Pois, é verdade que, ao ler este título do meu post, podemos começamos a pensar "o que será isto"? Então não é um gesto normal que fazemos no nosso quotidiano? Que tem isto de extraordinário?
Será mesmo, simplesmente, só "passar a mão pela cabeça?"
Claro que não.
António Variações cantava "Quando a cabeça não tem juízo, o corpo é que paga". Mas mesmo quem tem juízo, está sujeito a cometer erros, e nesta situação, muitas das vezes, pode haver alguém que possa "passar a mão pela cabeça" dessa pessoa que errou. E isso tem un significado especial "no sentido de perdoar ou acobertar o erro".
Esta expressão pode ter origem num costume judaico em que os pais abençoavam os filhos ou os netos que se convertiam ao cristianismo (os chamados cristãos-novos). Ora, então, o costume era o de os mais velhos passarem as mãos pela cabeça dos mais novos; também faziam que essa mão descesse pela face, pronunciando ao mesmo tempo uma oração, e que correspondia a uma benção, acreditando que este gesto era aprovado por Deus.
Pesquisei e encontrei esta explicação no livro de Andreia Vale "Puxar a brasa à sua sardinha", das Edições Manuscrito (www.manuscrito.pt)
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