sábado, 27 de junho de 2015

Patrick Modiano, Prix Nobel de Littérature 2014

(Marcello Duarte Mathias)
in www.wook.pt
Marcello Duarte Mathias, de 76 anos, é diplomata e escritor, ficcionista, memorialista, ensaísta e também autor de alguns diários.

Recebeu dois prémios, o de Jacinto Prado Coelho e o de D. Diniz, da Fundação Casa de Mateus.

Desempenhou na Argentina, na Unesco e na Índia, o cargo de Embaixador de Portugal!

Num dos seus diários, Diário da Abuxarda, escreveu o seguinte sobre Patrick Modiano, Prémio Nobel da Literatura:

"Abuxarda, quinta-feira, 9 de outubro 2014
Ao homenagear um autor como Modiano - o contrário do chamado intelectual engagé - a Academia de Estocolmo resistiu à tentação de valorizar a dimensão política como principal critério na atribuição do prémio. 
Obcecado pela Paris da Ocupação alemã (1940-1944), a sua sensibilidade lembra por vezes, porque se alimentam de idêntico fascínio, a de François Truffaut, n'O Último Metro.
Simplesmente aqui está-se perante uma Paris a preto e branco, com recolher obrigatório, mercado negro, lojecas e estaminés, identidades fictícias por entre denúncias e desaparecimentos. Cenário noturno cruzado por sombras, esquinas e medos.
Um escritor é, antes de mais, um olhar, e o de Modiano é inconfundível. Foi também isso que os académicos suecos quiseram distinguir. Um tom, uma entoação, um timbre de voz, ressonância antiga que gravita, de livro em livro, em torno dos mesmos temas e gentes, à maneira de uma teimosa reminiscência, que não é senão o fantasma da sua memória perdida.
Toda a sua obra é um longo exílio circunscrito a meia dúzia de ruas dessa sua Paris crepuscular. Onde está a verdade e quem a saberá exumar...
Em meu entender, o melhor romance de Modiano, sucinto em extensão à semelhança de todos os seus livros, intitula-se Dora Bruder e inspira-se num facto verdadeiro: o percurso de uma rapariga judia que desaparece sem deixar rasto durante os anos da Ocupação alemã em Paris, vindo a morrer, juntamente com seus pais, em deportação.
A brevidade do estilo, o lado neutro, deliberadamenre cinzento das descrições, aliados a essa espécie de voz off que acompanha a progressão da narrativa, lembra pelo gosto e minúcia do pormenor, o relato de uma investigação policial. Procura de uma presença que é afinal a nossa própria sombra.
Dora Bruder - a alma gémea de Irène Némirovsky?" (in jornal de letras.sapo.pt 15 a 28 abril 2015)

Li a obra vencedora do Prémio Nobel de Literatura 2014, "L'Horizon", e concordo com a leitura que Marcello Duarte Mathias faz dela. Patrick Modiano escreve "à maneira de uma teimosa reminiscência, que não é senão o fantasma da sua memória perdida."

Vou ler, seguramente neste verão, "Dora Bruder", do mesmo autor!

sexta-feira, 26 de junho de 2015

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Henry David Thoreau refletiu e disse...

«A bondade é o único investimento que nunca vai à falência.»
Henry David Thoreau

en.wikipedia.org

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Hoje é Dia de São João e Feriado Municipal no Porto (2015)



imagem in pinterest.pt


1. A FESTA 

Mais de 200 mil pessoas se reúnem nesta festa e se divertem pela noite dentro, que culmina com um extraordinário espectáculo de fogo de artifício com cerca de 15 minutos, sobre o rio Douro. 

Dos mais novos aos mais velhos, todos festejam o São João e são muitas as tradições associadas a este dia, desde lançar balões de ar quente, bater com martelos de plástico nas cabeças dos que passam, passar alhos porros pela cara dos populares, saltar sobre as fogueiras, oferecer manjericos com quadras tradicionais e assistir ao fogo de artifício sobre o rio Douro, onde todos se juntam ao final da noite para apreciar o espectáculo com a melhor vista sobre a cidade.

Este é um dia de muita alegria e animação na cidade, onde todos saem à rua. Nesta noite não faltam os cantos populares, as sardinhas, o caldo verde e os tradicionais percursos desde a zona ribeirinha até à Foz do Douro. Para os mais resistentes, a festa só termina na praia da Foz a assistir ao nascer do sol.

2. A ORIGEM DO SÃO JOÃO

A origem do São João é muito antiga e há muitos anos atrás os rituais de celebração eram ligeiramente distintos dos atuais. Com origem no século XIV, a festa era inicialmente uma festa pagã, de adoração ao deus do Sol, em comemoração das colheitas e da abundância. Posteriormente, a Igreja Católica cristianizou a festa, em comemoração de São João, o Padroeiro. 

Fazia parte do ritual dessa festa nos tempos idos dos cultos pagãos da fertilidade, a compra de alho-porro inteiro para pendurá-lo na principal parede da casa para dar sorte, ali ficando até ser substituído por outro no ano seguinte. Na noite de 23 de Junho, os grupos de famílias saíam dos bairros a pé com destino às Fontainhas para verem a cascata do São João e compravam pelo caminho aos lavradores não só o tradicional alho porro, mas ainda outros vegetais simbólicos como vasos de manjerico e ramos de cidreira e de cravos.

3. AS ERVAS AROMÁTICAS

As ervas aromáticas assumiam e continuam a assumir uma particular importância nesta festa.

Quer pelos benefícios associados à saúde, como pelas manifestações que o povo lhes atribuiu (virtudes mágicas e terapêuticas, resquícios de rituais antigos, derivados de festas romanas e célticas), desejando-se deste modo saúde, boa sorte e fortuna. 

4. AS FOGUEIRAS

Outra das tradições desta festa popular eram as fogueiras de São João. Estas eram ateadas em algumas das ruas da cidade do Porto e, por cima delas, saltavam os foliões que assim demonstravam a sua coragem e crença nas virtudes purificadoras das fogueiras, na saúde, no casamento e na felicidade. Na altura, a festa caracterizava-se por verdadeiras rusgas familiares, um passeio alegre por vários pontos da cidade até às Fontainhas, assitindo-se a uma divertida batalha campal pacífica.

5. OS MARTELOS

Ao longo do tempo, foram-se alterando alguns dos rituais e foram-se introduzindo novos elementos, que tornaram a festa mais completa. É o caso, por exemplo, dos martelinhos de São João. O martelo de São João foi inventado no séc. XX por um industrial de plásticos do Porto, que tirou a ideia num saleiro/pimenteiro que viu numa das suas viagens ao estrangeiro. O objectivo inicial era criar mais um brinquedo a adicionar à gama de que dispunha. Contudo, depois de usado na ‘queima das fitas’ dos estudantes do Porto, o martelo atingiu um enorme sucesso e logo os comerciantes do Porto quiseram martelinhos para a festa de São João, sendo hoje em dia uma das grandes atrações e principais brincadeiras do São João." 

FONTE: in http://www.the-yeatman-hotel.com



segunda-feira, 22 de junho de 2015

Origem e significado da palavra "barbecue"

"Barbecue" vem da palavra indígena Barbacoa e significa "poço do fogo sagrado".

(in SUBWAY, marca registada da Doctor's Associates Inc. 2015)

www.theguardian.com