sábado, 19 de janeiro de 2013

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Banquete de Natal do FMI ofereceu de tudo...menos a austeridade tão propalada...

Banquete de Natal do FMI ofereceu de tudo, menos austeridade

24/12/2012 10:54
Por Redação, com agências internacionais - de Washington 


Poul Thomsen, executivo do FMI, sugere a demissão em massa de funcionários públicos gregos, entre uma mordida e outra no coquetel de caviar

Paul Thomsen, executivo do FMI, sugere a demissão em massa de funcionários públicos gregos, entre uma mordida e outra no coquetel de caviar

O recente banquete oferecido para 7 mil funcionários e convidados na sede do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Washington durou das 20h até à 1h da madrugada e custou 380 mil euros aos cofres da instituição que cobra dos países pobres cada vez mais cortes nos benefícios às populações carentes e trabalhadores de baixos salários. O  menu, de quatro páginas, anunciava entradas de caviar, salmão e ostras, cozinha de cinco países, bebidas à vontade.

No jantar do FMI para o Natal, houve de tudo, menos austeridade. Já sabemos que a entidade lucra tanto mais quanto melhor esmaga os países que caem na rede dos seus empréstimos (só com a Grécia, este ano, espera obter de juros US$ 899 milhões, lembra o diário norte-americano Washington Post), mas começa a ser marca registada do Fundo deixar bem marcado que aqueles que forçam os outros a ser austeros distinguem-se por fazer exatamente o oposto.

O menu indicava que as entradas foram servidas entre as 20h e as 21h30 no 1º andar da sede e incluía uma lista de seis acepipes onde não faltaram os tradicionais Caviar Crème Fraiche, as ostras e o salmão defumado. Os comensais podiam depois escolher entre as “estações” indiana, tailandesa/vietnamita, mediterrânica e do Médio Oriente, espanhola, mexicana e até “norte-americana”, espalhadas pelos diversos andares e salões de dois edifícios.

Os cocktails especiais tinham nomes como Cumprimentos do Paraíso, ou Mr. Grinch (?). E as sobremesas foram as mais variadas, de fina pastelaria francesa, bolos e frutas. O jantar, em dólares, chegou aos US$ 500 mil.
Não é novidade que o Fundo se oriente por regras opostas àquelas que prescreve para os que supostamente ajuda. Veja-se o caso do alto funcionário Poul Thomsen, dinamarquês que já chefiou a missão do FMI para Portugal e agora está à frente da missão para a Grécia. O homem que mais defendeu a proposta de aumentar o horário de trabalho em meia hora e insistiu em cortes de benefícios para Portugal, que foi mais longe na defesa das demissões de funcionários públicos, ganha mais de US$ 309 mil por ano, de acordo com o nível B05 do FMI.

Segundo o jornal grego Eleftheros Typos, como funcionário do FMI não-norte-americano residente nos Estados Unidos, grande parte dos seus rendimentos são livres de impostos – uma das benesses garantida pelo FMI aos seus empregados. Thomsen terá tido um aumento no seu vencimento, em 2011, de 4,9% – garantido pelo FMI.

http://correiodobrasil.com.br/internacional/banquete-de-natal-do-fmi-ofereceu-de-tudo-menos-austeridad/562865/

João César das Neves: artigo de opinião: "Bondade, Caridade, Solidariedade"...

Pedro – O grande embuste
Por: João César das Neves
 
Recebi este texto por e-mail e gostava de partilhar com os que lêem os meus posts apenas algumas notas referentes ao autor do mesmo: 
  • quem escreveu este artigo não é de esquerda
  • não é, nem comunista nem sindicalista
  • também não é revolucionário ou agitador
  • é, sim, economista e católico
 

BONDADE, CARIDADE, SOLIDARIEDADE


https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidKWueT1p397NFDOYI8Do_UTav86X2bb0CMahn07OR0MUOOiHqEeINe6bX6QA82H6CR_6OxLahqMrNdODzdykjTIn4yCF3NY4b7AQKFOl1JggNpPGPWnYRpX-p9RpjP_bHzSjoVG4siKAQ/s1600/JoaoCesarNeves.jpg

Amigo Pedro, hoje dirijo-me a ti. O camarada Van Zeller foi passar o ano nas Maldivas, está demasiado longe para que a minha voz lhe chegue. Acabei agora mesmo de ler a tua mensagem de Natal no Facebook e só posso dizer-te que me sinto profundamente desiludido. Afinal, Pedro, és tão piegas quanto a maioria dos portugueses. A época natalícia desmascarou-te, despiu-te da armadura de ferro, amoleceu-te. Falas-nos como se fosses um convidado da Oprah ou um entrevistado do Alta Definição, esvaindo-se em lágrimas de menino pendurado numa qualquer parede de um qualquer solar português.

Dizes, ó Pedro, que este Natal não foi o Natal que merecíamos. Reconhece-lo depois de teres acabado com essa gordura social do décimo terceiro salário. Convenceste-nos de que precisávamos de fazer dieta, e agora vens vender-nos a banha da cobra em que terás banhado as azevias da Laura.

Lamentas que muitas famílias não tenham gozado na Consoada “os pratos que se habituaram”, como se os pratos tivessem hábitos. E que muitos não conseguiram ter a família toda à mesma mesa, como se isso fosse um problema para quem já nem mesa tem. Quanto mais família! Deves pensar que andamos todos a cultivar afectos, estimulados quiçá pela literatura da E. L. James. Mas tu não vês, ó Pedro, que os velhos foram abandonados, as criancinhas deglutidas e os gérmenes secados que nem figos? Não andas a escutar com atenção o Presidente da República. Se escutasses, também tu questionar-te-ias sobre o que mais é preciso fazer para que nasçam crianças em Portugal. E também tu ficarias fascinado com a mungidura das vacas e os méritos do bolo-rei em bocas amordaçadas.

Os portugueses que não puderam dar aos filhos um simples presente deviam dar os filhos a este Pedro. Ele que os crie com pratos de Sacavém. Ó Pedro, tu não és assim. Tu és outra coisa qualquer, tu és um Trinitá da política portuguesa. Resta-me a esperança de que esta tua metamorfose não seja, em boa verdade, tão piegas quanto aparenta. Talvez sejas um menino da lágrima a verter crocodilos pelos olhos. Afirmas, numa sintaxe elíptica de fazer inveja aos maiores poetas da língua portuguesa, que “já aqui estivemos antes”. Interrogo-me sobre onde será o aqui em que estivemos, tu e eu, Pedro, os dois, antes.

A comida que então esticava para todos lembrou-me a sardinha para três de que tantas vezes me falou meu pai, mas nesse tempo não havia presentes maiores nem menores, as pessoas não lavavam os dentes e poupavam no banho. Não havia presentes, nem solas nos sapatos. Ponto final parágrafo. Este ano que para muitos foi um ano cheio de sacrifícios, Pedro, não foi “apenas” mais um ano. Foi o ano em que vimos a excelência administrativa de um Oliveira e Costa a ser premiada com mesas exíguas na Consoada das famílias portuguesas. Pergunta ao José Oliveira e Costa de que tamanho era a mesa dele, e que prendas deu à filha Iolanda, e pergunta ao Caprichoso que pratos lhe levaram à mesa, e ao Monteverde se dividiu as sardinhas, e ao Duarte Lima se comeu bacalhau ou se partilhou com o filho uma lata de atum, pergunta ao Arlindo Carvalho e ao Almerindo Duarte e ao Dias Loureiro, e ao Aprígio e ao Joaquim Coimbra e ao Fernando Fantasia e ao Catum, que conhecerás bem melhor do que qualquer um de nós, pergunta-lhes, Pedro, os sacrifícios que têm feito.

Pergunto-te eu, Pedro, se é neles que pensas quando pensas nos que estão a sofrer. Se não é, devia ser. Devias pensar mais neles e noutros como eles, como esses a quem vais dando abrigo nas tuas lágrimas de Pedro. Pergunta ao Relvas se dividiu o bacalhau com os angolanos. Ou então aprende com o César das Neves e deixa de ser piegas, varre essas mensagens de facebook para debaixo do tapete como fizeste com todas as promessas que te trouxeram ao poder. Emigra, ó Pedro, faz desta crise uma oportunidade, desperta o que de melhor há em ti, mata-te, emigra, enclausura-te num mosteiro, faz qualquer coisa de útil para todos nós. Leva a Laura a passear à Sibéria e não regresses. Porque não é com orgulho que fazemos sacrifícios, estimado Pedro, muito menos supondo que esses sacrifícios trarão aos nossos filhos um futuro melhor. Mas qual futuro, ó Pedro? Tu, que ainda vês futuro onde já só se avista desesperança, explica-nos como alegrar os dias num país onde a morte ultrapassa a vida. Tu não percebes, Pedro, que estás a falar para 900 mil desempregados e outros tantos perto de o serem? Ou julgarás que só a Jonet e o César das Neves fazem um país inteiro?
  
Pedro, ao pé de ti o embuste Artur da Silva é uma anedota para entreter meninos, uma piada de mau gosto, um número de stand-up comedy. Tu sim, Pedro, tu és o grande embuste que nos saiu na rifa, tu mais as tuas garantias e a alegria misericordiosa das Jonet e dos César das Neves, o vaselina Ulrich e o Relvas da consciência tranquila. Tenho a certeza de que caberão todos a uma mesma mesa, a mesa dos caras-de-pau. À bondade, caridade e solidariedade da tua estirpe, eu continuo a preferir sentar-me à mesa da liberdade, da igualdade e da fraternidade… Pedro.
Encontrei aqui
http://universosdesfeitos-insonia.blogspot.pt/2012/12/bondade-caridade-solidariedade.html (consulte, p.f.)

Hooked On Classics Collection - Royal Philarmonic Orchestra

Deliciemo-nos com estes arranjos musicais e sonhemos um pouco!

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Lindas palavras de Inês Pedrosa a Pilar Del Rio...


 
 "Ele continuará a existir em ti, porque o amor tem o dom de permanecer debaixo da pele e no brilho dos olhos de quem o guarda. Só isso se guarda: o amor e as palavras. A coragem de os viver por inteiro.

O amor e as palavras exigem coragem, cariño. 
Tu sempre o soubeste, como ele."                                                             
 Inês Pedrosa (Carta a Pilar del Rio)
 

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Jazz Mix of Thanks (Takora's Edit)

Ouçamos com atenção...com tempo... e com calma...

Lendas do Jazz... 

 

Jazz


Combate de cães...

 

"Não sei se conhecem um romance de Jack London em que se descreve um combate de cães. É um combate entre um cão-lobo e um buldogue. Ao princípio, o lobo, ágil e agressivo, salta, esquiva-se e assesta várias vezes os dentes no buldogue. Entretanto o buldogue avança sempre e finalmente com um golpe rápido consegue apanh...ar com os dentes o pescoço do lobo. Apanha apenas um pouco de pele, mas não o larga mais. O lobo tenta libertar-se, salta, debate-se, mas o buldogue não o larga mais. E pouco a pouco avança as presas, apanha mais e mais pele do pescoço do lobo, mais e mais, até o estrangular."
ASSIM É O FMI."

 Álvaro Cunhal, 14 de Janeiro de 1987.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Refletir no Batismo do Senhor (Lc 3, 15-16.21-22)


http://emanoelcrangel.blogspot.pt/2012/01/o-batismo-do-senhor-jesus.html

Evangelho segundo São Lucas Lc 3, 15-16.21-22

Naquele tempo, o povo estava na expetativa e todos pensavam em seus corações se João não seria o Messias. 

João tomou a palavra e disse-lhes: «Eu batizo-vos com água, mas vai chegar quem é mais forte do que eu, do qual não sou digno de desatar as correias das sandálias. Ele batisar-vos-á com o Espírito Santo e com o fogo». 

Quando todo o povo recebeu o batismo, Jesus também foi batisado; e, enquanto orava, o céu abriu-se e o Espírito Santo desceu sobre Ele em forma corporal, como uma pomba. E do céu fez-se ouvir uma voz: «Tu és o meu Filho muito amado: em Ti pus toda a minha complacência».

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

"O pior cego é o que não quer ver" - expressão curiosa...

O PIOR CEGO É O QUE NÃO QUER VER: 


Em 1647, em Nimes, em França, na universidade local, o doutor Vincent de Paul D'Argent fez o primeiro transplante de córnea num aldeão, de nome Angel.  

Foi um sucesso da medicina da época, menos para Angel, que assim que passou a enxergar ficou horrorizado com o mundo que via. Disse que o mundo que ele imaginava era muito melhor. 

Pediu ao cirurgião que arrancasse os seus olhos. O caso acabou no tribunal de Paris e no Vaticano. 

Angel ganhou a causa e entrou para a história como o cego que não quis ver.