sábado, 8 de janeiro de 2022

Novas medidas de controlo da pandemia de 06 de janeiro de 2022 e a entrar em vigor já a partir do dia 10


imagem obtida in https://covid19estamoson.gov.p


Medidas de Controlo da pandemia – 6 janeiro 2022


Face à evolução da pandemia em Portugal, em que se regista uma maior transmissibilidade da doença sem que isso corresponda a uma maior pressão sobre os serviços e internamentos do SNS, o Conselho de Ministros decidiu rever e alterar as medidas de contenção da pandemia. Assim, a partir do dia 10 de janeiro:

Regime de teletrabalho obrigatório em todo o território nacional continental até ao dia 14 de janeiro (passará a ser recomendado a partir dessa data);

Reabertura de bares e discotecas no dia 14 de janeiro;

Mantêm-se os limites relativos à ocupação dos estabelecimentos comerciais – ocupação máxima indicativa de uma pessoa por cada cinco metros quadrados de área);

Nas escolas:
Reabertura a dia 10 de janeiro;
Fim dos isolamentos de turmas após deteção de caso positivo;
Testagem de docentes e não docentes nas duas primeiras semanas após o regresso às aulas.

O certificado digital passa a ser obrigatório para acesso a:
Restaurantes;
Estabelecimentos turísticos e alojamento local;
Espetáculos culturais;
Eventos com lugares marcados;
Ginásios.

A apresentação de resultado negativo de teste COVID-19 passa a ser obrigatória para acesso a:
Visitas a lares;
Visitas a pacientes internados em estabelecimentos de saúde;
Grandes eventos e eventos sem lugares marcados ou em recintos improvisados
Recintos desportivos (salvo decisão da DGS).
Prevê-se a proibição de consumo de bebidas alcoólicas na via pública, com exceção das esplanadas.
Prorrogam-se até 9 de fevereiro de 2022 as medidas especiais em matéria de testagem para efeitos de voos internacionais.

Recorde-se que, devido às novas normas da DGS, existem ainda mudanças nos isolamentos:
O isolamento passa a ser aplicado apenas aos casos positivos e seus coabitantes;
Pessoas com dose de reforço ficam isentas de isolamento;
Isolamento é de 7 dias.

FONTE: in https://covid19estamoson.gov.pt/medidas-de-controlo-da-pandemia-6-janeiro-2022/

quinta-feira, 6 de janeiro de 2022

Dia de Reis - 6 de janeiro 2022

in https://pt.aleteia.org
(Adoração dos Magos, Albrecht Dürer (1471-1528)



quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

Noite de Reis - 05 de janeiro

Adoração dos Reis Magos 
por 
Bartolomé Esteban Murillo,
século XVII, (
Museu de Arte de ToledoOhio). 
imagem in pt.wikipedia.org
Dia de Reis. Dia de comer Bolo Rei em Portugal e se abrirem as portas para ouvir cantar as Janeiras. Depois disso, há que arrumar as bolas e as luzes de Natal e esperar mais um ano. Aqui ao lado, em Espanha, só agora se trocam os presentes guardados debaixo da árvore de Natal, porque afinal foram os reis que levaram presentes ao Menino Jesus. Os cristãos ortodoxos marcam apenas neste dia o nascimento de Jesus, porque seguem o calendário juliano (criado por Júlio César), que tem mais 14 dias que o calendário gregoriano, seguido pela Igreja Católica Apostólica Romana.Quer seja crente numa religião, quer não, este é um dia que entrou ao longo de séculos nos calendários das celebrações e festividades portuguesas. E veio para ficar. Mas qual é o seu simbolismo? E a sua veracidade?
Os Reis Magos na Bíblia

A primeira e única vez que os Reis Magos (Gaspar, Baltazar e Melchior) aparecem na Bíblia é no Evangelho segundo Mateus, o primeiro livro do Novo Testamento, no segundo capítulo da história descrita por este apóstolo. Os reis magos teriam sabido que “o rei dos judeus” havia nascido em Belém da Judeia (uma parte montanhosa no sul da atual Palestina, entre o Mar Morto e o Mar Mediterrâneo). Segundo a Bíblia, os magos tiveram um sinal divino sob a forma de uma estrela que lhes indicou o caminho até ao estábulo onde Jesus estaria abrigado.

E, entrando na casa, acharam o menino com Maria sua mãe e, prostrando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, ofertaram-lhe dádivas: ouro, incenso e mirra.

Acontece que, antes de encontrarem a família sagrada, os reis magos tiveram um encontro com o rei de Israel, Herodes, que via o seu poder ameaçado pela chegada de Jesus Cristo, o messias, ao mundo. Herodes tentou enganar os reis magos pedindo-lhes que fossem adorar a Jesus, mas que voltassem ao palácio para lhe indicarem o caminho porque também ele quereria prestar homenagem ao bebé. Os reis magos concordaram, mas terão sido avisados em sonhos de que tinham sido enganados e, portanto, não voltaram para junto de Herodes.

Quando o rei percebeu que os reis magos não iriam voltar, terá tomado medidas mais extremas: mandou matar os primogénitos de todas as famílias em Belém com menos de dois anos. Jesus, ainda assim, terá ficado livre das ordens de Herodes porque um anjo apareceu a José e aconselhou-o a fugir para o Egito por tempo indeterminado. Mais tarde, o mesmo anjo enviou a família sagrada para Israel “porque já estão mortos os que procuravam a morte do menino”. José, Maria e Jesus fixaram-se em Nazaré e a história da Bíblia prossegue por lá. 
Quem eram os reis magos?
A identidade dos reis magos continua, contudo, a ser uma incógnita. No entanto, há um documento apócrifo nos arquivos do Vaticano que pode dar algumas informações sobre quem seriam os magos que terão ido adorar Jesus Cristo quando ele nasceu. “A Revelação dos Magos” foi traduzido pela primeira vez por Brent Landau, um professor de Teologia da Universidade do Oklahoma que teve acesso ao documento descoberto no século XVIII e redigido na segunda metade do século II (possivelmente pelos filhos dos reis magos).

Se a tradução do sírio antigo para o inglês for fiel, o documento não limita o número de reis magos em três: eles podem ter sido mais do que doze, mas as prendas de Baltazar, Gaspar e Melchior terão sido as mais simbólicas. Todos podiam ser originários de Shir, uma região que na atualidade se situa em território da China, mas que no tempos antes de Cristo teria um significado mítico; e seriam descendentes de Seth, o terceiro filho de Adão.

Terá sido precisamente Seth a transmitir a profecia de que uma estrela iria aparecer aos reis magos para os seguir até ao salvador. Brent Landau explicou ao Daily Mail que, segundo o texto a que teve acesso, a estrela que apareceu aos reis magos acabou por se personificar e assumir numa forma humana que seria, acredita o teólogo, o próprio Jesus. “Jesus e a Estrela de Belém são a mesma coisa e Jesus Cristo pode transformar-se em qualquer coisa. A estrela guiou-os até Belém e até à gruta onde se transformou numa pequena criança que lhes indicou que deveriam partir e transmitir o evangelho”, recorda ele.

Antes de os historiadores terem acesso a este texto não canónico, já um monge tinha descrito os três reis magos. São Beda viveu nos mosteiros de São Pedro, em Monkwearmouth, no nordeste de Inglaterra. No século XIX, Beda foi proclamado Doutor da Igreja pelo papa Leão XIII. Graças às suas capacidades linguísticas, Beda teve acesso aos documentos guardados nas bibliotecas dos mosteiros onde vivia. Foi nessas leituras que Beda criou o perfil de três reis magos. Num dos textos, o monge escreveu o seguinte:

Melquior era velho de setenta anos, de cabelos e barbas brancas, tendo partido de Ur, terra dos Caldeus. Gaspar era moço, de vinte anos, robusto e partira de uma distante região montanhosa, perto do Mar Cáspio. E Baltasar era mouro, de barba cerrada e com quarenta anos, partira do Golfo Pérsico, na Arábia Feliz.

Mas Gaspar, Baltazar e Melchior podiam não ser reis. Pelo menos não o seriam no mesmo conceito em que usamos esse termo hoje em dia. E será difícil compreender onde “reinavam”, se nem sequer temos certezas sobre a sua origem. Mas também não seriam magos, isto é, as suas capacidades nada teriam a ver com magia. O termo “mago” era usado para adjetivar os homens sábios e eruditos daquele tempo, principalmente aqueles que desenvolveram os conhecimentos sobre os corpos celestes.

Hoje, acredita-se que os restos mortais dos três reis magos estão depositados na Alemanha, na Catedral de Colónia, num túmulo talhado a ouro. Depois de terem visitado Jesus Cristo, o apóstolo São Tomé tê-los-á batizado para que pudessem participar na expansão da fé cristã, de acordo com os relatos de São João Crisóstomo (arcebispo da Constantinopla no século I) no livro “Patrologia Grega”.

 A Bíblia afirma claramente que os reis levaram ouro, incenso e mirra quando visitaram Jesus Cristo na manjedoura. As prendas entregues pelos reis nómadas não são abordadas no documento analisado pelo teólogo Brent Landau, mas todas elas têm um simbolismo intrínseco. O ouro é um elemento precioso e sempre o foi: ao oferecer ouro a Jesus, os três reis magos estavam a a sublinhar que o consideravam “rei dos judeus”. O incenso é, na verdade, a resina de uma árvore e simboliza a seiva da vida e os aromas com que os crentes costumavam orar. 

A mirra é uma erva amarga, produzida por uma árvore pequena do Norte de África. Antigamente, era muito usada para curar feridas no continente africano, mas depois passou a entrar também nas receitas de perfumes e em materiais de embalsamamento no Egito. Mais tarde, quando Jesus foi crucificado, a mirra terá sido usada para embalsamar o seu corpo, de acordo com o livro de João na Bíblia.

FONTE: observador.pt 
um texto de Marta Leite Ferreira, 06 janeiro 2016

terça-feira, 4 de janeiro de 2022

"Política"


in conhecimentocientifico.com

Nos dias que correm, em toda a imprensa, não se ouve outra coisa senão assuntos relacionados ou com política, ou com os políticos ou então, das políticas por eles praticadas.

Não é novidade para ninguém, que ainda muito jovens, todos estudámos na escola e aprendemos como os gregos antigos gostariam que o mundo fosse e não como ele é. 

Quem explica tudo isto muito bem é Pedro Braga Falcão no seu livro "Palavras que falam por nós" Clube do Autor, 2014, e da seguinte maneira:

"Política é uma palavra verdadeiramente grega, que radica em politikos, 'aquilo que diz respeito aos cidadãos, civil', e está relacionada com polis, "cidade, estado", considerada no seu sentido ideal e utópico. Diz respeito a toda a nação que não está direccionada para o indivíduo, mas para a comunidade, e um político mais não é do que alguém que existe para a servir. Claro que os gregos não eram ingénuos, e sabiam perfeitamente que à natureza humana é muito difícil discernir entre interesse pessoal e público, e grande parte das vezes  a ambição e os objectivos individuais sobrepõem-se ruinosamente ao bem comum. Da raiz de polis temos, aliás, polícia, do grego politeia, "direitos e deveres dos cidadãos, cidadania, administração do estado", que passou a designar a instituição que zela pelos próprios cidadãos."