sábado, 12 de abril de 2014
sexta-feira, 11 de abril de 2014
A propósito do estudo do Latim em Portugal
imagem conseguida em: grupoielp1.wordpress.com |
Não posso deixar de transcrever um artigo bastante pertinente que acabei de ler no Jornal Público e que considero da maior importância dá-lo a conhecer, tentando, assim, que as nossas consciências despertem...
Eu própria estudei cinco anos de Latim, tendo compreendido quão fundamental essa língua considerada "morta" em todo o mundo, estava afinal bem "viva" dentro de mim, e não aceitando, claro, porque é que ela é tida como tal - uma língua morta -...
Só quem a estuda e a vai assimilando bem, é que pode avaliar a sua grande importância na compreensão de muitos vocábulos "difíceis" que surgem nas mais diversificadas leituras que fazemos no nosso quotidiano, e que, com a base do Latim, conseguimos descortinar o seu significado. Para não falar de como é lindíssima a leitura de textos em Latim...!
Só quem a estuda e a vai assimilando bem, é que pode avaliar a sua grande importância na compreensão de muitos vocábulos "difíceis" que surgem nas mais diversificadas leituras que fazemos no nosso quotidiano, e que, com a base do Latim, conseguimos descortinar o seu significado. Para não falar de como é lindíssima a leitura de textos em Latim...!
Foram muitas horas de estudo para além das aulas com professores dedicadíssimos...; recordo, especialmente, uma época da minha vida com muitas horas de explicações, em grupo, com um professor que nos obrigava a ir aos domingos e feriados...e ninguém se atrevia a faltar...!!!
Por isso, nunca aceitei que em Portugal esta língua não faça parte dos currículos, tanto nos Cursos de Letras, como nos de Ciências. Ainda mais: acho que deveria ser lecionada a partir do 5º ano de escolaridade (há muito que está provado que a aprendizagem das línguas deve ser o mais precocemente possível).
E sempre me lembro, quando estudava, de os professores nos dizerem: "O Latim é a matemática das línguas"! Sim, a "ginástica mental" e o "raciocínio constante" a que esta língua nos obriga, é algo de fabuloso! O nosso cérebro torna-se imparável...
Sempre que nas minhas aulas de Português ou Francês precisei de explicar aos meus alunos de 2º e 3ºciclos certos conteúdos, socorrendo-me do que aprendera no liceu e Faculdade, a Latim, constatei, de um modo geral, que os aceitavam e percebiam bem...e sem qualquer relutância...
"O latim representa mais de dois mil anos de cultura. Foi nele que o
mundo ocidental produziu, até ao século XVIII, a sua ciência, filosofia,
religião; a sua história é a matriz das línguas românicas, tendo
significativos ecos em línguas como o inglês e o alemão. Aprender esta
língua é ter acesso a uma cultura milenar que fundou, juntamente com o
grego, a sociedade moderna e cujos valores transportam saberes, desde a
área jurídica à educação e à medicina.
Países como Inglaterra, Alemanha e Espanha colocam, actualmente, nos seus curricula
o ensino do Latim, por perceberem a sua relevância na aprendizagem de
matérias tão diversas que vão desde a matemática à biologia, à
filosofia, à literatura e à aprendizagem das línguas, entre elas o
inglês e o alemão. Em Portugal segue-se o caminho oposto.
Aos
poucos, a aprendizagem do latim tem vindo a morrer, sendo vários os
factores que estão na génese desta lenta agonia; os principais são a
ignorância e o desconhecimento da importância desta língua por parte de
quem decide. Num país onde se aplica um acordo ortográfico que renega a
matriz do português, não é de espantar que se olhe para o latim como uma
língua menor.
A recentíssima proposta de formação de professores
de Português que divide a formação de professores da língua materna em
duas opções – Português e Português/Latim – é a machadada final da morte
há muito anunciada. Com o actual estado do ensino do Latim, onde o
número de alunos escasseia, a escolha por parte dos futuros docentes da
vertente da formação de professores de Português/Latim será ínfima e,
num país onde não há alunos, deixará muito em breve de haver
professores.
Alguns países, nomeadamente a Inglaterra e a
Alemanha, iniciam o ensino do Latim a partir do 5.º ano de escolaridade,
por considerarem que a aprendizagem desta língua deve ter lugar o mais
precocemente possível. Em Portugal, os alunos portugueses só podem
estudar Latim a partir do 10.º ano, e, atenção, é uma disciplina
opcional de um leque que engloba a Geografia, algumas línguas modernas e
a Literatura Portuguesa, destinando-se somente aos alunos dos cursos de
humanidades, restringindo o acesso aos alunos de ciências. Questão:
terão os alunos portugueses capacidades inferiores aos alunos alemães e
ingleses para não conseguirem aprender Latim a partir do 5.º ano? Qual a
razão fundamentada para impedir o acesso dos alunos de ciências à
aprendizagem de uma língua na qual quase todo o universo científico,
desde a biologia à medicina, à própria tecnologia, tem a sua génese?
Será
possível que ninguém queira aprender Latim em Portugal? Que nenhum
aluno se interesse pelo mundo antigo e pelas histórias que percorrem a
arqueologia da humanidade? Que os jovens portugueses sejam tão
diferentes dos seus congéneres europeus? Há verdadeiramente interesse,
por parte de quem decide, que a situação mude? Já alguém, que tenha
poder decisório, tentou averiguar honestamente e sem cair em
lugares-comuns o que se passa com o ensino do Latim em Portugal?
Na
Escola Secundária de Pedro Nunes e na Escola Secundária de Passos
Manuel, em Lisboa, os seus directores decidiram que nas suas escolas o
Latim não morreria! Consequentemente, os alunos de todas as áreas,
humanidades, artes, ciências e de todos os ciclos, desde o 7.º ano ao
12.º ano, têm acesso a um curso livre de Latim. E a verdade é que há
dois grupos de alunos na Escola Secundária de Pedro Nunes, um de 3.º
ciclo e outro de secundário, sendo que um deles já se encontra no 2.º
ano de Latim. O Liceu Passos Manuel abriu o curso este ano lectivo e já
conta com três grupos, um de 3.º ciclo e dois de secundário, sendo, no
secundário, a maioria dos alunos de ciências. A metodologia aplicada foi
desenvolvida pela Universidade de Cambridge e o seu sucesso leva a crer
que o problema reside muito mais no modo como esta língua tem sido
ensinada do que nela mesma. É de salientar que estes cursos são de
frequência livre e a taxa de absentismo é quase nula.
Afinal, em
que ficamos? Onde reside a origem do problema? Não há alunos
interessados em aprender Latim ou não há interesse em que os alunos o
aprendam?
Susana Marta Pereira
Susana Marta Pereira
Professora de Português e Latim"
in http://www.publico.pt/cultura/noticia/portugal-e-o-latim
quinta-feira, 10 de abril de 2014
quarta-feira, 9 de abril de 2014
Jeanne d'Arc...a donzela de Orléans
pt.wikipedia.org |
Heroína da guerra dos Cem anos, Joana d'Arc, por
vezes chamada de donzela de Orléans, filha de camponeses, analfabeta,
nasceu em Domrémy, na Meuse.
Após o tratado de Troyes (1420) e a morte
de Carlos VI (1422), Domrémy encontra-se na fronteira de duas Franças:
aquela do rei "legal", o inglês Henrique VI, e aquela do rei "legítimo",
o príncipe-herdeiro Carlos VII.
Duas vezes, em 1425 e 1428, os
habitantes de Domrémy, burgo fiel ao príncipe-herdeiro, foram obrigados a
fugir devido às ameaças da parte de ingleses e borguinhões.
Nesse contexto, Joana, que começou a ouvir "vozes" ordenando que
salvasse a França por volta dos 13 anos de idade, encontra-se com o
príncipe-herdeiro, refugiado em Chinon (fevereiro de 1429).
Obtém dele algumas tropas e liberta Orléans das mãos dos ingleses
(maio de 1429). Em seguida, retoma Auxerre, Troyes e Châlons, abrindo
caminho em direção a Reims.
O nome de Joana passa a ser conhecido por toda a França. No dia 17 de julho, Carlos VII
pode deslocar-se a Reims e ali é coroado rei. Mas Joana é incapaz de
libertar Paris. E, no momento em que consegue vencer o cerco de
Compiègne (23 de maio de 1430), ela é capturada pelos borguinhões e
vendida aos ingleses.
Julgada em Rouen por heresia por um tribunal eclesiástico presidido
por Pierre Cauchon, bispo de Beauvais, ela é condenada e queimada viva
na praça Vieux-Marché de Rouen, em 30 de maio de 1431. Carlos VII, que
nada fez para salvá-la, esperará a retomada de Rouen em 1450 para
proceder à revisão de seu processo, que culminará em sua absolvição
(1456).
http://www.france.fr/pt/homens-e-mulheres-excepcionais/joana-darc-1412-1431.html
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Aspectos Civilizacionais de França
terça-feira, 8 de abril de 2014
Provérbios para abril..."Em abril...águas mil..." (mais água??? Oh, não!)...
É próprio do mês de Abril, as águas serem às mil.
Em Abril queima a velha o carro e o carril.
Vinha que rebenta em Abril, dá pouco vinho para o barril.
A água que no Verão há-de regar, em Abril há-de ficar.
Quem em Abril não varre a eira e em Maio não racha a leira,
anda todo o ano em canseira.
anda todo o ano em canseira.
Inverno de Março e seca de Abril, deixam o lavrador a pedir.
No princípio ou no fim, Abril costuma ser ruim.
Abril frio e molhado, enche o celeiro e farta o gado.
A ti chova todo o ano e a mim em Abril e Maio.
Sardinha de Abril, vê-la e deixá-la ir.
Sáveis por S. Marcos (dia 25) enchem os barcos.
Abril frio, pão e vinho.
Em Abril, águas mil coadas por um mandil [tecido grosseiro].
Frio de Abril nas pedras vai ferir.
Guarda pão para Maio e lenha para Abril.
Se não chove em Abril perde o lavrador o carro e o carril.
Em Abril, abre a porta à vaca e deixa-a ir.
Entre Março e Abril não há que rir.
Em Abril vai a velha onde quer ir e à sua casa vem dormir.
A aveia em Abril está a dormir.
Em tempo de cuco, pela manhã molhado, à noite enxuto.
Não há mês mais irritado, do que Abril zangado.
O grão de Abril, nem por semear nem nascido.
Abril frio, ano de pão e vinho.
Em Abril queijos mil, e em Maio três ou quatro.
Abril, no princípio ou no fim é ruim.
Em Abril, queima a velha o carro e o carril e deixa um tição
para Maio, para comer as cerejas ao borralho.
para Maio, para comer as cerejas ao borralho.
http://portaldofolclore.blogspot.pt/2011/04/proverbios-e-adagios-populares.html
imagem conseguida em: eb23vpa_biblioteca.blogs.sapo.pt |
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Provérbios Portugueses
segunda-feira, 7 de abril de 2014
Lembremos o 27 de fevereiro de 1953...Acordo de Londres sobre as dívidas alemãs...será que Portugal não tem o mesmo direito?
Recebido por e-mail:
imagem conseguida em: www.esquerda.net |
"Para que a memória não se apague…
Fez no passado dia 27 de Fevereiro, 60 anos!
Acordo de Londres sobre as Dívidas Alemãs | Entre os países que perdoaram 50% da dívida alemã estão a Espanha, Grécia e Irlanda.
O Acordo de Londres de 1953 sobre a divida alemã foi assinado em 27 de Fevereiro, depois de duras negociações com representantes de 26 países, com especial relevância para os EUA, Holanda, Reino Unido e Suíça, onde estava concentrada a parte essencial da dívida. A dívida total foi avaliada em 32 biliões de marcos, repartindo-se em partes iguais em dívida originada antes e após a II Guerra. Os EUA começaram por propor o perdão da dívida contraída após a II Guerra. Mas, perante a recusa dos outros credores, chegou-se a um compromisso. Foi perdoada cerca de 50% (Entre os países que perdoaram a dívida estão a Espanha, Grécia e Irlanda) da dívida e feito o reescalonamento da dívida restante para um período de 30 anos. Para uma parte da dívida este período foi ainda mais alongado. E só em Outubro de 1990, dois dias depois da reunificação, o Governo emitiu obrigações para pagar a dívida contraída nos anos 1920. O acordo de pagamento visou, não o curto prazo, mas antes procurou assegurar o crescimento económico do devedor e a sua capacidade efectiva de pagamento. O acordo adoptou três princípios fundamentais:
1. Perdão/redução substancial da dívida; 2. Reescalonamento do prazo da dívida para um prazo longo; 3. Condicionamento das prestações à capacidade de pagamento do devedor.
O pagamento devido em cada ano não pode exceder a capacidade da economia. Em caso de dificuldades, foi prevista a possibilidade de suspensão e de renegociação dos pagamentos. O valor dos montantes afectos ao serviço da dívida não poderiaser superior a 5% do valor das exportações. As taxas de juro foram moderadas, variando entre 0 e 5 %.
A grande preocupação foi gerar excedentes para possibilitar os pagamentos sem reduzir o consumo. Como ponto de partida, foi considerado inaceitável reduzir o consumo para pagar a dívida.
O pagamento foi escalonado entre 1953 e 1983. Entre 1953 e 1958 foi concedida a situação de carência durante a qual só se pagaram juros.
Outra característica especial do acordo de Londres de 1953, que não encontramos nos acordos de hoje, é que no acordo de Londres eram impostas também condições aos credores - e não só aos países endividados. Os países credores, obrigavam-se, na época, a garantir de forma duradoura, a capacidade negociadora e a fluidez económica da Alemanha.
Uma parte fundamental deste acordo foi que o pagamento da dívida deveria ser feito somente com o superavit da balança comercial. 0 que, "trocando por miúdos", significava que a RFA só era obrigada a pagar o serviço da dívida quando conseguisse um saldo de dívisas através de um excedente na exportação, pelo que o Governo alemão não precisava de utilizar as suas reservas cambiais.
EM CONTRAPARTIDA, os credores obrigavam-se também a permitir um superavit na balança comercial com a RFA - concedendo à Alemanha o direito de, segundo as suas necessidades, levantar barreiras unilaterais às importações que a prejudicassem.
Hoje, pelo contrário, os países do Sul são obrigados a pagar o serviço da dívida sem que seja levado em conta o défice crónico das suas balanças comerciais
Marcos Romão, jornalista e sociólogo. 27 de Fevereiro de 2013."
O pagamento devido em cada ano não pode exceder a capacidade da economia. Em caso de dificuldades, foi prevista a possibilidade de suspensão e de renegociação dos pagamentos. O valor dos montantes afectos ao serviço da dívida não poderiaser superior a 5% do valor das exportações. As taxas de juro foram moderadas, variando entre 0 e 5 %.
A grande preocupação foi gerar excedentes para possibilitar os pagamentos sem reduzir o consumo. Como ponto de partida, foi considerado inaceitável reduzir o consumo para pagar a dívida.
O pagamento foi escalonado entre 1953 e 1983. Entre 1953 e 1958 foi concedida a situação de carência durante a qual só se pagaram juros.
Outra característica especial do acordo de Londres de 1953, que não encontramos nos acordos de hoje, é que no acordo de Londres eram impostas também condições aos credores - e não só aos países endividados. Os países credores, obrigavam-se, na época, a garantir de forma duradoura, a capacidade negociadora e a fluidez económica da Alemanha.
Uma parte fundamental deste acordo foi que o pagamento da dívida deveria ser feito somente com o superavit da balança comercial. 0 que, "trocando por miúdos", significava que a RFA só era obrigada a pagar o serviço da dívida quando conseguisse um saldo de dívisas através de um excedente na exportação, pelo que o Governo alemão não precisava de utilizar as suas reservas cambiais.
EM CONTRAPARTIDA, os credores obrigavam-se também a permitir um superavit na balança comercial com a RFA - concedendo à Alemanha o direito de, segundo as suas necessidades, levantar barreiras unilaterais às importações que a prejudicassem.
Hoje, pelo contrário, os países do Sul são obrigados a pagar o serviço da dívida sem que seja levado em conta o défice crónico das suas balanças comerciais
Marcos Romão, jornalista e sociólogo. 27 de Fevereiro de 2013."
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Austeridade
domingo, 6 de abril de 2014
O limão é... uma laranja de mau-humor..., segundo Reginaldo Faria
"O limão é uma laranja de mau-humor." Reginaldo Garcia
Frase engraçada que arrasta consigo uma história que nos faz sorrir, pois aceitamos perfeitamente que um limão, como citrino que é, se torne mais "ácido" a partir de certa altura, e acabe mesmo por "azedar", ficando, assim, de "mau-humor"...!!!
A personificação cai bem nesta frase, por isso, não resisti a contar a sua história...sim, a história de como ela nasceu e percorreu a Internet...contada pelo próprio Reginaldo Faria.
"O limão é uma laranja de mau-humor."
Reginaldo Garcia
Curiosamente,
a frase acima foi escrita por mim há vários anos,
e calhou de, em 2004, publicá-la num site de frases.
O tempo passou e por esses dias, lembrei da dita frase e
joguei no Google.
Qual não foi a minha surpresa ao encontrá-la em vários sites
jornalísticos e até na página de relacionamentos Orkut.
Porém, a surpresa maior ficou por conta dos créditos autorais.
Em quase todas as citações, constava o meu nome.
Bons indícios estes.
e calhou de, em 2004, publicá-la num site de frases.
O tempo passou e por esses dias, lembrei da dita frase e
joguei no Google.
Qual não foi a minha surpresa ao encontrá-la em vários sites
jornalísticos e até na página de relacionamentos Orkut.
Porém, a surpresa maior ficou por conta dos créditos autorais.
Em quase todas as citações, constava o meu nome.
Bons indícios estes.
Entre as publicações encontradas para essa simples frase,
está uma expressiva ilustração, que publico abaixo,
de Ceó Pontual.
O jornalista Ucho Haddad a usou como epígrafe em seu site
e a jornalista Marcia Peltier publicou em sua coluna no Jornal
do Brasil. Para quem quiser conferir, basta clicar nos links.
está uma expressiva ilustração, que publico abaixo,
de Ceó Pontual.
O jornalista Ucho Haddad a usou como epígrafe em seu site
e a jornalista Marcia Peltier publicou em sua coluna no Jornal
do Brasil. Para quem quiser conferir, basta clicar nos links.
Perfil
Reginaldo_Garcia
Trinta e poucos de idade, formado em Letras pela UFF.
Escritor, roteirista, professor, pesquisador crítico-textual
e servente de pedreiro.
Trinta e poucos de idade, formado em Letras pela UFF.
Escritor, roteirista, professor, pesquisador crítico-textual
e servente de pedreiro.
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