quinta-feira, 28 de outubro de 2010

O Escritor Português Eça de Queiroz


José Maria de Eça de Queiroz, nasceu em 25 de Novembro de 1845, na Póvoa de Varzim.

Era filho natural de José Maria de Almeida Teixeira de Queiroz (magistrado) e de D. Carolina Augusta Pereira de Eça. Os pais registaram-no como filho de mãe incógnita. Foi baptizado em Vila do Conde e viveu em Verdemilho até ao ano de 1855, com os  avós paternos. Os pais casaram-se quatro anos após o nascimento do escritor.

Foi matriculado no Colégio da Lapa, na cidade do Porto, em 1855, estabelecimento esse dirigido pelo pai de Ramalho Ortigão. Aí estudou  até entrar na Universidade.

Em 1861, matriculou-se  na Faculdade de Direito de Coimbra. Ali veio a conhecer Teófilo Braga e Antero de Quental .

Formou-se em Direito em 1866 e resolveu ir viver para Lisboa, para casa dos seus pais (no Rossio, 26, 4º andar). 

Inscreveu-se como advogado no Supremo Tribunal de Justiça.

Começou a publicar folhetins na Gazeta de Portugal (10 artigos reunidos em Prosas Bárbaras) e foi aí que conheceu Jaime Batalha Reis.

Apesar de manter a sua colaboração na Gazeta, no final do ano de 1866, decidiu partir para Évora, fundando o Distrito de Évora (um jornal da oposição) que acabará por deixar decidindo regresssar a Lisboa 

Iniciou a sua actividade como advogado  no ano de 1867. Ao formar-se O Cenáculo, no final desse ano,  Eça contava-se como um dos primeiros membros; dele farão parte também, entre outros,  Ramalho Ortigão, Salomão Saragga, Jaime Batalha Reis, José Fontana, Augusto Fuschini,  Oliveira Martins...

Em 1869, Eça de Queiroz iniciou uma Viagem pelo Egipto e Canal de Suez em companhia do conde de Resende.

Regressou a Lisboa, em 1870, resolvendo publicar  no Diário de Notícias os relatos da viagem, a que deu o título «De Port-Said a Suez»; publicou tambèm no DN O Mistério da Estrada de Sintra, contando com a colaboração de Ramalho Ortigão.

Em Setembro, nas provas que prestou para cônsul de 1ª classe, obteve o primeiro lugar.

1871: surgiu o 1º número d' As Farpas, da autoria de  Ramalho Ortigão e Eça de Queiroz. Também foi neste ano que tiveram  lugar as Conferências Democráticas do Casino Lisbonense. Proibidas pelo governo de serem continuadas, o programa idealizado acabou por não ser cumprido.

Eça foi nomeado cônsul de 1ª classe nas Antilhas espanholas, no ano de 1872 e no fim do ano tomou posse em Havana, onde ficou durante dois anos. Em 1873 viajou pela América Central, Estados Unidos e Canadá. Em 1875 publicou o conto Singularidades de uma Rapariga Loira. Foi transferido para o consulado de NewCastle-on-Tyne.

Foi em 1876 que surgiu a 1ª edição do livro O Crime do Padre Amaro. É em NewCastle que termina O Primo Basílio, que viria a ser publicado em 1878.

É transferido para o consulado de Bristol e em 1885 visitou Émile Zola em Paris. Em 1886 casou-se com Emília de Castro Pamplona (Resende), no Porto, no oratório particular da Quinta de Santo Ovídio.

Publicou A Relíquia, em 1887 e em 1888 foi nomeado Cônsul em Paris. Publicou os Maias neste último ano.

Publicou, em 1890, o primeiro volume de Uma Campanha Alegre nele se encontrando a colaboração de Eça de Queiroz, n'As Farpas.

Traduziu As Minas de Salomão, de Henry Rider Haggard, em 1891.

Eça de Queiroz morreu em 1900, a 16 de Agosto, em Neully. O seu corpo foi trasladado para Portugal, para o cemitério do Alto de São João, em Lisboa.


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