quinta-feira, 12 de janeiro de 2023

Os protestos contra o governo no Brasil - O caos que se instalou na capital

Protestos, tumultos e ataques que mudaram o curso da História
imagem in https://br.starsinsider.com/lifestyle


Protestos contra o governo brasileiro sob investigação

Brasília, a capital do Brasil, transformou-se numa cena de crime, depois dos protestos contra o governo que culminaram com a invasão de edifícios públicos no domingo passado.

A polícia andou à procura de provas no interior do Supremo Tribunal do Brasil e estão em curso várias investigações para apurar responsabilidades pelos acontecimentos que abalaram o país.

Acredita-se que os apoiantes do ex-presidente Jair Bolsonaro, que se recusam reconhecer os resultados das eleições, estejam nos bastidores do caos. Mas algumas pessoas estão cépticas e falam em "mentiras" transmitidas pelos meios de comunicação social.

Desta vez, 1500 pessoas foram detidas e muitas permanecem sob custódia policial. As autoridades têm 5 dias para avançar com as acusações. 

Apoiantes de Lula da Silva e membros dos antigos governos do Partido dos Trabalhadores afirmam categoricamente que os manifestantes tentaram espalhar o caos e desencadear uma intervenção militar, e que são a maior ameaça à democracia do país.

Vai demorar algum tempo até que as autoridades e o povo brasileiro consigam processar os acontecimentos. Mas podem não ter esse tempo - porque foram convocadas mais manifestações anti-governamentais para esta semana.

(in pt.euronews.com)

quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

"Família Multiespécie em Portugal" - Um projeto de lei proposto pelo PAN


Família multiespécie - Portal Pet News
imagem obtida em
https://www.portalpetnews.com.br/familia-multiespecie


"Família multiespécie". PAN quer faltas justificadas para trabalhadores por morte de animal de companhia

Inês de Sousa Real considera que "a família é cada vez mais considerada como multiespécie".

PAN quer que os trabalhadores possam faltar justificadamente um dia ao trabalho por morte de um animal de companhia e até cinco dias para poderem prestar assistência "em caso de doença ou acidente".

A deputada única e porta-voz do partido Pessoas-Animais-Natureza entregou esta quarta-feira na Assembleia da República um projeto de lei para inscrever no Código do Trabalho e na Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas que "o trabalhador tem direito a faltar justificadamente a um dia de trabalho por morte de animal de companhia que se encontre registado no Sistema de Informação de Animais de Companhia (SIAC) em seu nome".

O PAN quer também que os trabalhadores possam "faltar ao trabalho até cinco dias por ano para prestar assistência inadiável e imprescindível, em caso de doença ou acidente" ao seu animal de companhia.

"Para justificação da falta, o trabalhador deve efetuar prova do caráter inadiável e imprescindível da assistência ou declaração comprovativa da morte do animal de companhia, emitida por entidade competente, nomeadamente pelo médico veterinário ou a entidade onde foram prestados os cuidados médico-veterinários", refere o diploma.

No projeto de lei, Inês de Sousa Real aponta que "os animais de companhia são cada vez mais vistos pelos portugueses como parte integrante do seu agregado familiar" e refere que "estudos demonstram que mais de 50% dos lares portugueses têm um animal de companhia".

A deputada considera que "a família é cada vez mais considerada como multiespécie" e indica que, "para muitas pessoas que vivem sós ou em situação de vulnerabilidade social, os animais são inclusivamente, muitas das vezes, a sua única companhia".

E defende que "no caso em particular da perda de animal de companhia, a dimensão do luto deve ser encarada como um direito pessoal e laboral do detentor, considerando os laços afetivos que o unem ao animal de companhia e a carga emocional que resulta dessa mesma perda".

(in dn.pt 07/12/2022)

segunda-feira, 9 de janeiro de 2023

Batismo de Jesus - Encerram assim as festas da quadra natalícia (09 janeiro 2023)

Batismo de Jesus – Wikipédia, a enciclopédia livre
in pt.wikipedia.org

Festa do Batismo do Senhor

A Igreja do Oriente já celebrava a Epifania e o Batismo de Jesus, no ano 300, em 6 de janeiro, enquanto a Igreja do Ocidente comemorava esta festa apenas na Liturgia das Horas. Em 1969, com a Reforma litúrgica, esta festa foi marcada no Domingo após a Epifania. Onde a Solenidade da Epifania não puder ser celebrada no dia 6 de janeiro, pode ser no domingo entre 2 e 8 de janeiro e a Festa do Batismo, na segunda-feira após a Epifania. Com esta festa, termina o ciclo de Natal, embora permaneça a possibilidade de celebrar, em 2 de fevereiro, a Apresentação do Senhor ao Templo, "Luz dos povos" (também conhecida como festa das "Candeias").

“Naquele tempo, Jesus foi da Galileia ao Jordão para encontrar João e ser batizado por ele. Mas, João quis impedi-lo, dizendo: “Sou eu que devo ser batizado por ti e tu vens a mim”? Jesus lhe respondeu: “Deixa, por enquanto, pois convém que cumpramos toda a justiça”. Então, João cedeu. Logo que Jesus foi batizado, saiu da água: eis que os céus se abriram e viu descer sobre ele o Espírito de Deus, em forma de pomba. E do céu veio uma voz, que dizia: “Este é o meu Filho amado, em quem pus toda a minha complacência” (Mt 3, 13-17).

Jesus no Jordão

O texto evangélico começa com uma conotação geográfica: Jesus deixa a Galileia e vai até o rio Jordão para ser batizado por João Batista. Ao chegar lá, Jesus não se declarou Messias e não pronunciou nenhuma palavra, mas ficou ao seu lado para ser batizado e manifestar sua solidariedade com o povo pecador. Jesus não se isolou, mas foi ao encontro dos homens, marcados pela ferida do pecado, com os quais se comprometeu, tornando-se Homem no seio de Maria. Logo, há um desígnio divino nesta ação de Jesus de "pôr-se a caminho", em seu "itinerário de salvação".

João Batista

Ao ver Jesus, João Batista disse: “Sou eu que devo ser batizado por ti e tu vens a mim?”. Deparamo-nos com a perplexidade do profeta, que, poucos versículos antes, assim se expressou: “Aquele que virá depois de mim é mais poderoso do que eu e nem sou digno de desatar a correia das suas sandálias...” (Mt 3,11). Esta passagem recorda a perplexidade de Pedro, em Cesareia, quando repreendeu Jesus por confiar aos seus seguidores sobre a sua paixão, morte e ressurreição: “Que Deus não permita isso, Senhor...! Mas, voltando-se para ele, Jesus lhe disse: “Afasta-te, Satanás! Tu és para mim um escândalo; não pensas segundo Deus, mas segundo os homens!” (Mt 16,22-23); recorda também o Cenáculo, quando Pedro rejeita lavar seus pés (Jo 13,8). As reações de Batista e de Pedro fazem emergir seu transtorno ao perceber a fragilidade e submissão de Jesus.

"Deixar acontecer"

Chega um momento em que é preciso “deixar acontecer”. O que pode parecer fora do comum, a ponto de causar transtorno aos seus interlocutores mais íntimos, faz parte de um plano de Deus, que visa "cumprir toda a justiça”. Com efeito, como Jesus mesmo declarou, ele não veio para abolir a lei e os profetas (cf. Mt 5,17), mas para levar tudo à “perfeição”: a justiça de Deus não humilha, não divide, não julga, mas une, abate as barreiras, responde às necessidades de todos, no devido respeito de todos; a justiça de Deus é superior à dos homens, não utiliza a medida do "quanto, tanto": quanto você ofendeu, tanto pagará; a justiça divina utiliza a medida do amor, da misericórdia, do perdão. Esta é a única medida capaz de transpor as distâncias e curar os corações feridos, porque as más intenções nascem do nosso interior (cf. Mc 7,15).

Os céus se abriram

A escolha de Jesus foi-lhe confirmada com os céus abertos, com o dom do Espírito e a voz do Pai, que sela a missão de Jesus: “Este é o meu Filho amado, em quem pus toda a minha complacência”. Com esta abertura dos céus, a "justiça" cancela a separação entre o homem e Deus, levando o homem de volta ao início da Criação, quando o Espírito pairava sobre as águas. Em Jesus, Deus Pai indica o homem novo, o amado, a sua complacência, como se quisesse dizer: “Por ti sou feliz, sou orgulhoso”. No entanto, a felicidade reina em cada um de nós, porque todos nós trazemos a marca de Deus, porque fomos feitos “à sua imagem e semelhança” (Gn 1,26): uma marca que ninguém jamais poderá cancelar: "E viu que tudo era muito bom” (Gn 1,31). A sua vinda comprova que lhe interessamos. “Com vocês desejo começar uma nova história de salvação, um novo início”. Tornamo-nos homens novos homens na medida em que aprendermos a reconhecer a vida como dom de amor e viver deste Amor.

in vaticannews.va