Pelo Futuro do Português (II)

A Conferência em Brasília teve a preciosa colaboração da presidência portuguesa da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

Teve lugar na noite de 25 de Março, um espectáculo depois de ter sido "inaugurada" a exposição "Língua Viagem - em português todos se encontram" em que Maria Bethânia,  declamou poemas de alguns autores portugueses, de entre eles, Fernando Pessoa, no espaço principal onde se realizaram os trabalhos - no Itamaraty, pertencente ao Ministério das Relações Exteriores.

O tema dominante de toda a Conferência, foi a Língua Portuguesa, onde se sublinhou o valor desta como elemento de coesão da Comunidade e um instrumento dinâmico de projecção em todo o mundo.

Muitos trabalhos foram realizados com o objectivo de se concretizarem Planos de Acção, Projectos, onde se pode ler, no Jornal de Letras, projecto de TV ligado à CPLP, difusão de material audiovisual no programa  televisivo internacional, programas que contemplem formação educacional, divulgação da Língua Portuguesa nos meios de comunicação de massa e muitas mais questões diversificadas, ligadas ao nosso idioma...

Não posso deixar de prestar aqui a minha grande homenagem a iniciativas como esta, que evidenciam bem a preocupação que existe em relação à Língua Portuguesa, por parte de entidades portuguesas e brasileiras. 

Dia Internacional da Dança

Hoje, dia 29 de Abril, é comemorado O Dia Internacional da Dança.

Esta efeméride teve início em 1982 e foi promovida pelo "Comité Internacional da Dança da Unesco" e em honra de Jean-Georges Noverre, que nasceu em 29 de Abril de 1727 (faleceu em 1810) e criou o ballet moderno.

Um dos objectivos da criação deste evento é incentivar o público a interessar-se pela  Dança, não só dando-lhe a conhecer a sua importância e benefícios que dela pode colher, como também para que os dirigentes dos países criem espaços próprios para o desenvolvimento desta arte, fazendo parte da educação, passando por todos os níveis de ensino.

A Dança faz parte da cultura humana; no entanto, não se conhecem grandes apoios ou orçamentos específicos para o desenvolvimento da dança e esse facto constata-se tanto no ensino público como no privado.

O professor Alkis Raftis, em 2003, na altura Presidente do Conselho Internacional de Dança proferiu estas palavras: "...(...)...em mais da metade dos 200 países no mundo, a dança não aparece em textos legais (para melhor ou para pior!). Não há fundos no orçamento do Estado alocados para o apoio a este tipo de arte. Não há educação da dança, seja privada ou pública."

Em Portugal, são muitas as iniciativas para lembrar este dia.

Leia notícias de dança nos links:
http://www.revistadadanca.com/node/233
http://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_Internacional_da_Dan%C3%A7a
http://www.algarvepress.net/conteudo.php?menu=-1&cat=Cultura&scat=Dan%E7a&id=8111

"Pelo futuro do Português" (I)

"Conferência de Brasília

Pelo futuro do Português"

Baseando-me nas leituras que fiz no Jornal de Letras (de 7 a 20 de Abril de 2010), constatei haver vários destaques em relação a um projecto de valorização e divulgação mundial  da Língua Portuguesa.

Logo no "Editorial", José  de Vasconcelos fala-nos de uma iniciativa brasileira,  com várias sessões de trabalho, a Conferência Internacional sobre o Futuro da Língua Portuguesa no Sistema Mundial, em Brasília, de 25 a 27 de Março.

No dia 31, o Conselho de Ministro dos Negócios Estrangeiros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), reuniu  extraordinariamente, de novo, para continuação dos trabalhos sobre o nosso idioma: "Esta sessão destinou-se a preparar, de acordo com a Declaração da Cidade da Praia (de 2008) sobre a Projecção da Língua Portuguesa no Mundo, as estratégias e propostas sobre a matéria e o ensino do Português, que devem ser discutidas e aprovadas na bienal Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da CPLP, em Luanda, em Julho próximo."

José Carlos de Vasconcelos enaltece esta Conferência, que se mostrou muito ambiciosa, não só pelo modo como foi organizada, mas também pelos meios utilizados. Tudo ao serviço de convidados notáveis "de todos os países da nossa língua". Portugal co-presidiu à Conferência, e desempenhou um papel relevante na sua preparação.

Refere ainda que a Conferência abrangeu várias áreas e o facto de estarem presentes individualidades de oito países  de quatro continentes, foi  compensador, pois todos lutavam por uma causa comum - a Língua Portuguesa.

O autor deste "Editorial" acha que se podem tirar "algumas lições" da Conferência de Brasília, dando como exemplo, a necessidade da RTP Internacional mudar e de fazê-la cumprir os seus objectivos, como serviço público que é.

Fico muito esperançada que iniciativas como esta possam contribuir para que a língua de Camões seja menos maltratada: herdámos um património colossal que temos de aprender a preservar; cada um de nós tem de desenvolver esforços nesse sentido. Também é importante aprender aliar a língua à cultura, aprofundando o conhecimento sobre ambas, compreender como elas interagem.

Vamos lutar pela nossa língua... vamos protegê-la... vamos mostrar que a nossa paixão por ela é intensa!

O que significa "bater na madeira"?

Há superstições que vêm do tempo da pré-história e a maioria dos povos continua a crer nelas.

É o que se passa, por exemplo, com a expressão "bater na madeira", que é bastante antiga e que "manda" dar pancadinhas nas árvores, por se acreditar que, com esse gesto, se afasta a má sorte da nossa vida.

A explicação reside no facto de os antigos pensarem que os deuses moravam nas árvores;  então, batia-se nos seus troncos, quando se queria afastar os maus espíritos, os maus olhados, o azar...  imaginando que uma divindade ali morasse e os protegesse desses males todos...

Há também um hábito relacionado com o que foi referido: "bater 3 vezes" com os dedos em objectos de madeira (bancos, cadeiras, mesas, tábuas...) e dizendo, por exemplo: "que o azar me vá bem para longe...", "espero que tal não me aconteça"... "Que Deus seja cego, surdo e mudo..." "não quero que tal me aconteça, deixa-me bater na mesa 3 vezes..." (toda esta "ladainha" acompanhada das 3 batidinhas num qualquer objecto feito de madeira).

A verdade é que muitos de nós seguem este ritual e continuam a acreditar em superstições...

Pode encontrar explicações interessantes para muitas destas superstições, no link:
http://colunistas.ig.com.br/obutecodanet/2009/11/23/as-origens-de-11-supersticoes-muito-conhecidas/

Pensamentos fantásticos!

"Amar se aprende amando." Carlos Drummond de Andrade

"Comparecer na vida dos outros é nobre, mas permanecer em si é essencial." Óscar Pardini





"Um homem inteligente pode transformar-se num joão-bobo, quando não sabe valer-se dos seus recursos naturais." William Shakespeare

25 de Abril!

O 25 de Abril foi um golpe de estado que teve lugar em Portugal, em 1974.

A população portuguesa estava insatisfeita com a governação do Professor Marcelo Caetano, seguidor da política de Salazar. Foram 48 anos de ditadura!

O nosso país estava muito atrasado em relação aos outros países europeus. Mas o desapontamento dos portugueses não podia ser demonstrado abertamente, devido à "censura".

Um grupo de militares, resolveu criar o Movimento das  Forças Armadas, cansados da situação em que o país se encontrava, pois o descontentamento do povo era cada vez maior (nem todos tinham acesso ao ensino; continuavam a morrer  muitos militares na Guerra do Ultramar, não havia liberdade de expressão e o povo vivia com muitas carências...).

O capitão Otelo Saraiva de Carvalho delineou um plano militar,  e, na madrugada do dia 25 de Abril de 1974, esses militares iniciam o golpe de estado, tomando zonas importantes da cidade de Lisboa, não esquecendo a rádio e a televisão; comandados pelo capitão Salgueiro Maia, tomaram o Quartel do Carmo.

O povo, entusiasmado, juntou-se-lhes  nas ruas, oferecendo-lhes cravos - daí, o ser conhecida pela revolução dos cravos. Nas fotos e filmes da época, vêem-se os militares a colocarem os cravos oferecidos nos canos das suas armas e uns e outros tinham a alegria estampada nos rostos.

E assim, foram afastados do poder altos dirigentes, responsáveis pela ditadura em que Portugal estava mergulhado.

A partir desse dia, virou-se uma página da História de Portugal...

A canção de Zeca Afonso, "Grândola, Vila Morena", ficará para sempre ligada a este movimento dos militares de Abril, pois era uma das "senhas" na rádio, para os militares avançarem.

Grândola, vila morena



Terra da fraternidade


O povo é quem mais ordena


Dentro de ti, ó cidade




Dentro de ti, ó cidade


O povo é quem mais ordena


Terra da fraternidade


Grândola, vila morena

 Em cada esquina um amigo


Em cada rosto igualdade


Grândola, vila morena


Terra da fraternidade




Terra da fraternidade


Grândola, vila morena


Em cada rosto igualdade


O povo é quem mais ordena


À sombra duma azinheira


Que já não sabia a idade


Jurei ter por companheira


Grândola a tua vontade.

                                           Zeca  Afonso

Música Francesa!

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