sábado, 9 de janeiro de 2021

Enrico Macias, um cantor francês de origem argelina (Baú das Canções Francesas)



Mas, afinal: Quem foi Enrico Macias?

Enrico Macias, de seu nome verdadeiro Gaston Ghrenassia, nasceu a 11 de dezembro de 1938, em Constantine, na Argélia Francesa e é oriundo de uma família de músicos. 

Tornou-se mais conhecido a partir dos anos 60 depois da independência da Argélia. A situação no seu país tornou-se muito difícil para as pessoas que eram de origem judaica e europeia. Tudo isso o obrigou a mudar de país escolhendo França para onde foi viver com a sua família em 1961.

Atingiu fama internacional tornando-se um dos maiores artistas francófonos. Nunca mais voltou ao seu país natal. Mas como falava vários idiomas, gravou canções não só em francês, mas também em árabe, berbere, yiddish, arménio, inglês, grego, turco, hebraico, italiano e espanhol, pelo menos... 

Enviuvou de Suzy Leyris, sua esposa, em dezembro de 2008 (eram casados desde 1963) tendo-lhe dedicado um álbum em 1993, A Suzy.

Tem dois filhos: o filho, Jean-Claude Ghrenassia, é produtor musical; a filha, de nome Jocya Macias.

BIOGRAPHIE

Fils de violoniste, Gaston Ghrenassia – de son vrai nom – naît le 11 décembre 1938 près de Constantine, en Algérie. Baigné dans un univers musical, le petit garçon passe beaucoup de temps avec ses grands-parents installés à Jemmapes, au gré des tournées de son père, Sylvain Ghrenassia, musicien dans l'orchestre de Raymond Leyris dit Cheikh Raymond. Ce dernier lui enseigne le malouf, musique traditionnelle arabe-andalouse de Constantine. Rapidement il suit les traces de son père et rejoint l'orchestre de Cheikh Raymond. En 1956, après l'obtention de son baccalauréat, il accepte un poste d'instituteur et continue à pratiquer la guitare. Mais en juin 1961, dans un pays en pleine guerre, l'assassinat par le FLN de Raymond Leyris fait basculer la vie de la famille Ghrenassia. Un mois plus tard, Enrico et les siens quittent l'Algérie pour la France et la famille s'installe à Argenteuil.

De cabaret en cabaret, le jeune musicien se fait remarquer et assure la première partie d'un concert de Gilbert Bécaud. Sa carrière démarre en 1962 avec le succès du titre Adieu mon pays, composé lors de la traversée de la Méditerranée durant son exil. En octobre de la même année, il est invité de l'émission Cinq colonnes à la Une, consacrée aux rapatriés d'Algérie, appelés dorénavant pieds-noirs, dont il devient l'un des symboles. En 1963, il sort son premier album, prend le pseudonyme d'Enrico Macias, et confirme sa récente notoriété avec le tube Enfants de tous pays. En pleine période yéyé, il donne son premier concert à l'Olympia en 1964 et enchaîne les titres couronnés de succès Paris tu m'as pris dans tes bras, Les filles de mon pays…Devenu un artiste reconnu, son répertoire s'exporte à l'international. En 1979, il est invité en Egypte par le président Anouar el Sadate et donne un concert aux pieds des pyramides. Il est nommé Chanteur de la paix par l'ONU en 1980, avant de devenir ambassadeur itinérant pour la paix et la défense de l'enfance à partir de 1997. En 1999 il rend hommage au mentor de ses débuts, Raymond Leyris, lors d'un concert au Printemps de Bourges. Après l'album L'oriental, Enrico Macias renoue avec ses racines et sort en 2003 Oranges amères, album aux sonorités orientales. En 2010, il sort un nouvel opus, Voyage d'une mélodie, composé avec son fils.

Après plusieurs décennies d'exil, Enrico Macias publie un récit en 2001, Mon Algérie, en forme d'hommage à son pays natal. En avril 2007, le chanteur reçoit le grade d'officier de la Légion d'Honneur. Artiste engagé, il participe ponctuellement à des manifestations de soutien en faveur d'Israël. Il a apporté son soutien à la candidature de Nicolas Sarkozy lors des élections présidentielles de 2007 et 2012.

Côté vie privée, il se marie avec son amour de jeunesse, Suzy Leyris, fille de Raymond Leyris, le 16 février 1963. Ensemble ils ont deux enfants, Jocya et Jean-Claude. Après quarante-cinq ans de mariage, sa femme décède en décembre 2008.

Encontrei esta versão: in gala.fr

sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

Atenção: este fim de semana há proibição de circulação entre concelhos

Proibição de circulação entre concelhos para todo o país

O novo estado de emergência prevê, no fim de semana, a proibição de circulação entre concelhos em todo o país e o recolher obrigatório para todos os concelhos com nível de risco elevado ou superior

Dos 278 concelhos em Portugal continental só 25 se encontram no nível de risco moderado (o nível mais baixo) e são os únicos em que os habitantes não têm de recolher ao domicílio a partir das 13 horas no fim de semana. Nos restantes concelhos, com níveis de risco elevado, muito elevado ou extremamente elevado, há recolher obrigatório, a partir das 13 horas, nos dias 9 e 10 de janeiro.

O Conselho de Ministros determinou também que, com a renovação do estado de emergência (entre a meia-noite de dia 8 de janeiro de 2021 e as 23h59 do dia 15 de janeiro) — e depois de dois dias com cerca de 10 mil novos casos de infeção —, está proibida a circulação entre todos os concelhos do continente, independentemente do nível de risco, das 23 horas de dia 8 até às 5 horas de dia 11. 

...........(...).......................

Ler mais em: observador.pt 07.01.2021 texto de Vera Novais

Vídeo: Costa anuncia novas restrições e admite medidas mais duras -  Negócios TV - Jornal de Negócios
in jornaldenegocios.pt

quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

A Lenda dos três Reis Magos (um conto de Natal)

Vicente Gil e Manuel Vicente: 
Adoração dos Reis Magos (1501-1525)
no 
Museu Nacional Machado de Castro.
in pt.wikipedia.org


Num país distante viviam três homens sábios que estudavam as estrelas e o céu. Um dia viram uma nova estrela muito brilhante, mais que as restantes, e souberam que algo especial tinha acontecido. Perceberam que nascera um novo rei e foram até ele.

Gaspar, Melchior e Baltazar, os três reis magos, levavam presentes e seguiram a estrela que os guiava até que chegaram à cidade de Jerusalém.

Aí, perguntaram por Jesus, o novo Rei dos Judeus que tinha nascido, pois tinham visto a estrela no céu.

Quando o rei Herodes soube que estrangeiros procuravam um bebé, ficou zangado e com medo. Os Romanos tinham-no feito rei a ele, e agora diziam-lhe que nascera outro rei, mais poderoso.

Então, Herodes reuniu-se com os três reis magos e pediu-lhes para lhe dizerem quando encontrassem essa criança, para ele também poder adorá-la.

Os reis magos concordaram e partiram, seguindo de novo a estrela, até que ela parou e eles souberam que o novo Rei estava ali.

Ao verem Jesus, ajoelharam e ofereceram-lhe os presentes que tinham trazido: ouro, incenso e mirra. De seguida partiram.

À noite, quando pararam para dormir, os três reis magos tiveram um sonho. Apareceu-lhes um anjo que os avisou que o rei Herodes planeava matar Jesus.

De manhã, carregaram os camelos e já não foram até Jerusalém: regressaram à sua terra por outro caminho.

José, pai de Jesus, também teve um sonho. Um anjo disse-lhe que Jesus corria perigo e que ele deveria levar a criança e sua mãe, Maria, para o Egipto, onde estariam em segurança. José acordou Maria, prepararam tudo e partiram ainda de noite.

Quando Herodes soube que fora enganado pelos reis magos, ficou furioso. Tinha medo que este novo rei lhe tomasse o trono.

Então, ordenou aos soldados para irem a Belém e matarem todos os meninos com menos de dois anos. Eles assim fizeram.

As pessoas não gostavam de Herodes, e depois disto ficaram a odiá-lo ainda mais.

Maria e José chegaram bem ao Egipto, onde viveram sem problemas.
Então, tempos depois, José teve outro sonho: um anjo disse-lhe que Herodes morrera e que agora era altura de regressarem a Nazaré.

Depois da longa viagem de regresso, José, Maria e Jesus, chegaram finalmente em segurança ao seu lar.

[Enviado por Ana Maria]
REFERÊNCIA: in prendasnatal.pt

quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

Hoje é Dia de Reis

imagem in prendasnatal.pt


O Dia de Reis é celebrado anualmente a 6 de janeiro. Por norma, o Dia de Reis é celebrado já na noite de 5 para 6 de janeiro, ou seja, na véspera do Dia de Reis.

Este dia é também conhecido como Festa da Epifania.

Tradições do Dia de Reis

Efetuando uma pesquisa na Net sobre o Dia de Reis, encontrei a seguinte explicação em calendarr.com:

Esta celebração católica está associada à tradição natalícia, que diz que três reis magos do Oriente, visitaram o Menino Jesus na noite de 5 para 6 de janeiro, depois de serem guiados por uma estrela.

Os três reis magos chamavam-se Belchior, Baltazar e Gaspar e levaram de presente ao Menino Jesus, ouro, incenso e mirra.

A tradição manda que neste dia a família se volte a reunir para celebrar o fim dos festejos de Natal. Os alimentos da Noite de Reis são: o bacalhau com batatas cozidas, o bolo-rei, o pão-de-ló, as rabanadas, os sonhos, entre outras iguarias de Natal.




É também o dia em que se cantam as "Janeiras", o qual começa após o Natal e prolonga-se até ao Dia de Reis.

No dia seguinte ao Dia de Reis, as famílias começam a retirar os enfeites de Natal que decoram as casas durante a época de Natal.

Poemas do Dia de Reis

Dia de Reis

Vieram os três Reis Magos
Das suas terras distantes
Guiados por uma estrela,
Cujos raios cintilantes
Os levaram ao Deus Menino
Que, a sorrir de bondade,
Recebeu os seus presentes
E os acolheu com amizade.

Os Três Reis Magos

Já os três reis são chegados
À lapinha de Belém
A adorar o Deus Menino
Nos braços da Virgem Mãe.

Os três reis do Oriente
Vieram com grande cuidado
Visitar o Deus Menino
Por uma estrela guiados.

A linda estrela os guiou
Até à sua cabaninha
Onde estava o Deus Menino
Deitadinho na palhinha.

Venho dar as Boas Festas
As Boas Festas d' Alegria
Que vos manda o Rei da Glória
Filho da Virgem Maria.

terça-feira, 5 de janeiro de 2021

João Cutileiro, o escultor português do mármore

in youtube.com


"Ele incendiou o mundo, incendiava a arte".  

José Pedro Croft recorda Cutileiro 

enquanto Isabel Mota lembra o homem divertido 

O artista tinha 83 anos e era responsável por obras como o Monumento ao 25 de Abril do Parque Eduardo VII, em Lisboa. A causa da morte foram complicações derivadas de um enfisema pulmonar

Morreu o escultor João Cutileiro, de 83 anos. A notícia é avançada pela TSF, a TVI24 e o Público, que afirmam ter confirmado a notícia junto de familiares do artista. A causa da morte terá sido complicações causadas por um enfisema pulmonar. Cutileiro estava internado no Hospital Pulido Valente, em Lisboa.

Entre as inúmeras obras que criou o longo de 60 anos de carreira destacam-se algumas mais polémicas como o Monumento ao 25 de Abril, instalado no Parque Eduardo VII, Lisboa, e o célebre D.Sebastião que apresentou em Lagos, em 1970, em claro desafio aos canons conservadores do Estado Novo. A escultura em mármore de corrente figurativa foi uma das suas imagens de marca.

Pelo seu atelier passaram grandes nomes como José Pedro Croft, Manuel Rosa, António Campos Rosado e Sérgio Taborda. É precisamente Croft que recorda à Rádio Observador aquilo que descreve como uma amizade “muito intensa” que “durou mais de 40 anos”. “Ele incendiou o mundo, incendiava a arte. Defendia que os artistas deviam ser independentes e autónomos. Deviam trabalhar em liberdade. Era um homem de grande consciência política e talento”, afirma ainda.

Entretanto o primeiro-ministro António Costa acaba de utilizar a sua conta oficial no Twitter para destacar o artista cujo trabalho levou a escultura à contemporaneidade. “As suas obras públicas contribuíram para renovar o espaço público em Portugal e dessacralizar a estatuária”,  escreve Costa.

José de Guimarães, por sua vez, não hesita ao afirmar que a morte de João Cutileiro representa “mais uma perda irreparável para a cultura portuguesa”. O também prestigiado artista plástico admite que “foi realmente uma surpresa” saber do desaparecimento do “João” que era “realmente um dos grandes escultores portugueses”. “Éramos amigos. Trabalhámos mais ou menos juntos com uma galeria no Algarve, o Centro Cultural de São Lourenço. Tínhamos uma relação profissional muito cordial.”

Outras esferas da sociedade portuguesa já começam a dar as suas condolências públicas. A candidata a Presidência da República pelo Bloco de Esquerda, Marisa Matias, foi uma das primeiras a fazê-lo, destacando João Cutileiro como um “grande homem” e “anti-fascista”.

A Presidente da Fundação Calouste Gulbenkian, Isabel Mota, disse à Rádio Observador que guarda memórias de “muita gargalhada,  muita brincadeira” da sua convivência com o escultor. “Gostava muito de dizer coisas que às vezes deixava-nos sem perceber o que ele queria dizer”, recorda.

Já Carlos Pinto Sá, Presidente da Câmara Municipal de Évora — região alentejana onde o escultor muito trabalhou –, não hesitou em classificar a morte de João Cutileiro como “uma perda irreparável para o país e para o Alentejo.” O autarca destacou ainda o “trabalho absolutamente impressionante de rutura e polémica” que Cutileiro sempre desenvolveu na sua área.

Exposição com espólio de João Cutileiro será em Vila Nova de Foz Coa

Em declarações à Rádio Observador, a Ministra da Cultura afirma que “hoje é mais um dia triste para a cultura portuguesa Portuguesa: João Cutileiro deixou-nos.” Graça Fonseca destacou o “extraordinário escultor da vida” que tem o seu trabalho “presente em quase todo o país, tanto no espaço público como em coleções privadas”. Falado em direto, via telefone, destacou que João Cutileiro era alguém “muito especial na sua arte e na sua vida” que em 2018 decidiu doar todo o seu espólio ao Estado: “Tive o privilégio de assinar esse ato de doação com o próprio João Cutileiro, em 2018. Foi uma decisão dele. São mais de 900 que podem entrar no domínio publico para que possam ser estudadas, investigadas e divulgadas”, explicou a ministra.

Parte desse espólio será exibido já em maio, “numa exposição em Vila Nova de Foz Coa”, e há planos deixados pelo próprio escultor para que a sua casa e atelier fossem transformados “num museu vivo que permitisse às novas gerações conhecer melhor a sua obra, a forma como trabalhava e esculpia o mármore”, isto para que “novas gerações possam encontrar ali alguma inspiração e formação.”

O presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, considerou que João Cutileiro foi um dos nomes maiores da escultura portuguesa e que, com a sua morte, Portugal perdeu uma das suas grandes referências artísticas. “Portugal perdeu hoje uma das suas grandes referências artísticas”, afirmou o presidente da Assembleia da República, numa mensagem enviada à agência Lusa.

Para Ferro Rodrigues, João Cutileiro “foi um dos nomes maiores da escultura portuguesa, sucedendo, na dimensão da sua obra, ao mestre Leopoldo de Almeida – de quem foi aluno, nos anos 50 do século passado, depois de ter colaborado com Jorge Barradas e António Duarte”. Ferro Rodrigues destaca depois uma geração de artistas que, com João Cutileiro e através da escultura, “ajudou a revisitar a identidade portuguesa”.

“Afirmava que o desenho era a origem de tudo, e depois de deixar a sua marca na paisagem portuguesa – merecendo destaque, pela rutura que constituíram, as obras instaladas no centro de Lagos, no Parque Eduardo VII, em Lisboa, mas, igualmente, no Palácio de Mateus, em Vila Real, ou na Assembleia da República, onde se encontra o busto de Natália Correia, de 1999 -, era pelo desenho que se vinha expressando nos últimos anos, na mesma linha figurativa que o caracterizava”, acrescenta o presidente da Assembleia da República.

Nascido em Lisboa, em 1937, Cutileiro entrou em contacto com o mundo da arte pela primeira vez graças a António Pedro, membro do Grupo Surrealista de Lisboa, amigo do seu pai, que o pôs a trabalhar no seu atelier. Desde cedo  Uma visita a Florença durante a década de 1950 fá-lo descobrir a escultura de Miguel Ângelo e isso terá sido a motivação necessária para o fazer querer ingressar na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, de onde sairia dois anos depois rumo a Londres, à Slade School of Arts.

Em 1961 tem a sua primeira grande oportunidade de dar a conhecer o seu trabalho em Portugal graças à participação na II Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian, onde tem a companhia de outro nome grande da cultura portuguesa, a pintora Paula Rego. Regressa a Portugal em 1970 e é por cá que vai consolidado a sua carreira como um dos nomes cimeiros da história da escultura portuguesa. “A sexualidade e as fomes são as forças que me moldaram e que certamente se refletem em todo o traço que faça”, diz o próprio num vídeo da Fundação Gulbenkian quando questionado sobre as suas influências e inspirações.

Foi responsável por dar nova avida a personagens históricas e artistas da história nacional ao recriar, à sua imagem contemporânea, figuras como D. Afonso Henriques, Luís de Camões, e D. Sancho I. Fez exposições obre temáticas tão diferentes como o o retrato, o nu e as flores. Somou distinções e prémios sendo alguns dos mais relevantes o doutoramentos honoris causa pelas universidades de Évora (2013) e Nova de Lisboa (2017), depois de em 1983 ter sido agraciado com o grau de Oficial da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada.

(in observador.pt  05 janeiro 2021  texto de Diogo Lopes)

segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

Simbologia dos presentes dos três reis magos ao Menino Jesus

Três Reis Magos, Reis Magos (em grego: μάγοι, transl. magoi), na tradição da religião cristã, são personagens que teriam visitado Jesus logo após o seu nascimento, trazendo-lhe presentes. Foram mencionados no Evangelho segundo Mateus, onde se afirma que teriam vindo do oriente para Jerusalém para adorar o Cristo, "nascido Rei dos Judeus". Como três presentes (ouro, incenso e mirra), foram registrados, diz-se tradicionalmente que tenham sido três, embora Mateus não tenha especificado seu número, que pode ser três, quatro, doze ou até mais. São figuras constantes em relatos da natividade e nas comemorações do Natal. Melchior (também chamado Melquior ou Belchior), Baltasar e Gaspar, não seriam reis nem necessariamente três mas sim, talvez, sacerdotes da religião zoroástrica da Pérsia ou conselheiros. Como não diz quantos eram, diz-se três pela variedade de presentes oferecidos. Não há relatos bíblicos sobre o nome dos magos.

Talvez fossem astrólogos-astrônomos (na época ainda não existia uma separação entre a Astrologia e a Astronomia), pois, segundo consta, viram uma estrela e foram, por isso, até a região onde nascera Jesus, dito o Cristo. Segundo o registro bíblico a estrela porém não os levou diretamente a casa do menino Jesus e sim ao palácio do cruel rei Herodesem Jerusalém na Judeia que coincidentemente desejava a morte de Jesus. Perguntaram eles ao rei sobre a criança. Este disse nada saber. Herodes alarmou-se e sentiu-se ameaçado, e pediu aos magos que, se o encontrassem, falassem a ele, pois iria adorá-lo também, embora suas intenções fossem a de matá-lo. Até que os magos chegassem ao local onde estava o menino, já havia se passado algum tempo, por causa da distância percorrida, assim a tradição atribuiu à visitação dos Magos o dia 6 de janeiro.

A estrela, conta o evangelho, os precedia, e só após guiá-los ao cruel Herodes é que parou por sobre onde estava o menino Jesus. "E vendo a estrela, alegraram-se eles com grande e intenso júbilo" (Mateus 2:10). "Os Magos ofereceram três presentes ao menino Jesus: ouro, incenso e mirra, cujo significado e simbolismo espiritual é, juntamente com a própria visitação dos magos, ser um resumo do evangelho e da fé cristã, embora existam outras especulações respeito do significado das dádivas dadas por eles. O ouro pode representar a realeza (além providência divina para sua futura fuga ao Egito, quando Herodes mandaria matar todos os meninos até dois anos de idade de Belém). O incenso pode representar a fé, pois o incenso é usado nos templos para simbolizar a oração que chega a Deus assim como a fumaça sobe ao céu (Salmos 141:2). A mirra, resina antisséptica usada em embalsamamentos desde o Egito antigo, nos remete ao gênero da morte de Jesus, o martírio, sendo que um composto de mirra e aloés foi usado no embalsamamento de Jesus (João 19:39-40).

(in pt.wikipedia.org)


in rudecruz.com

domingo, 3 de janeiro de 2021

Liturgia deste domingo: Solenidade da Epifania do Senhor

in vaticannews.va


A liturgia deste domingo, Solenidade da Epifania do Senhor, celebra a manifestação de Jesus, a Luz para todos os povos da terra.

A primeira leitura anuncia a chegada da luz salvadora de Deus, que transfigurará Jerusalém e que atrairá à cidade de Deus povos de todo o mundo.

A segunda leitura apresenta o projeto salvador de Deus como uma realidade que vai atingir toda a humanidade, juntando judeus e pagãos numa mesma comunidade de irmãos, a comunidade de Jesus.

No Evangelho, vemos a concretização dessa promessa: ao encontro de Jesus vêm os magos do oriente, representantes de todos os povos da terra.

Os magos tinham o hábito de indagar os astros. Viram uma estrela, sem dúvida nova para os seus olhos, e puseram-se logo a caminho. Aquele que procuravam parece querer fazer-se conhecer. Um sinal basta para estes magos. Param diante do menino, experimentam uma grande alegria, prostram-se e oferecem os seus presentes.

A criança que eles descobrem não é uma criança como as outras: oferecem-lhe oiro, porque é rei; queimam incenso, porque é Deus; apresentam a mirra, porque passará pela morte antes de ressuscitar. Para o regresso, não têm necessidade da estrela. Deus convida-os a regressar por outro caminho. O verdadeiro rei não é Herodes, mas esta criança que acaba de nascer.

Os magos são homens dos sinais, que sabem ver na estrela o sinal da chegada da libertação. E nós? Somos pessoas atentas aos sinais, capazes de ler os acontecimentos da nossa história e da nossa vida à luz de Deus?

Os magos viram a estrela, deixaram tudo, arriscaram tudo e vieram procurar Jesus. E nós? Somos capazes da mesma atitude de desinstalação, de deixar tudo para responder aos apelos que Jesus nos faz através dos irmãos? Ou estamos demasiado agarrados ao nosso sofá, à nossa televisão, à nossa aparelhagem, ao nosso computador, às redes ditas sociais?

Os magos são a imagem da Igreja, família de irmãos, constituída por gente de muitas cores e raças, que aderem a Jesus e que O reconhecem como o seu Senhor.

Erguer os olhos e aceitar pôr-se a caminho: tal é o convite que nos é feito hoje. Uma estrela brilha sempre na noite, se nós a observarmos com atenção. Erguer os olhos: descentrar-se de si mesmo, procurar ajuda da parte de Deus.

Nos próximos dias e ao longo deste novo ano, esta estrela será talvez uma caminhada a empreender para sair, encontrar ajuda ou levar ajuda a alguém, tomar uma decisão até aqui adiada. E como é tão urgente na situação de pandemia que nos atinge e nos faz sofrer! Cada um saberá qual a melhor atitude para levar a Palavra de Deus no coração, sempre iluminado pela única estrela que é Jesus.

Manuel Barbosa, scj
www.dehonianos.org

in agencia.ecclesia.pt