sábado, 9 de novembro de 2013
sexta-feira, 8 de novembro de 2013
Clara Ferreira Alves: "A História Universal da Infâmia"
A HISTÓRIA UNIVERSAL DA INFÂMIA
Entre os portugueses e a luxúria do poder, Passos Coelho escolheu o poder. Fica registado
ESTE GOVERNO, o de Pedro Passos Coelho, nasceu de uma infâmia. No livro "Resgatados", de David Dinis e Hugo Coelho, insuspeitos de simpatias por José Sócrates, conta-se o que aconteceu. O então primeiro-ministro chamou Pedro Passos Coelho a São Bento para o pôr a par do PEC4, o programa que evitava a intervenção da troika em Portugal e que tinha sido aprovado na Comissão Europeia e no Conselho Europeu, com o apoio da Alemanha e do BCE, que queriam evitar um novo resgate, depois dos resgates da Grécia e da Irlanda. Como conta Sócrates na entrevista que hoje se publica, Barroso sabia o quanto este programa tinha custado a negociar e concordava com a sua aplicação, preferível à sujeição aos ditames da troika, uma clara perda de soberania que a Espanha de Zapatero e depois de Rajoy evitou. Pedro Passos Coelho foi a São Bento e concordou. O resto, como se diz, é história E não é contada por José Sócrates, que um dia a contará toda. No livro, conta-se que uma personagem chamada Marco António Costa, porta-voz das ambições do PSD, entalou Passos Coelho entre a espada e a parede. Ou havia eleições no país ou havia eleições no PSD. Pedro Passos Coelho escolheu mentir ao país, dizendo que não sabia do PEC4. Cavaco acompanhou. E José Sócrates demitiu-se, motivo de festa na aldeia. Detenho-me nesta mentira porque, quando as águas se acalmam no fundo do poço, é o momento de nos vermos ao espelho. Pedro Passos Coelho podia ter agido como um chefe político responsável e ter recusado a chantagem do seu partido. Podia ter respondido ao diligente Marco António que o país era mais importante do que o partido e que um resgate seria um passo perigoso para os portugueses. Não o fez, fraquejou. Um Governo que começa com uma mentira e uma fraqueza em cima de uma chantagem não acaba bem. Houve eleições, esse momento de vindicação do pequeno espaço político que resta aos cidadãos, e o PSD ganhou, proclamando a sua pureza ideológica e os benefícios da anunciada purga de Portugal. Os cidadãos, zangados com o despesismo de Sócrates e do PS, embarcaram nesta variação saloia do mito sebástico. O homem providencial. Os danos e o sofrimento que esta estupidez tem provocado a Portugal são impossíveis de calcular. Consumada a infâmia, a campanha contra José Sócrates continuou dentro de momentos. Todos os dias aparecia uma noticiazinha que espalhava pingos de lama ou o Freeport, ou a Face Oculta, ou a TVI, ou todas as grandes infâmias de que Sócrates era acusado. Ao ponto de o então chefe do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, que se tinha aliado ao PCP e ao PSD para deitar o Governo abaixo e provocar a demissão e eleições (no cálculo eleitoralista misturado com a doutrina esquerdista que ignorava a realidade e as contas de Portugal), me ter dito numa entrevista que considerava "miserável" a "campanha pessoal" da direita contra Sócrates. Palavras dele. Aqui chegados, convém recordar o que o Governo de Passos Coelho tem dito e feito. Recordar as prepotências de Miguel Relvas, os despedimentos, os SMS, os conluios entre a Maçonaria e os serviços secretos, os relatórios encomendados, os escândalos, a ameaça da venda do canal público ao regime angolano, e, por fim, o suave milagre de um inexistente diploma. Convém recordar as mentiras sobre o sistema fiscal, os cortes orçamentais, a adiada e nunca apresentada reforma do Estado, as privatizações apressadas e investigadas pelo MP, os negócios e nomeações, a venda do BPN, as demissões (a de Gaspar, a "irrevogável" de Portas), as mentiras de Maria Luís, os swaps e, por último, cúmulo das dezenas de trapalhadas, o espectáculo da "Razão de Estado" vista pela miopia de Rui Machete. Convém recordar que na semana de demissão de José Sócrates os juros do nosso financiamento externo passaram de 7% para 14%. E os bancos avisaram-no de que não aguentavam. Sócrates sentou-se e assinou o memorando. Que o actual primeiro-ministro não hesitasse, mais uma vez, em invocar um segundo resgate para ganhar as eleições autárquicas que perdeu, diz tudo sobre a falta de escrúpulos deste Governo, a que se soma a sua indigência, a sua incompetência, o seu amadorismo. A intransigência. Este é o problema, não a austeridade. José Sócrates foi estudar. Escreveu uma tese, agora em livro, que o honra porque tem um ponto de vista bem argumentado, politicamente corajoso vindo de um ex-primeiro-ministro. E vê-se que sabe o que diz. Podem continuar a odiá-lo, criticá-lo, chamar-lhe nomes. Não alinho nas simpatias ou antipatias pela personagem, com a qual falei raras vezes. O que não podem é culpá-lo de uma infâmia que levou o país ao colapso político, financeiro, cívico e moral. Entre os portugueses e a luxúria do poder, Passos Coelho escolheu o poder. Fica registado.
REVISTA EXPRESSO 19/OUT/13
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Artigo de Opinião
quinta-feira, 7 de novembro de 2013
Postais Sugestivos do Sociólogo Boaventura Sousa Santos ao nosso Governo
http://sorisomail.com/imagens-engracadas/360691.html
Na minha modesta opinião, julgo que isto também interessa a quem não está reformado...!!! Interessa a todos, de certeza!!!
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quarta-feira, 6 de novembro de 2013
GORONGOSA - Filme "War Elephants" nomeado para EMMY
O filme da National Geographic "War Elephants" (Elefantes com Futuro na versão Portuguesa) foi nomeado para um "Emmy" de Melhor Programa sobre Natureza. O filme mostra como a Dra. Joyce Poole (cientista, especialista em elefantes) e o seu irmão Bob Poole (cinematógrafo), trabalharam para ganhar a confiança dos elefantes da Gorongosa.
Elefantes com Futuro
No Parque Nacional da Gorongosa, em Moçambique, os elefantes estão em crise: anos de guerra e de caça furtiva pelo seu marfim deixaram-nos assustados e agressivos em relação aos seres humanos. No novo filme da "National Geographic Television", a maior especialista mundial em elefantes, a Dra. Joyce Poole e o seu irmão, o cinematógrafo Bob Poole, procuram ganhar a sua confiança.Veja o "trailer" em Português aqui:
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Mãe Natureza
terça-feira, 5 de novembro de 2013
A Alemanha deve dinheiro a Portugal?
"Alemanha deve 2,3 mil milhões de Euros a Portugal por indemnizações da 1ª guerra mundial"
Dava para cobrir o valor do chumbo do Tribunal Constitucional às normas constitucionais do OE 2013 e ainda sobravam mil milhões de euros.
Mais um factor que a Alemanha terá que ponderar quando chegar a altura de o nosso país renegociar o actual pacote de resgate financeiro.
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segunda-feira, 4 de novembro de 2013
Quem é Maria João Monteiro Grancha? (II)
Maria João dedicou-se ao desporto durante vários anos (chegou a ser cinturão negro de Aikido), só bastante tarde descobriu a sua queda para a música.
A música surgiu na sua vida depois de ter sido aconselhada a ter aulas no Hot Clube de Portugal. Foi aprovada numa audição e começou ali mesmo a estudar música.
Com colegas da escola fundou sua própria banda de jazz, o Quinteto de Jazz de Maria João, e começou a apresentar-se em casas noturnas de Lisboa.
Colaborou, em 1991, com o grupo Cal Viva, de Carlos Bica e José Peixoto.
Com Mário Laginha, em 1994, formou um duo. Desta parceria, podem-se destacar os álbuns Cor (1998) - o qual evoca os 500 anos dos descobrimentos portugueses — e Lobos, Raposas e Coiotes (1999), no qual gravou duas famosas canções brasileiras, "Beatriz" e "Asa Branca".
O álbum Chorinho Feliz, (2000), lançado em comemoração aos 500 anos da presença portuguesa no Brasil, conta com a participação de músicos como Gilberto Gil e Lenine e outros músicos como Helge A. Norbakken, Toninho Ferragutti e Nico Assumpção.
Em 2001 foi lançado o disco do projecto Mumadji, quarteto formado por Maria João, Mário Laginha, Helge Norbakken e Toninho Ferragutti.
Em 2003 foi lançado o álbum Undercovers com releituras de grandes sucessos da música universal - incluindo "O Quereres", de Caetano Veloso. Em 2003, foi a diretora da academia do programa Operação Triunfo, na RTP.
2004 foi o ano do disco Tralha, com temas originais de Mário Laginha.
Em 2007 lançou a solo o disco João. Volta a colaborar na 3ª edição do programa Operação Triunfo.
Desde 2009 que participa no projecto OGRE (com Júlio Resende, Joel Silva, João Farinha e André Nascimento), uma banda que mistura novos sons de Jazz com música electrónica.
Também desde 2010, mantém uma colaboração com o cantor de jazz belga David Linx.
Discografia
- Quinteto Maria João (1983) Quinteto Maria João
- Cem Caminhos (1985) Quinteto Maria João
- Conversa (1986)
- Looking For Love (1988) Maria João e Aki Takase
- Alice (1990) Maria João, Aki Takase e Niels Henning Orsted-Pedersen
- Sol (1991) Maria João e Cal Viva (José Peixoto, Carlos Bica, José Salgueiro, Mário Laginha e Ermenio de Melo)
- Danças (1994) Maria João e Mário Laginha
- Fábula (1996) Maria João e Mário Laginha Ralph Towner, Dino Saluzzi
- Cor (1998) Maria João e Mário Laginha, Trilok Gurtu e Wolfang Muthspiel
- Lobos Raposas e Coiotes (1999) Maria João e Mário Laginha com a Orquestra Filarmónica de Hannover
- Chorinho Feliz (2000) Maria João e Mário Laginha
- Mumadji Ao Vivo (2001) Mumadji
- Undercovers (2002) Maria João e Mário Laginha
- João (2007) Maria João
- Chocolate (2008) - Maria João e Mário Laginha
- Follow The Songlines (2010) Maria João e David Linx com Mário Laginha e Diederik Wissels
- Amoras e Framboesas (2011) Maria João e Orquestra de Jazz de Matosinhos
- A Different Porgy & Another Bess (2012) - com David Linx & Brussels Jazz Orchestra
- Electrodoméstico (2012) com o projecto OGRE
- Iridescente (2012) Maria João e Mário Laginha
Colectâneas
- Pensa Nisto! (1996) - Fidjo Magoado
- Etnocity/Underground Sound Of Lisbon (2000) - Saris e Capolanas (remix) (MJML)
- Movimentos Perpétuos (2003)- Mãos Na Parede (MJML)
Colaborações
- Abbacadabra [] - (1984)
- Júlio Pereira - (1990)
- Júlio Pereira - Tarde Quente(1994)
- António Pinho Vargas Maria João e José Nogueira [A Luz e a Escuridão] (1995)
- Laurent Filipe (1995)
- Bom dia Benjamim - (1995)
- Carlos Bica/Azul (1996)
- Cantigas de Amigos - São Macaio/A Garrafa...(1998)
- Clã - Pois É (1998)
- Dulce Pontes - Modinha das Saias (1999)
- Bana - (1999)
- Joe Zawinul - "Faces & Places" (2002)
- Carinhoso - Ingénuo (2002)
- Simentera - Lua Cheia (2003)
- Pirilampo Mágico (com Mariza e Teresa Salgueiro)- Faz a Magia Voar (2003)
- DEP - Quem? (2004)
- Danças Ocultas - (2004)
- Saxofour - [](2004)
- Blasted Mechanism - Avatara (faixa "Power On/Pink Hurricane") (2005)
- Saxofour - [Cinco] (2005)
- José Peixoto - [Pele] (2006)
- Clã - Lua Partida Ao Meio (2006)
- Vera e os Seus Amigos - Papagaio Fofoca (2008)
Curiosidades
No decorrer de sua carreira, teve vários parceiros musicais, com os quais gravou álbuns e apresentou-se em espetáculos por todo o continente, como a pianista Aki Takase e a banda Cal Viva — da qual participavam José Peixoto e Mário Laginha, que futuramente viria a se tornar um de seus principais colaboradores.
Outros importantes músicos de todo o mundo colaboraram com a cantora: Manu Katche, Trilok Gurtu, Bobby McFerrin, Wolfgang Muthspiel, Joe Zawinul, Ralph Towner, Dino Saluzzi, Kai Eckhardt, Gilberto Gil e Lenine, entre outros.
Mumadji significa "Português-Europeu" em Xangana, uma das línguas faladas em Moçambique.
Fonte: pt.wikipedia.org/wiki/Maria_João_Monteiro_Grancha
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Jazz em Portugal
Quem é Maria João Monteiro Grancha? (I)
Fonte: http://www.jazzportugal.ua.pt
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domingo, 3 de novembro de 2013
Charlie Parker (JAZZ)
Charlie Parker
Charles Parker, Jr. foi um saxofonista estado-unidense de jazz e compositor. No início da sua carreira Parker foi apelidado de Yardbird; esse apelido mais tarde foi encurtado para Bird e permaneceu como o apelido de Parker para o resto da sua vida.
Nascimento: 29 de agosto de 1920, Kansas City, Kansas, Estados Unidos
Falecimento: 12 de março de 1955, Nova Iorque, Nova Iorque, Estados Unidos
Cônjuge: Chan Parker (de 1950 a 1955), Doris Parker (desde 1948)
In the Still of the Night | 1957 | The Genius of Charlie Parker, Volume 7: Jazz Perennial |
Summertime 1949 | ||
Groovin' High | 1988 | The Original Bird - The Best of Charlie Parker 1944-1949 |
Billy's Bounce | ||
Cosmic Rays | 1957 | Now's the Time |
Donna Lee | ||
A Night in Tunisia | 1996 | Complete Charlie Parker on Dial |
Barbados | 1994 | The Bird Returns |
Night and Day | 2003 |
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