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1. A FESTA
Mais de 200 mil pessoas se reúnem nesta festa e se divertem pela noite dentro, que culmina com um extraordinário espectáculo de fogo de artifício com cerca de 15 minutos, sobre o rio Douro.
Dos mais novos aos mais velhos, todos festejam o São João e são muitas as tradições associadas a este dia, desde lançar balões de ar quente, bater com martelos de plástico nas cabeças dos que passam, passar alhos porros pela cara dos populares, saltar sobre as fogueiras, oferecer manjericos com quadras tradicionais e assistir ao fogo de artifício sobre o rio Douro, onde todos se juntam ao final da noite para apreciar o espectáculo com a melhor vista sobre a cidade.
Este é um dia de muita alegria e animação na cidade, onde todos saem à rua. Nesta noite não faltam os cantos populares, as sardinhas, o caldo verde e os tradicionais percursos desde a zona ribeirinha até à Foz do Douro. Para os mais resistentes, a festa só termina na praia da Foz a assistir ao nascer do sol.
2. A ORIGEM DO SÃO JOÃO
A origem do São João é muito antiga e há muitos anos atrás os rituais de celebração eram ligeiramente distintos dos atuais. Com origem no século XIV, a festa era inicialmente uma festa pagã, de adoração ao deus do Sol, em comemoração das colheitas e da abundância. Posteriormente, a Igreja Católica cristianizou a festa, em comemoração de São João, o Padroeiro.
Fazia parte do ritual dessa festa nos tempos idos dos cultos pagãos da fertilidade, a compra de alho-porro inteiro para pendurá-lo na principal parede da casa para dar sorte, ali ficando até ser substituído por outro no ano seguinte. Na noite de 23 de Junho, os grupos de famílias saíam dos bairros a pé com destino às Fontainhas para verem a cascata do São João e compravam pelo caminho aos lavradores não só o tradicional alho porro, mas ainda outros vegetais simbólicos como vasos de manjerico e ramos de cidreira e de cravos.
3. AS ERVAS AROMÁTICAS
As ervas aromáticas assumiam e continuam a assumir uma particular importância nesta festa.
Quer pelos benefícios associados à saúde, como pelas manifestações que o povo lhes atribuiu (virtudes mágicas e terapêuticas, resquícios de rituais antigos, derivados de festas romanas e célticas), desejando-se deste modo saúde, boa sorte e fortuna.
4. AS FOGUEIRAS
Outra das tradições desta festa popular eram as fogueiras de São João. Estas eram ateadas em algumas das ruas da cidade do Porto e, por cima delas, saltavam os foliões que assim demonstravam a sua coragem e crença nas virtudes purificadoras das fogueiras, na saúde, no casamento e na felicidade. Na altura, a festa caracterizava-se por verdadeiras rusgas familiares, um passeio alegre por vários pontos da cidade até às Fontainhas, assitindo-se a uma divertida batalha campal pacífica.
5. OS MARTELOS
Ao longo do tempo, foram-se alterando alguns dos rituais e foram-se introduzindo novos elementos, que tornaram a festa mais completa. É o caso, por exemplo, dos martelinhos de São João. O martelo de São João foi inventado no séc. XX por um industrial de plásticos do Porto, que tirou a ideia num saleiro/pimenteiro que viu numa das suas viagens ao estrangeiro. O objectivo inicial era criar mais um brinquedo a adicionar à gama de que dispunha. Contudo, depois de usado na ‘queima das fitas’ dos estudantes do Porto, o martelo atingiu um enorme sucesso e logo os comerciantes do Porto quiseram martelinhos para a festa de São João, sendo hoje em dia uma das grandes atrações e principais brincadeiras do São João."
FONTE: in http://www.the-yeatman-hotel.com
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