sábado, 26 de março de 2011

Avaliação de Professores




Transcrição de notícias relacionadas com o título deste post, no Correio da Manhã de hoje:

"Educação: Parlamento suspendeu modelo de avaliação de professores

Avaliação externa na forja

O PSD defende que no próximo modelo de avaliação, a aprovar caso seja Governo, os professores deixem de se avaliar uns aos outros e passem a ser classificados por uma entidade externa, apenas nos anos em que mudam de escalão. Os professores só seriam assim classificados a cada quatro anos.

A entidade externa responsável pela avaliação poderia ser a Inspecção-Geral da Educação (IGE), revelou ao CM o deputado Pedro Duarte. "A IGE teria de ser reorganizada, porque nos últimos tempos perdeu muita capacidade, mas o processo de classificação poderia assentar nesta entidade", disse.

Quatro anos depois de ter nascido, pela mão da ministra Maria de Lurdes Rodrigues, o modelo de avaliação dos professores foi ontem suspenso na Assembleia da República, com os votos de toda a oposição. PS e o deputado social-democrata Pacheco Pereira votaram contra. No momento da votação, o líder da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), Mário Nogueira, presente nas galerias, não escondeu um enorme sorriso de satisfação.

O texto aprovado acabou por resultar de um entendimento entre PSD e PCP, também subscrito por BE e Verdes. O diploma estabelece que até ao fim de Agosto seja aplicada a "apreciação intercalar", modelo em que o professor entrega um documento de auto-avaliação.

O PS vai suscitar a fiscalização da constitucionalidade da revogação do modelo de avaliação, defendendo que o Parlamento não tem competência para o acto.

Durante o debate, o líder parlamentar do PS, Francisco Assis, acusou o PSD de "imaturidade" e de querer ganhar votos com os professores. Pacheco Pereira votou contra e criticou o seu partido: "É uma asneira completa, ditada por preocupações de tipo eleitoral. Os sindicatos mandam nas escolas e os professores deixam de ser avaliados."

"NEGOCIAÇÃO EM CAUSA": Isabel Alçada, Ministra da Educação

Correio da Manhã – Como comenta a suspensão da avaliação de professores?

Isabel Alçada – Eu compreendo as lutas partidárias e a vontade de ganhar votos, mas esta iniciativa ultrapassa todas as marcas. É com muita mágoa que vejo que o jogo eleitoral estraga aquilo que é o trabalho das escolas.

– Os professores sempre contestaram este modelo...

– Este modelo foca-se no essencial, nada tem de burocrático e foi objecto de negociação longa. Temos actas de todas as reuniões em que as organizações sindicais concordam com aquilo que foi estabelecido e neste momento o Parlamento vem questionar os princípios da negociação colectiva."
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/actualidade/avaliacao-externa-na-forja

sexta-feira, 25 de março de 2011

Casa da Música - Porto (II)

Concertos para Bebés e Famílias

Referência:
http://www.casadamusica.com/Education/default.aspx?channelID=3FA01AED-592A-43E9-AE17-D679755DCA26&id=2E3C54AF-5764-453A-860B-F81F99A29E84&l=BB5F9FB5-8F81-4D32-9D5E-38F799091B9C




Casa da Música no Porto apresenta sessões para bebés

"Descrição do evento.
Os Concertos para Bebés são uma produção portuguesa pioneira no domínio das artes performativas para a primeira infância. Tiveram início em Novembro de 1998 numa cidade no centro de Portugal, Leiria, e é seu autor o professor e musicólogo Paulo Lameiro. Têm a sua origem no trabalho com bebés desenvolvido pela Escola de Artes SAMP desde 1991 no programa Berço das Artes e são fortemente inspirados pela Teoria de Aprendizagem Musical do professor e pedagogo norte-americano Edwin Gordon.

Depois de percorrerem as principais salas de concerto portuguesas são actualmente projectos residentes no Centro Cultural Olga Cadaval, em Sintra, no Teatro Miguel Franco, em Leiria, e na Casa da Música, no Porto, onde se apresentam com 70 concertos anuais.
Indicado para crianças dos 3 meses aos 3 anos"

Encontrei aqui:
 

Casa da Música do Porto









"Intermedio"... Espetáculo com castanholas

terça-feira, 22 de março de 2011

A nossa saúde em 1º lugar

Um vídeo interessante, muito didáctico:


http://www.thevisualmd.com/health_centers/cardiovascular_health/cardiovascular
_continuum

Frase do dia


"Sempre que te perguntarem se podes fazer um trabalho, responde que sim e põe-te em seguida a aprender como se faz." - F. Roosevelt

domingo, 20 de março de 2011

Nos tempos que correm...

Não há dúvida de que estamos a passar por tempos muito difíceis e, permanentemente, são denunciadas situações sociais bem graves.

Algumas delas, citadas no artigo que se segue, fazem-nos pasmar e deixam-nos revoltados, pois devido a elas, há tantas diferenças entre uns e outros; assim se explica por que "uns, têm tudo, e outros...nada"! Parece uma "expressão já muito batida", mas está a tornar-se cada vez mais verdadeira.

Há uns, que encontram facilidades em tudo o que pretendem atingir na vida; por outro lado, há  outros que têm de travar uma luta constante e "herculea", para conseguir uma vida normal, condigna, sofrendo as maiores agruras! E quantas vezes, mesmo lutando herculeamente, há quem nada consiga...

Há articulistas que têm conhecimento comprovado (só assim o posso aceitar) de muitas situações inaceitáveis em relação ao que devem ser os princípios e valores pelos quais nos devemos reger.

Por isso, corajosamente, decidem trazer a lume a verdade e, também por  isso decidi transcrever esta que acabei de ler, por achar importante que todos nós tomemos conhecimento dela. Servirá, não só para reflexão como decerto, nos ajuda a comprender por que razão o nosso país passa frequentemente, por momentos tão dramáticos, onde pretender levar uma vida normal, quase parece inacessível.


"Ontém, vendo os meus feitores"

Obrigadinho pela vergonha

FERREIRA FERNANDES, artigo publicado no DN, 2011-03-03

A todos os bancários com 58 anos que estão há dez anos na reforma.

A todos os jornalistas com dentaduras como teclados de piano pagas quase de borla antes que lhes tirassem essa trafulhice.

A todos os maus professores que subiram na carreira só porque passaram tantos anos no ensino quanto os passados pelos bons professores.

A todos os mestrandos com idade para saber que nunca exercerão o que estudam, mas que vão aproveitando porque entretanto sempre vai pingando a bolsa obtida graças à influência de um familiar.

A todos os condutores de Mercedes que o têm porque o seu nível de patamar do emprego diz "direito a carro de classe X", quando a qualidade com que exercem o trabalho seria mais para andar de burro.

A todos os autarcas que fizeram obras em casa e não precisaram de pagar por elas.

A todos, pobres e ricos, donos de jantes de liga leve e filhos com educação ainda mais leve.

A todos os que lá em casa bebem vinho vulgar mas durante a semana, com factura metida na tesouraria da empresa, hesitam entre o Pera Manca e um Quinta do Crasto Vinha Maria Teresa.

A todos os empresários que declaram às Finanças prejuízo e aos amigos declaram que este ano vai ser Maldivas.

A todos: obrigado. Ontem, vendo os meus feitores, humildes e com a boina enrodilhada nas mãos, prestando contas à dona alemã da quinta, senti a minha parte da vergonha.

Mas a todos, obrigado: graças a vocês sei que há maiores culpados."
 
Palavras para quê?

As únicas que me ocorrem são: "Vamos lutar todos juntos para que isto deixe de acontecer"!