A Educação do meu Umbigo
Crónicas – Augusto Küttner De Magalhães
by Paulo Guinote
Não fazer reformas é matar pela certa
Estamos em cima do limite em que ou há coragem, força, capacidade, vontade e competência para fazer as reformas que já deveriam estar feitas, ou vamos estrondosamente rebentar.
Sabemos que temos institutos, autarquias, universidades, escolas, fundações – ainda, ainda – a mais, e que não nos vamos assim aguentar. Sabemos, vem de muito trás, que face ao conhecimento / cunha, se abrem portas, se arranjam tachos, se fazem jeitos, até lugares se criam, e sabemos que até isso está no limite da imbecilidade.
Várias hipóteses podem ser colocadas.
Uma primeira é continuar a deixar tudo na mesma, até acontecer algum milagre, que não vai acontecer, logo vai tudo implodir. Dentro de pouco. Tudo e todos. Escaparão os que conseguirem fugir, com pé de meia!!!
A segunda, é fazer uma única reforma, por gente capaz e competente, sem muito espalhafato, sem amigos, primos ou conhecidos, que poderá levar 80.000 Pessoas para o desemprego. Fechar, Fechar. Fechar. Horrendo!
A terceira será, sem acabar com hierarquias, sem nunca nivelar tudo por baixo – nem igualar - , diminuir, mas muito, mesmo muito, todos os salários de topo e quadros médios que ganhem o que não é justo ganhar, para que os custos de cada estrutura, logo do global, sejam corrigidos para patamares minimente comportáveis e aceitáveis.
E, hoje, quem tem que ser alvo desses cortes – no topo, nas benesses, nos exageros - por certo não tem alternativa, nem no instituto ao lado, nem na vizinha freguesia, aceitará, ou perde o emprego. Perde tudo. Pronto. Inconstitucional! Não! É duro, mas chega de brincarmos com o fogo. Isso nem se deixa às crianças, e temos demasiadas já adultas!
Claro que o automóvel, o almoço, o jantar, e muito mais pago pelo erário público direta ou indiretamente, para além do salario tao elevado, vão ter que acabar, mas não acabará tudo, e mesmo que o topo finalmente desça um pouco – bastante, estava muito alto - manter-se-á ainda muita gente a trabalhar, num tempo em que o desemprego dispara. E até faz bem guiar carro próprio, ou de quando em quando ir de transporte público, ou até a pé!
E, se mesmo assim cortes mais houvesse justamente a ter que fazer, seria melhor desempregar, - nunca, nunca - os 80.000 ou mais, mas alguns com promessa garantida Europeia e obedecida cegamente por cá, de terem apoio, imediato e durante tempo achado justo e necessário. Novas formas de encarar, pequenos/grandes problemas, mas com muita transparência!!!!
Estamos a falar de Pessoas, mas chega de tantos terem tanto e outros estarem quase no limite da não sobrevivência. Haja vergonha! Haja seriedade, cada um que olhe para si e não esqueça o vizinho.
E sem igualdades estúpidas – isso não existe!- , se for a ser bem conduzido pelo motorista pago pelo Erário Público num grande carrão, olhe pela janela e veja gente, lá fora com fome!! Não lhe dói? Devia. Não faça que não vê! Não é de dar esmola, é de reformar, cortando em si o que demasiado tem!
Talvez fosse agora de os deputados reverem em baixa não o seu numero, mas os seus salários, baixar, significativamente, remunerações, era no mínimo um exemplo, de quem diz estar representar o Povo. Talvez seja inconstitucional, mas por certo É Humano, e dá para mais terem trabalho! Ou não?
Rebentemos todos juntos???
Augusto Küttner de Magalhães
Outubro 2012