sábado, 9 de novembro de 2019

Morreu Maria Perego, criadora do famoso rato Topo Gigio!




in pinterest.pt

O rato italiano que, em 1979, mandava a pequenada toda de Portugal para a cama

O Topo Gigio (pronúncia italiana: [ˈtɔːpo ˈdʒiːdʒo]) foi um personagem de um programa infantil exibido na televisão italiana na década de 1960. O personagem, criado em 1958 pela roteirista e produtora de televisão italiana Maria Peregofoi dublado inicialmente na Itália durante 1 ano de 1959 a 1960 pelo cantor Domenico Modugno, depois foi dublado pelo ator Giuseppe "Peppino" Mazzullo durante 45 anos de 1961 a 2006, depois Gigio foi dublado por Davide Garbolino durante 2 anos de 2007 a 2009 e desde 2010 até hoje Topo Gigio é dublado por Leo Valli.


O boneco, um rato de espuma macia com olhos sonhadores e uma personalidade amigável e infantil, foi muito popular na Itália durante muitos anos - não só na TV, mas também em revistas infantis, como a clássica Corriere dei Piccoli, desenhos animados, merchandising e filmes. Em 1963, a popularidade do personagem se espalhou para o mundo depois de ser apresentada no The Ed Sullivan Show nos Estados Unidos


Hoje, o Topo Gigio ainda tem fãs fiéis e se tornou um ícone da cultura pop italiana. Ele ainda se apresenta regularmente no festival Sequim d'Ouro e em outros programas criados pela RAI. O personagem protagonizou também o filme Le avventure di Topo Gigio, lançado em 1965.

O personagem fez aparições e tem vários fãs em muitos outros países - incluindo Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, El Salvador, Equador, Guatemala, Honduras, Japão, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Portugal, Porto Rico, República Dominicana, Romênia, Uruguai, Venezuela e na antiga Iugoslávia
...(...)...

Em Portugal
Foi famoso em Portugal, em 1979, num programa televisivo apresentado por Rui Guedes e onde António Semedo lhe dava a voz. 
Na década de 1990, entrou no programa Big Show SIC, de João Baião.
(Encontrei in pt.wikipedia.org)



Falecimento e Homenagem

Morreu Maria Perego, a mulher que criou TOPO GIGIO
in otvfoco.com.br

A italiana terá tido um ataque cardíaco fatal aos 95 anos.
Maria Perego, criadora da icónica personagem Topo Gigio, um dos ratos mais famosos do mundo, morreu esta quinta-feira, 7 de novembro, em Milão, Itália. Embora a causa da morte da autora, produtora e marionetista não tenha sido oficialmente confirmada, a imprensa internacional avança com um possível ataque cardíaco. Tinha 95 anos.
“É com grande dor que anunciamos a morte da criadora do famoso personagem Topo Gigio (…) Foi uma trabalhadora incansável e trabalhou até o final em tantos novos projetos, uma nova série de desenhos animados de Topo Gigio e muito mais. Maria Perego e Topo Gigio continuarão vivos. Vamos sentir muito sua falta”, disse Alessandro Rossi, administrador da Topo Gigio Srl.
Em Portugal, o rato idealizado pela italiana surgiu em 1979, num programa televisivo apresentado por Rui Guedes e em que António Semedo lhe dava a voz.
Contudo, Topo Gigio chegou a mais de 20 países.
Maria Perego introduziu na altura uma nova técnica desconhecida, usando bonecos em vez de desenhos. Na altura, o marido, Federico Caldura, ajudou-a na criação do rato com orelhas gigantes.
A autora nasceu, que nasceu em 1923, em Veneza, começou a trabalhar ainda cedo na televisão. Em 1959, criou o Topo Gigio, inspirada no Mickey. Teve a ideia quando estava numa barbearia, como conta o site oficial do boneco. Foi uma árvore de Natal em esponja usada como decoração que suscitou a ideia do material que queria começar a usar no seu trabalho em televisão. A partir daí, nunca mais parou.
(In New In Town nit.pt  texto de Andreia Guerreiro)

sexta-feira, 8 de novembro de 2019

Kahlil Gibran e as suas meditações sobre o amor, a vida e a felicidade

Sobre o amor Khalil Gibran diz:

In goalcast.com

O amor é um riso distante do espírito. 
É um assalto selvagem que desassossega até ao despertar.
É uma nova aurora sobre a terra.
Um dia antes não alcançado
nem pelos vossos olhos nem pelos meus.
Mas já alcançado no enorme coração
dos que o vivem.

Irmãos, meus irmãos, 
A noiva vem do coração do amanhecer.
E o noivo do pôr do sol.
Há um casamento no vale.
Este é um dia demasiado grande
para se poder recordar!

In 'O GRANDE LIVRO DO AMOR'

Sobre a vida, ele disse:

Todo o trabalho é vazio
a não ser que haja amor.

A beleza é a vida quando nos mostra 
a sua melhor cara.

Cada vez mais desesperadamente o homem 
procura dilatar o tempo que já não tem.

Deve existir algo estranhamente sagrado no sal: 
está nas nossas lágrimas e no mar...

Sobre a felicidade
podemos ler as suas palavras:

Tudo o que se vê é miragem.
Procura antes a essência 
que se mantém invisível.

Vivemos apenas para descobrir a beleza.
Tudo resto é uma espécie de espera.

Um pouco de conhecimento em ação
vale infinitamente mais do que
um conhecimento ocioso.

A terra é a minha casa e a humanidade
a minha família.

Não há religião nem ciência 
para além da beleza.

A generosidade não está em dar aquilo que temos
a mais, mas sim em dar aquilo de que outros 
precisam mais do que nós.

quinta-feira, 7 de novembro de 2019

"Ser um cicerone": de onde vem esta expressão?

Esta expressão vem de Cícero

E a explicação para "Ser um cicerone", é a seguinte:
"... designa um "guia" Depois de se ter retirado da vida pública, Cícero dedicou-se à escrita de livros sobre eloquência e oratória. Esses guias por si redigidos passaram a ser conhecidos como cicerones.
E o termo ficou como sinónimo de "guia".
Os grandes oradores romanos fizeram, aliás, história, como podemos ver pelos excertos dos seus discursos, que ainda hoje são estudados."

Encontrei em: Nas bocas do mundo, de Sérgio Luís de Carvalho, Grupo Planeta, 2ª edição aumentada, 2014

E quem foi Cícero?

Marco Túlio Cícero (106–43 a.C.; em latim: Marcus Tullius Cicero, em grego clássico: Κικέρων; transl.: Kikerōn) foi um advogado, político, escritor, orador e filósofo da gens Túlia da República Romana eleito cônsul em 63 a.C. com Caio Antônio Híbrida. Era filho de Cícero, o Velho, com Élvia e pai de Cícero, o Jovem, cônsul em 30 a.C., e de Túlia. Cícero nasceu numa rica família municipal de Roma de ordem equestre e foi um dos maiores oradores e escritores em prosa da Roma Antiga. (in pt.wikipedia.org)

in pt.wikipedia.org

quarta-feira, 6 de novembro de 2019

"O sentimento de um Ocidental" - Poesia de Cesário Verde

6 de novembro - centenário de Sophia de Mello Breyner Andresen

in jn.pt

BIOGRAFIA

Sophia de Mello Breyner Andresen nasceu a 6 de novembro 1919 no Porto, onde passou a infância. Em 1939-1940 estudou Filologia Clássica na Universidade de Lisboa. Publicou os primeiros versos em 1940, nos Cadernos de Poesia. Na sequência do seu casamento com o jornalista, político e advogado Francisco Sousa Tavares, em 1946, passou a viver em Lisboa. Foi mãe de cinco filhos, para quem começou a escrever contos infantis. Além da literatura infantil, Sophia escreveu também contos, artigos, ensaios e teatro. Traduziu Eurípedes, Shakespeare, Claudel, Dante e, para o francês, alguns poetas portugueses.

Em termos cívicos, a escritora caracterizou-se por uma atitude interventiva, tendo denunciado ativamente o regime salazarista e os seus seguidores. Apoiou a candidatura do general Humberto Delgado e fez parte dos movimentos católicos contra o antigo regime, tendo sido um dos subscritores da "Carta dos 101 Católicos" contra a guerra colonial e o apoio da Igreja Católica à política de Salazar. Foi ainda fundadora e membro da Comissão Nacional de Apoio aos Presos Políticos. Após o 25 de Abril, foi eleita para a Assembleia Constituinte, em 1975, pelo círculo do Porto, numa lista do Partido Socialista. Foi também público o seu apoio à independência de Timor-Leste, consagrada em 2002.

A sua obra está traduzida em várias línguas e foi várias vezes premiada, tendo recebido, entre outros, o Prémio Camões 1999, o Prémio Poesia Max Jacob 2001 e o Prémio Rainha Sofia de Poesia Ibero-Americana – a primeira vez que um português venceu este prestigiado galardão. Com uma linguagem poética quase transparente e íntima, ao mesmo tempo ancorada nos antigos mitos clássicos, Sophia evoca nos seus versos os objetos, as coisas, os seres, os tempos, os mares, os dias.
Faleceu a 2 de julho de 2004, em Lisboa. Dez anos depois, em 2014, foram-lhe concedidas honras de Estado e os seus restos mortais foram trasladados para o Panteão Nacional.

Na data em que se celebrou o seu centenário, 6 de novembro de 2019, é-lhe concedido o grau de Grande-Colar da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada.

(encontrei in portoeditora.pt)

terça-feira, 5 de novembro de 2019

Uma das missões da escola é "ensinar", "educar" e desenvolver o gosto pelo "saber"

in paivense.pt

Encontrei o tópico referido no título do meu post, quando pesquisava um tema para desenvolver, a partir do livro "Palavras que falam por nós", de Pedro Braga Falcão, Clube do Autor, 2014.

Achei muito interessantes todas as explicações das histórias que as palavras contam e fiquei maravilhada com as referências às suas raízes etimológicas.

E é por tudo isso que aqui vou partilhar este texto maravilhoso de se ler e também de se compreender o poder que as palavras comportam.

"Palavras Educadas 

Uma das principais missões da escola é ensinar, verbo que comporta em si a ideia de um signum, palavra latina que deu sinal; insignare é assim "marcar algo com um determinado sinal" - tornar alguém "assinalável", ilustre, capaz de reconhecer os sinais dados; ensinar, neste sentido, é também fazer conhecer por meio de sinais, por indicações.

Afim a ensinar é educar, tarefa que está reservada não só à escola, mas particularmente aos pais, se atentarmos na sua raiz etimológica: educare, composto a partir de ex- (aqui no sentido de "para fora", mas também comporta o de "de forma completa"), e ducere, verbo muito frequente em latim, que quer dizer "conduzir, guiar". Há aqui uma ideia de guiar a criança desde o início. e de forma completa.

A própria etimologia de aluno vai nesse sentido, uma vez que o seu étimo alumnus conhece a sua raiz no verbo alere, "alimentar", e literalmente queria dizer "aquele que é alimentado", e também "órfão", no sentido em que um órfão é alimentado por alguém que não a mãe. Nesta perspectiva, a escola é responsável por alimentar a "alma" dos seus discípulos, enquanto num orfanato a palavra tem um sentido também literal.

Outro aspecto que deve guiar qualquer instituição de ensino é o gosto pelo saber. Este verbo, tal como "estudo" e "escola", revela mais uma vez o carácter metafórico (ou será realista?) das palavras, uma vez que deriva diretamente do verbo latino sapere, que, tal como em português, tem uma primeira acepção de "saborear, tomar o gosto", como na frase 'esta comida sabe-me bem'."