Transcrição de notícias relacionadas com o título deste post, no Correio da Manhã de hoje:
"Educação: Parlamento suspendeu modelo de avaliação de professores
Avaliação externa na forja
O PSD defende que no próximo modelo de avaliação, a aprovar caso seja Governo, os professores deixem de se avaliar uns aos outros e passem a ser classificados por uma entidade externa, apenas nos anos em que mudam de escalão. Os professores só seriam assim classificados a cada quatro anos.
A entidade externa responsável pela avaliação poderia ser a Inspecção-Geral da Educação (IGE), revelou ao CM o deputado Pedro Duarte. "A IGE teria de ser reorganizada, porque nos últimos tempos perdeu muita capacidade, mas o processo de classificação poderia assentar nesta entidade", disse.
Quatro anos depois de ter nascido, pela mão da ministra Maria de Lurdes Rodrigues, o modelo de avaliação dos professores foi ontem suspenso na Assembleia da República, com os votos de toda a oposição. PS e o deputado social-democrata Pacheco Pereira votaram contra. No momento da votação, o líder da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), Mário Nogueira, presente nas galerias, não escondeu um enorme sorriso de satisfação.
O texto aprovado acabou por resultar de um entendimento entre PSD e PCP, também subscrito por BE e Verdes. O diploma estabelece que até ao fim de Agosto seja aplicada a "apreciação intercalar", modelo em que o professor entrega um documento de auto-avaliação.
O PS vai suscitar a fiscalização da constitucionalidade da revogação do modelo de avaliação, defendendo que o Parlamento não tem competência para o acto.
Durante o debate, o líder parlamentar do PS, Francisco Assis, acusou o PSD de "imaturidade" e de querer ganhar votos com os professores. Pacheco Pereira votou contra e criticou o seu partido: "É uma asneira completa, ditada por preocupações de tipo eleitoral. Os sindicatos mandam nas escolas e os professores deixam de ser avaliados."
"NEGOCIAÇÃO EM CAUSA": Isabel Alçada, Ministra da Educação
Correio da Manhã – Como comenta a suspensão da avaliação de professores?
Isabel Alçada – Eu compreendo as lutas partidárias e a vontade de ganhar votos, mas esta iniciativa ultrapassa todas as marcas. É com muita mágoa que vejo que o jogo eleitoral estraga aquilo que é o trabalho das escolas.
– Os professores sempre contestaram este modelo...
– Este modelo foca-se no essencial, nada tem de burocrático e foi objecto de negociação longa. Temos actas de todas as reuniões em que as organizações sindicais concordam com aquilo que foi estabelecido e neste momento o Parlamento vem questionar os princípios da negociação colectiva."
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