sexta-feira, 31 de outubro de 2014

"Ficar a ver navios no alto de Santa Catarina" significa...?

imagem extraída de: www.lisbonbyscooter.com
"Ficar a ver navios - Não conseguir o que se deseja"
"Ficar a ver navios no alto de Santa Catarina": esta expressão tem dado origem a várias interpretações. 
No seu Glossário Crítico de Dificuldades do Idioma Português, Vasco Botelho de Amaral resumiu as mais razoáveis: «Antenor Nascentes explica a origem da expressão «ficar a ver navios», como alusão aos armadores portugueses que nos séculos das conquistas ficavam no alto de Santa Catarina, em Lisboa, esperando as caravelas que vinham das Índias, da África ou do Brasil. 
Indica ainda a hipótese de certo milionário portuense que, da Torre da Marca, viu afundarem-se todos os navios da sua frota, por mor de violento temporal. Esta segunda hipótese é menos provável do que a primeira, mas caso é que há ainda outra, não referida por Nascentes: a do sebastianismo. Quando os Franceses dominaram Portugal, diz-se que os homens a que poderei chamar da resistência iam para o alto de Santa Catarina, em Lisboa, a ver os navios que trouxessem o Desejado.
E da vanidade da espera haverá nascido a expressão 'ficar a ver navios'»
in Dicionário de expressões correntes, de Orlando Neves, Editorial Notícias

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

"Os melhores países para reformados"

imagem de: www.tacerto.com
"Saúde
Os melhores países para reformados
França, Uruguai e Malásia são, segundo o Índice de Reforma Global Anual 2014 da revista especializada americana International Living, os melhores países para reformados que querem ir viver para fora na categoria dos cuidados de saúde. A avaliação abrange países "paradisíacos" com cuidados comparáveis aos disponibilizados nos Estados Unidos da América, bem como o nível de preços. No caso de França, pesaram os factos de ter sido considerada o país com o melhor sistema de saúde do mundo num estudo da Organização Mundial de Saúde, de ser "relativamente barata", de muitos profissionais falarem inglês e de o sistema de saúde se dividir entre público e privado."
(revista PREVENIR, nº 108, outubro 2014)

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

"A violência está em dois genes"

imagem de: blogdadeborahrajao.blogspot.com
"Estudo relaciona dois genes com maior inclinação para cometer atos violentos
Estudo divulgado pelo Instituto Karolinska, de Estocolmo, na Suécia, identifica dois genes que podem estar ligados a "um aumento da inclinação para cometer atos violentos de forma repetida".
Um estudo divulgado nesta terça-feira pelo Instituto Karolinska, de Estocolmo, na Suécia, identifica dois genes que podem estar ligados a “um aumento da inclinação para cometer atos violentos de forma repetida”. O estudo, que envolveu testes genéticos a 895 reclusos condenadas por diferentes delitos na Finlândia, vem relançar o debate sobre se um indivíduo nasce com propensão para a violência e a criminalidade devido aos genes ou se isso acontece por causa das circunstâncias que o rodearam na infância.
A investigação descobriu uma relação entre a violência e uma variante do gene MAOA, já assinalada em estudos anteriores, mas também com a variante do gene CDH13, ligada anteriormente a alterações do comportamento e a doenças psiquiátricas. Os especialistas alertam contudo para interpretações abusivas que apontem no sentido de que existem “genes da violência” aos quais é impossível escapar.
A investigação ressalva que estes não devem ser os únicos genes envolvidos na explicação do comportamento violento.
Os investigadores europeus e norte-americanos que assinam o estudo, publicado hoje na revista especializada “Molecular Psychiatry”, adiantam ter tido também em conta fatores de contexto – antecedentes de abusos de substâncias (drogas e álcool), personalidade antissocial ou maus tratos na infância – sem que isso tenha alterado os resultados. “Nas pessoas condenadas por delitos que não incluíam violência, não foi possível observar a mesma presença dos genes MAOA e CDH13, o que indica que estas variantes genéticas estão relacionadas com o comportamento violento”, assinalou, em comunicado, Jari Tiihonen, professor de neurociências no Karolinska.
A investigação ressalva que estes não devem ser os únicos genes envolvidos na explicação do comportamento violento e que os fatores do meio ambiente têm também um papel fundamental na compreensão deste fenómeno. “Encontramos dois genes que têm um efeito mais importante sobre o comportamento agressivo, há provavelmente dezenas ou centenas de outros genes que têm um efeito menor”, acrescentou.
O gene MAOA comanda a produção de uma enzima que intervém na eliminação de neurotransmissores como a dopamina.
Os autores adiantam ainda que estes genes são muito correntes e que um em cada cinco indivíduos é portador, sendo que a maioria destes nunca cometerá uma violação, agressão ou homicídio. Por outro lado, no grupo ultraviolento que participou no estudo foram encontrados alguns indivíduos não portadores destes genes.
O gene MAOA comanda a produção de uma enzima que intervém na eliminação de neurotransmissores como a dopamina. A diminuição do nível de atividade desta enzima na forma mutante do gene foi já descrita como estando ligada ao risco de delinquência. O gene CDH13 surge associado a problemas de controlo de impulsividade. “É importante recordar que os nossos resultados não podem nem devem ser usados para avaliações individuais. Não se pode aplicar este tipo de análise genética com propósitos preventivos, nem jurídicos”, advertiu Tiihonen.
Os resultados do estudo finlandês podem ser similares em outros países desenvolvidos, mas “não nos países pobres, onde os aspetos sociais, como a pobreza, podem ser muito mais importantes”, sublinham os autores."
in http://observador.pt/2014/10/28/

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Os portugueses já podem tratar-se "lá fora"

Os portugueses podem recorrer a qualquer tratamento médico em qualquer estado-membro da U.E., desde que não tenham esse mesmo tratamento assegurado em Portugal; usufruem da garantia de serem reembolsados pelo Estado Português a partir de 1 de setembro (D.R. 25 agosto 2014). 

As despesas são reembolsadas com cuidados de saúde que caberiam ao Estado Português garantir; o reembolso é de acordo com tabelas de preços aplicadas ao Serviço Nacional de Saúde ou Serviços Regionais de Saúde e com o regime geral das comparticipações no custo do medicamento: "aos montantes a reembolsar é deduzido o valor das taxas moderadoras que seriam devidas" (revista PREVENIR, nº 108, outubro 2014); o pedido de autorização prévia deve ser feito junto da unidade hospitalar da àrea da residência do beneficiário; o pedido de reembolso deve ser solicitado até 30 dias após o pagamento da despesa.
esenfsmempregabilidade.blogspot.com