sábado, 18 de março de 2023

Celeste Rodrigues (irmã de Amália Rodrigues) e uma canção antiga para recordar "Olha a mala" (FADO)

A canção "Olha a mala" deste primeiro vídeo 

teve muito sucesso

Mas, neste segundo vídeo, 

verificamos que anos mais tarde,

 Celeste Rodrigues 

contesta a letra da canção 

e modifica-a, chamando-lhe "Basta de Mala" 

quinta-feira, 16 de março de 2023

"Ser uma flor de estufa": o significado desta expressão idiomática

Flor de Estufa - Portuguesices
in portuguesices. com


"Ser uma flor de estufa", segundo o "Dicionário de calão e expressões idiomáticas, de José João Almeida, Guerra e Paz, Livros CMTV, 1ª edição, julho 2019", em Portugal: 

1. diz-se de uma pessoa com extrema sensibilidade a tudo o que lhe diga respeito; ultra-sensível; susceptível (A Marcolina é uma flor de estufa; não percebe as piadas e fica agressiva porque pensa que estamos a gozar com ela.)

2. ser pouco hábil no que toca à vida quotidiana

quarta-feira, 15 de março de 2023

Celeste Rodrigues: a celebração do seu Centenário no Museu do Fado



Celeste Rodrigues - Lisboa no Guiness
imagem em https://lisboanoguiness.blogs.sapo.pt

Amália Rodrigues e Celeste Rodrigues - Lisboa Restaurant "A Viela". |  Amalia rodrigues, Fotos antigas, Rodrigues
(as duas irmãs Celeste e Amália Rodrigues)
imagem in pinterest.pt

Morreu Celeste Rodrigues, fadista e irmã de Amália - Atualidade - SAPO 24
imagem em 24.sapo.pt


Centenário de Celeste Rodrigues celebrado com exposição no Museu do Fado 

A exposição, que vai estar patente até setembro, visa "mostrar o seu percurso, e o que fez ao longo de mais de 70 anos de carreira — que foi uma das mais longas no fado — e, passar este testemunho".

O Museu do Fado, em Lisboa, homenageia a fadista Celeste Rodrigues (1923-2018), que completaria 100 anos nesta data, com a inauguração da exposição “Celeste”.

Em declarações à agência Lusa dias antes da abertura, o curador da exposição, o cineasta Diogo Varela Silva, seu neto, disse que esta era uma data que Celeste Rodrigues “tanto gostaria de comemorar”.

A exposição, que vai estar patente até setembro, visa “mostrar o seu percurso, e o que fez ao longo de mais de 70 anos de carreira – que foi uma das mais longas no fado – e, passar este testemunho, destas mais de sete décadas dedicadas à canção nacional”, disse Diogo Varela Silva.

Celeste Rodrigues, numa entrevista à Lusa em maio de 2018, recordou que começou a cantar “por brincadeira”, numa “roda de amigos” em que estava o empresário de espetáculos José Miguel (1908-1972), que a convidou para fazer parte do elenco de uma das suas casas de fado, o Café Casablanca, em Lisboa, onde se estreou em 1945.

“O meu sonho não era ser artista, gostava imenso de cantar no meio dos fadistas, não em público, mas aconteceu”, afirmou na altura, quando se preparava para celebrar 73 anos de carreira, no palco do Teatro Tivoli, em Lisboa, em maio de 2018, o seu último concerto.

Sobre a exposição, Diogo Varela Silva disse que estarão patentes “as várias condecorações que recebeu, filmes, fotografias e alguns textos”.

Varela Silva destacou ainda a fotobiografia de Celeste Rodrigues, que organizou e escreveu, a apresentar também esta terça-feira.

Nesta fotobiografia está “a história dela, um apanhado histórico que ela foi contando e que [Diogo Varela Silva escreveu], desde o Fundão [onde nasceu] até ao último concerto no Tivoli”, em Lisboa, poucos meses antes de morrer, a 01 de agosto de 2018.

Na inauguração da exposição vão ser apresentados dois temas inéditos que Celeste Rodrigues gravou, aos 95 anos. São eles “Se Alguém me Procurar Pergunta ao Vento”, de Ricardo Maria Louro, com música de Pedro de Castro, e uma versão de Celeste Rodrigues de “A Noite do Meu Bem”, canção de Dolores Duran originalmente gravada em 1959.

Para Diogo Varela Silva preparar este projeto, composto por exposição e fotobiografia, foi bom pois permitiu-lhe rever as memórias boas que tem.

“Eu estou constantemente a lembrá-la, não há dia nenhum que passe que não me lembre dela ou de um pormenor dela – que ela iria gostar disto ou daquilo, ou como ela iria reagir. Ela continua muito presente. É uma saudade presente”.

“Eu mantenho-a muito perto de mim. As pessoas morrem quando as esquecemos”, sublinhou Varela Silva acrescentando: “ela será eterna em mim”.

A fotobiografia inclui um ‘QR Code’ para os dois temas inéditos.

Na inauguração da exposição atuam os músicos que acompanhavam habitualmente Celeste Rodrigues: o seu bisneto, Gaspar Varela, e Pedro de Castro, na guitarra portuguesa, André Ramos, na viola, e Francisco Gaspar, na viola baixo.

Esta não é a primeira vez que Celeste Rodrigues, criadora de êxitos como “Olha a Mala”, “Saudade Vai-te embora”, “Mulher da Beira” ou “A Lenda das Algas”, é homenageada no Museu do Fado.

Em 2013, Celeste Rodrigues foi também homenageada no Museu do Fado, com a apresentação de um vídeo de Bruno Almeida e de um CD/DVD, comemorativo do seu 90.º aniversário.

Em 2010, foi estreado o documentário sobre a sua vida, “Fado Celeste”, realizado por Diogo Varela Silva, e recebeu a Medalha de Prata da Cidade de Lisboa, no cinema S. Jorge.

Em 2015, pelos seus 70 anos de carreira, a secção “Heart Beat” do Festival DocLisboa abriu com uma remontagem do documentário, intitulado, apenas, “Celeste”.

Em 2012, foi condecorada com a Ordem do Infante D. Henrique, grau de comendador.
(in observador.pt   texto de agência Lusa 14.03.2023))

terça-feira, 14 de março de 2023

Os Óscares 2023 - Os Vencedores

Vencedores do Oscar 2022: Coda é o melhor filme do ano! - Diamond Films -  Notícias - Noticias
imagem obtida em diamondfilms.com


"Tudo ao Mesmo Tempo em Todo o Lado", uma produção independente de Daniel Kwan e Daniel Scheinert, venceu o Óscar de Melhor Filme.

O filme da dupla The Daniels elevou assim para sete o número de estatuetas conquistadas, liderando sobre os outros premiados.

Além do Óscar de Melhor Filme, "Tudo ao Mesmo Tempo em Todo o Lado" conquistou os Óscares de Melhor Realização, Melhor Atriz, Melhor Ator Secundário e Melhor Atriz Secundária, Melhor Argumento Original e Melhor Montagem.

O filme liderava a corrida com 11 nomeações.

Os Óscares celebraram esta noite a 95.ª edição, no Dolby Theatre, em Los Angeles, numa cerimónia que teve a curta-metragem "Ice Merchants", do português João Gonzalez, nomeada para Melhor Curta-Metragem de Animação.

"Ice Merchants" foi o primeiro filme português nomeado para os Óscares.

A cerimónia foi conduzida pelo apresentador Jimmy Kimmel. Na entrega dos Óscares participaram, entre outros, Nicole Kidman, Glenn Close, Ariana DeBose, Andrew Garfield e Jessica Chastain, e haverá ainda atuações de Rihanna, Lady Gaga e Lenny Kravitz.

in sicnoticias.pt       13.03.2023

segunda-feira, 13 de março de 2023

Papa Francisco comemora hoje 10 anos de Pontificado

Papa Francisco – Wikipédia, a enciclopédia livre
imagem in pt.wikipedia.org


Os 10 anos de pontificado do Papa Francisco: reflexos dos gestos e ações

Francisco chega aos 10 anos de pontificado: a fraternidade humana, a atenção à família, a ecologia integral, o combate aos abusos na Igreja, a presença na sociedade e uma nova perspectiva para os cristãos leigos, temas de gestos e ações.

Vatican News - CNBB

Nesta segunda-feira, 13 de março, o Papa Francisco completa 10 anos de pontificado. Nessa década, Francisco tem marcado a realidade com sua presença frente aos desafios no interior da Igreja e às mudanças e conflitos que se manifestam no mundo. A partir dos gestos e dos processos que leva adiante na Igreja, e também dos documentos que produz, tem anunciado o Evangelho e convidado à fraternidade, à proximidade e à ternura, a exemplo de Jesus, como ele mesmo costuma dizer.

Dentre todas as realidades nas quais a Igreja toca com sua presença, algumas foram escolhidas para serem destacadas neste momento em que Francisco chega aos 10 anos de pontificado: a fraternidade humana, a atenção à família, a ecologia integral, o combate aos abusos na Igreja, a presença na sociedade e uma nova perspectiva para os cristãos leigos.

Fratelli tutti

Um dos marcos do pontificado do Papa Francisco foi a oferta à humanidade da encíclica Fratelli tutti, documento que apresenta o desejo de que, como humanidade, “possamos reviver em todos a aspiração mundial à fraternidade”. Para o subsecretário adjunto de Pastoral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), padre Marcus Barbosa Guimarães, a carta encíclica “é um grande presente do Papa Francisco para a Igreja e para a nossa humanidade”.

“De modo especial, entre os inúmeros pontos, as inúmeras contribuições que a Fratelli tutti nos traz, eu destacaria duas chaves que parecem centrais: a primeira, como lembra o Papa: se quisermos viver a fraternidade, devemos reconhecer a verdade fundamental que Deus é nosso Pai. E se Deus é nosso Pai, somos filhos e filhas, todos, sem distinção, e somos irmãos e irmãs. Essa é a raiz, é a verdade central. É a certeza que fecunda o compromisso, o dom da fraternidade”.

“A segunda inspiração que me vem dessa carta, ao lê-la, é o que o Papa Francisco nos diz que precisamos recomeçar. E se vamos recomeçar a reconstrução da fraternidade,de um modo artesanal… devemos recomeça-la a partir dos pobres, para que ninguém fique de lado”.

Família

A realidade da família tem sido outro destaque no pontificado do Papa Francisco. Foram duas assembleias sinodais, uma exortação apostólica, um ano temático e dezenas de catequeses sobre o tema. 

“Nesses 10 anos de pontificado, temos muito que agradecer ao Papa Francisco pela sua dedicação e o seu amor pela família. Com o Sínodo, trouxe a família para o centro da atenção pastoral, um olhar para um modo de ser Igreja que é como a família: de corresponsabilidade, de cuidado, de amor, de ternura, de gratuidade”, comentou o bispo de Rio Grande (RS) e presidente da Comissão para Vida e a Família da CNBB, dom Ricardo Hoepers.

Para dom Ricardo, a Amoris Laetitia “veio confirmar o trabalho que já vinha sendo feito pela Pastoral Familiar” e trouxe para os setores inspirados na Familiaris Consortio, de São João Paulo II, “um ar de renovação, uma motivação ainda maior para cuidarmos das fragilidades das famílias”.

Ecologia Integral

Francisco deu especial atenção ao cuidado da casa comum nesses primeiros anos de pontificado. Marca disso foi a encíclica Laudato Si’ – sobre o cuidado da casa comum. A leiga Patrícia Cabral, que faz parte das articulações da Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), do Laicato, e do Comitê Repam no Regional Norte 1, aponta como o “grande diferencial” a proposta da reflexão do tema da ecologia integral com a encíclica Laudato Si’ “que, aqui no Brasil, casou com a Campanha da Fraternidade dos biomas e “fez com que a gente pudesse refletir mais sobre a maneira como nós cuidamos dessa casa comum, e entender a nossa pertença a esse corpo, que não estamos isolados”.

Para ela, essa ideia de pertença favorece a compreensão da necessidade de cuidar. “Não é simplesmente não cortar as plantas, mas renovar aquilo que está sendo destruído de outra forma”, pontua.

Presença na sociedade

O arcebispo de Goiânia (GO), dom João Justino de Medeiros Silva, destacou a experiência de cuidado com a vida da Igreja e a relação com a sociedade durante o pontificado de Francisco. Sobre a presença na sociedade, ele destacou que o Papa tem contribuído com diversas abordagens, como o cuidado e o zelo com a educação na proposta do Pacto Educativo Global; o cuidado com o tema da ecologia, “com a sua belíssima encíclica Laudato Si’ – sobre o cuidado da casa comum”; e a Economia de Francisco, “proposição que interpela a economia, a partir da participação de jovens”.

“Esses três temas são muito interessantes, poderíamos citar tantos outros, mas creio que são de uma importância muito grande para pensar a presença da Igreja na sociedade”, comentou dom Justino.

Leigos

Francisco tem marcado a Igreja com um novo impulso ministerial para os leigos, de forma especial para as mulheres e, com a proposta do Sínodo, propõe uma nova dinâmica nas relações entre as diversas vocações.

Marilza Schuina, membro do Conselho Nacional do Laicato do Brasil, avalia que o Papa Francisco “nos chama a uma Igreja em saída, uma Igreja-povo de Deus, onde todos e todas sejam sujeitos da evangelização”. Em relação aos cristãos leigos e leigas, Marilza considera que Francisco “vê e espera um laicato maduro, capaz de discernir sobre os sinais dos tempos, em comunhão com a sua comunidade, buscar o melhor caminho, um laicato que assuma a vocação no mundo, na história, um laicato capaz de semear, trazer os sinais do Reino da justiça, do amor e da paz”. 

“Francisco, nessa dimensão da Igreja em saída, fala de um laicato em saída, que ofereça à Igreja, um novo modo de ser Igreja, de ser presença em todos os lugares onde ninguém mais chega, onde ninguém mais vá ou aonde o padre, o bispo, até o Papa pode ir, mas, nesses lugares, o leigo e a leiga não vai, ele está lá, ele vive lá, ele mora lá. Ele, portanto, é sinal desta Igreja presente no mundo”, comenta. 

Marilza acredita que permanece um desafio à questão das mulheres, ao qual o Papa Francisco tem se mostrado sensível, “para que cada vez mais sejam reconhecidos os direitos da mulher na Igreja, a estar nos espaços de decisão, a ter seu lugar reconhecido efetivamente”. 

Prevenção aos abusos

A presidente do Núcleo Lux Mundi, Eliane De Carli, comanda uma das estruturas na criada pela Igreja no Brasil cuja atuação tem sido considerada delicada, mas essencial para combater a chaga dos abusos na Igreja. O escritório é responsável por assessorar as dioceses e entidades religiosas na implementação de serviços de prevenção e proteção, conforme estabelecido pelo Papa Francisco.

“A gente avalia [a criação de iniciativas de prevenção e combate aos abusos] como um momento bastante especial para a Igreja porque ele traz a questão de uma mudança de paradigmas, no sentido de trabalhar com transparência, com cuidado, com a proteção e a prevenção no caso dos abusos”, disse Eliane.

Fonte: CNBB.  13 de março de 2023