sábado, 30 de outubro de 2010

Mario Vargas Llosa - Prémio Nobel de Literatura de 2010!


O escritor peruano, Mario Vargas Llosa,  de 74 anos, foi distinguido com o Prémio Nobel da Literatura de 2010.

"Prémio Nobel da Literatura 2010 
O Prémio Nobel da Literatura 2010 foi atribuído ao escritor peruano Mario Vargas Llosa, pela cartografia das estruturas de poder e pelas suas imagens mordazes da resistência, revolta e derrota dos indivíduos das suas obras.
Mario Vargas Llosa, nascido a 28 de Março de 1936, é licenciado em Letras e Direito. Recebeu um prémio de 10 milhões de coroas suecas, cerca de 1 milhão de euros."

Consultar também: Jornal de Letras.pt, nº 1045, 20 de outubro a 2 de novembro de 2010, páginas 12 a 14 (artigo de Maria Fernanda Abreu e entrevista da colaboradora especialista de literaturas de língua castelhana, professora Maria Leonor Nunes, da FSCH da Univ. Nova de Lisboa e coordenadora da sua área de Estudos Hispânicos, a Mario Vargas Llosa).

Assim que recebeu a notícia, declarou o seguinte a um grupo de jornalistas: "Desde o princípio pensei que a Academia Sueca não me estava a premiar apenas a mim  mas à língua em que escrevo e à região de que procedo".

Nesse mesmo dia, prestou igualmente declarações à TV espanhola, apressando-se a clarificar que aquele prémio que agora recebia se devia ao Peru, o seu país, pois tem sido este quem lhe tem proporcionado a matéria para os livros que tem escrito.

O escritor peruano tem também nacionalidade espanhola, dai, muitos falarem que o prémio foi atribuído a um escritor "hispano-peruano".

MVL pertence a uma geração de escritores latino-americanos "engagés" que, como ele próprio o diz, se sentem  obrigados,  a intervir cívica e politicamente.

Para Mario Vargas Llosa, "a literatura é, entre as criações humanas, a que tem mostrado mais resistência a dobrar-se perante o poder, a que melhor tem lutado contra as suas investidas."

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

No final da semana, leitura de alguns poemas para relaxar...



Poemas de Alberto de Lacerda

"Alberto Lacerda nasceu na ilha de Moçambique, tendo partido para Londres na década de 50. Faleceu naquela cidade, em 2007. A sua poesia é conhecida por ser pouco adjectivada, mas forte em imagens e no sentido das coisas comuns." http://livros.sapo.pt/agenda/artigo/16688.html


Não encontraste a rua
Não encontraste a rua
Não encontraste a casa
Não encontraste a mesa
No café que alguém
Por engano indicou.

Mas a cidade é esta
E não outra
Não encontraste o rosto
O anel caiu
Ninguém sabe aonde.

Falemos de Miosótis
Visto que Você não quer que as coisas continuem
Assim
Nesse caso
Falemos de miosótis
Flor sobre a qual não sabemos
Nada

Imagem
No firme azul do desdobrado céu
Decantarei a mínima magia
Das sensações mais puras, melodia
Da minha infância, onde era apenas Eu.

Da realidade nua desce um véu
Que, já sem mar, apenas maresia,
me vem tecer aquela chuva fria,
Que prende esta janela ao claro céu.

Despido o ouropel desvalioso,
Já não apenas servo, mas o Rei
Da luz da minha lâmpada nomeia,

Assim procuro o centro misterioso
Do mundo que hoje habito, onde serei
Concêntrica expressão da vida inteira.

Hino ao Tejo
Ó Tejo das asas largas
Pássaro lindo que se ouve em todas as ruas de Lisboa
Ó coroa duma cidade maravilhosa
Ó manto célebre nas cortes do mundo inteiro
Faixa antiga duma cidade mourisca
Fénix astro caravela líquida
Silêncio marulhante das coisas que vão acontecer
Deslizar sem desastres sem fado sem presságio
Tu ó majestoso ó Rei ó simplicidade das coisas belíssimas
Nas tardes em que o sol te queima passo junto de ti
E chamo-te numa voz sem palavras marejada de lágrimas
Meu irmão mais velho

"Nascido no Norte de Moçambique, Alberto de Lacerda veio para Lisboa em 1946. Em 1951 fixou-se em Londres trabalhando como locutor e jornalista da BBC, efectuando um notável trabalho de divulgação de poetas como Camões, Pessoa e Sena. Nos anos seguintes viajou pela Europa e esteve no Brasil em 1959 e 1960. A partir de 1967 começa a leccionar na Universidade de Austin, no Texas, EUA, onde se manteve durante cinco anos, fazendo uma breve passagem pela Universidade de Columbia, de Nova Iorque, até se fixar, em 1972, como professor de poética, na Universidade de Boston, Massachusetts.

Estreou-se em Portugal com uma série de poemas publicados na revista Portucale. Foi um dos fundadores da revista de poesia Távola Redonda, juntamente com Ruy Cinatti, António Manuel Couto Viana e David Mourão-Ferreira. Os seus poemas foram traduzidos para o inglês, castelhano, alemão e holandês, entre várias outras línguas. É descrito como possuindo uma linguagem pouco adjectivada mas rica em imagística, reveladora de um mundo misterioso oculto na vulgaridade das coisas. Alberto de Lacerda é também autor de colagens, tendo chegado a expor, nos anos 80, na Sociedade Nacional de Belas Artes, de Lisboa.

Faleceu em Londres a 26 de Agosto de 2007. Apesar do número relativamente pequeno de obras publicadas, Lacerda deixou um vasto espólio e de grande importância, composto, nomeadamente, por correspondência com grandes figuras da cultura, estrangeiras e portuguesas, tais como Maria Helena Vieira da Silva e o marido Árpád Szenes ou ainda Paula Rego." http://pt.wikipedia.org/wiki/Alberto_de_Lacerda



quinta-feira, 28 de outubro de 2010

O Escritor Português Eça de Queiroz


José Maria de Eça de Queiroz, nasceu em 25 de Novembro de 1845, na Póvoa de Varzim.

Era filho natural de José Maria de Almeida Teixeira de Queiroz (magistrado) e de D. Carolina Augusta Pereira de Eça. Os pais registaram-no como filho de mãe incógnita. Foi baptizado em Vila do Conde e viveu em Verdemilho até ao ano de 1855, com os  avós paternos. Os pais casaram-se quatro anos após o nascimento do escritor.

Foi matriculado no Colégio da Lapa, na cidade do Porto, em 1855, estabelecimento esse dirigido pelo pai de Ramalho Ortigão. Aí estudou  até entrar na Universidade.

Em 1861, matriculou-se  na Faculdade de Direito de Coimbra. Ali veio a conhecer Teófilo Braga e Antero de Quental .

Formou-se em Direito em 1866 e resolveu ir viver para Lisboa, para casa dos seus pais (no Rossio, 26, 4º andar). 

Inscreveu-se como advogado no Supremo Tribunal de Justiça.

Começou a publicar folhetins na Gazeta de Portugal (10 artigos reunidos em Prosas Bárbaras) e foi aí que conheceu Jaime Batalha Reis.

Apesar de manter a sua colaboração na Gazeta, no final do ano de 1866, decidiu partir para Évora, fundando o Distrito de Évora (um jornal da oposição) que acabará por deixar decidindo regresssar a Lisboa 

Iniciou a sua actividade como advogado  no ano de 1867. Ao formar-se O Cenáculo, no final desse ano,  Eça contava-se como um dos primeiros membros; dele farão parte também, entre outros,  Ramalho Ortigão, Salomão Saragga, Jaime Batalha Reis, José Fontana, Augusto Fuschini,  Oliveira Martins...

Em 1869, Eça de Queiroz iniciou uma Viagem pelo Egipto e Canal de Suez em companhia do conde de Resende.

Regressou a Lisboa, em 1870, resolvendo publicar  no Diário de Notícias os relatos da viagem, a que deu o título «De Port-Said a Suez»; publicou tambèm no DN O Mistério da Estrada de Sintra, contando com a colaboração de Ramalho Ortigão.

Em Setembro, nas provas que prestou para cônsul de 1ª classe, obteve o primeiro lugar.

1871: surgiu o 1º número d' As Farpas, da autoria de  Ramalho Ortigão e Eça de Queiroz. Também foi neste ano que tiveram  lugar as Conferências Democráticas do Casino Lisbonense. Proibidas pelo governo de serem continuadas, o programa idealizado acabou por não ser cumprido.

Eça foi nomeado cônsul de 1ª classe nas Antilhas espanholas, no ano de 1872 e no fim do ano tomou posse em Havana, onde ficou durante dois anos. Em 1873 viajou pela América Central, Estados Unidos e Canadá. Em 1875 publicou o conto Singularidades de uma Rapariga Loira. Foi transferido para o consulado de NewCastle-on-Tyne.

Foi em 1876 que surgiu a 1ª edição do livro O Crime do Padre Amaro. É em NewCastle que termina O Primo Basílio, que viria a ser publicado em 1878.

É transferido para o consulado de Bristol e em 1885 visitou Émile Zola em Paris. Em 1886 casou-se com Emília de Castro Pamplona (Resende), no Porto, no oratório particular da Quinta de Santo Ovídio.

Publicou A Relíquia, em 1887 e em 1888 foi nomeado Cônsul em Paris. Publicou os Maias neste último ano.

Publicou, em 1890, o primeiro volume de Uma Campanha Alegre nele se encontrando a colaboração de Eça de Queiroz, n'As Farpas.

Traduziu As Minas de Salomão, de Henry Rider Haggard, em 1891.

Eça de Queiroz morreu em 1900, a 16 de Agosto, em Neully. O seu corpo foi trasladado para Portugal, para o cemitério do Alto de São João, em Lisboa.


quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Qual a forma correcta?

Qual das duas formas está correcta?

Tomemos este exemplo:

"- A Manuela é uma pessoa muito humilde; é humílima - diz a Antónia.

 - Tenho pena dela, coitada, passa por muitas privações; eu diria mais: ela é humildíssima - responde a Josefina."

As duas formas apresentadas em itálico, estão correctas.

Há, no entanto, uma delas que é mais correcta, devido ao facto de provir do feminino do superlativo da forma latina humillimus.


A forma humildíssima é formada a partir da palavra humilde, com o acrescentamento da terminação -íssimo.

Também é usada a variante humilíssimo(a).

Referência: "BOM PORTUGUÊS", RTP, Porto Editora.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

"Imaginem", um artigo de Mário Crespo



Transcrevo, na íntegra um artigo escrito por Mário Crespo (ex-cronista do JN), para que se reflicta bem como é possível, num país, por vezes, mudar as coisas para melhor! Não custa tentar!

Também não será fácil mudar aquilo que está "mal instituído", mas para bem de uma sociedade inteira...decerto que valerá a pena, quanto mais não seja, para haver maior equidade e justiça...já que esses valores andam tão arredados das nossas vidas quotidianas...

Que bom seria, se se concretizasse o que Mário Crespo nos pede para "imaginarmos"...!!!

"Imaginem 

00h30m


Imaginem que todos os gestores públicos das 77 empresas do Estado decidiam voluntariamente baixar os seus vencimentos e prémios em dez por cento.

Imaginem que decidiam fazer isso independentemente dos resultados. Se os resultados fossem bons as reduções contribuíam para a produtividade. Se fossem maus ajudavam em muito na recuperação.


Imaginem que os gestores públicos optavam por carros dez por cento mais baratos e que reduziam as suas dotações de combustível em dez por cento.


Imaginem que as suas despesas de representação diminuíam dez por cento também. Que retiravam dez por cento ao que debitam regularmente nos cartões de crédito das empresas.


Imaginem ainda que os carros pagos pelo Estado para funções do Estado tinham ESTADO escrito na porta. Imaginem que só eram usados em funções do Estado.


Imaginem que dispensavam dez por cento dos assessores e consultores e passavam a utilizar a prata da casa para o serviço público.


Imaginem que gastavam dez por cento menos em pacotes de rescisão para quem trabalha e não se quer reformar.


Imaginem que os gestores públicos do passado, que são os pensionistas milionários do presente, se inspiravam nisto e aceitavam uma redução de dez por cento nas suas pensões. Em todas as suas pensões. Eles acumulam várias. Não era nada de muito dramático. Ainda ficavam, todos, muito acima dos mil contos por mês. Imaginem que o faziam, por ética ou por vergonha.

Imaginem o efeito que isto teria no défice das contas públicas.


Imaginem os postos de trabalho que se mantinham e os que se criavam.


Imaginem os lugares a aumentar nas faculdades, nas escolas, nas creches e nos lares.


Imaginem este dinheiro a ser usado em tribunais para reduzir dez por cento o tempo de espera por uma sentença. Ou no posto de saúde para esperarmos menos dez por cento do tempo por uma consulta ou por uma operação às cataratas.


Imaginem remédios dez por cento mais baratos. Imaginem dentistas incluídos no serviço nacional de saúde.


Imaginem a segurança que os municípios podiam comprar com esses dinheiros.


Imaginem uma Polícia dez por cento mais bem paga, dez por cento mais bem equipada e mais motivada.


Imaginem as pensões que se podiam actualizar. Imaginem todo esse dinheiro bem gerido.


Imaginem IRC, IRS e IVA a descerem dez por cento também e a economia a soltar-se à velocidade de mais dez por cento em fábricas, lojas, ateliers, teatros, cinemas, estúdios, cafés, restaurantes e jardins.


Imaginem que o inédito acto de gestão de Fernando Pinto, da TAP, de baixar dez por cento as remunerações do seu Conselho de Administração nesta altura de crise na TAP, no país e no Mundo é seguido pelas outras setenta e sete empresas públicas em Portugal.

Imaginem que a histórica decisão de Fernando Pinto de reduzir em dez por cento os prémios de gestão, independentemente dos resultados serem bons ou maus, é seguida pelas outras empresas públicas.


Imaginem que é seguida por aquelas que distribuem prémios quando dão prejuízo.


Imaginem que país podíamos ser se o fizéssemos.

Imaginem que país seremos se não o fizermos."


segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Novo romance de António Lobo Antunes

No Jornal de Letras número 1044, de 6 a 19 de Outubro, pode ler-se um artigo de Maria Alzira Seixo, a propósito do novo romance de António Lobo Antunes "Sôbolos Rios Que Vão" (da D. Quixote), que se encontra nas livrarias desde 18 de Outubro.

Para esta especialista do estudo da obra do escritor, o título do romance retoma o 1º verso "das mais célebres redondilhas de Camões, também conhecidas por «Babel e Sião»...(...)", sugerindo que sejam relidas...

Maria Alzira Seixo considera que, a reflexão autobiográfica "consegue aliar-se em ambos os escritores, à expressão literária, de um modo artístico insuperável". Reconhecendo que não tem tendência para aceitar "biografismos", acha que um texto bem conseguido por um autor, a nível criativo e artístico, ultrapassa os factos. O que prevalece, é a "felicidade da expressão literária com que o autor a comunica".

E a que rios se refere Lobo Antunes, no seu novo romance? São os que constituem o rio Mondego, desde que nasce, passando por todos os outros que lhe vão dando forma e que dele partem, "até constituírem a corrente que segue para a foz".

Nesta altura, M.A.S. refere que o leitor se apercebe que o narrador (personagem na terceira pessoa e que se encontra com cancro no hospital, sofrendo tratamentos), tem a ver com o autor, na medida em que conta como o pai lhe deu a conhecer a nascente do rio, na Serra da Estrela, facto que o marcou para sempre. A nascente Simboliza a Vida perante a iminência da Morte.

Passagens importantes da leitura da obra por  Maria Alzira Seixo, que nos ajudam muito a compreendê-la:...(...)..."O curso do rio é ainda uma forma de comunicar um percurso ficcional da vida...(...)...(...).Nele sobressaem a tutela do pai, junto à origem, e a visão protectora da mãe...(...) ...(...)...(...)". "E afluentes são as personagens...(...)...(...)...Todas convergem, porém, para a importância central da mãe e do pai...(...)...(...) ... a carga matricial da figura da progenitora, fonte de vida...(...)...(...)...A sua presença no final da narrativa, que lhe confere um peso significativo assinalável, como que sublinha toda a actuação protectora no interior hospitalar...(...)...(...)... a saída do hospital (curado), a saída da doença... ... o milagre de continuar existindo."

Referência: JL, nº 1044, pág. 24.
Leituras Maria Alzira Seixo Os Rios de Lobo Antunes

 

domingo, 24 de outubro de 2010

24 de Outubro - Dia das Nações Unidas



Oficialmente, a ONU foi fundada a 24 de Outubro de 1945 (São Francisco, Califórnia), à qual aderiram 51 países, após a 2ª Guerra Mundial. Tentou desenvolver estratégias para que se evitasse um novo confronto armado mundial.

A primeira Assembleia Geral teve lugar em Londres, a 10 de Janeiro de 1946.

Actualmente, a sua sede principal é em Nova Iorque e conta com 192 países membros. A França, o Reino Unido, a Rússia, a China e os Estados Unidos fazem parte do Conselho de Segurança e é de referir que estes países têm poder de veto em resoluções tomadas pela ONU.

Sendo a maior organização internacional, o seu objectivo principal é criar e colocar em prática mecanismos que permitam a  segurança internacional, o desenvolvimento económico, ao mesmo tempo que se definem as leis internacionais, e se fomenta o progresso social e o respeito pelos direitos humanos.

Têm lugar frequentes reuniões com vista à criação de leis e projectos de cariz político, administrativo e diplomático internacional. É composta por organismos administrativos, citando-se alguns: Assembleia Geral, Conselho Económico e Social, Tribunal Internacional de Justiça.



Dia das Missões

Hoje, domingo, dia 24 de Outubro, a Igreja Católica assinala o Dia Mundial das Missões.

O programa 70x7, na RTP2, pelas 09h00, neste Domingo apresentou a acção da Igreja Católica pela continuidade de uma causa missionária,  que se pretende como uma "luta primeira";  o projecto de Missão, desenvolvido pela Diocese do Porto ao longo do ano 2010, é um desses exemplos.

Na próxima segunda-feira, D. António Couto, Presidente da Comissão Episcopal das Missões, fará uma análise da Carta "Para um rosto missionário da Igreja".

É uma altura propícia para que o pensamento dos cristãos se deixe inundar pela fé e solidariedade obrigando-os a reflectir se têm vocação e espírito de evangelização para se darem aos outros, por esse mundo fora.

João Paulo II disse: "Exorto todas as Igrejas, os pastores, os sacerdotes, os religiosos/as e os fiéis a abrirem-se à universalidade da Igreja, evitando toda a forma de particularismo, exclusivismo ou qualquer sentimento de auto-suficiência".