sábado, 9 de fevereiro de 2019

Os jovens, hoje, são preguiçosos?

Encontrei um artigo muito interessante que nos obriga a refletir sobre as atitudes dos jovens em várias circunstâncias nos dias de hoje!

Costumamos ouvir dizer que "eles hoje não estão para se ralar, só querem é curtir a vida, e não são nada dados a sacrifícios, como os jovens de outrora"...

É o conflito de gerações, ou é mais qualquer coisa?

Vamos ouvir mais uma opinião para além daquelas que normalmente surgem em conversas banais no nosso dia-a-dia; esta aqui é expressa por Marta Gonçalves Miranda, diretora-executiva da MAGG Newsletter, 08.02.2019:

"Será que os jovens são mesmo uns preguiçosos?

Por MARTA GONÇALVES MIRANDA  Diretora-executiva

Este semana, Ruth Manus escreveu uma crónica no “Observador” sobre os jovens que são bons demais para qualquer emprego. Referindo-se às pessoas que nasceram no início dos anos 90, a escritora brasileira descreveu uma geração que vive para o seu superestimado valor, que acha que só tem direitos e nenhuns deveres, que é pouco humilde e não sabe trabalhar em equipa.
Não demorou muito até o meu feed de Facebook encher-se de comentários ao texto. Curiosamente (ou não), as opiniões dividiram-se consoante a geração. É a guerra habitual entre décadas — o meu pai nasceu no final dos anos 30 e garante que no tempo dele “é que era”, portanto acho que podemos todos concluir que nada disto faz sentido.
Guerras geracionais à parte, Ruth Manus tem razão — em várias coisas, mas já lá vamos. Para começar, estamos de facto a viver uma época muito diferente. Quando comecei a trabalhar, há sete anos, a minha geração (final dos anos 80) queria provar tudo. Estávamos dispostos a trabalhar de graça o tempo que fosse preciso, fins de semana e horas extra incluídas, e enchia-nos de orgulho dizer que tínhamos feito noitada. Quando finalmente nos apresentavam o primeiro contrato (precário), éramos as pessoas mais felizes do mundo — mesmo que nem o ordenado mínimo levássemos para casa. Não tínhamos um pingo de amor próprio.
Hoje já não é assim. Não há cá horas extra ou trabalhos ao fim de semana. Os miúdos que entram hoje no mercado de trabalho sabem de cor o Código do Trabalho, e não têm vergonha nenhuma de reivindicar os seus direitos. São assertivos, decididos e sem medo de empinar o nariz.
Em parte, ainda bem que é assim — já chega de uma geração de atadinhos. Infelizmente, porém, e nisso Ruth Manus tem toda a razão, há quem leve isto a um extremo. Estamos de facto perante uma geração que acha que merece tudo e não tem de fazer nada.
Deixo-vos com o Top 10 das melhores coisas que já ouvi de jovens jornalistas nas redações por onde passei.
— Enviei-te o artigo. Sublinhei a amarelo o que não consegui traduzir [eram cinco parágrafos];

— Uma entrevista às 9 horas? Não dá, eu moro muito longe, teria de me levantar às seis da manhã [morava em Telheiras, a entrevista era no Chiado];

— Desculpa, mas são 17h45, tenho de me ir embora [chegava às 11 horas, saía sempre às 17];

— Aquele artigo que me enviaste é bué grande;

— Não consigo encontrar a idade de X, podes procurar tu?;

— Pus lá o artigo, mas olha que está mesmo mau [risos];
— Calma lá, eu sei que entrei há três horas e ainda não escrevi nada, mas não é como se não estivesse a trabalhar — estou a acabar um trabalho para a faculdade;
— Não gosto deste tema. Não tens por aí outra coisa?;
— Tenho mesmo de fazer a entrevista por telefone? Não posso enviar um email?;
— Não tenho culpa dos erros, o meu computador não tem corretor automático [esta frase já foi dita por mais do que uma pessoa, infelizmente].

A frase “eu quero, eu tenho direito” não podia ser mais falsa. Não é apenas por desejarmos muito uma coisa que temos direito a ela, e sim, lamento, na sociedade atual só se constroem carreiras com (muito) trabalho. Só que a maioria das pessoas acha que empenho e dedicação é ser explorado.
Há exceções. Já tive a honra de trabalhar com estagiários e jovens jornalistas extraordinários, e nunca pedi a ninguém que fizesse horas extra para cair nas minhas boas graças. Mas pedi sempre que me ouvissem, que percebessem que estava ali para os ensinar. E 90% não quis saber.
A minha geração era feita de tansos. A geração que chega hoje ao mercado de trabalho é feita de credores de direitos. Honestamente, tínhamos muito a aprender uns com os outros.
Mas pode ser que o meio termo saudável esteja a chegar. Esta semana, a jornalista Ana Luísa Bernardino conta-nos a história de Eduardo Couto, um jovem de 16 anos que se recusou a aceitar que existem acessórios específicos do sexo masculino e do sexo feminino. A professora discordou e até o ameaçou com uma falta disciplinar."

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

Um filme maravilhoso: "Green Book - Um guia para a vida"

Green Book - Um Guia Para a Vida

Título original:
Green Book
De:
Peter Farrelly
Com:
Viggo MortensenMahershala AliLinda Cardellini
Género:
Comédia Dramática
Classificação:
M/12
Outros dados:
EUA, 2018, Cores, 130 min.
EUA, 1962. Desempregado desde o encerramento da discoteca onde trabalhava como segurança, Tony Lip (Viggo Mortensen) está disposto a aceitar qualquer trabalho. Um dia, conhece Don Shirley (Mahershala Ali), um famoso pianista negro que procura alguém que, durante a digressão de oito semanas que está prestes a fazer pelo Sul do país, ocupe simultaneamente os cargos de motorista e de segurança. Mas o temperamento de cada um, diametralmente oposto, vai transformar aquela viagem num verdadeiro desafio.
Com assinatura de Peter Farrelly ("Doidos por Mary"), uma comédia dramática estreada internacionalmente no Festival de Cinema de Toronto (Canadá), onde recebeu o People's Choice Award. Escolhido pelo National Board of Review como Melhor Filme, foi também nomeado para cinco Globos de Ouro, arrecadando três: Melhor Filme de Comédia ou Musical, Melhor Actor Secundário (Ali) e Melhor Argumento Original. PÚBLICO (in cinecartaz.publico.pt)

Cartaz do Filme

terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

"Falácia": origem e significado desta palavra

a falácia da igualdade | ConversaCult
in conversacult.com.br
( falácia da igualdade)


Falácia (fa.lá.ci.a) é um substantivo feminino que tem origem no latim fallacia, -ae, engano, ardil, logro, encantamento, bruxedo.

Pode ter três significados: 

1. Ação de enganar com má intenção. = ENGANO, LOGRO
2. Qualidade do que é falaz ou falso.= FALSIDADE
3. Sofisma ou engano que se faz com razões falsas ou mal deduzidas

Falácia no sentido informal do termo pode significar ainda "ruído de vozes de muitas pessoas que falam em simultâneo. = FALATÓRIO, VOZEARIA, VOZERIO".

Consultei o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, o dicionário online de português contemporâneo