sábado, 28 de outubro de 2017

Rajoy demite Governo Catalão

in: observador.pt
27 dias depois do referendo, o parlamento catalão declarou independência após votação secreta. Rajoy diz que catalães foram "sequestrados", demite Puigdemont e convoca eleições regionais para dezembro
Puigdemont prepara os primeiros passos de uma nova república, com uma Constituição e parlamento. Rajoy quer decapitar a Generalitat. Restam as ruas, onde ninguém sabe qual dos dois manda.
Não é catalão quem quer, mas quem pode. O setor público transita para o Estado catalão. Há indultos para os independentistas presos e acusados e eleições em abril de 2018.
O Governo português "não reconhece a declaração unilateral de independência" anunciada pela Catalunha. O Governo condena a "quebra da ordem constitucional e o ataque ao Estado de direito em Espanha".

Rajoy escolhe vice-presidente para liderar a Catalunha

O primeiro-ministro espanhol delegou na sua vice-presidente, Soraya Sáenz de Santamaría, a tarefa de liderar politicamente a Catalunha até às próximas eleições autonómicas."

(in: observador.pt)

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Um soneto de Frei António das Chagas


in: http://decaedela.blogspot.pt

CONTA E TEMPO

Deus pede estrita conta de meu tempo.

E eu vou, do meu tempo, dar-lhe conta.

Mas, como dar, sem tempo, tanta conta,

Eu, que gastei, sem conta, tanto tempo?


Para dar minha conta feita a tempo,

O tempo me foi dado, e não fiz conta.

Não quis, sobrando tempo, fazer conta.

Hoje, quero fazer conta, e não há tempo.


Oh, vós, que tendes tempo sem ter conta,

Não gasteis vosso tempo em passatempo.

Cuidai, enquanto é tempo, em fazer conta!


Pois, aqueles que, sem conta, gastam tempo,

Quando o tempo chegar, de prestar conta,

Chorarão, como eu, o não ter tempo.

António da Fonseca Soares


(Frei António das Chagas, século XVII)

Quem foi Frei António das Chagas?

"...(...) Antes de professar, o homem chamava-se António da Fonseca Soares. Nasceu na Vidigueira em 1631 e morreu em Varatojo, perto de Torres Vedras, aos 51 anos. Pelo meio, ficou uma vida agitada.
Curiosamente, tal como Bocage, António Soares era filho de um magistrado e de uma senhora estrangeira. Estudou no colégio dos Jesuítas, em Évora, mas a morte do pai forçou-o a abandonar os estudos. O jovem alistou-se no exército e participou na Guerra da Restauração.
Começou cedo a fazer poemas. À maneira de Camões, usava numa das mãos a espada e na outra a pena e tornou-se conhecido como militar e como poeta. Tinha um feitio impetuoso. A mão da espada feriu de morte um rival, num duelo, e António da Fonseca Soares teve de se refugiar no Brasil. Passou três anos na Baía, sem ganhar grande juízo. Em 1656 voltou a Portugal e à guerra. Foi promovido a capitão, pela sua coragem.
Aos 31 anos de idade, voltou-se para Deus e fez-se monge na Ordem de São Francisco. A igreja apreciou sempre os pecadores arrependidos.
Frei António das Chagas chegou a ser um pregador conhecido em todo o País. Dizem que se esbofeteava no púlpito e que chegou a lançar um crucifixo para a assistência, para dar ênfase à pregação. No ano da sua morte, 1682, fundou em Setúbal o Convento de Nossa Senhora dos Anjos de Brancanes.
Praticou variados géneros poéticos, dos sonetos aos madrigais e às glosas. O poema que aqui deixamos é uma pequena maravilha. Frei António das Chagas canta a efemeridade da vida."

Encontrei em: decaedela.blogspot.pt

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Homenagem a Jorge Listopad

Presto aqui a minha homenagem a um homem multifacetado, que se dedicou imenso ao nosso país.

"Jorge Listopad nasceu em Praga, onde se doutorou em Filosofia, e naturalizou-se português em 1962. 

Escritor, publicista, conferencista, professor universitário, crítico, realizador de televisão e encenador, é autor de cerca de cinquenta livros de prosa, poesia e ensaio, escritos em checo, francês e português e traduzidos em várias línguas. 

Como homem de teatro, encenou cerca de sessenta peças e óperas na Checoslováquia, França, Alemanha, Suíça e Portugal, onde recebeu dois Prémios de Imprensa e quatro Prémios da Associação Portuguesa de Críticos de Teatro. 

Foi Presidente da Comissão Instaladora da Escola Superior de Teatro e Cinema, desde 1994 até à sua passagem para as actuais instalações. 

Premiado, em 1947, com o prémio da Academia de Artes e Ciências de Praga, pelo conjunto da sua obra, em 1952 com o 1º Prémio do Conselho Cultural de Estocolmo e, em 1954, com o 1º Prémio da Rádio Europa Livre de Poesia. Foi ainda premiado pela Academia Cristã de Roma pelo ensaio Tristão ou a Traição de um Intelectual. Agraciado com a Medalha Militar Checoslovaca da Resistência (1945), a nomeação Companheiro do Marechal Tito (1946) e a Medalha de Mérito Nacional da República Checa (2001), recebeu ainda a Medalha de Ouro do Prémio Europeu Franz Kafka (2000); Prémio Gratias Agit (Praga, 2004); Prémio Jaroslav Seifert (Praga, 2007).

É doutor honoris causa pela Universidade de Brno (República Checa, 1992) e pela Universidade Carolinum, de Praga."

(encontrei em: https://www.wook.pt)

http://www.literaturenights.eu

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Os rinocerontes estão em vias de extinção

O nosso planeta está em perigo. 

Para que se tome consciência dos erros que o homem comete contra a natureza, aqui temos mais um exemplo das barbaridades que se cometem:

"Nem todas as fotos de vida selvagem são belas. Apesar do concurso anual falar português (há um brasileiro entre os vencedores) e ter fotografias incríveis, uma das imagens eleitas é terrível. Chamaram-lhe "Memorial de uma Espécie" e é um murro no estômago: eis porque estão os rinocerontes em vias de extinção.


Às vezes é preciso ser assim, brutal, para nos darmos conta das tragédias que nos rodeiam, como os últimos tempos bem nos recordaram. Deixado o alerta, já sabe que tem toda a informação que importa no Observador. E também histórias mais bonitas."

(in: observador.pt   23/10/2017)

Um Artigo do mesmo jornal, por Marta Leite Ferreira   23/10/2017

"FOTOGRAFIA

Fala-se português entre os vencedores do concurso “Wildlife Photographer” de 2017
 A noite estava estrelada e nenhuma nuvem anunciava a chegada do período das chuvas no Parque Nacional Emas, Brasil. Márcio Cabral estava por ali a fotografar as luzes verdes emitidas pelas térmitas reunidas em montículos de terra à entrada dos ninhos. Já havia chovido muito e de nada tinha valido ao fotógrafo acampar por ali durante três temporadas. Naquele dia, as condições de luz foram finalmente as ideais e Márcio conseguiu a fotografia que tanto queria. Mais conseguiu muito mais do que isso.
Graças à imagem que mostra um papa-formigas a alimentar-se das térmitas, o brasileiro Márcio Cabral conseguiu conquistar o prémio “Wildlife Photographer of the Year” na categoria “Animais no seu Ambiente”. É que os papa-formigas veem muito mal, mas têm um olfato muito apurado que os encaminha pelo escuro até ao alimento. E usando material profissional, incluindo uma Canon com uma grande lente angular, o fotógrafo recebeu um bónus na fotografia que ansiava há tanto.
Pode ver a fotografia na fotogaleria, conforme enviada ao Observador pelo Museu da História Natural, que patrocina o evento. Esta e as outras fotografias vencedoras vão estar em exibição no museu desde esta sexta-feira até 28 de maio, uma segunda-feira. Se não pode ir até Londres para as ver ao vivo, espreite a fotogaleria. E se tiver alguma imagem genial do meio ambiente, candidate-se para o “Wildlife Photographer of the Year” 2018 a partir de 23 de outubro."

(in: observador.pt   23/10/2017)