"É do tempo da Maria Cachucha": esta é uma expressão que significa...?

Ouve-se muito esta expressão, mas será que sabemos verdadeiramente o que se quer dizer com ela e qual a sua origem?

A cachucha era uma dança sapateada espanhola. À música que acompanhava essa dança foi dado o mesmo nome. A dança, embora originária de Cuba, estava relacionada com o fandango e era dançada principalmente na região da Andaluzia, normalmente a solo por uma mulher, acompanhada de castanholas. Daí que, quando se diz que algo "é do tempo da Maria Cachucha", significa que é muito antigo. A dança chegou a estar na moda em França, quando a austríaca Fanny Elssler a dançou na Ópera de Paris, em Setembro de 1834. Há muito tempo, portanto. No tempo da Maria Cachucha. O poeta francês Théophile Gautier apelidou-a mesmo de "dançarina pagã" por causa dessas atuações que ajudaram Elssler a conquistar um lugar entre as mais talentosas bailarinas do período romântico desta dança." 

(encontrei esta explicação em: "Puxar a brasa à nossa sardinha", de Andreia Vale, editora Manuscrito, 2015, 5ª edição)

Uma cadela espera pelo dono à porta da prisão

Os cães são animais muito fiéis aos donos, como todos sabemos, e continuam a demonstrar um amor incondicional pelos humanos!

É mesmo por isso que já não nos espantamos quando tomamos conhecimento de casos verídicos em que eles são "protagonistas" de histórias incríveis e comoventes! É, antes, mais uma confirmação da sua grande lealdade para com o homem!

Li na revista SÁBADO nº 791 (23.06. a 03.07. 2019) que uma cadela golden retriever (cão de caça originário da Graça-Bretanha cuja raça foi desenvolvida para a caça de aves aquáticas) está à porta de uma penitenciária, há já um ano, aguardando que o seu dono saia. A "cena" passa-se numa cidade pertencente à província de Buenos Aires, na Argentina.

Sheila, é o seu nome, deve ter seguido o carro da polícia quando o dono foi preso (pelo menos é nisso que os funcionários da prisão acreditam) e a verdade é que ela nunca mais saiu dali! Claro que os guardas começaram a alimentá-la e já dorme dentro do estabelecimento prisional.

Não temos qualquer dúvida que este animal nos está a dar uma grande lição, pois está nitidamente à espera do seu dono, mostrando assim um grande amor por ele e não só: já passou um ano e ainda não se cansou!

in pt.wikipedia.org
(um cão de raça golden retriever)

"Andar à nora", uma expressão portuguesa engraçada

"Uma nora é um engenho circular, normalmente destinado a retirar a água dos poços ou dos ribeiros. Trata-se de um aparelho trazido pela Árabes, quando invadiram a Península Ibérica, a partir do ano 711. Esse aparelho anda continuamente à volta/roda, mas nunca sai do lugar. Por isso, alguém que anda às voltas, perdido, comporta-se como uma nora: ou seja, "anda à nora"!

Muito semelhante é a expressão: 

"Andar à toa" 

"Toa" é o nome que se dá à corda com que um barco reboca outro. O barco que reboca é que decide a direção a seguir. O outro não tem rumo certo. 

Vai... à toa! Assim, quem anda à toa, anda à deriva, sem direção.

Esta expressão foi, mais tarde, aplicada a situações em que alguém faz uma coisa sem refletir. Se faz ao acaso, der uma maneira qualquer, diz-se que ..."faz à toa!"

(encontrei esta explicação interessante na revista nosso amiguinho nº 390 março 2019)

Várzea com uma nora bem visível,
na vila de Soure(Coimbra)
in mapio.net

Evangelho segundo S. Lucas - 13º Domingo Comum

Ontem passou-se mais um domingo e durante a missa foi lido o Evangelho de S. Lucas Lc 9, 51-62, que vou aqui relembrar e partilhar, convidando a uma reflexão sobre o que nele está escrito:

"Aproximando-se os dias de Jesus ser levado deste mundo, Ele tomou a decisão de Se dirigir a Jerusalém e mandou mensageiros à sua frente. Estes puseram-se a caminho e entraram numa povoação de samaritanos, a fim de lhe prepararem hospedagem. Mas aquela gente não O quis receber, porque ia a caminho de Jerusalém. Vendo isto, os discípulos Tiago e João disseram a Jesus: "Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu que os destrua?" Mas Jesus voltou-Se e repreendeu-os. E seguiram para outra povoação. Pelo caminho, alguém disse a Jesus: "Seguir-Te-ei para onde quer que fores". Jesus respondeu-lhe: "As raposas têm as suas tocas e as aves do céu os seus ninhos: mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça". Depois disse a outro: "Segue-Me". Ele respondeu: "Senhor, deixa-me ir primeiro sepultar meu pai". Disse-lhe Jesus: "Deixa que os mortos sepultem os seus mortos; tu, vai anunciar o reino de Deus". Disse-Lhe ainda outro: "Seguir-Te-ei, Senhor; mas deixa-me ir primeiro despedir-me da minha família". Jesus respondeu-lhe: "Quem tiver lançado as mãos ao arado e olhar para trás não serve para o reino de Deus". 

Quadras dedicadas a São Pedro

image in iquilíbrio.com

São Pedro, meu padroeiro

Trazes as chaves na mão.

Vê se encontras meu amor

Para abrir meu coração!

Solta-me da tua rede

São Pedro, que és pescador.

O meu coração está preso

E a sofrer por amor!

De pescadores e viúvas

És, São Pedro, protetor!

Olha que as divorciadas

Também querem um amor!

São Pedro se és meu amigo,

Fica aqui e faz chover.

Não vês que a minha fogueira,

Não pode ficar a arder?

(in sabedoriapopular.blogs.sapo.pt)