sábado, 7 de junho de 2014
sexta-feira, 6 de junho de 2014
A Irmã Cristina ganhou o "The Voice" italiano
imagem conseguida em: http://fabianomartatobias.blogspot.pt/2014/05/ |
"A voz do ano em Itália é de uma freira.
A “irmã” Cristina Sciuccia venceu o concurso televisivo The Voice. Na hora da vitória, pediu que a sala a acompanhasse a rezar o “Pai Nosso”.
“Quero que Jesus esteja aqui. É um sonho”, disse Cristina Sciuccia, que recolheu 62% dos votos face ao jovem Giacomo Voli.
Cristina Sciuccia, de 25 anos, tornou-se uma celebridade nas últimas semanas. A sua interpretação da música No One, de Alicia Keys, teve mais de 50 milhões de visualizações no YouTube.
A cantora e apresentadora Raffaella Carra chegou a perguntar-lhe se ela era realmente uma freira.
“Tudo
aconteceu porque há uma sede de alegria, amor, uma sede de mensagens
bonitas e puras”, tinha dito à imprensa na véspera da final, organizada
em Milão.
A participação da religiosa neste concurso televisivo
fez a Rai Due (segundo canal da televisão pública italiana) bater
recordes de audiências, sistematicamente acima de 15%.
Cristina
Scuccia, que se tornou freira em 2009, tem agora direito a editar um
disco, mas já garantiu que regressará à sua “vida normal” e que se
limitará a cantar “com os jovens, na Igreja, na paróquia ou na escolas”,
se os superiores a autorizarem.
A jovem freira, no entanto, não é
unânime em Itália. Emma Marrone, representante italiana no Festival da
Eurovisão, qualificou-a como “um insulto para o showbiz”. (Público.PT)
Etiquetas:
"The Voice",
Entretenimento musical/Espetáculos
O que significa "arraia-miúda"?
Arraia miúda (literário) é o mesmo que
Classe inferior da sociedade.
=
PLEBE
"arraia-miúda", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/arraia-mi%C3%BAda [consultado em 06-06-2014].
"arraia-miúda", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/arraia-mi%C3%BAda [consultado em 06-06-2014].
- o povo (classe mais humilde da sociedade)
- camada mais baixa da sociedade
- povinho
- gentalha
- plebe
- povoléu
- populacho
- ralé
livreiro-monasticon.blogspot.com |
quinta-feira, 5 de junho de 2014
"País Birrento", um artigo interessante de Fausto Coutinho, do Económico
00:05
País birrento
Fausto Coutinho
Ainda se lembram, certamente, da recusa
de José Sócrates em recorrer à ajuda internacional e de como essa
atitude originou um desentendimento profundo entre o então
primeiro-ministro e o seu ministro das finanças, Teixeira dos Santos.
Nesta legislatura, ficamos a saber que Paulo Portas e Vítor Gaspar
embirravam um com o outro. Já para não falar da birra do irrevogável
Portas que causou uma enorme perturbação política e esteve mesmo à beira
de acabar com a coligação PSD/CDS e com o próprio Governo.
Agora, logo após as eleições europeias, instalou-se a confusão no partido vencedor com António Costa a desafiar a liderança de António José Seguro.
Em qualquer dos casos, nada é comparável com a forma como o actual Governo tem vindo a embirrar com o Tribunal Constitucional (TC).
Podemos até admitir que o TC se pôs a jeito, nomeadamente quando declarou a inconstitucionalidade dos cortes dos subsídios de férias e de Natal do OE 2012 mas, ao mesmo tempo, determinou que os referidos cortes não vigoravam para o ano em causa devido a questões orçamentais. O Governo, infractor, nem sequer viu um cartão amarelo e, por isso, sentiu-se à vontade para continuar a transgredir, as vezes que forem necessárias enquanto o cartão vermelho continuar no bolso dos juízes do TC.
No entanto, se numa fase inicial o Governo se limitou a uma birra típica de menino mal comportado a quem não deixam fazer o que quer, a verdade é que agora passou a revelar uma dificuldade estrutural em lidar com as regras democráticas. A birra de menino ganhou consciência e transformou-se numa briga de adolescente que, por ser imatura, se revela irresponsável e perigosa. A tal ponto que, para além da ameaça de novos aumentos de impostos, o vice primeiro-ministro Paulo Portas veio já vaticinar a irrelevância das próximas eleições legislativas com o argumento de que, por culpa do TC, o próximo governo, seja ele qual for, estará condenado a aumentar impostos e a submeter o País a uma escravatura fiscal. É claro que, pelo meio, Paulo Portas aproveitou para atribuir culpas ao TC por não existir a tal reforma estrutural do Estado que ele próprio se comprometeu a apresentar.
É neste País perdido em birras que cresce uma nova geração condenada a uma herança política, económica, social e cultural sem glória. No horizonte adivinha-se pouco mais do que um défice de dignidade e solidariedade. Resta-nos a esperança de que essa nova geração venha a embirrar profundamente com esta forma de estar na política e na vida. E tenha a coragem e a lucidez necessárias para inverter o caminho e iniciar um novo ciclo. Na certeza de que a recuperação será tanto mais difícil quanto mais profundas forem as feridas abertas nestes tempos que vivemos."
Agora, logo após as eleições europeias, instalou-se a confusão no partido vencedor com António Costa a desafiar a liderança de António José Seguro.
Em qualquer dos casos, nada é comparável com a forma como o actual Governo tem vindo a embirrar com o Tribunal Constitucional (TC).
Podemos até admitir que o TC se pôs a jeito, nomeadamente quando declarou a inconstitucionalidade dos cortes dos subsídios de férias e de Natal do OE 2012 mas, ao mesmo tempo, determinou que os referidos cortes não vigoravam para o ano em causa devido a questões orçamentais. O Governo, infractor, nem sequer viu um cartão amarelo e, por isso, sentiu-se à vontade para continuar a transgredir, as vezes que forem necessárias enquanto o cartão vermelho continuar no bolso dos juízes do TC.
No entanto, se numa fase inicial o Governo se limitou a uma birra típica de menino mal comportado a quem não deixam fazer o que quer, a verdade é que agora passou a revelar uma dificuldade estrutural em lidar com as regras democráticas. A birra de menino ganhou consciência e transformou-se numa briga de adolescente que, por ser imatura, se revela irresponsável e perigosa. A tal ponto que, para além da ameaça de novos aumentos de impostos, o vice primeiro-ministro Paulo Portas veio já vaticinar a irrelevância das próximas eleições legislativas com o argumento de que, por culpa do TC, o próximo governo, seja ele qual for, estará condenado a aumentar impostos e a submeter o País a uma escravatura fiscal. É claro que, pelo meio, Paulo Portas aproveitou para atribuir culpas ao TC por não existir a tal reforma estrutural do Estado que ele próprio se comprometeu a apresentar.
É neste País perdido em birras que cresce uma nova geração condenada a uma herança política, económica, social e cultural sem glória. No horizonte adivinha-se pouco mais do que um défice de dignidade e solidariedade. Resta-nos a esperança de que essa nova geração venha a embirrar profundamente com esta forma de estar na política e na vida. E tenha a coragem e a lucidez necessárias para inverter o caminho e iniciar um novo ciclo. Na certeza de que a recuperação será tanto mais difícil quanto mais profundas forem as feridas abertas nestes tempos que vivemos."
in http://economico.sapo.pt/noticias/pais-birrento_194925.html
Imagens conseguidas em:
Imagens conseguidas em:
expresso.sapo.pt |
http://ocastendo.blogs.sapo.pt/2012/01/ |
www.leituras.eu |
Etiquetas:
Sociedade Aberta
quarta-feira, 4 de junho de 2014
terça-feira, 3 de junho de 2014
segunda-feira, 2 de junho de 2014
"O P.S. vai rumo à guerra total mas tudo isto é muito melhor do que falecer", num artigo de Ana Sá Lopes
Google.pt |
Comissão Nacional do PS.
Foi quase tudo (muito) melhor do que falecer
Por Ana Sá Lopes
publicado em 2 Jun 2014 - 05:00
Os socialistas estão catalépticos. Nunca se viu nada assim desde os anos loucos 1991/1992. "O PS ensarilhou-se", disse Seguro. É para continuar.
Coisas boas que existiram no sábado, no Vimeiro: o mar arrebatado do Oeste extraordinariamente sereno, em contra-vapor com os socialistas, a iluminar o dia inteiro. Um secretário nacional (Álvaro Beleza) a chorar de alegria por causa da vitória de uma ideia política de toda a vida, as primárias. Seguro a aceitar discutir a liderança com Costa para acabar de vez com as dúvidas e a defender a separação entre política e negócios. A vista da esplanada do hotel. Costa a aceitar que qualquer que seja o modelo escolhido para a discussão estará lá, para o confronto há tanto tempo adiado. A sopa do almoço "buffet". Meia-dúzia de pessoas, de um lado e de outro, que se mantiveram serenas no meio do insano caos.
À chegada ao Vimeiro, António Costa exibia a confiança que as suas várias costelas sempre lhe concederam. A defesa da discussão sobre a liderança mesmo entre os apoiantes de António José Seguro - casos, por exemplo, de Ana Gomes ou Francisco Assis - fazia com que estivesse ainda de pé a esperança de que Seguro decidisse resolver o assunto o mais depressa possível. Mas essa esperança foi logo a primeira a morrer: Maria de Belém, a presidente do partido, não aceitou que a discussão sobre a realização de um congresso extraordinário fosse sequer incluída na ordem de trabalhos. Era preciso unanimidade para alterar a "ordem" que era outra que não esta. Conversa desfeita.
O desânimo começou a apoderar-se das hostes de António Costa com o discurso de Seguro. O estado-maior do secretário-geral tinha prometido a surpresa das surpresas - Seguro tinha no bolso algo radicalmente diferente que iria ficar para a história, um contra-ataque glorioso de que nunca nos haveríamos de esquecer para o resto da vida. E confirmou-se. Da redução do número de deputados à separação entre a política e negócios, com as primárias pelo meio, Seguro estava imparável.
O ataque de Seguro a Costa foi imenso e brutal, pontuado por sucessivas palmas que se poderiam nitidamente ouvir para quem estivesse no bar, no andar de baixo. Não se demitia. "A gente há-de ajustar contas", dizia do palco. "Ó Pizarro [Manuel Pizarro, da concelhia do Porto] quantos votos tiveste? E já te demitiste?".
O PS continuava a ter, insistiu o secretário-geral, "uma grande vitória (...) acima dos 30%, muito acima do que tu, António Costa, tiveste na tua primeira eleição para a Câmara de Lisboa". Foi muito mais animal feroz do que algum dia tinha sido - e o tom ainda irá subir mais, como prometeu: "Isto mudou. Habituem-se".
Lá dentro, em defesa própria: "Acham isto uma vitoriazeca? António Vitorino ganhou as europeias em 1994 por 0,5%. Só que, na altura, havia solidariedade política no PS". Foi no tempo da liderança de António Guterres, que venceria as legislativas seguintes de Outubro de 1995 embora sem maioria absoluta.
Seguro está furioso porque tem sido tudo "calminho" para o governo depois da derrota estrondosa. "O PS ensarilhou-se durante uma semana, de modo que pareceu que foram os derrotados que ganharam e os vencedores que perderam. Isto só tem uma palavra: irresponsabilidade. Já o disse a António Costa pessoalmente e volto a dizer-lho agora, olhos nos olhos: uma irresponsabilidade que tu provocaste".
Ele percorreu o "caminho das pedras", Costa vai ter que percorrer outro igual. Os apoiantes de Costa não disfarçaram a fúria (alguns) e o desalento (outros), pela proposta que significava uma "manobra de dilação". Costa manteve a sua pública paciência e fez questão de a divulgar: "Eu tenho muita paciência porque estou muito seguro e muito certo que estou a interpretar bem a vontade do PS e do país". Mas a paciência não era a categoria dominante entre os apoiantes do presidente da câmara que acreditavam firmemente que o que Seguro propôs daria uma trabalheira para acontecer em tempo útil e que abria um problema estatutário. (Sim, eles também tinham "preocupações estatutárias", embora diferentes das de Seguro, que desvalorizavam. Pode-se abrir a eleição a simpatizantes do candidato a primeiro-ministro sem fazer um congresso para mudar os estatutos?).
Seguro vai vender muito cara a pele. Exactamente o mesmo que fez Jorge Sampaio, que se recusou a sair perante a derrota eleitoral de 1991, quando o PSD teve maioria absoluta. "Chegou a altura de dizer tudo o que penso. Tudo. Quem pode confiar no PS quando vê o seu líder legítimo, democraticamente eleito, a ser contestado? Um líder que ganhou as eleições? Sobretudo não me recordo, nem nunca existiu no PS (...). Os seis líderes anteriores do PS saíram pelo próprio pé". Isto foi dentro da Comissão Nacional. Cá fora, simplificou: "Os portugueses perguntam-se. É isto a política? Este jogo de poder? Então não há um que ganhou as eleições e vem o outro e diz 'sai daí para eu entrar'!".
O dia, segundo o secretário-geral, tinha sido "um momento histórico", embora tenha acontecido "por irresponsabilidade". Isto pode ser contraditório, mas habituem-se. O PS vai rumo à guerra total mas tudo isto é muito melhor do que falecer."
in http://www.ionline.pt/artigos/portugal/comissao-nacional-ps-foi-quase-tudo-muito-melhor-falecer/pag/-1
domingo, 1 de junho de 2014
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