sábado, 18 de maio de 2019

O "comendador" que se está a rir do país inteiro

in flash.pt

Quem assistiu na semana passada às sessões do inquérito parlamentar a Joe Berardo na televisão, não pode ter deixado de ficar "escandalizado" com os seus modos irreverentes (embora já bem conhecidos) e do ar de quem sabe tudo e tem razão em tudo... os outros mortais é que não percebem nada seja lá do que for, muito menos de negócios com muitos números...

Abençoados jornalistas e cronistas que andam a vasculhar tudo sobre "o senhor", tentando esclarecer os leitores de quem ele é verdadeiramente e o que tem sido a sua vida até aqui; é bom, para ficarmos a saber bem como se movem certas "personagens" tidas como "importantes" no nosso país. Pois se até recebem condecorações, também é justo que saibamos quem são essas pessoas tão "especiais". É um direito que nos assiste!

Vamos lá então, conhecer bem os dados desta saga que está a chocar Portugal inteiro. Só não se sabe é quando a referida "saga" conhecerá o seu final... "pela "amostra", vamos ter muitos episódios pela frente e a ficar a conhecer todos os pormenores, pois estes, aos poucos, lá vão surgindo em cada dia...graças ao jornalismo de investigação. Claro que por estes dias, não se fala de outra coisa...

Depois de procurar na NET, selecionei o seguinte in newsletters@observador.pt 
a 13/05/2019  Macroscópio por José Manuel Fernandes, Publisher:

"Não foi há muito tempo – foi no final de Janeiro – nem foi em segredo – foi no programa televisivo de grande audiência. Recordo a descrição então feita aqui no Observador por Miguel Pinheiro: "À entrada de um palácio onde um dos filhos de D. João I, o Mestre de Aviz, fez a sua “casa de campo”, Manuel Luís Goucha olhou para a câmara e perguntou, sem vestígio de ironia: “500 anos depois, quer saber quem é o dono disto tudo?”. O “dono daquilo tudo” abriu a porta com um sorriso (houve muitos sorrisos) e um cachecol Carolina Herrera à volta do pescoço. Sem incómodo por tamanha exposição, o “comendador” Berardo, conhecido mundialmente pelo seu desmesurado amor às artes, mostrou alguns dos seus quadros, mostrou um contador alemão e mostrou o seu jardim ao estilo Renascimento italiano. Como brinde para os telespectadores, que estavam transidos no sofá, filosofou — insistindo que "nada nos pertence".

Como sabem os leitores desta newsletter não é comum eu iniciá-la directamente com uma citação, mas neste caso justificava-se – é que se não sei quantos deputados da comissão de inquérito à Caixa Geral de Depósitos terão assistido a esta prestação, sei que se não se pode dizer que não estivessem avisados para o que aí vinha.

E o que aí vinha foi uma audição parlamentar – cujos pontos essenciais pode recordar em A audição de Joe Berardo em cinco momentos e uma "perseguição já fora do Parlamento" – que ficará certamente na história da Assembleia da República como um dos seus momentos mais embaraçosos, para dizer o mínimo. E refiro que os deputados podiam estar preparados para o que teriam de enfrentar porque aquele programa fora para o ar exactamente na altura em eram conhecidas as condições dos empréstimos ruinosos do banco público – condições que, no caso de Berardo foram descritas minuciosamente pelo Observador no especial de Ana Suspiro e Nuno Vinha Dívida milionária de Berardo renegociada apesar de sinal vermelho da Direção de Risco.

Esse programa de Manuel Luís Goucha era ainda mais chocante por nele Joe Berardo explicar como adquirira um quadro que a BBC destacara recentemente como mostrando Lisboa no centro da primeira globalização. Uma pintura que deveria estar no Museu Nacional de Arte Antiga, mas que ele tem em casa para mostrar na TVI – o mesmo Berardo que diz só possuir uma garagem no Funchal e filosofa sobre “nada nos pertencer” quando deixou dívidas de quase mil milhões de euros na Caixa, no BCP e no Novo Banco.

Como é natural não há forma de escapar à forma como respondeu aos deputados, que já mereceu comentários do Presidente da República. ("É preciso ser respeitoso. E isso significa tratar as instituições com decoro") e do primeiro-ministro (País está todo chocado com o desplante de Joe Berardo). E que não escapou ao humor mordaz de Ricardo Araújo Pereira e da sua equipa do Gente que Não Sabe Estar, que esta semana esteve imperdível.

Mas tentemos responder a algumas questões que certamente muitos se colocarão. A primeira de todas é como foi possível. A resposta ainda está por dar. A resposta têm de dá-la todos os que se deixaram enfeitiçar por alguém que desde o primeiro minuto não disfarçou o tipo de “empresário” que era. Recentemente Vasco Pulido Valente recordou-o no diário que edita no Público:

"Vi uma vez o malfeitor do dia, Joe Berardo, no restaurante de um hotel de luxo. Estava todo vestido de preto, com uma boina preta na cabeça e calçado com uma espécie de sapatilhas. À volta dele, vinha uma comitiva também vestida de preto, que parecia um bando de lacaios. Não precisei de ver mais nada para saber que nunca emprestaria um centavo àquela criatura. Foi isto em meados dos anos 90".

Mas o cronista não é banqueiro, e os banqueiros pelos vistos nunca se incomodaram com alguns dos seus hábitos, como aqueles de que dava conta Vanessa Rato num perfil escrito para o Público em 2007 (repito: 2007) ele era alguém que “não se coíbe de tratar uma ministra por "babe" e de, a meio de negociações que envolvem milhões, lhe lançar à cara um sonoro "dahhhh" (o mesmo que lhe chamar parva, mas com menos letras).” Ou seja, o estilo do “comendador”, como reverencialmente era tratado, não mudou, como também se pode verificar lendo a entrevista que deu a Ana Taborda da Sábado em Novembro de 2016 e a revista agora repescou: "Preferia morrer a vender a coleção Berardo aos pedaços". Nela falava dos cinco museus que possuía – fora a Colecção Berardo – e dos dois que tencionava abrir, mas quanto ao dinheiro que se volatilizara só tinha a dizer que... “a responsabilidade do bad banking é das pessoas que fizeram os empréstimos.”

A história de como Berardo ganhou muito e depois foi um dos peões na luta pelo controle da banca portuguesa ainda terá episódios por contar, mas uma das pessoas que a conhecerá melhor é Helena Garrido, pelo que recomendo o que escreve hoje no Observador, Berardo e os gestores de papel.

No essencial o que se passou foi um “faz de conta” onde desapareceram muitos milhares de milhões de euros: “Foi esse “faz de conta” que se viveu na passagem do século XX para o século XXI e que só agora começa a chegar ao fim. Um “faz de conta” em dois actos. No primeiro acto finge-se que há banqueiros e empresários de sucesso que afinal só têm dívidas. No segundo acto os bancos tentam disfarçar as perdas com as dívidas desses banqueiros e empresários construídos com crédito.No processo das máscaras que iam construindo, os bancos permitiram que esses grandes devedores fizessem desaparecer tudo o que pudesse ser penhorado.” É que Berardo esteve longe de ser o único a conseguir fazer desaparecer as suas dívidas.

Pedro Sousa Carvalho, do Eco, recordou em O WC e a garagem de Joe Berardo, outros casos: “Nuno Vasconcellos que pediu 1,2 mil milhões emprestados à banca, chegou a ter 10% da Portugal Telecom, mas quando o tribunal foi executar a dívida ao BCP "apenas encontrou uma mota de água em seu nome.” Ou “Ricardo Salgado que foi chamado a tribunal e afirmou que é a filha, Catarina Salgado, quem lhe paga as contas: “Não tenho praticamente reforma e a minha mulher não tem atividade”. O mesmo Salgado que continua a ir passar férias à neve na Suíça”. Ou ainda Oliveira e Costa que se divorciou da mulher “para evitar que este fosse arrestado pela Justiça. Há quem case por amor ou por dinheiro. Oliveira e Costa divorciou-se por amor e por dinheiro.”

Claro que tudo isto não aconteceu sem muitas cumplicidades, e sugiro aos mais curiosos que vejam quem se passeava em redor de Joe Berardo e José Sócrates aquando da inauguração da Colecção Berardo em Junho de 2007, nesta reportagem da RTP.

Curiosamente também lá está outro dos grandes devedores da banca, curiosamente, ou talvez não, Berardo diz que fez um mau negócio, e por aí adiante. Recordar é viver, porque hoje a sensação é de impotência, bem expressa na crónica de João Miguel Tavares no Público, Joe Berardo, o homem que não tem dívidas: “Estamos nisto. Caixa, BCP e Novo Banco reclamam a Joe Berardo 962 milhões de euros, e ele continua a mostrar a Quinta da Bacalhôa – que não é dele, claro está – a Manuel Luís Goucha, nas manhãs da TVI. Há um mês, na mesma comissão, Eduardo Paz Ferreira disse não acreditar que a garantia da Caixa sobre a colecção algum dia conseguisse ser executada. Agora percebi porquê. O Estado ostenta com grande prestígio no CCB o nome de um dos maiores devedores do Estado; e o Estado contribui (via acordo da colecção) para que o Estado não possa recuperar o dinheiro que lhe é devido. Giro, não? Senhoras e senhores, bem-vindos a Portugal.”

E é isto. Veremos se algum dia alguma coisa se recuperará. Para já despeço-me com votos que, ao menos, fiquem com mais dados sobre uma saga muito longe de conhecer um fim feliz. Bom descanso."

quinta-feira, 16 de maio de 2019

António Costa ganhou mesmo a batalha política sobre o caso dos professores?

in rtp.pt

Sim, foi mesmo uma batalha política entre o primeiro-ministro António Costa e os professores do nosso país, tendo como base a contagem integral do tempo de serviço destes. 

A vida não estava fácil para António Costa com tantos problemas à sua volta como o caso das colocações de familiares do PS na administração pública, as sondagens para as eleições europeias com maus resultados e a ver fugir uma maioria absoluta...

Costa resolveu agir: ameaçou demitir-se se a lei da contagem integral do tempo de serviço dos professores fosse aprovada no parlamento, uma vez que considerava que não era possível governar, por causa da despesa para o ano de 2019 e para os anos seguintes.

Ao ler uma Crónica na SÁBADO, a propósito deste tema, escrita pelo Subdirector da referida revista, (cf. página 76, número 784 de 09 a 15 de maio do corrente), Carlos Rodrigues Lima, não posso deixar de a transcrever, uma vez que o modo como pensa e interpreta o que se passou, coincide muito com a opinião que formei sobre os factos ocorridos:

"Crónica 
Vá lá à sua vida
A vitória da política sobre o país
PARECE QUE ANTÓNIO COSTA GANHOU. Não se sabe bem o quê, mas tudo indica que foi uma batalha política, esse tipo de contenda que faz as delícias dos comentadores e analistas, mas que não resolve problema nenhum, neste caso o problema dos professores. Mas, Costa, diz-se por aí, ganhou. E com esta vitória confirmou, como analisou Marques Mendes, o novo Comentador Geral da República, depois de um longo mandato de Marcelo Rebelo de Sousa, o seu estatuto de "profissionalão" da política. Uma expressão que pode ter duas leituras: Costa é um bom político ou Costa não fez mais nada na vida além de estar encavalitado na política.
Percursos à parte, o que importa agora são os professores e como estes foram sucessivamente enganados pelo PS e, mais recentemente, por PSD e CDS. É preciso recuar até novembro de 2017, quando o atual governo e os principais sindicatos dos professores assinaram um acordo, em que ficou estabelecido que as partes aceitariam negociar "o modelo concreto da recomposição da carreira que permita recuperar o tempo de serviço". Ou seja - e não é preciso chamar um intérprete com poderes especiais de hermenêutica - as duas partes do acordo aceitavam a premissa da recuperação do tempo de serviço. O que faltava definir era o método.
Dois anos depois deste acordo, o primeiro-ministro foi à televisão (há bem poucos dias) declarar, que, afinal, "nem daqui a 10 anos será possível devolver o tempo integral, durante o qual as carreiras estiveram congeladas." Como a retidão de princípios e a "palavra dada é palavra honrada" (autor desconhecido...) são duas qualidades pouco ou nada habituais na corte em Lisboa, o primeiro-ministro é elogiado pela sua capacidade política, pelo brilhante jogo de xadrez que fez com a oposição e também com os seus parceiros de uma coligação, a quem um dia chamaram "geringonça". É difícil de entender como é que perante um dos maiores embustes deste Governo se elogia o brilhantismo político de Costa. Ou até será fácil. dado o pântano em que a política portuguesa mergulhou. Mais depressa se elogia o embuste do que a promessa cumprida. Os professores continuam com um problema, mas a última semana foi preenchida com "recuo", "esvaziamento", "feitiços contra o feiticeiro", "coligação negativa". Prioridades. 
Como se isto não bastasse, o CDS e o PSD resolveram entrar no jogo político, tendo apenas como objetivo amealhar uns milhares de votos para as próximas eleições. Ambos os partidos, os tais do rigor e mais não sei quê, revelaram que, juntamente com o PS, fazem parte desse clima pantanoso da política, em que os problemas concretos das pessoas são meros argumentos numa disputa eleitoral. A cobardia da direita foi desmascarada mal António Costa ameaçou com a demissão. Primeiro, o CDS apareceu a dizer que tinha votado a recuperação do tempo congelado aos professores, mas se houvesse condições para pagar. O PSD, depois de uma longa reflexão de Rui Rio, também procurou corrigir o tiro, declarando ter votado qualquer coisa, mas que não implicava despesa. Eis a maravilha da economia social democrata: vota-se favoravelmente uma despesa que não vai dar despesa.
Moral da história, caro leitor: a política não se faz para resolver os problemas dos cidadãos. A política cria expectativas nos cidadãos e alimenta-as até ao limite. Quando nos apercebemos que fomos enganados, nada como uma "crise política" para ninguém falar do engano em si e todas as atenções estarem centradas na tal crise, no perigo de ficar sem Governo, na instabilidade dos mercados, nos compromissos internacionais, na Zona Euro, no crescimento, nos sinais dados aos investidores, na imprevisibilidade do resultado das eleições, das maiorias absolutas ou relativas, das coligações à direita ou à esquerda num cenário de legislativas antecipadas, nos acordos parlamentares, etc. Confesse, caro leitor, depois desta última frase, já não quer saber dos professores, pois não? A política é isto mesmo."

in online.sapopt

quarta-feira, 15 de maio de 2019

Dia Internacional da Família

in: mulherportuguesa.com


Dia Internacional da Família


Em 1993, a Assembleia Geral das Nações Unidas declarou o dia 15 de maio como Dia Internacional da Família. Desde então comemora-se este dia, de forma a chamar a atenção para questões que influenciam o dia a dia da Família, e para que se reconheça o papel nuclear da família na sociedade e se incentive a adoção de medidas no sentido de melhorar a sua condição.

As escolas têm vindo a incluir a comemoração deste dia nos seus calendários escolares, de modo a transmitir às crianças a importância da família para todos nós, enquanto seres Humanos e sociais.

Nos dias que correm torna-se urgente e fundamental incentivar as crianças para a vida familiar, na qual partilhamos momentos de afetividade, proximidade, calor humano, harmonia, amor, carinho. Enfim, sentimentos fundamentais para as crianças crescerem e se desenvolverem de forma equilibrada.

No entanto, a experiência como educadora, ao longo destes anos, também me diz que vivemos num mundo em transformação, não só a nível económico, sociocultural e religioso mas também familiar. O conceito de família está a mudar.

É fundamental a comunidade escolar acompanhar essas transformações, de forma a ajudar as nossas crianças a lidarem com esta situação da melhor maneira possível. Um dos fatores que mais influenciaram a transformação das famílias foi o crescente número de divórcios que se tem verificado nos últimos anos, levando-nos à reestruturação do conceito de família.

Deixa de existir apenas a tradicional família nuclear, composta pelos pais e filhos, para nos depararmos com novas realidades, como a família monoparental, que faz parte da realidade de grande parte das nossas crianças.

Como profissional da educação sinto-me no dever de dar a conhecer às minhas crianças as diferenças entre as distintas realidades familiares, trabalhando com elas este conceito, não só no dia 15 de maio mas também ao longo de todo o ano. Procuro, assim transmitir-lhes a ideia de que, acima de tudo, não importa o tipo de família em que vivemos, mas sim como a vivenciamos.

O mais importante é o AMOR que sentimos uns pelos outros. E não existe nada melhor para uma criança do que se sentir AMADA por quem a rodeia.  


por Joana Oliveira - educadora de infância na instituição CIVAS e autora de livros do pré-escolar.


(encontrei em: portoeditora.pt)

terça-feira, 14 de maio de 2019

Homenagem a Doris Day, uma lenda do cinema!

Vamos falar de economia doméstica?

"Economia doméstica é um tema recorrente no Doutor Finanças e não nos cansamos dele, pois conhecer novas formas de poupar na nossa casa e vida diária nunca é demais. Neste artigo, encontre algumas estratégias que o vão ajudar a aumentar a sua poupança.
Mesmo para aqueles que levam a máxima carpe diem muito a sério, começar uma poupança é sempre um bom ponto de partida para aproveitar a vida ao máximo. Quando se entra nas lides da vida ativa e a mesada é substituída por um salário, aparecem também vários ‘monstrinhos’ mensais que nunca falham – renda, luz, água, o passe para transportes públicos ou a gasolina para o carro – um rol de despesas, quase tão grande quanto o salário. É neste momento que devemos começar a seguir outra máxima: work hard, play harder
  • Podemos poupar com vários objetivos, seja viajar, casar, ter um filho, comprar uma casa ou até a pensar no dolce far niente da reforma. Seja qual for o fim ou o valor, as estratégias de poupança são transversais e muitas vezes, estão mesmo à frente do nosso nariz.
  • Faça muitas contas e trace um plano  
  • Começar uma poupança é olhar para uma folha de excel em branco…. 

  • Coloque em cada coluna o mês a que se referem as suas despesas. 

  • Nas linhas, descreva as suas despesas fixas (renda ou empréstimo, gasolina, atividades extracurriculares dos miúdos, o seu ginásio, alimentação, etc.) e o que gasta em média, por mês, em cada uma. Depois disso, verifique quanto lhe sobra do bolo mensal.
  • Nas linhas em baixo, coloque as atividades que gostava de fazer esse mês (ir a um concerto, ou jantar naquele restaurante novo, passar um fim de semana fora, comprar uma peça de roupa ou um livro, etc.). E sim, reserve sempre alguma coisa para pequenos imprevistos, como o carro que avariou ou a ida ao dentista que tem adiado.
  • Com este esquema, conseguirá ter uma soma dos seus gastos mensais e anuais, sendo um excelente ponto de partida para uma boa gestão financeira doméstica. Experimente, vai ver que o exercício de (re)calcular a sua vida pode ser bem divertido.
  • Se folhas e Excel não são o seu forte, o Doutor Finanças recomenda a aplicação Boonzi. Com um copiar/colar do seu extrato bancário terá uma noção exacta de onde está a gastar mais ou menos dinheiro por categorias. 
  • Poupe sempre… no início do mês
Nunca deixe para amanhã o que pode fazer hoje, e deixar a poupança para o final do mês (poupar o que sobrar) pode levá-lo a nunca chegar efetivamente a poupar.
No início de mês (ou no dia em receber o salário) pegue no excel (aquele onde organiza as suas contas mensais) e na linha antes das despesas fixas, insira a mais importante de todas – a linha da poupança – e aí estipule um valor fixo mensal para colocar de parte (por exemplo 50€). Esse valor é como se não existisse, esconda-o no mealheiro (a tentação será sempre grande) ou numa conta à parte (onde se esqueça dele), seja uma conta a prazo, ou poupança reforma (há vários estilos de contas poupanças – fale com o seu banco e veja a que se adequa melhor às suas necessidades). 
  • Organize-se diariamente
Durante a semana há sempre pequenas coisas nas quais podemos poupar e nem nos apercebemos, como o pequeno almoço fora de casa, os vários cafés ao longo do dia ou até aquele chocolate que não conseguimos evitar depois de almoço. 
Estas coisas acontecem seja por falta de tempo, necessidade de relaxar ou simplesmente por vício. Atenção somos humanos, não faz mal termos vícios e cometermos pequenos ‘pecados’ de vez em quando. Mas também para estas coisas há pequenas estratégias que pode adoptar:
  • Quanto ao pequeno almoço fora de casa, comece a guardar sempre 10 minutos da sua manhã para tomar a primeira refeição do dia em casa, aproveite para dar uma olhada nas notícias, ou se tiver animais para lhes dar uns miminhos enquanto bebe o café. Deixe a ida à pastelaria para o fim de semana, vai aproveitá-la muito melhor;
  • Leve a sua marmita para o trabalho, inspire-se na blogosfera (há tantos blogs interessantes sobre este tópico), não se esqueça da fruta para o meio da manhã e do iogurte para o meio da tarde e claro, tenha sempre no seu trabalho algo doce para não ter que ir à máquina das guloseimas, quando precisa de açúcar;
  • A chave de ouro – guarde um ou dois dias da semana e não gaste dinheiro em NADA (é bem mais fácil do que parece).
O dinheiro que for poupando nestes pequenos momentos do seu dia, coloque numa caixinha (mas sem grande pressão), vai ficar surpreendido(a) no final do mês. Pequenas mudanças de hábitos podem gerar grandes poupanças, consulte o nosso artigo “três hábitos que pode mudar para poupar 40 mil euros”.
  • Não se perca nas compras 
Ser objetivo, quando está a atravessar um corredor do supermercado, é essencial para que a conta no final não dispare. Há quem defenda afincadamente que levar uma lista de compras também resulta, bem como não ir às compras com fome ou aproveitar todos os cupões e cartões de desconto. O ideal é aplicar todos os truques que foi aprendendo, afinal quando se fala em poupança as dicas nunca são demais. 
Ainda assim, há um esquema que pode ser um bom aliado na hora de rechear a despensa lá de casa – estipular o número de vezes que se vai ao supermercado. Esta estratégia não só lhe poupa tempo, como dinheiro. 
No início do mês faça as compras grandes – compre vários produtos para congelar (peixe, carne, congelados, etc.), compre mercearia a contar com os 30 dias (arroz, enlatados, massa, etc.), produtos de higiene e limpeza e frescos para uma semana, por razões óbvias. Daí para a frente, apenas terá que comprar as frutas, legumes, carnes frias. Nestas compras mais pequenas (semanais), procure evitar as grandes superfícies, onde as tentações são maiores, vá antes a mercados, onde os produtos frescos normalmente são mais baratos e de melhor qualidade. Neste artigo, encontre algumas aplicações que o podem ajudar a organizar o seu orçamento e poupar em vários campos da sua vida, como supermercado, alimentação ou carro. 
  • Cultura e diversão… aproveite as atividades gratuitasOra falar em poupança pode deixar-nos bem deprimidos, se pensarmos na quantidade de atividades que podemos ter que nos privar. Mas não fique, afinal se for criativo vai encontrar coisas baratas ou mesmo grátis, que substituem aquele guilty pleasure capaz de arruinar a sua estratégia. 
    Por exemplo, aquele café depois de jantar, que acaba por ser sempre mais do que um café, junte os seus amigos e substitua-o por uma caminhada pela cidade. Ou aquele livro que quer ler,  vá à biblioteca e requisite-o gratuitamente ou procure-o num alfarrabista, na feira do livro ou em lojas de velharias, pode ser que acabe por encontrar outro ainda mais interessante, por apenas 1 euro. Consulte a agenda cultural da sua cidade, certamente que há eventos (música, teatro, tertúlias) gratuitos para aos quais nunca prestou atenção. 
    Quando pensar em poupar tente seguir algumas destas dicas e, certamente, que verá resultados, mas atenção poupar até pode ser importante, no entanto não se esqueça de usufruir. 
    Boas poupanças!"
    https://www.doutorfinancas.pt/poupanca/economia-domestica-estrategias-para-poupar-no-dia-a-dia/

segunda-feira, 13 de maio de 2019

Hoje, 13 de maio, é Dia de Nossa Senhora de Fátima!

Francisco convidou católicos a invocar «mãe celestial», dois anos após ter precedido à canonização dos santos Francisco e Jacinta Marto
Cidade do Vaticano, 12 mai 2019 (Ecclesia) – O Papa Francisco associou-se hoje, no Vaticano, à celebração do 13 de maio, em Fátima, que recorda a primeira aparição da Virgem Maria na Cova da Iria, em 1917.
“Os nossos pensamentos vão para a nossa mãe celestial, que celebraremos amanhã, 13 de maio, com o nome de Nossa Senhora de Fátima. Confiamo-nos a ela, para continuar a nossa jornada com alegria e generosidade”, disse, desde a janela do apartamento pontifício, após a recitação da oração pascal do ‘Regina Coeli’, perante milhares de peregrinos.
O Papa esteve em Fátima nos dias 12 e 13 de maio de 2017, por ocasião do Centenário das Aparições, tendo presidido à canonização dos santos Francisco e Jacinta Marto, dois dos videntes da Cova da Iria.
A peregrinação internacional aniversária de maio é presidida, em 2019, pelo arcebispo de Manila, D. Luís Antonio Tagle, o qual está em Portugal desde quinta-feira, com uma agenda centrada em Fátima e nas questões sociais.
A presença do cardeal filipino, também presidente da confederação internacional da Cáritas, é apresentada pelo Santuário de Fátima como “um sinal de atenção à Ásia, cujo número de peregrinos não para de surpreender”.
A referência do Papa a Fátima surgiu no contexto de uma saudação de Francisco por ocasião do ‘Dia da Mãe’ em vários países, incluindo o Brasil, por exemplo.
“Gostaria de enviar uma calorosa saudação a todas as mães, agradecendo-lhes a sua preciosa ação no crescimento dos filhos e na defesa do valor da família. Recordemos também as mães que olham para nós do céu e continuam a vigiar sobre nós, com a oração”, declarou.
O encontro com os peregrinos aconteceu após a celebração da Missa no chamado Domingo do “Bom Pastor”, Dia Mundial de Oração pelas Vocações na Igreja Católica.
“Em todas as comunidades, rezamos de maneira especial pelas vocações ao sacerdócio e à vida consagrada”; sublinhou Francisco.
O Papa falou da “alegria” de ter ordenado 19 novos padres na Basílica de São Pedro, esta manhã.
“Ao saudar afetuosamente esses novos presbíteros, juntamente com os seus familiares e amigos, convido-vos a lembrar quantos o Senhor continua a chamar pelo seu nome, como fez um dia com os apóstolos às margens do lago da Galileia, para que se tornassem pescadores de homens”, referiu.
Dois dos novos sacerdotes acompanharam o Papa, à janela, para abençoar a multidão.
Encontrei em: 
https://agencia.ecclesia.pt/portal/vaticano-papa-associa-se-a-celebracao-do-13-de-maio-em-fatima