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O serviço Territorial de Meio Ambiente de Zamora revelou que as autoridades portuguesas confirmaram a existência de um urso-pardo que terá sido encontrado no Parque Natural do Montesinho!
Este urso não se fez nada "rogado", aproveitando logo para consumir 50 kg do seu alimento preferido - MEL! Já fizera o mesmo em La Tejera, Espanha!
Esta espécie estava considerada extinta em Portugal desde finais do século XIX!
Urso-pardo que foi encontrado em Montesinho consumiu cerca de 50 quilos de mel
O urso-pardo que foi encontrado em Portugal, no Parque Natural de Montesinho, em Bragança, chegou a consumir cerca de 50 quilos de mel presente em colmeias. Quem o disse foi Luís Correia, dono destas colmeias, à TVI24. A espécie, que foi considerada extinta no país, já tinha estado junto à fronteira, em La Tejera, Espanha, onde também deixou alguns vestígios da sua presença num apiário (conjunto de colmeias).
Depois de notar que algo de diferente se passava no seu apiário, Luís Correia alertou os técnicos do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF). Mais tarde, fizeram-se algumas análises ao pelo e às pegadas deixadas pelo animal, confirmando-se que se tratava efetivamente de um urso-pardo. Pela primeira vez em dois séculos, “a presença desta espécie no país vizinho é confirmada de maneira confiável”, referiram as autoridades espanholas em comunicado, citadas pela agência Lusa.
Este urso-pardo será um jovem adulto, macho, e poderá pertencer às Asturias ou à subpopulação ocidental da Cantábria, onde existem cerca de 280 exemplares desta espécie. A sua presença em Portugal não significa, no entanto, que o urso-pardo está definitivamente de regresso ao país, uma vez que neste momento é um animal errante que, daqui a algum tempo, poderá regressar para norte.
Em Portugal, o último urso-pardo existente foi morto em 1843 no Gerês, de acordo com o livro Urso Pardo em Portugal – Crónica de uma extinção, de Paulo Caetano e Miguel Brandão Pimenta. Ao jornal Público, Armando Loureiro, diretor do Departamento Norte do ICNF, explicou que o impacto deste mamífero em Portugal passa essencialmente pela possibilidade de “comer alguma colmeia com mel”, mas garantiu que o INCF já se encontra a reunir esforços para evitar esta situação.
(encontrei em observador.pt por Agência Lusa a 10.05.2019)