domingo, 25 de abril de 2010

25 de Abril!


O 25 de Abril foi um golpe de estado que teve lugar em Portugal, em 1974.

A população portuguesa estava insatisfeita com a governação do Professor Marcelo Caetano, seguidor da política de Salazar. Foram 48 anos de ditadura!

O nosso país estava muito atrasado em relação aos outros países europeus. Mas o desapontamento dos portugueses não podia ser demonstrado abertamente, devido à "censura".

Um grupo de militares, resolveu criar o Movimento das  Forças Armadas, cansados da situação em que o país se encontrava, pois o descontentamento do povo era cada vez maior (nem todos tinham acesso ao ensino; continuavam a morrer  muitos militares na Guerra do Ultramar, não havia liberdade de expressão e o povo vivia com muitas carências...).



O capitão Otelo Saraiva de Carvalho delineou um plano militar,  e, na madrugada do dia 25 de Abril de 1974, esses militares iniciam o golpe de estado, tomando zonas importantes da cidade de Lisboa, não esquecendo a rádio e a televisão; comandados pelo capitão Salgueiro Maia, tomaram o Quartel do Carmo.


O povo, entusiasmado, juntou-se-lhes  nas ruas, oferecendo-lhes cravos - daí, o ser conhecida pela revolução dos cravos. Nas fotos e filmes da época, vêem-se os militares a colocarem os cravos oferecidos nos canos das suas armas e uns e outros tinham a alegria estampada nos rostos.


E assim, foram afastados do poder altos dirigentes, responsáveis pela ditadura em que Portugal estava mergulhado.

A partir desse dia, virou-se uma página da História de Portugal...

A canção de Zeca Afonso, "Grândola, Vila Morena", ficará para sempre ligada a este movimento dos militares de Abril, pois era uma das "senhas" na rádio, para os militares avançarem.



Grândola, vila morena



Terra da fraternidade


O povo é quem mais ordena


Dentro de ti, ó cidade




Dentro de ti, ó cidade


O povo é quem mais ordena


Terra da fraternidade


Grândola, vila morena

 
Em cada esquina um amigo


Em cada rosto igualdade


Grândola, vila morena


Terra da fraternidade




Terra da fraternidade


Grândola, vila morena


Em cada rosto igualdade


O povo é quem mais ordena


À sombra duma azinheira


Que já não sabia a idade


Jurei ter por companheira


Grândola a tua vontade.

                                           Zeca  Afonso

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