Procurando notícias importantes que atualmente dominam o nosso mundo, encontrei esta, que partilho e serve para reflexão:
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China acolhe até esta sexta-feira a cimeira onde se senta à mesa com cinco países da Ásia Central para discutir rotas comerciais. Rússia está de fora das conversações.
A China deu início, esta quinta-feira, à cimeira China-Ásia Central, um encontro de dois dias, presidido pelo presidente Xi Jinping, para discutir a iniciativa "Uma Faixa, Uma Rota", o projeto que visa abrir novas rotas comercias entre Pequim, a Europa e África.
À mesa estão mais cinco países da Ásia Central - Cazaquistão, Quirguistão, Tajiquistão, Turquemenistão e Uzbequistão - deixando em evidência o grande ausente do encontro: a Rússia.
Stefan Hedlund, professor de Estudos Russos na Universidade de Uppsala, na Suécia, sublinha que "é a primeira vez que a Rússia, que há décadas, se não mesmo séculos, domina a Ásia Central, é excluída [destas conversações]. E isto acontece depois de a Rússia ter perdido amizades em toda a região e de a China ter aproveitado a oportunidade para passar a ser dominante".
Com o início da guerra na Ucrânia, a China deixou de conseguir fazer circular mercadorias através do território russo. Agora, quer encontrar alternativas com os países vizinhos, nações no quintal de Moscovo, onde Pequim tem cada vez mais influência.
Ainda assim, o comércio da Rússia com a Ásia Central quase duplicou no ano passado, o que, para a União Europeia, comprova que os países asiáticos estão a ajudar o Kremlin a evitar sanções. Como resposta, Bruxelas está a preparar um novo pacote de de sanções, desta vez dirigido também a empresas chinesas que fazem comércio com a Rússia.
"Na minha opinião, é o fim do domínio russo na Ásia, lançado por Vladimir Putin, na cimeira da APEC em Vladivostok, em 2012, quando disse que o objetivo era apanhar os ventos chineses nas velas da economia russa. Eu diria que agora a economia russa está desmantelada e à deriva. E os chineses não fazem favores", afirma o professor universitário.
A Rússia tem também vindo a perder relevância como garante da segurança na Ásia Central, desde que iniciou a guerra na Ucrânia. Um papel que, de acordo com especialistas, a China ainda não está preparada para assumir, por estar mais interessada em estabelecer laços comerciais.
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