa esse argumento, ignora-se que o modelo de desenvolvimento do País foi feito com base no crédito, em todos os segmentos”.
Hoje, a Primavera Árabe procura derrubar mais um líder – desta feita na Síria. Por cá, o Governo mudou, e até trouxe um “bónus”: a troika, pedida por José Sócrates a 6 de Abril, para resolver o problema de financiamento do País. “Um ano depois temos um Portugal à rasca. As medidas que estão a ser tomadas não têm em conta as pessoas, e estão a colocar-nos em recessão. Não há estabilidade profissional, o desemprego continua a aumentar”, lamenta Paula Gil, uma das organizadoras (são quatro) do 12 de Março – que deu origem ao Movimento 12 de Março (M12M). A descrição é facilmente entendível, numa altura em que o próprio Presidente da República se queixa da sua reforma.
Alexandre Sousa Carvalho lamenta que a precariedade não tenha sido “tratada”. “Uma das nossas acções, em conjunto com outros movimentos, foi uma iniciativa laboral cidadã, um projecto-Lei para o qual recolhemos 36 mil assinaturas, e que agora está na Assembleia da República. Reunimo-nos com a bancada do PSD para discutir a proposta, e disseram-nos que não a tinham lido, apesar de ela apenas ocupar uma folha A4”, conta um dos membros do movimento. “Além disso, as crises política e económica estão mais graves e o desemprego em níveis que já não víamos há 20 anos”, observa.
Os “D. Sebastiões” da Sociedade Civil
Uma das mais recentes sugestões do M12M passa por “tomar de assalto” o poder local nas próximas eleições autárquicas – em Outubro de 2013. Será para mostrar que estes políticos não servem? “Não, apenas queremos que as pessoas se envolvam”, explica Paula Gil. “Urgimos à sociedade civil que esteja presente na democracia. Os movimentos cívicos são uma forma importante de o fazer, que complementa os partidos”, completa Sousa Carvalho. Além do mais, “o poder local é aquele que está mais próximo das pessoas, o que mais facilmente identifica as suas necessidades”.
“Sempre dissemos que os partidos e os sindicatos são essenciais e indispensáveis”, atesta Alexandre Sousa Carvalho. “Não dizemos que a culpa desta situação é apenas dos partidos; ela cabe a todos: a nós, aos partidos, aos sucessivos Governos”, assinala. Mas atenção: quando o Governo diz que os portugueses vivem acima das suas possibilidades, tem grandes responsabilidades nisso: “Quando se usa esse argumento, ignora-se que o modelo de desenvolvimento do País foi feito com base no crédito, em todos os segmentos”.
Nos últimos 366 dias (não esquecer que 2012 é ano bissexto), o M12M lançou uma auditoria cidadã à dívida, associou-se à manifestação mundial de 15 de Outubro, tentou eliminar dos Censos a pergunta 32 (que sugeria os recibos verdes a assumir-se como contratados a prazo), entregou no Parlamento a iniciativa laboral cidadã, que pretende “reforçar aspectos específicos do Código Laboral” que eliminem a precariedade. Apesar de nada ter mudado, “uma das grandes vitórias foi a precariedade ser tema da agenda pública. E, a seguir ao 12 de Março, assistimos a uma série de movimentações de associativismo cidadão”, congratula-se Alexandra Sousa Carvalho. A repercussão do movimento na comunicação social foi tal que, sempre que algo acontece na sociedade civil, os média procuram o M12M, “como se fôssemos os D. Sebastiões da sociedade civil”, brinca.
Uma sociedade mais viva e desperta
Há muitos motivos para estar satisfeito com o pós-12 de Março. “A partir da manifestação sentimos um aumento na vivacidade da sociedade civil, que começou a envolver-se em debates e a estar mais consciente. Foi um despertar para a política nacional, o que mostrou que as pessoas gostam de participar em iniciativas concretas”, resume Paula Gil. Por seu turno, Sousa Carvalho acredita que “as pessoas perceberam o poder que têm, que a democracia somos nós que a fazemos, são as pessoas que decidem”.
O M12M, que Alexandre Sousa Carvalho se recusa a catalogar como sendo de esquerda ou de direita (apesar de “os eus membros serem quase todos de esquerda”), vai continuar a “desmontar certos discursos e a perceber por que certas decisões são tomadas”. O objectivo deste “grupo de amigos, completamente horizontal, que funciona em rede” vai continuar a ser “ajudar as pessoas a encontrar respostas”. Como por exemplo para a austeridade: será uma inevitabilidade? “Não. Isso é quase como uma profecia auto-realizável, porque o Governo sempre disse que era este o caminho que queria seguir”.
Para hoje, o M12M sugere que cada pessoa coloque uma ideia para o País na sua janela, estampada numa t-shirt ou vertida num cartaz. Uma forma de mostrar que as pessoas estão "unidas e confiantes". Algo que faz o contraponto com, por exemplo, o incitamento do Governo à emigração. “Essa sugestão revela um desrespeito total pelas pessoas e o assumir da incompetência do Estado na resolução dos problemas dos jovens”, critica Alexandre Sousa Carvalho."
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Política/Sociedade
O Novo Acordo Ortográfico continua a fazer correr "rios de tinta"...
Para meditar...é bom que refli(c)tamos maduramente sobre o assunto...
Transcrição de um texto, cujo autor é um jornalista brasileiro.
"Omens sem H
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Espantam-se? Não se espantem. Lá chegaremos. No Brasil, pelo menos, já se escreve "umidade". Para facilitar? Não parece. A Bahia, felizmente, mantém orgulhosa o seu H (sem o qual seria uma baía qualquer), Itamar Assumpção ainda não perdeu o P e até Adriana Calcanhotto duplicou o T do nome porque fica bonito e porque sim.
Isto de tirar e pôr letras não é bem como fazer lego, embora pareça. Há uma poética na grafia que pode estragar-se com demasiadas lavagens a seco. Por exemplo: no Brasil há dois diários que ostentam no título esta antiguidade: Jornal do Commercio. Com duplo M, como o genial Drummond. Datam ambos dos anos 1820 e não actualizaram o nome até hoje. Comércio vem do latim commercium e na primeira vaga simplificadora perdeu, como se sabe, um M.
Nivelando por baixo, temendo talvez que o povo ignaro não conseguisse nunca escrever como a minoria culta, a língua portuguesa foi perdendo parte das suas raízes latinas. Outras línguas, obviamente atrasadas, viraram a cara à modernização. É por isso que, hoje em dia, idiomas tão medievais quanto o inglês ou o francês consagram pharmacy e pharmacie (do grego pharmakeia e do latim pharmacïa) em lugar de farmácia; ou commerce em vez de comércio.
O português tem andado, assim, satisfeito, a "limpar" acentos e consoantes espúrias. Até à lavagem de 1990, a mais recente, que permite até ao mais analfabeto dos analfabetos escrever sem nenhum medo de errar. Até porque, felicidade suprema, pode errar que ninguém nota. "É positivo para as crianças", diz o iluminado Bechara, uma das inteligências que empunha, feliz, o facho do Acordo Ortográfico.
É verdade, as crianças, como ninguém se lembrou delas? O que passarão as pobres crianças inglesas, francesas, holandesas, alemãs, italianas, espanholas, em países onde há tantas consoantes duplas, tremas e hífens? A escrever summer, bibliographie, tappezzería, damnificar, mitteleuropäischen? Já viram o que é ter de escrever Abschnitt für sonnenschirme nas praias em vez de "zona de chapéus de sol"? Por isso é que nesses países com línguas tão complicadas (já para não falar na China, no Japão ou nas Arábias, valha-nos Deus) as crianças sofrem tanto para escrever nas línguas maternas.
Portugal, lavador-mor de grafias antigas, dá agora primazia à fonética, pois, disse-o um dia outra das inteligências pró-Acordo, "a oralidade precede a escrita". Se é assim, tirem o H a homem ou a humanidade que não faz falta nenhuma. E escrevam Oliúde quando falarem de cinema. A etimologia foi uma invenção de loucos, tornemo-nos compulsivamente fonéticos.
Mas há mais: sabem que acabou o café-da-manhã? Agora é café da manhã. Pois é, as palavras compostas por justaposição (com hífens) são outro estorvo. Por isso os "acordistas" advogam cor de rosa (sem hífens) em vez de cor-de-rosa. Mas não pensaram, ó míseros, que há rosas de várias cores? Vermelhas? Amarelas? Brancas? Até cu-de-judas deixou, para eles, de ser lugar remoto para ser o cu do próprio Judas, com caixa alta, assim mesmo. Só omens sem H podem ter inventado isto, é garantido.
Por Nuno Pacheco
Jornalista, brasileiro"
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Novo acordo ortográfico (N.A.O.)
domingo, 11 de março de 2012
Reflexões
"A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos." Charles Chaplin
"Viva o hoje, pois o ontem já se foi e o amanhã talvez não venha." Antoine de Saint-Exupéry
"Viva o hoje, pois o ontem já se foi e o amanhã talvez não venha." Antoine de Saint-Exupéry
Filipa Sousa Ganhou o Festival da Canção
Referência:
jornal Correio da Manhã, de 11.03.2012
"Filipa Sousa vence Festival da Canção
'Vida Minha' de Filipa Sousa venceu a edição deste ano do Festival da Canção e irá representar Portugal no concurso europeu, no Azerbeijão.
11 Março 2012
Filipa Sousa
'Vida Minha' vai representar Portugal no Azerbeijão
"Estive para não concorrer e foi o meu pai que me convenceu. Tinha concorrido outros anos e nunca foi escolhida", confessou a concorrente pouco depois de saber que tinha sido escolhida por unanimidade pelos votos do júri e do público.
Com uma lágrima no canto do olho, Filipa Sousa ainda não tinha descido à terra logo após o concurso. "Ainda bem que renovei o passaporte recentemente. Só quero poder orgulhar o país com a minha prestação", afirmou a ex-concorrente do programa da RTP 'Operação Triunfo' de 2007.
"Vida Minha" foi composta por Andrej Babic (música) e Carlos Coelho (letra).
Na edição deste ano, os concorrentes foram convidados a fazer uma homenagem ao Fado, eleito no ano passado Património da Humanidade.
A canção vencedora irá competir numa das duas semi-finais do Festival Eurovisão da Canção 2012, a 24 de Maio em Baku, no Azerbaijão. A outra semi-final acontecerá a 22 de Maio. A final do concurso decorrerá a 26 de Maio em Baku."
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Música Portuguesa
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