sábado, 5 de maio de 2012

Reflexão


“Desejo também que você plante uma semente,

Por mais minúscula que seja,

E acompanhe o seu crescimento,

Para que você saiba de quantas

Muitas vidas é feita uma árvore.”
 
                                   Victor Hugo em As Tormentas








quinta-feira, 3 de maio de 2012

"Moita-carrasco" e outras expressões interessantes...



Moita-carrasco - é uma interjeição, e significa o mesmo que moita: que nada se respondeu. No programa da Antena 1, "Lugares Comuns", de Mafalda Lopes da Costa, tive ocasião de escutar que "fazer-se de moita" é disfarçar-se, vestir-se de moita para efetuar um assalto...

"Quer dizer que alguém não quer responder. Em vez de "moita-carrasco" pode dizer-se "moita." o pai fazia-lhe perguntas e ele moita-carrasco" 
http://www.dicionarioinformal.com.br/moita-carrasco/

"[Pergunta

Resposta]

Expressões populares

[Pergunta] Queria saber o que são expressões populares e o significado das expressões que se seguem: «moita carrasco»; «veio à baila»; «cai em saco roto»; «ficou tudo em águas de bacalhau»; «mãos à obra»; «é tudo um mar de rosas»; «ele está saindo do armário»; «tirar coelhos da cartola»; «com os olhos em bico».

Inês Jácome :: Comercial :: Porto, Portugal

[Resposta] Expressões populares é o conjunto de frases-feitas, ditos e lugares-comuns que engloba provérbios, regionalismos, curiosidades da linguagem em geral, incluindo a gíria e o calão.

Quanto à segunda parte da pergunta:

«Moita, carrasco!»: «Diz-se quando se guarda carrasco ou segredo, por imposição ou por vontade própria»; «designação de silêncio ou teima em não responder».

«Vir à baila (ou à balha)»: «Vir a propósito», «vir a talhe de foice»; «ser objecto de conversa», «fazer-se lembrado».

«Cair em saco (ou em cesto) roto»: «Ficar no conhecimento de alguém inconfiente, volúvel, incapaz linguareiro ou desinterassado».

«Ficar com os olhos em bico»: «Ficar spantado».

«Ficar em águas de bacalhau»: «Sofrer malogro», «ficar em nada», «não se realizar»; diz-se de algo que se frustou.
«Mãos à obra!»: «Para a frente», «vamos ao trabalho!», «vamos a isto!»

«Ser tudo um mar de rosas»: Significa «correr tudo muito bem», «ser tudo muito agradável».

«Sair do armário»: É uma expressão da gíria brasileira que significa «assumir publicamente a condição de homossexual».

«Tirar coelhos da cartola (ou da manga)»: aduzir argumentos inesperados e pouco convincentes.

[In Dicionário de Expressões Populares Portuguesas, de Guilherme Augusto Simões (Perspectivas & Realidades, Lisboa) + Dicionário de Frases Feitas, de Orlando Neves (Lello & Irmão – Editores, Porto) + Dicionário Novo Aurélio Séc. XXI (ed. Nova Fronteira, Rio de Janeiro).

José Mário Costa :: 27/07/2007

terça-feira, 1 de maio de 2012

Reflexão do dia




"Uma das razões pelas quais temos tantos problemas nesta vida é porque insistimos em esquecer coisas que deveríamos lembrar e porque, deliberadamente, nos lembramos de coisas que deveríamos esquecer."

(Arthur Graham)

"O que eu ouço, esqueço. O que eu vejo, lembro. O que eu faço, aprendo."

(Confúcio)

"Se um dia você tiver que escolher entre o mundo e o amor... lembre-se:

"Se escolher o mundo, ficará sem o amor mas, se escolher o amor, com ele conquistará o mundo!“

(Albert Einstein)

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Hélia Correia - "Por ti eu troco a noite pelo dia"

Uma homenagem de Hélia Correia à Língua Portuguesa, extraído do JORNAL de LETRAS, pelos seus 32 anos (de 21 de marçoa 3 de abril de 2012):

Por ti eu troco a noite pelo dia,
Como é o natural de uma paixão.
Do fado e dos poetas que seria,
E dos amantes, sem a
                 escuridão?

E salta-me no peito o coração
Se certa voz murmura
                e pronuncia
Palavras já tão ditas mas que são
Pedaços de um segredo que
                   arrepia.

De Gregos descendente, de
                 Latinos
Com pouca corrupção dileta
                  herdeira,
Menina e moça, ó flor de verdes
               pinos

Além da Taprobana
                transportada
E sempre renascida e sempre
                inteira,
Eis a ditosa língua, minha
                amada.
JL Hélia Correia, portuguesa,
ficcionista e poeta

domingo, 29 de abril de 2012

Estamos todos preocupados com a emigração dos jovens

Com efeito, a situação do país é alarmante e há muitos motivos para grandes preocupações, principalmente no que diz respeito aos mais novos e aos mais velhos.

Temos é de nos lembrar que, os mais jovens têm melhores oportunidades, e têm outra vitalidade que os de mais idade já não conseguem ter.

A motivação nos mais novos é maior, estão na disposição de correr riscos que os mais velhos já correram e que, com a sua experiência, acabam por não querer arriscar de novo, salvo raras exceções.

O próprio Secretário de Estado da Juventude e do Desporto, Alexandre Miguel Mestre, afastando ideias negativistas sobre o tema da emigração, ao falar para representantes de uma comunidade portuguesa e jovens luso-brasileiros, em São Paulo,  em outubro de 2011, aconselhou os nossos jovens portugueses a emigrarem, em vez de permanecerem "na sua zona de conforto", procurando levar ao conhecimento de outros aquilo que Portugal faz bem, do mesmo modo que, ao aprender no país de emigração, pode trazer inovações, mais tarde, para Portugal.

Será que os jovens que emigram para o estrangeiro, e se tornam, por exemplo, empresários, mais tarde, vão mesmo querer voltar? Só o futuro o dirá...

Um nome sonante do meio dos intelectuais do nosso país, mostra na entrevista que transcrevo, a 28.04.2012, a sua grande preocupação:

                             
Fonte: http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspxcontent_id=2446734&page=-1
"Eduardo Lourenço preocupado com emigração jovem
por Lusa

O ensaísta Eduardo Lourenço mostrou-se hoje preocupado com a nova vaga de emigração, que atinge particularmente os jovens, considerando que "defraudam, sem querer" o país onde se formaram.


O pensador disse estar preocupado com o fenómeno "porque as pessoas formam-se" em Portugal e "em vez de contribuírem para a criatividade do país, nas diversas áreas, vão lá para fora, para países mais ricos e vão a ajudar ainda a riqueza desses países".


Em declarações à Lusa, na Guarda, à margem do lançamento do livro "Obras Completas de Eduardo Lourenço: I - Heterodoxias", também reconheceu que aqueles que emigram "defraudam, sem querer, a energia cultural e a energia criadora" do país.

No entanto, Eduardo Lourenço que também vive no estrangeiro, em Vince (França), reconhece que "essas coisas são imperativas, não é culpa deles [dos que emigram]".


Apontou que "uma pessoa quando está num país onde o mínimo de condições não lhes é assegurado vai procurar qualquer outra coisa longe" da pátria.


"Nós sempre emigrámos muito", acrescentou, lembrando que na região beirã, de onde é natural, em 1964 assistiu-se a "uma fuga" de habitantes que procuraram melhor vida no estrangeiro.

Disse que naquela época "saiu quase um milhão de pessoas" do país "e isso ainda não aconteceu agora".


Alertou que no século passado, quando ocorreu o grande fenómeno da emigração, os portugueses ainda não tinham conhecido a entrada na União Europeia, situação que compara à entrada numa "casa rica".


Referiu que os portugueses estavam "convencidos" que tinham "uns anos longos de paz e de prosperidade e, de repente, o mundo entra em órbita e numa crise económica sem precedentes, desde há mais de 70 anos".


Disse que "de repente, em três anos, começou esta coisa toda e a própria Europa está numa grande crise".


Eduardo Lourenço disse ainda ter esperança que a atual crise seja ultrapassada a curto prazo.


"Esperemos que daqui a um ano, as coisas comecem a entrar numa certa normalidade, mas ninguém está certo", vaticinou, apontando que até os países mais importantes da Europa "estão com problemas" económicos.


Sobre a forma como o governo de Pedro Passos Coelho tem enfrentado a crise, comentou que tem "feito tudo, obedientemente à 'troika'" para que Portugal consiga "pagar pouco a pouco a dívida" que contraiu."