sábado, 22 de janeiro de 2011

O exemplo das ostras


Harry Fosdick, um clérigo americano, nascido em Maio de 1878 e falecido em 1969   num dos seus textos, escreveu o seguinte sobre as ostras:
       "A ostra tem sido, até hoje, o único ser vivo que transforma os seus momentos de irritação em pérolas.
        Como se sabe, ela detesta que corpos estranhos penetrem na sua concha. Quando isso acontece, como não conseguem expulsar o intruso, utiliza a sua irritação para produzir a coisa mais bela que sabe fazer.
        Actualmente, as nossas vidas também estão repletas de coisas irritantes, mas só há uma saída: seguir o exemplo das ostra - produzir uma pérola.
        Talvez tenha de ser uma pérola de paciência, de tolerância, de perdão, seja do que for, mas faça uma pérola.
        Recordo-lhe que para fazê-la, precisamos também de fé, de amor e de esperança."

Acho esta transcrição um texto magnífico, que nos ajuda a interiorizar que, para enfrentarmos o dia-a-dia e as contrariedades, temos de fazer como a ostra - transformar o mal de que por vezes somos vítimas, com fé, amor e esperança; devemos "tentar dar a volta" ao problema, como hoje se diz, e ir em frente, não fraquejar, nunca!

À má vontade, incompreensão e grosseria que surja diariamente, não respondamos com  vinganças, pois esse não é o melhor caminho.

É preciso tentarmos que haja autocontrolo em cada um de nós, transformando as "farpas em pérolas", no caminho do entendimento entre uns e outros.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

"Paciência"

"A paciência é um bálsamo perpétuo que fortifica os nervos e restaura o ânimo." (Gabriele D'Annúnzio)



Danny Kaye e Louis Armstrong

"Atire a primeira pedra"


Diz-se de alguém que faz acusações a outrem, sem pensar nos seus próprios erros ou culpas.

Origem: num episódio bíblico, quando Cristo protege uma mulher que cometera adultério - Evangelho segundo São João, 8: "Os escribas e os fariseus levaram-lhe uma mulher, apanhada em adultério, e pondo-a no meio, disseram ao Mestre: esta mulher foi apanhada no próprio acto. A lei diz que a mulher adúltera deverá ser apedrejada. O que é que tu dizes?
          Jesus, porém, nada disse.
          Como insistissem, acabou por dizer-lhes: aquele que, entre vós, está sem pecado, atire a primeira pedra.
          Quando ouviram isto, foram saindo, um a um. Até que Jesus ficou só com a mulher.
           Jesus, ao ver que todos se tinham retirado, disse-lhe: ninguém te condenou. Eu, também não te condeno. Vai e não voltes a pecar".

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Um Poema de Encorajamento - Miguel Torga!


Recomeça….

Se puderes

Sem angústia

E sem pressa.

E os passos que deres,

Nesse caminho duro

Do futuro

Dá-os em liberdade.

Enquanto não alcances

Não descanses.

De nenhum fruto queiras só metade.

E, nunca saciado,

Vai colhendo ilusões sucessivas no pomar.

Sempre a sonhar e vendo

O logro da aventura.

És homem, não te esqueças!

Só é tua a loucura

Onde, com lucidez, te reconheças…

Miguel Torga
 

Expressão: "Pôr-se na retranca..."


Após várias pesquisas, encontrei o seguinte:

"Retranca s. f.

1. Correia que impede a albarda ou sela de escorregar para diante.


2. Mar. Cada um dos madeiros do berço.


3. Verga do mastro de mezena.


4. Bras. Golpe; agressão.


aguentar a retranca: resistir"

http://www.priberam.pt/dlpo/default.aspx?pal=retranca




"Segundo o dicionário online Priberam, retranca pode assumir os mais diversos significados, dependendo do contexto em que se vê inserido. Vejamos:



Substantivo feminino – correia larga que passa por baixo da cauda das bestas e cujas extremidades se ligam à parte posterior da sela;


Náutica – verga usada no mastro da ré;


Substantivo masculino – indivíduo pouco sociável, pouco comunicativo e tímido.


estar na -: desconfiar; acautelar-se; o m. q. ficar na retranca ou pôr-se na retranca;


ficar na -:vd. estar na retranca;


pôr-se na -:vd. estar na retranca."


http://cambalhotamatinal.wordpress.com/category/desportivamente-falhando/

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Pensamento do Dia

"A angústia de ter perdido, não supera a alegria de ter um dia possuído" (Santo Agostinho)

Santo Agostinho

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

domingo, 16 de janeiro de 2011

Mark Twain

Mark Twain é o pseudónimo de Samuel Clemens, escritor humorístico e romancista norte-americano. Nasceu na Florida,  a 30 de novembro de 1835, partindo  a 21 de abril de 1910, em Redding.

Foi o criador dos jovens irreverentes Tom Sawyer e Huck Finn, personagens de duas importantes obras suas.

Contactou desde muito cedo com as  elites culturais e políticas americanas, e como jornalista, irónico e mordaz como só ele sabia sê-lo,  a sua escrita interpretou magistralmente o comportamento da sociedade do seu tempo. Foi das personalidades mais conhecidas da sua época.

Determinou que a sua autobiografia fosse publicada 100 anos após a sua morte. Ele achava que uma autobiografia deve ter como marca principal a sinceridade do autor.

Com quatro anos de idade, Twain viveu na cidade portuária no Rio Mississipi, que veio a servir de inspiração ao "município fictício" de St. Petersburg, nas obras "As Aventuras de Tom Sawyer" e "As Aventuras de Huckleberry Finn".

Missouri, nessa época, era um estado onde havia escravatura, e o jovem Samuel Clemens acabou por se familiarizar com isso, ao ponto de explorar esse tema nos seus textos.

Com 18 anos,  trabalhou como tipógrago em Nova York e noutras cidades.  Anos mais tarde entrou para um sindicato, e aos fins de semana estudava em bibliotecas públicas, habituando-se a consultar fontes de informação "alargando os seus horizontes". Regressou ao Missouri quando tinha 22 anos.

Para uma melhor compreensão sobre a obra do autor, pesquisei em http://pt.wikipedia.org/wiki/Mark_Twain e encontrei o seguinte:
"Carreira literária 
O romance "Adventures of Huckleberry Finn" é considerado em geral a mais importante contribuição de Twain para a literatura, como disse Ernest Hemingway: Toda a literatura moderna americana adveio de um único livro de Mark Twain chamado "Huckleberry Finn" (…) Não havia nada antes. Não houve nada tão bom desde então.
Twain começou como um escritor de versos leves e bem humorados; terminou como um cronista quase profano das frivolidades, hipocrisias e atos de matança cometidos pela humanidade. "Huckleberry Finn", no meio dessa trajetória, foi uma combinação de humor denso, narrativa trabalhada e críticas sociais praticamente imbatível em toda literatura mundial.
Ele era um mestre em emular o coloquialismo, ajudando a criar e popularizar uma literatura distintivamente americana, baseada nos temas e no idioma de seu país.
Twain foi uma figura importante na Liga Anti-Imperialista Americana, que se opunha à anexação das Filipinas pelos Estados Unidos. Ele escreveu "Incident in the Philippines" ("Incidente em Filipinas", publicado postumamente em 1924) em resposta ao Massacre de Moro Crater, onde seiscentos muçulmanos filipinos foram assassinados por tropas norte-americanas.
Recentemente houve uma tentativa de banir "Huckleberry Finn" de algumas livrarias, supostamente por ofender determinadas pessoas devido ao uso de cores locais por seu autor. Embora Twain fosse contra o racismo e imperialismo, sentimentos avançados para sua época, indivíduos com conhecimento superficial de seu trabalho tacharam-no de racista simplesmente por sua descrição precisa do linguajar vulgar dos Estados Unidos do século XIX. Expressões que eram usadas casual e inconscientemente na época hoje em dia são consideradas racistas. O próprio Twain iria se sentir lisonjeado com tais sentimentos; em 1885, quando uma livraria em Massachusetts baniu o livro, ele escreveu para seu editor: "Eles expeliram Huck de sua livraria como 'lixo adequado apenas aos favelados' que certamente nos fará vender 25000 cópias a mais".
A maioria das obras de Twain foram suprimidas de tempos em tempos por uma razão ou outra. 1880 viu a publicação de um pequeno volume anônimo intitulado "1601: Conversation, as it was by the Social Fireside, in the Time of the Tudors", que procurava reproduzir diálogos da Inglaterra Elizabetana nos mínimos detalhes, xingamentos e profanidades inclusos. Twain estava entre os supostos autores da peça, mas a polêmica só terminou em 1906 quando ele finalmente assumiu a paternidade literária desta obra-prima da escatologia.
Twain pelo menos pôde ver "1601" publicada enquanto vivo. Ele escrevera um artigo antibelicista intitulado "The War Prayer" durante a Guerra Hispano-Americana que foi submetido a publicação, mas em 22 de Março de 1905, a Harper's Bazaar rejeitou-o por "não ser bem apropriado a uma revista feminina". Oito dias depois, Twain escreveu para seu amigo Dan Beard, para quem ele havia relatado a história, dizendo, "Eu não acho que a prece será publicada em minha era. Somente aos mortos é permitido que se diga a verdade". Por ter um contrato exclusivo com a Harper & Brothers, Mark Twain não poderia publicar "The War Prayer" em nenhum outro lugar, e o texto permaneceu inédito até 1923.
Após sua morte, a família de Twain escondeu algumas das suas obras que eram particularmente irreverentes ao tratar de questões religiosas, a mais notável delas sendo "Letter from the Earth", que só foi publicada em 1962. A anti-religiosa "The Mysterious Stranger" sairia somente em 1916.
Talvez o mais controverso de todos foi o discurso cômico de Mark Twain em 1879 no Clube do Estômago em Paris, intitulado "Some Thoughts on the Science of Onanism" ("Algumas Reflexões sobre a Ciência do Onanismo"), que concluía com o pensamento: "Se você deve levar uma vida sexualmente ativa, não brinque tanto com a mão solitária". Este discurso só seria publicado em 1943, e ainda assim apenas em edição limitada a cinqüenta cópias.
Outras obras populares de Twain foram "The Adventures of Tom Sawyer", "The Prince and the Pauper" e a não-fictícia "Life on the Mississipi".