A mitologia greco-romana permanece viva e atrativa para os Ocidentais.
As histórias dos heróis da mitologia fascinam-nos sempre e a de Penélope é uma das que conhecemos bem dos nossos tempos de liceu.
"PENÉLOPE. Filha da ninfa Peribeia e de Icário, irmão de Tíndaro, rei de Esparta, Penélope foi dada em casamento a Ulisses, que tinha ganho o concurso em que se defrontaram os pretendentes da jovem.. Ela deu à luz um filho, Telémaco, que era ainda criança quando Ulisses deixou o reino de Ítaca e partiu para Tróia. Durante os vinte anos que durou a ausência do marido, Penélope teve de afastar por todos os meios e artifícios, os avanços dos pretendentes que afirmavam que Ulisses estava morto e a pressionavam para que escolhesse, entre eles, um novo marido. Ela declarou então que tinha de acabar de tecer a mortalha do velho sogro Laertes, antes de fazer a sua escolha. De noite, ela desfazia aquilo que avançara durante o dia. Este estratagema foi denunciado por uma das criadas. No momento em que, cada vez mais era solicitada pelos pretendentes, ela ia pôr fim embora contrafeita, aos muitos anos de fidelidade conjugal e de castidade, Ulisses chegou a Ítaca. Depois de se ter feito reconhecer pela esposa, massacrou todos os homens que tinham invadido a sua casa e se entregavam a libações e pilhagens. Depois voltou para junto de Penélope; e Atena, segundo se diz, prolongou, para eles, a duração da noite. As tradições pós-homéricas não seguiram todas esta narração. Umas afirmam que Penélope cedeu aos pretendentes e concebeu o deus Pã. Outras acrescentam que Ulisses a repudiou e ela foi acabar os seus dias em Mantineia. Por fim, alguns dizem que Telégono, filho de Ulisses e de Circe, depois de ter morto, por desprezo, o próprio pai, desposou Penélope. Mas ela ficou, para sempre, como símbolo de uma fidelidade tanto mais notável quanto foi rara entre as mulheres dos heróis que partiram para Tróia."
(FONTE: Dicionário de Mitologia Grega e Romana, de Joel Schmidt, edições 70, julho de 2005)