sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Para Almada Negreiros, o que é a alegria?

"A alegria é a coisa mais séria da vida".

Almada Negreiros

http://prelo.incm.pt

Almada Negreiros
(São Tomé, 1893—Lisboa, 1970)


"Filho de um alto funcionário ultramarino, José Sobral de Almada Negreiros nasceu a 7 de abril de 1893, na roça da Saudade, na ilha de São Tomé, terra natal da sua mãe. Após a morte desta, em 1896, o pai é nomeado responsável pelo Pavilhão das Colónias, na Exposição Universal de Paris de 1900, e deixa os filhos, José e António, aos cuidados dos Jesuítas do Colégio de Campolide, em Lisboa. Almada Negreiros frequentou depois o Liceu de Coimbra e mais tarde foi aluno da Escola Nacional de Belas Artes. 


Almada Negreiros foi uma das figuras de proa da primeira geração do modernismo português. Começou como caricaturista (1912), mas foi sobretudo como poeta que participou no movimento futurista lisboeta (1915-1917). Em 1915, está na génese uma revista marcante para a literatura portuguesa — a revista Orpheu — com a qual colabora, juntamente com Fernando Pessoa, Mário de Sá Carneiro, Amadeo de Souza Cardoso e outros nomes das letras e das artes. Publica «Frisos» na Orpheu 1. Para a Orpheu 3 escreve A Cena do Ódio, que acabou por só ser publicada parcialmente, como separata da revista Contemporânea 7, em 1923. Em 1916, publica, em folhetos, o famoso e polémico «Manifesto Anti-Dantas e por Extenso», no qual invectiva contra o médico e escritor Júlio Dantas, que personificava as posições mais retrógradas do tempo. Em dezembro 1917, oito anos após a implantação da República, inspirado pelas ideias do italiano Marinetti, lê no Teatro República, juntamente com o seu amigo e pintor Santa-Rita Pintor, o Ultimatum Futurista às Gerações Portuguesas do Século XX. Aqui Almada afirma: «pertenço a nenhuma das gerações revolucionárias. Eu pertenço a uma geração construtiva», fazendo transparecer uma profunda aversão pelas tradições literárias, românticas e saudosistas bem como pela falta de ódio e de orgulho nacional.

A curta estadia em Paris, entre 1919 e 1920, para onde foi para estudar pintura e onde chegou a trabalhar como bailarino de cabaré e empregado numa fábrica, orienta-o definitivamente para as Artes Plásticas. Instala-se, posteriormente, em Madrid, entre 1927 a 1932. Na capital espanhola deixou pinturas murais, atualmente desaparecidas, colaborou com o jornal El Sol e escreveu El Uno. Tragedia de la Unidad, um conjunto das duas peças de teatro «Deseja-se Mulher» e «S.O.S.», que dedicou à sua mulher, a pintora Sarah Afonso.

Estudou durante anos os Painéis de São Vicente, atribuídos a Nuno Gonçalves, cuja disposição recomendava que fosse a da perspetiva dos ladrilhos do pavimento. E assim foram apresentados na célebre exposição Primitivos Portugueses. 1450-1550, no Museu Nacional de Arte Antiga, em 1940. 

Desenhador hábil, produziu numerosas obras plásticas, grande parte das quais integradas em projetos de arquitetura da autoria de Porfírio Pardal Monteiro, como sejam: os vitrais e mosaicos da Igreja de Nossa Senhora de Fátima (1938), as pinturas murais das estações marítimas de Alcântara (1943) e da Rocha do Conde de (1948), no porto de Lisboa, que constituem uma das principais referências de pintura moderna em Portugal; as tapeçarias do Hotel Ritz (1956-1959), as gravuras dos pórticos das Faculdades de Direito (1958) e Letras (1961) de Lisboa. Famosas ficaram também as duas telas com o retrato de Fernando Pessoa (1954 e 1964).

Escritor, conferencista, novelista, crítico panfletário, polemista, ensaísta, romancista, poeta e dramaturgo, A Invenção do Dia Claro (1921) é considerada a sua obra poética mais destacada. O seu romance Nome de Guerra(escrito em 1925, mas publicado apenas em 1938) é considerado por alguns um dos mais significativos romances da história da literatura portuguesa. A Engomadeira, Saltimbancos e Quadro Azul marcaram a sua produção novelística mais significativa. Colaborou em várias publicações, como Diário de Lisboa, Athena, Presença, Revista Portuguesa, Cadernos de Poesia, Panorama, Atlântico, Seara Nova e Sudoeste.

Almada Negreiros é uma das figuras mais talentosas do século XX português. O seu génio multiforme permitiu-lhe estar presente em todas as frentes do modernismo. Foi provavelmente o maior provocador representante da geração vanguardista portuguesa. Com um humor semelhante na obra e na vida, deu ao grupo modernista o impulso, a vivacidade e a irreverência de que precisavam. 

José de Almada Negreiros viria a falecer em Lisboa, a 15 de junho de 1970."

(in prelo.incm.pt)

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

Aristóteles, filósofo grego

in pt.wikipedia.org

"A esperança é o sonho do homem acordado"

Aristóteles era natural de Estagira, na Trácia, sendo filho de Nicômaco, amigo e médico pessoal do rei macedônio Amintas III, pai de Filipe II. É provável que o interesse de Aristóteles por biologia e fisiologia decorra da atividade médica exercida pelo pai e pelo tio, e que remontava há dez gerações.
Segundo a compilação bizantina Suda, Aristóteles era descendente de Nicômaco, filho de Macaão, filho de Esculápio.
Com cerca de 16 ou 17 anos partiu para a cidade de Atenas, maior centro intelectual e artístico da Grécia Antiga. Como muitos outros jovens da época, foi para lá prosseguir os estudos. Duas grandes instituições disputavam a preferência dos jovens: a escola de Isócrates, que visava preparar o aluno para a vida política, e Platão e sua Academia, com preferência à ciência (episteme) como fundamento da realidade. Apesar do aviso de que, quem não conhecesse geometria ali não deveria entrar, Aristóteles decidiu-se pela academia platônica e nela permaneceu vinte anos, até a morte de Platão, no primeiro ano da 108a olimpíada (348 a.C.). Aristóteles provavelmente participou dos Mistérios de Eleusis.
Em 347 com a morte de Platão, a direção da Academia passa a Espeusipo que começou a dar ao estudo acadêmico da filosofia um viés matemático que Aristóteles (segundo opinião geral, um não-matemático) considerou inadequado, assim Aristóteles deixa Atenas e se dirige, provavelmente, primeiro a Atarneu convidado pelo tirano Hérmias e em seguida a Assos, cidade que fora doada pelo tirano aos platônicos Erasto e Corisco, pelas boas leis que lhe haviam preparado e que obtiveram grande sucesso.
Durante 347 a.C e 345 a.C, dirige uma escola em Assos, junto com Xenócrates, Erasto e Corisco e depois em 345/344 a.C. conhece Teofrasto e com sua colaboração dirige uma escola em Mitilene, na ilha de Lesbos e lá se casa com Pítias, neta de Hérmias , com quem teve uma filha, também chamada Pítias e Nicômaco. Em 343/342 a.C. Filipe II da Macedônia escolhe Aristóteles como educador de seu filho Alexandre, então com treze anos, por intercessão de Hérmias.
Pouco se sabe sobre o período da vida de Aristóteles entre 341 a.C. e 335 a.C., ainda que se questiona o período de tempo da tutela de Alexandre, alguns estimam em apenas dois ou três anos e outros em sete ou oito anos.
Em 335 a.C. Aristóteles funda sua própria escola em Atenas, em uma área de exercício público dedicado ao deus Apolo Lykeios, daí o nome Liceu. Os filiados da escola de Aristóteles mais tarde foram chamados de peripatéticos. Os membros do Liceu realizavam pesquisas em uma ampla gama de assuntos, os quais eram de interesse do próprio Aristóteles: botânica, biologia, lógica, música, matemática, astronomia, medicina, cosmologia, física, história da filosofia, metafísica, psicologia, ética, teologia, retórica, história política, do governo e da teoria política, retórica e as artes. Em todas essas áreas, o Liceu coletou manuscritos e assim, de acordo com alguns relatos antigos, se criou a primeira grande biblioteca da antiguidade.
Em 323 a.C, morre Alexandre e em Atenas começa uma forte reação antimacedônica, em 322 a.C. por causa de sua ligação com Alexandre, Aristóteles foge de Atenas e se dirige a Cálcides, onde sua mãe tinha uma casa, explicando, "Eu não vou permitir que os atenienses pequem duas vezes contra a filosofia" uma referência ao julgamento de Sócrates em Atenas. Ele morreu em Cálcis, na ilha Eubeia de causas naturais naquele ano. Aristóteles nomeou como chefe executivo seu aluno Antípatro e deixou um testamento em que pediu para ser enterrado ao lado de sua esposa.
(fonte: pt.wikipedia.org)

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

A "Arcádia" na Baixa do Porto

A Arcádia já reabriu, depois de ser renovada. Foi inaugurada no Porto, em 1945 e na Rua do Almada número 63.

No prolongamento da loja, havia uma porta de madeira que dava acesso a um espaço onde funcionava a fábrica de chocolates da Arcádia e que, neste momento, já ali não funciona uma vez que foi transferida para fora da cidade. 

Tudo isto é para dizer que nesse preciso local funciona agora uma área que é dedicada a confecionar bombons e as célebres drageias de licor BONJOUR, que agora podemos ver de perto como são "bordadas" com açúcar! Sim, essas drageias  que todos nós tão bem conhecemos por alturas das festas de Natal e da Páscoa e que tanto gostamos de comprar.

Quem lá quiser ir poderá também encher os olhos com os azulejos do edifício e os arcos originais, as fotos antigas e a maquinaria, contribuindo para uma decoração fora do vulgar.

Bom apetite!

in saudade.com