sábado, 4 de maio de 2024

"Passar a mão pela cabeça" - o verdadeiro significado desta expressão




Pois, é verdade que, ao ler este título do meu post, podemos começamos a pensar "o que será isto"? Então não é um gesto normal que fazemos no nosso quotidiano?  Que tem isto de extraordinário? 

Será mesmo, simplesmente, só "passar a mão pela cabeça?"

Claro que não.

António Variações cantava "Quando a cabeça não tem juízo, o corpo é que paga". Mas mesmo quem tem juízo, está sujeito a cometer erros, e nesta situação, muitas das vezes, pode haver alguém que possa "passar a mão pela cabeça" dessa pessoa que errou. E isso tem un significado especial "no sentido de perdoar ou acobertar o erro".

Esta expressão pode ter origem num costume judaico em que os pais abençoavam os filhos ou os netos que se convertiam ao cristianismo (os chamados cristãos-novos). Ora, então, o costume era o de os mais velhos passarem as mãos pela cabeça dos mais novos; também faziam que essa mão descesse pela face, pronunciando ao mesmo tempo uma oração, e que correspondia a uma benção, acreditando que este gesto era aprovado por Deus.

Pesquisei e encontrei esta explicação no livro de Andreia Vale "Puxar a brasa à sua sardinha", das Edições Manuscrito (www.manuscrito.pt)

sexta-feira, 3 de maio de 2024

O que é um MOLETE? É uma palavra do Norte...

Visão | A origem do molete
in visao.pt

Molete é um pequeno pão, sendo esta palavra muito usada pelas gentes do Porto, particularmente, em Valongo.

Trata-se de um "neologismo português, com base no galicismo Mollet, que entrou para o nosso vocabulário por alturas do ataque do general francês Soult à cidade do Porto, em 1809" (in: "Em português nos [des[entendemos"de João Carlos Brito, professor e escritor).

Terá havido algum militar chamado Molet ("Militar de alta patente?), apreciador de pão ao pequeno-almoço? A verdade é que o certo é que o comia diariamente.

O certo é que os valonguenses, logo de manhã cedo, colocavam cestas de pão em carroças, com destino ao Porto, para o abastecer dos seus moletes.

Tudo isto ajudou a construir uma LENDA. 

Também há uma outra versão que fala deste suposto militar que, ao ver-se sitiado (ele e as suas tropas) nas terras de Valongo, foi confrontado com uma crise alimentar, tendo de racionar os mantimentos. 

Já muito desesperado, deu ordens para que os responsáveis pela distribuição dos alimentos, cortassem o pão em quatro partes (que nessa altura, eram parecidos com as sêmeas que conhecemos hoje e que são grandes), e foi assim que se tornaram em pequenos pãezinhos, hoje conhecidos como MOLETES. 

A verdade é que a palavra "molete é muito anterior, uma vez que já em 1512 aparecia como uma palavra cujo significado era "pão" (da mesma obra acima referida).

MOLETE é um nome: pão. Mas o adjetivo MOLLET em francês significa que é fofo, mole, "pão molinho".

A verdade é que de mollet para molete foi um pequeno passo!



quarta-feira, 1 de maio de 2024

1º de maio - Dia do Trabalhador! E a Festa do Muguet (oferta de um bouquet de lírios do vale) - uma tradição francesa

Vamos celebrar este dia com a alegria de nos sentirmos livres e podermos expressar as nossas ideias que nos vão dentro da alma!


1º de Maio – Dia do Trabalhador – RTP Arquivos
in google.com




Apesar da história que se segue ser um pouco longa, é bom que se leia até ao fim, porque é devido a estas lutas a que hoje assistimos, e outras do passado, que temos, pelo menos alguma liberdade - pelo menos, de expressão e de movimentos...luta pela dignificação, enquanto trabalhadores.
Sim, porque a liberdade, a igualdade e a fraternidade ainda estão longe de o ser; como os seus nomes indicam, têm de ser muito mais trabalhadas em todo o mundo! Ainda há muito para "dar aos outros".


História concisa do 1.º de maio, Dia do Trabalhador 

De realçar o simbolismo mundial do 1.º de maio em prestar homenagem a todos os trabalhadores e particularmente àqueles que antes de nós deram a vida lutando por condições de vida e trabalho dignas.

«O trabalho dignifica o Homem.» (Max Weber)

O 1.º de maio é um dia de comemoração mundial dos trabalhadores; de respeito e reconhecimento pela dignidade do trabalho, de reflexão sobre os sonhos, aspirações e propósitos de vida da vida humana. Data simbolicamente escolhida na sequência do «massacre de Chicago» nos EUA, em 1886, e do dia 1 de maio de 1891, manifestação de trabalhadores em França, da qual resultou a morte de dez manifestantes. Representa a revolta contra as dramáticas condições de vida e trabalho infra-humanas do operariado, e a luta contra a exploração capitalista desumana do proletariado. Em Portugal, o 1.º de maio foi comemorado logo no primeiro ano da sua realização internacional, em 1890.

A data do 1.º de maio é uma homenagem aos trabalhadores e às lutas sindicais; os movimentos trabalhistas reivindicavam melhores condições de trabalho nas fábricas, em consequência da revolução industrial (de 1760 a 1850). Houve movimentos migratórios das populações rurais para as cidades em busca de melhores condições de vida nas grandes urbes. A manufactura foi sendo substituída pela maquinofactura; as oficinas deram lugar às fábricas e o artesão especializado foi trocado pelo operário-trabalhador indiferenciado sem quaisquer qualificações. A produção passou à escala industrial e de exportação. Fecha-se o ciclo do mercantilismo e abre-se o ciclo da industrialização.

Em Manchester, Inglaterra, nasceram os primeiros sindicatos, as «Trade Unions» e as primeiras cooperativas entre trabalhadores. Também Liverpool, em 1826, dá testemunho da revolução industrial, da aplicação da máquina a vapor e da indústria têxtil, em curso. Não havia quaisquer direitos do trabalho nem do operariado; os trabalhadores viviam em condições miseráveis, amontoados em casas-barracas de madeira, em bairros degradados, lama, doenças ocupacionais como a tuberculose, a anemia e a asma, coabitando com ratos, pulgas, piolhos e outros, falta de higiene gritante, mão-de-obra constituída por homens e em larga escala por mulheres e crianças, trabalho feminino e infantil mais mal pago, as roupas-farrapos e os corpos escurecidos e sujos, com as mãos e unhas encardidas, com horários de trabalho de 12, 14 e 16 horas diárias, comendo no local de trabalho e trabalhando ao mesmo tempo, injustiça social, sem regalias sociais, sem regulação legal e numa permanente relação tensa com o patronato explorador em vista à maximização capitalista dos lucros.

Pobreza e penúria, fome, alcoolismo, patriarcado e violência doméstica, promiscuidade, prostituição, acidentes de trabalho frequentes e membros estropiados, decepados, mutilação e mortes, troca de operário ou criança-operária e o dramatismo do abandono sem quaisquer consequências nem indemnizações, desumanização e naturalidade do trabalho infantil (as crianças eram vistas como adultos em miniatura). Poluição das águas e do ar e a paisagem das grandes chaminés industriais de alvenaria de tijolo, vociferando fumos negros. Cidades como Londres, Paris e Nova York, as mais desenvolvidas industrialmente à época, sofreram bastante com a poluição industrial e as populações foram grandes vítimas, padecendo com doenças respiratórias. Devido às condições de vida degradantes, às doenças e à desnutrição, a esperança média de vida nos países europeus durante a revolução industrial não ultrapassava os 35 a 40 anos de idade.

Friedrich Engels, A Situação da Classe Trabalhadora na Inglaterra, obra clássica do socialismo revolucionário, escrita em 1845. Alemão, filho de um grande empresário têxtil de Manchester, observando foi vendo a gravidade e as péssimas condições de vida do proletariado, que de seu só tinha a sua prole (filhos que desde tenra idade, a partir dos cinco anos de idade e em turnos de 12 horas e mais, como os adultos, recebendo uma insignificância, começavam a trabalhar nas fábricas, minas, agricultura, moviam carvão e subiam às perigosas máquinas de tecelagem, contribuindo para a magra renda familiar; o trabalho infantil e as crianças eram muito úteis pela pequenez dos seus membros e em chegar a certas partes dos teares mecânicos – a educação de muitas crianças foi substituída por um turno de trabalho), e em simultâneo foi verificando a contrastante e luxuriante vida dos empresários-patrões. Engels deu início a uma profunda reflexão sobre os direitos do operariado e à importância de uma cultura sindical. Serviu de inspiração a Karl Marx (foram amigos), que escreveu o panfleto «Manifesto Comunista» conjuntamente com Engels, em 1848, e Das Kapital, três volumes, entre 1867 e 1883. Na obra O Capital, Marx reflecte sobre a tríade: mercadoria, trabalho e valor, onde defende a tese da mais valia e do valor acrescentado do trabalho operário – o valor de uso natural da mercadoria e o valor de troca modificado da mercadoria.


Feita a sinopse, vamos ao desenvolvimento das ideias-chave: das condições de trabalho do operariado à época da industrialização, para podermos avaliar e ajuizar da evolução histórica até hoje; do significado do 1.º de maio de 1886 nos Estados Unidos da América e do «massacre de Chicago»; das comemorações do 1.º de maio em Portugal em 1890 e em 1974; do sentido, significado e significância da celebração do 1.º de maio mundialmente.

Quanto às condições de trabalho, o dia de trabalho começa ao amanhecer e termina com o cair da noite. Em França, a jornada de trabalho era de 14 horas diárias e em Inglaterra havia dias de trabalho de 16 horas laborais consecutivas (o dobro e mais de agora). Não havia seguros nem higiene e segurança no trabalho; não havia reformas e havia semanas de seis e sete dias de trabalho, sem qualquer descanso.

A disciplina e a vigilância de contramestres e vigiadores nas fábricas eram apertadas; impedindo falhas e abrandamento da atenção-concentração dos operários, aplicando multas e usando mesmo o chicote.


Atentemos agora nos testemunhos-extractos chocantes do que era o trabalho nas fábricas de açúcar: «Eis os homens que empurram nos carros de mão uma agoniante mistura de melaço e sangue. É o açúcar bruto, tal como vem das raspadeiras de beterraba, misturado com sangue de boi, (…) que deita um odor insuportável. Tudo isto é lançado numa imensa caldeira a vapor que dissolve e purifica esta mistura». (A Vida Operária em França, PELLOUTIER, Fernand, 1900)

«Eis as raspadeiras do açúcar. Peça a uma delas para lhe mostrar a mão. As unhas estão muito roídas: a extremidade do dedo mostra um plano produzido pelo desgaste da carne (…). Algumas vezes, não será um dedo que vedes, mas um coto sangrento que a operária cobre com um pano, não tanto para sofrer menos, como para não sujar o açúcar que manipula. A infeliz não tem sequer o recurso duma calosidade protectora. O açúcar raspa tudo (…)». (A Revolução Industrial, RIOUX, Jean-Pierre, 1972)

A insalubridade-nocividade para a saúde humana era de alarmante perigosidade, chocante quando medida pelos nossos padrões actuais, com um ambiente fabril de salas cheias de fumarada nauseabunda e de letal malignidade-perniciosidade respiratória, caso do ar sujo do carbeto de ferro carbónico; mais, o carvão sendo composto de hidrocarbonetos, contém enxofre.

Há testemunhos, à época, de crianças, mulheres e homens que adormeciam de fadiga no local de trabalho, agarrados às máquinas; a alternativa era morrer de fome e frio. A exploração patronal capitalista era tal que, com o mesmo horário de trabalho, a mulher ganhava metade do salário de um homem e uma criança com menos de seis anos ganhava apenas um quarto do salário, sendo a mão-de-obra infantil a mais importante nas tarefas laborais de reparação dos teares e na reparação de fios partidos.


Em 1833, oficialmente, o horário de trabalho das crianças foi reduzido para as 48 horas semanais. Em 1844, pela primeira vez, é estabelecida a semana de trabalho de 69 horas, com um limite máximo de 12 horas diárias. As ameaças, chantagem e atropelos laborais ao estabelecido eram constantes, prevalecendo o interesse da economia sobre a necessidade, o medo e o instinto de sobrevivência.

Falar do 1.º de maio, dia do trabalhador, significa obrigatoriamente comentar o 1.º de maio de 1886, nos EUA e o «massacre de Chicago». É um marco na história e memória da luta dos trabalhadores e sindicatos; é o momento da grande reivindicação pela jornada das 8 horas de trabalho diárias. Assentava no argumento de que o trabalhador, para preservar a sua saúde física e mental, ser e sentir-se pessoa humana (e não escravo), teria de dispor de 8 horas para dormir, de 8 horas para tomar as refeições e conviver com a família e de 8 horas para trabalhar – é o octo-facto do dia tripartido em três partes iguais de oito horas.

Este foi um ano em que o operariado norte americano foi assolado e devastado pelo desemprego, o que incentivou motivacionalmente os trabalhadores para a preparação da luta nas ruas, divulgação no terreno e concretização de uma grande greve e histórica manifestação; e assim aconteceu com 80000 trabalhadores a abandonarem o trabalho e a irem para a manifestação. Com o governo a mobilizar mais de 1000 polícias para vigiar e intimidar os trabalhadores. Como consequência e represália da participação na manifestação muitos operários foram despedidos, caso dos líderes-cabecilhas activistas. Os trabalhadores despedidos não desistem e no dia 2 de maio algumas centenas realizam um comício em frente à fábrica que os tinha despedido. É chamada novamente a polícia que investe sobre os trabalhadores e começa a bater para os dispersar, provocando várias mortes e causando dezenas de feridos.

Os trabalhadores voltam à carga e é realizado um segundo comício para protestar contra a brutalidade policial, com centenas de operários vigiados e controlados pela polícia. Quando restavam cerca de 200 trabalhadores, eis que explodiu no meio dos polícias uma bomba matando um deles e ferindo muitos outros. Foi o caos, com os polícias a dispararem sobre a multidão em fuga, ficando as ruas cobertas de sangue, mortos e feridos.


Nos dias que se seguiram, centenas de dirigentes e trabalhadores foram presos. Houve um mega-julgamento no mesmo ano de 1886, tendo sido condenados à morte por enforcamento sete sindicalistas. Alguns foram condenados a prisão perpétua e outros quatro dirigentes sindicais foram executados a 11 de novembro de 1887, pelas 11.30.

O mundo reagiu e mostrou a sua indignação pela forma tão parcial, indigna, excessiva e severa como o tribunal (não) julgou, injustiçou e aplicou as penas aos dirigentes sindicais, nas anómalas circunstâncias por todos e de todos conhecidas. O governo federal americano, acossado pelas críticas contundentes da opinião pública nacional e internacional, mandou abrir um inquérito aos acontecimentos de Chicago. O governo faz mea culpa, admite a inocência dos quatro dirigentes enforcados e reconhece que o tribunal tinha cometido um erro judicial gravíssimo, não tendo provas concludentes para a sentença proferida. Era demasiado tarde, sendo reabilitados apenas três dirigentes. Quanto às outras quatro vítimas, passaram a fazer parte da «História dos Mártires de Chicago».

Nas comemorações do 1.º de maio em Portugal, em 1890, a manifestação em Lisboa reclamou do município «o estabelecimento das 8 horas diárias e a regulamentação do trabalho de menores». No Porto, a comemoração aconteceu no Monte Aventino, atraindo milhares de trabalhadores.

O 1.º de maio de 1974, seis dias depois do 25 de Abril, foi a grande festa da liberdade, congregando trabalhadores, figuras públicas e partidos políticos; data a partir da qual o 1.º de Maio, Dia do Trabalhador, passou a ser feriado nacional, num misto de jornada de discursos-protesto, de luta e de festa e confraternização dos trabalhadores portugueses. Com celebrações a nível nacional, mas com locais históricos para as duas centrais sindicais: a União Geral de Trabalhadores (UGT) em Belém e a CGTP-Intersindical na Alameda, ambas em Lisboa.

De realçar o simbolismo mundial do 1.º de maio em prestar homenagem a todos os trabalhadores e particularmente àqueles que antes de nós deram a sua vida lutando por condições de vida e trabalho dignas e pelo valor-respeito do trabalho.


O caminho faz-se caminhando. Da luta contra o medo, pela dignidade humana e direito ao trabalho, emprego e segurança jurídica pelos direitos legais do trabalho; a luta pelo horário laboral; a luta pela conjugação de trabalho, família e lazer; a luta pelo pão; a luta pelo bife; a luta pelas férias; a luta pelo direito a ser pessoa.

Viva o 1.º de Maio!

Viva os Trabalhadores!

FONTE: IN observador.pt


1 DE MAIO: 

PORQUE É QUE OS LÍRIOS DO VALE SÃO OFERECIDOS NESTE DIA? 

HISTÓRIA E ORIGENS

O significado político e as virtudes de sorte do lírio do vale ou muguet no  Primeiro de Maio: uma tradição francesa | SEMPREVIVA!
imagem obtida in sempreviva.wordpress.com


O dia 1 de maio é o Dia do Trabalhador, mas é também o dia em que oferecemos um ramo de lírio-do-vale aos nossos entes queridos. Mas conhece as origens e a história desta tradição? Sabe quando é que começou? Nós contamos-lhe tudo.

O lírio-do-vale é, desde há muito, um símbolo da primavera, mas há várias explicações para este costume francês. Uma delas tem a sua origem no Renascimento. Em 1 de maio de 1560, o rei Carlos IXrecebeu um ramo de lírios do vale quando viajava na região de Drôme. Conquistado, Carlos IX decidiu oferecer, todas as primaveras, lírios-do-vale a cada uma das damas da corte.

Muito mais tarde, a famosa planta em forma de sino apareceu na casa de botão do cantor Félix Mayol, aquando da sua primeira atuação no Concert parisien, a 1 de maio de 1895. Na sequência do seu sucesso, fez dela o seu emblema.
Outra data, outra explicação. O lírio-do-vale é também a planta que os grandes costureiros franceses decidiram oferecer às suas pequenas mãos e clientes em 1900, durante a Belle Époque. Nasceu um costume. Christian Dior fez dela o emblema da sua casa de moda. 

Então, qual é a ligação com o Dia do Trabalhador, celebrado a 1 de maio? A explicação remonta a 1941. Nesse ano, o Marechal Pétain instituiu oficialmente o"Dia do Trabalhador e da Concórdia Social". Ao mesmo tempo, decidiu substituir a eglantina vermelha, associada à esquerda, pelo lírio-do-vale. Abolido após a Libertação, o dia 1 de maio tornou-se finalmente um dia feriado pago em 1948, e a tradição de oferecer lírios do vale todos os dias 1 de maio mantém-se desde então.

FONTE: sortiraparis.com

terça-feira, 30 de abril de 2024

A profundeza das palavras

"A saúde é o maior presente;

o contentamento, a maior riqueza;

a fidelidade, o melhor relacionamento".

BUDA 

Buda e a busca de um processo que libertasse o ser humano do sofrimento
in: nationalgeographic.pt

segunda-feira, 29 de abril de 2024

Mário Beirão - o poeta alentejano esquecido

Mário Beirão – Wikipédia, a enciclopédia livre

in pt.wikipedia.org


A Epopeia dos Malteses 

in "O Último Lusíada" 

Choros que o pó amassaram, 

Ódios, fel, desesperança,

Minha crueza geraram:

Sou a estátua da Vingança!


Maltês, meu nome de guerra!

Ver-me é logo pressentir

Que o vento sul se descerra:

Já mirram searas de o ouvir!

(---)

Meu sangue reza nas veias;

Por quem reza? Por quem chora?

Pelos que em terras alheias 

Foram escravos outrora!

(...)

Coveiro da própria raça!

Dor de além dor! Ao que vim!

Grito e o medo me trespassa,

Acordo e fujo de mim!


Existo e ausento-me. Há scuro

Na minha memória: em vão

Me interrogo e me procuro...

Sou realidade ou visão?

(...)

Ascendo às regiões supremas;

Ao alto, bem ao alto, ao cimo,

Quebro todas as algemas:

Não sou eu; sou Deus, - redimo!

Ricos, prostrai-vos: é a hora!

Sou Deus, esmago Satã:

Do sangue nasce uma aurora,

Nas almas é já amanhã!

In: b.i assp (2o trimestre 2023)


Mário Pires Gomes Beirão - Portal da Literatura

domingo, 28 de abril de 2024

"CHEGASTE" - recordando o dueto Roberto Carlos e Jennifer Lopez em 2016!


Para Jennifer Lopez, dueto com Roberto Carlos é “sonho realizado” | CLAUDIA
imagem in: https://claudia.abril.com.br/
Para Jennifer Lopez, dueto com Roberto Carlos é “sonho realizado”
Os dois gravaram parceria inédita que foi ao ar no programa especial de fim de ano do Rei
Por Gisele Navarro - Atualizado em 20 jan 2020

 

Letras

Tanto tempo já vai caminhando
E ainda me pego recordando
Lágrimas rolaram dos meus olhos, enxuguei mais de uma vez
Tenho algumas marcas que ficaram em meu sorriso nesses anos
E também lembranças tão bonitas que o tempo não desfez
Quem diria que você viria sem dizer que vinha
Porque nunca é tarde
Para apaixonar-se
Chegaste
Senti na minha boca um te quero
Como um doce com caramelo
Necessitava um amor sincero
Chegaste
E ouvi da tua boca um te quero
Pra se apaixonar sempre é tempo
Necessitava um amor sincero
E agora que eu conheço os caminhos
Que me levam pros seus braços
Agora que o silencio é uma carícia que a felicidade traz
Você e o seu sorriso iluminam minha vida e meus espaços
E chega me dizendo num sorriso nao me deixe nunca mais
Quem diria que voce viria sem dizer que vinha
Porque nunca é tarde
Para apaixonar-se
Chegaste
Senti na minha boca um te quero
Como um doce com caramelo
Necessitava um amor sincero
Chegaste
E ouvi da tua boca um: te quero
Pra se apaixonar sempre é tempo
Necessitava um amor sincero
Quem diria que voce viria sem dizer que vinha
Porque nunca é tarde
Para apaixonar-se
Chegaste
Senti na minha boca um te quero
Como um doce com caramelo
Necessitava um amor sincero
Chegaste
E ouvi da tua boca um te quero
Pra se apaixonar sempre é tempo
Necessitava um amor um amor
Chegaste
Senti na minha boca um te quero
Como um doce com caramelo
Necessitava um amor sincero

Fonte: LyricFind
Compositores: Kany Garcia / Roberto Carlos
Letras de Chegaste © Sony/ATV Music Publishing LLC, Warner Chappell Music, Inc