sexta-feira, 19 de julho de 2024

Marisa Monte, na sua canção, diz apenas: “Ainda bem”


 

Alguns provérbios portugueses sobre julho

46 frases de bem-vindo, julho, para começar o mês com energia positiva -  Pensador
imagem encontrada em pensador.com

No Almanaque de Manuel Costa Alves "Mudam os ventos, mudam os tempos" - o Adágio Popular Meteorológico, editora Gradiva Publicações, Lda, encontram-se ditados populares muito interessantes, referentes à meteorologia.

Aqui fica uma sugestão de leitura de verão, para quem gosta destes temas. 


Julho, ceifa-se o trigo e a debulha.

Julho fresco, inverno chuvoso, estio perigoso.

Julho, o verde e o maduro.

Julho quente, seco e ventoso, trabalho sem repouso.

JULHO - O MÊS 7 - ARMAZÉM DA ENERGIA

imagem obtida em armazemdaenergia.com.br

terça-feira, 16 de julho de 2024

Homenagem a Armando Carvalhêda - Radialista que viveu para a música portuguesa - um dos grandes nomes da Rádio

Não podemos esquecer Armando Carvalhêda, que foi um dos grandes nomes da Rádio, muito  destacado pela sua paixão pela música portuguesa.

Fica aqui a minha homenagem e a história da sua vida.


Morreu radialista Armando Carvalhêda, divulgador da música portuguesa
imagem in jn.pt


Morreu, aos 73 anos de idade, Armando Carvalhêda. Um dos nomes maiores da rádio portuguesa, apresentou entre 1996 e 2020 “Viva a Música”: um dos programas de maior duração na Antena 1, dedicado na íntegra à música cantada em português, ao vivo e em direto, com produção de Ana Sofia Carvalhêda.

Nascido em Lisboa, a 30 de dezembro de 1950, fez a escola primária e o liceu em Setúbal, onde viveu até aos dezoito anos. Fez as suas primeiras experiências no ar em 1967, tendo ajudado a fundar a primeira estação pirata em Portugal (Rádio Clube de Alcácer do Sal). Conforme recorda o historiador de rádio Rogério Santos, esta rádio de onda média começou com a construção de um emissor de rádio rudimentar – a que se juntavam apenas antena, um gravador, dois gira-discos e um microfone – e terminou devido a uma entrevista a José Afonso, que “incomodou ao poder”.

Dizia que fazer rádio não era profissão, era paixão: era a sua vida desde 1972, ano em que começa a sua carreira, ainda durante o serviço militar obrigatório na Guiné-Bissau. Lá fez testes e foi convocado para um programa das Forças Armadas, iniciando assim um percurso profissional.

De regresso a Portugal, fez de novo testes para a Emissora Nacional. Começou o seu percurso na rádio do estado em outubro de 1973; já na década de 1980, começa a realizar vários programas na Antena 1, além de integrar a equipa de reportagem da estação no Rali de Portugal até aos anos 90. De todos os projetos que teve entre mãos, incluindo a rubrica de música tradicional “Cantos da Casa”, o “Viva a Música” foi o programa de uma vida – de missão. Era o palco da rádio, como o designava. Quando o programa começou em 1996, a música portuguesa passava pelo período difícil, de pouca aceitação e divulgação escassa. Numa série semanal com concertos na Antena 1, foram 25 anos de um dos mais históricos programas da rádio pública, ao vivo e em direto, onde como divulgador quis ajudar à afirmação da música nacional e dar voz aos músicos.

A rádio e a guerra cruzaram-se de novo na sua vida, anos mais tarde, em 1995, quando produziu e apresentou o concerto/emissão “Juntos na Distância”, que a Antena 1 transmitiu desde a Bósnia, durante o conflito dos Balcãs, com o objetivo de dar ânimo aos soldados portugueses destacados na gestão do conflito.

Na década de 1980, esteve ligado à criação e lançamento do projeto de solidariedade “Pirilampo Mágico”, que a Antena 1 desde então tem desenvolvido em parceria com a FENACERCI. Deu voz a Cassete Amaral, Deusébio, Luís Fígado e outros personagens da série de marionetas “Contra Informação” (RTP1), que caricaturava figuras públicas da sociedade portuguesa.

https://antena1.rtp.pt/obituarios/armando-carvalheda-1950-2024/

segunda-feira, 15 de julho de 2024

Joana Marques Vidal, Ex- Procuradora-Geral da República - homenagem a uma grande magistrada!

imagem in pt.wijipedia.org


Maria Joana Raposo Marques Vidal GCC (Santa Cruz, 31 de dezembro de 1955Paranhos, Porto, 9 de julho de 2024) foi uma magistrada portuguesa, tendo sido Procuradora-Geral da República de 2012 a 2018.[1]

Magistratura

Em 1978, licencia-se em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Em 1979, inicia o estágio para exercer funções como magistrada do Ministério Público. A partir de 1980, exerce sucessivamente funções de delegada do procurador da República nas comarcas de Vila Viçosa, Seixal e Cascais, onde foi a primeira presidente da Comissão de Proteção de Menores.[1]

Em 1994, assume funções como procuradora da República na comarca de Lisboa, exercendo funções no Tribunal da Boa-Hora e em vários tribunais especializados. Foi procuradora da República coordenadora do Tribunal de Família e Menores de Lisboa. Entre 1999 e 2002, foi vogal do Conselho Superior do Ministério Público. Em 2002, é nomeada diretora-adjunta do Centro de Estudos Judiciários. Em 2004, é promovida a procuradora-geral-adjunta e assume funções nos Açores, como auditora jurídica junto do Ministro da República para os Açores, Álvaro Laborinho Lúcio, e representante do Ministério Público na Secção Regional dos Açores do Tribunal de Contas.[1]

Em 12 de outubro de 2012 foi nomeada pelo Presidente da República Aníbal Cavaco Silva para o cargo de Procuradora-Geral da República, com um mandato de seis anos. Cessou funções a 12 de outubro de 2018.

A 22 de outubro de 2018 foi agraciada com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo.[2]

Entre 2018 e 2021, exerceu funções no Gabinete do Ministério Público junto do Tribunal Constitucional, por onde passam, além dos processos de fiscalização da constitucionalidade, todos os processos de fiscalização dos financiamentos políticos, desde as contas anuais dos partidos até às contas das campanhas eleitorais, bem como as declarações de património e rendimentos dos políticos e altos cargos públicos e os processos de incompatibilidades e impedimentos de titulares de cargos políticos.[3]

Faleceu na manhã de 9 de julho de 2024, no Hospital de São João, no Porto, depois de várias semanas em coma, por conta de uma septicemia, devida a uma cirurgia a um cancro.[4]

Condecorações    Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo (22 de outubro de 2018)

Referências
Ir para: a b c Procuradoria-Geral da República. «Maria Joana Raposo Marques Vidal (2012-2018)»
«Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Maria Joana Raposo Marques Vidal". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 22 de outubro de 2018
Leonete Botelho (20 de novembro de 2018). «Fiscalização de partidos e políticos vai passar por Joana Marques Vidal». Público. Consultado em 21 de novembro de 2018
Lusa, Luís Rosa, Tiago Caeiro, Agência. «Morreu Joana Marques Vidal. Tinha 68 anos». Observador. Consultado em 9 de julho de 2024

REFERÊNCIA: in pt.wikipedia.org

domingo, 14 de julho de 2024

14 de julho em França - Comemoração da Tomada da Bastilha

A Bastilha (em francês: Bastille), mais conhecida por ter sido uma prisão - assim funcionando desde o início do século XVII até o final do século XVIII - foi inicialmente concebida apenas como um portal de entrada à rua parisiense de Saint-Antoine, na França, motivo pelo qual era denominada Bastilha de Saint-Antoine. Encontrava-se onde hoje está situada a Place de la Bastille ("Praça da Bastilha") em Paris.

Ficou conhecida por ter sido o palco do evento histórico conhecido como a Tomada da Bastilha, em 14 de julho de 1789, o qual aliado ao Juramento do Jogo da Péla, está entre os fatos mais importantes do início da Revolução Francesa.

O evento foi grandiosamente comemorado exatamente um ano depois (em 14 de Julho de 1790) na pomposa festa que ficou conhecida como a Fête de la Fédération (A Festa da Federação). A partir de 1880 a festa tornou-se feriado nacional, é a Festa nacional francesa também conhecida como o 14 Juillet. Em novembro de 1789 a Bastilha foi totalmente demolida.



Planta da Bastilha.

História

A Bastilha foi construída como "Bastião de Saint-Antoine" durante a Guerra dos Cem Anos, por Carlos V da França. Inicialmente serviu apenas como mero portal de entrada para o bairro de Saint-Antoine, mas de 1370 a 1383 o portal foi ampliado e reformado para se transformar numa fortaleza, que serviria para defender o lado leste de Paris, além de um palácio real que ficava nas proximidades, constituindo-se no mais forte ponto de defesa da muralha do rei. Após a guerra, começou a ser utilizada pela realeza francesa como prisão estadual (o rei Luís XIII foi o primeiro a enviar prisioneiros para lá).

A Bastilha foi construída como um rectângulo irregular. A estrutura tinha 90 metros de comprimento, 37 metros de profundidade, 68 de largura com torres e muros de 24 metros de altura, e 3 metros de espessura em suas bases. Originalmente, possuía no seu interior dois pátios, além de edifícios residenciais contra as paredes. Um par de torres nas fachadas leste e oeste era o que servia de portal inicial de passagem para o bairro Saint-Antoine.

Uma característica militar significativa da construção é que as paredes e torres eram da mesma altura, e eram conectadas por um amplo terraço. Isto possibilitava que os soldados na parede frontal se movimentassem rapidamente até um sector ameaçado da fortaleza sem que precisassem descer por dentro das torres, assim como possibilitava o fácil posicionamento de artilharia defensiva.

Uma construção muito similar à Bastilha pode ser vista hoje no Châteaux de Tarancon. A bastilha era muito bonita por fora, mas por dentro não.

A Bastilha como prisão

Por volta do século XVIII, servia muito mais como lugar de lazer e depósito de armas do exército francês do que como prisão, como nos anos passados, pelo que havia adquirido a simpatia do rei Luís XVI da França.

Neste período, encontrou-se a Bastilha dividida internamente em: pavimento superior, pavimento térreo, calabouço

O pavimento superior proporcionava acomodações um pouco mais confortáveis para os detentos, em comparação com os outros dois.

O térreo funcionava como uma prisão comum, registrando-se a maior incidência de doenças como pneumonias, devido à temperatura ambiente.

O calabouço era a parte mais temida da Bastilha, uma vez que a sua arquitetura era de estreitos corredores e salas. A pessoa condenada ao calabouço deveria escolher uma posição corporal para entrar na sala, sendo que a mesma não possuía nenhum espaço para a locomoção, obrigando-a a ficar de pé. O prisioneiro do calabouço frequentemente falecia, vítima de frio, fome ou doenças, visto que o tratamento prestado aos prisioneiros daquele sector era o pior.


O assalto à Bastilha
Ver artigo principal: Tomada da Bastilha

A grande prisão do estado terminou sendo invadida em 14 de julho de 1789 porque um jornalista, Camille Desmoulins, até então desconhecido, arengou em frente ao Palais Royal e pelas ruas dizendo que as tropas reais estavam prestes a desencadear uma repressão sangrenta sobre o povo de Paris. Todos deviam socorrer-se das armas para defender-se. A multidão, num primeiro momento, dirigiu-se aos Inválidos, o antigo hospital onde concentravam um razoável arsenal. Ali, apropriou-se de três mil espingardas e de alguns canhões. Correu o boato de que a pólvora porém se encontrava estocada num outro lugar, na fortaleza da Bastilha. Marcharam então para lá. A massa insurgente era composta de soldados desmobilizados, guardas e o povo de Paris. A fortaleza, por sua vez, defendia-se com 32 guardas suíços e 82 "inválidos" de guerra, possuindo 15 canhões, dos quais apenas três em funcionamento.

Durante o assédio, o marquês de Launay, o governador da Bastilha, ainda tentou negociar. Os guardas, no entanto, descontrolaram-se, disparando sobre a multidão. Indignado, o povo reunido na praça em frente partiu para o assalto e dali para o massacre. O tiroteio durou aproximadamente quatro horas. O número de mortos foi incerto. Calculam que somaram 98 populares e apenas um defensor da Bastilha.

Launay teve um fim trágico. Foi decapitado e a sua cabeça espetada na ponta de uma lança desfilou pelas ruas numa celebração macabra. Os presos, soltos, arrastaram-se para fora sob o aplauso comovido da multidão postada nos arredores da fortaleza devassada. Posteriormente a massa (humana) incendiou e destruiu a Bastilha, localizada no bairro Santo António, um dos mais populares de Paris. O episódio, verdadeiramente espetacular, teve um efeito electrizante. Não só na França mas onde a notícia chegou provocou um efeito imediato. Todos perceberam que alguma coisa espetacular havia ocorrido.

Ver também

Referências
Wikipedia em inglês Bastille
Fontes
PEDRO, Antonio; LIMA, Lizânias de Souza. História da Civilização Ocidental. colab. esp. Yone de Carvalho. 2ª ed. São Paulo: FTD, 2005. vol. único.
ROCHA, Ruth. Grande Enciclopédia Larousse Cultural. São Paulo: Universo, 1988 - vol. 4.

FONTE: efetuei esta pesquisa em pt.wikipedia.org