imagem in youtube.com |
Brasão de Canidelo |
A fazer lembrar uma escultura de Claes Oldenburg!!! |
Morangos silvestres cultivados em redor do irmão gigante!! |
Luís Alves |
imagem in youtube.com |
Brasão de Canidelo |
A fazer lembrar uma escultura de Claes Oldenburg!!! |
Morangos silvestres cultivados em redor do irmão gigante!! |
Luís Alves |
imagem in:thisispaper.com |
Henrique Raposo imagem obtida in expresso.pt |
Para ler este artigo tão completo de Henrique Raposo, aconselho a consulta do Jornal Expresso, de 26.09.2024, em que este considera que "o vegetarianismo é só um modo de vida, não é o "ambientalismo".
Transcrevo apenas uma parte do texto - o que me foi possível, uma vez que o artigo é exclusivo para os subscritores do Expresso.
Fonte: expresso.pt
imagem in idealista.pt |
A origem do nome do mês de setembro deve-se ao facto de já ter sido o sétimo mês do ano.
Nos dias de hoje sabemos que é o nono mês do ano, mas conserva a sua raiz "sete" (SETEmbro).
Segundo o que pesquisei no livro de Neves, Marco (Almanaque da Língua Portuguesa, da Guerra & Paz Editores, Livros CMtv, 1ª edição, 2020), o autor explica:
Mais uma prova da maneira como as línguas não são sistemas planeados de cima para baixo, mas sim uma construção orgânica, que vai sendo feita e refeita pelos séculos fora. No fundo, é como uma cidade.
Deixo aqui a passagem de uma obra de Eça de Queiroz, selecionada pelo autor acima referido, a propósito do mês de setembro:
O Primo Basílio
"..." e teriam então a doçura do mês de Setembro; poderiam fazer uma jornada ao Norte, irem ao Buçaco, trepar aos altos, beber a água fresca das rochas, sob a espessura húmida das folhagens;"
Eça de Queiroz
Que modo refrescante de terminar este meu post!
imagem obtida in https://br.pinterest.com/andreyglesias/folhas-de-outono/ |
imagem obtida in: https://conhecimentocientifico.r7.com |
Aquela cativa
Aquela cativa,
que me tem cativo
porque nela vivo,
já não quer que viva.
Eu nunca vi rosa
em suaves molhos,
que para meus olhos
Fosse mais fermosa.
Nem no campo flores,
nem no céu estrelas
me parecem belas
como os meus amores.
Rosto singular,
olhos sossegados, pretos e cansados,
mas não de matar.
Uma graça viva,
que neles lhe mora,
para ser senhora
de quem é cativa.
Pretos os cabelos,
onde o povo vão
perde opinião
que os louros são belos.
Pretidão de amor, tão doce a figura,
que a neve lhe jura
que trocara a cor..
Leda mansidão
que o siso acompanha;
bem parece estranha,
mas bárbora não.
Presença serena
que a tormenta amansa;
nela, enfim, descansa
toda a minha pena.
Esta é a cativa
que me tem cativo.
E pois nela vivo,
é força que viva.
LUÍS VAZ DE CAMÕES
Lírica de Luís de Camões
(endechas a uma cativa
com quem andava
de amores na Índia,
chamada Bárbora)
"Endechas: poema em verso de redondilha, não submetida a mote.
Este poema célebre, dedicado a uma escrava, apresenta, para já, o interesse de oferecer um retrato feminino que que foge ao padrão europeu da tez clara, olhos verdes e cabelos louros; por outro lado, ele é todo construído com base em jogos de palavras de intenção antitética: cativa/cativo; vivo/viva; senhora/cativa; estranha/bárbara (no sentido de estrangeira, estranha)..."
REFERÊNCIA: Baseei-me na obra de Amélia Pinto Pais,"Eu cantarei de amor", lírica de Luís de Camões, Areal Editores, 1987
imagem in pt.wikipedia.org |