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sexta-feira, 7 de março de 2025

Origem do nome do mês de março

Primeiro dia do mês 💖BEM - VINDO MARÇO - YouTube
imagem in YouTube


A sua origem : 

  • vem do latim "mensis martius" .

A partir de "martius" vamos chegar à palavra março (há muitos casos do latim em que a sua letra "t" vem dar a "c" ou "ç" ) .

Em relação à história deste mês: o ano começou em março durante alguns séculos:

  •  por ser um mês já primaveril; dá-se o reinício de um clima menos agreste em que as flores aproveitam para desabrochar e há um reinício de uma vida que esteve um pouco "apática" depois do tempo frio.
  • assim que o calendário gregoriano se espalhou pela Europa, o início do ano estabeleceu-se a 1 de janeiro.

sábado, 15 de junho de 2024

Origem e significado da palavra "almofada"

ALMOFADA PATO RICO HALLOFIL 50X70 – ColShop
imagem obtida de colshop.pt

Pesquisando a origem desta palavra, que nos indica um objeto indispensável que utilizamos com frequência no nosso quotidiano, encontrei: 

Etimologia

Do árabe almukhadda, pregão público.

Do árabe almokhadda, o travesseiro. 

Deriva de khaddon, a face sobre a qual nos recostamos no travesseiro quando dormimos. 

Almo significa "o lugar"; de al, artigo, e mâ ou mo, lugar: "o lugar da face"

FONTE: 

https://pt.wiktionary.org/wiki/almofa


Outra pesquisa com explicação mais aprofundada, encontrada em :
https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/palavras-comecadas-por-al--de-origem-nao-arabe

Questão colocada:

"Palavras começadas por al- de origem não árabe
87 0 6 96
Como consequência da ocupação árabe no nosso território herdámos vários elementos que ainda são visíveis na cultura portuguesa actualmente, como por exemplo as palavras Algarve e Alfama.

Ambas começam pelas letras "A" e "L", portanto a minha dúvida é se todas as palavras que começam por "AL" têm origem árabe, como por exemplo a palavra almofada?"

RESPOSTA :

Os três casos mencionados são efetivamente de origem árabe. No entanto, nem todos os nomes comuns e próprios começados por al têm essa origem. Por exemplo, não têm origem árabe (1):

– Alberto, que tem origem germânica, por via do francês (de Adalberht <adal, «nobre» + berht, «brilhante célebre»);

– albergue – com os derivados Albergaria (topónimo) e albergaria (nome comum) 

– do gótico *haribairg(o) 'acampamento, alojamento'albergue;

– Alva (rio), talvez de uma forma latina *alvea, «cavidade, leito de rio», se não for pré-romano;

– alçapão, – ver aqui;

– alga, do latim alga, «alga, sargaço»;

– alpendre, de origem obscura, mas relacionável com o verbo pender, do latim pend, «ser suspendido, estar suspenso».

Quanto aos arabismos, recorde-se que Algarve tem origem na expressão al-gharb, «o ocidente» (isto é, a parte ocidental da parte árabo-muçulmano da Península Ibérica medieval), na qual al constitui o artigo definido. 
Alfama é a adaptação de outra expressão, al-hammâ «as termas, fonte de água quente», em que o h se converteu em f na sua adoção pelos falantes de língua românica no território atualmente português. Finalmente, almofada é também outro arabismo que faz parte do léxico comum e que vem do árabe al-muhaddâ, «coxim, travesseiro».

(1) Foram consultados o Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa, de José Pedro Machado, e o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. O * indica formas reconstruídas, não atestadas documentalmente.

Carlos Rocha 21 de setembro de 2020'

in Ciberdúvidas da Língua Portuguesa, 
https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/palavras-comecadas-por-al--de-origem-nao-arabe/ [consultado em 14-06-2024]

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023

COLÓQUIO e SOLILÓQUIO - origem e significado destas palavras

Conceito de Colóquio «Definição e o que é»
(Colóquio)
imagem in conceitos.com

COLÓQUIO é uma palavra que vem do latim colloquĭum, de collŏqui (conversar, conferenciar).

colóquio
co·ló·qui·o

sm

1 Conversação ou palestra entre duas ou mais pessoas.
2 Troca de confidências, conversa particular entre duas pessoas.
3 ECLES Diálogo ou debate entre duas ou mais pessoas sobre algum ponto de doutrina religiosa, de modo a buscar conciliação entre opiniões divergentes ou mesmo esclarecer alguma questão controversa.
4 Encontro de especialistas de determinado assunto com o objetivo de debater ideias ou discutir pontos de vista sobre um determinado tema.

ETIMOLOGIA lat colloquĭum (in https://michaelis.uol.com.br)


Então, e a palavra SOLILÓQUIO? Solilóquio vem/tem origem: 
Do latim soliloquĭum, um solilóquio é uma reflexão que se realiza em voz alta e, regra geral, de forma solitária. 

O conceito está associado ao monólogo e ao discurso deste tipo que realiza uma personagem de uma obra dramática. (in conceito.de)

SOLILÓQUIO? pesquisa in infoescola.com

O solilóquio é uma técnica frequentemente usada nos palcos teatrais ou nos romances. Termo de procedência latina, ele tem o sentido de ‘falar sozinho’. Enquanto no monólogo o personagem se dirige ao espectador ou ao leitor, nesta arte o enunciador dialoga consigo mesmo ou com sua alma, com a diferença de que não resume seus pensamentos ao plano de sua consciência, como no monólogo interior, mas os enuncia em voz alta diante de outrem, embora ignore sua presença.

No monólogo interior as expressões orais estão restritas ao nível subconsciente, portanto elas são emitidas irracionalmente, sem lógica alguma; os sentimentos jorram desprovidos de qualquer coerência. Contrário a este recurso, o solilóquio é organizado segundo padrões lógicos e com nexos racionais, mesmo que os pensamentos procedam de uma fonte psíquica e não do plano da razão.

Monólogos e solilóquios têm em comum o fato dos pensamentos e emoções partirem de um único ser, ou seja, a fala se resume somente a ele, portanto não há interlocutores que dialogam, mas sim uma criatura que derrama no palco ou nas páginas de um romance suas ideias e sentimentos.

Não há mediações entre o escritor/ intérprete e o leitor/ público. Há uma interação direta entre eles, quando a consciência de um se abre diante do outro, permitindo que os ouvintes ou leitores tenham acesso completo ao que lhe passa na alma. O narrador, sempre na primeira pessoa, direciona seu discurso ao outro como se estivesse conversando com alguém que o tempo todo permanecesse em silêncio, embora nesta técnica seja permitido transmitir tudo que a mente elabora.

Neste recurso dramático e literário o personagem verbaliza, portanto, na primeira pessoa, o fluxo que emana de sua consciência. Literariamente este termo foi consagrado por Santo Agostinho na sua obra ‘Líber Soliloquium’, na qual o filósofo procura insistentemente por um meio de comprovar a existência do Criador, através de ideias e raciocínios de alta erudição.

Esta técnica é muito utilizada no teatro, em animações, filmes, na poesia, na ficção, e em óperas, sempre que uma ária desempenha o mesmo papel que um monólogo ou um solilóquio nos palcos. No século XX estes recursos tornam-se frequentes nas obras literárias.

O solilóquio também era comum nos séculos XVI e XVII, especialmente nas produções de Shakespeare, como no famoso trecho de Hamlet – “To be or not to be” -, e de Gil Vicente, particularmente em sua Farsa de Inês Pereira, que justamente inicia com o uso deste recurso pela protagonista.

Na literatura atual, pode-se citar o clássico exemplo da autora Clarice Lispector, em seu livro O Coração Selvagem. Em seu solilóquio observam-se a clareza, a lógica, o nexo entre as partes e até mesmo a possibilidade de traduzir a descrição de uma paisagem.

solilóquio | Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa
imagem in infopedia
 

Fontes:
https://web.archive.org/web/20101104055652/http://recantodasletras.uol.com.br:80/teorialiteraria/398133
http://pt.wikipedia.org/wiki/Solilóquio

terça-feira, 29 de novembro de 2022

TRABALHO - a história complexa desta palavra e a sua etimologia!

Ao procurar a etimologia da palavra "trabalho" encontrei uma explicação que achei interessante. Tem uma história que eu quase diria "inimaginável", de tão complexa que é!

Transcrevo de seguida o texto em português (tentativa de tradução minha, com "ajuda" do Google...) e mais abaixo, o original em língua francesa, resultado da minha pesquisa sobre a origem desta palavra tão importante como é o "trabalho" e o que ele representa para todos nós. 

Gostei da explicação e da sua verdadeira história: sim, porque todas as palavras têm uma "história" por mais "dura" que possa ser!

Outrora um instrumento de tortura, o trabalho abriu caminho 

Ao contrário da palavra “emprego”, a que está associada, a etimologia de “trabalho” é atormentada. Derivado do latim "tripalium", que designava máquina de ferrar bois, o trabalho hoje serve como laço social 

Florêncio Artigot * 
Publicado a 15 de janeiro de 1999 
Esfoladas, desmembradas, esmagadas, inchadas por uns, castradas por outros, as palavras acabam por se tornar, como estas camadas geológicas depositárias de um passado, as testemunhas das mentalidades que atravessaram. 
Refletindo certos costumes, a linguagem não passa pela história sem marcas. "Trabalho" e "emprego", na boca de todos hoje, estão entre aquelas palavras que a história não poupou. Se esses termos são hoje carregados de valores positivos, é porque eles são o último elo social, uma espécie de cordão umbilical, entre o indivíduo e a sociedade. O emprego, esta fonte de rendimento e integração na sociedade, está cada vez mais raro e, por força das circunstâncias, está a tornar-se um bem raro. Nesse sentido, a etimologia da palavra trabalho, ou seja, a história de sua vida, é no mínimo surpreendente. Voltar atrás no tempo toca em origens distantes, sejam latinas ou francas. “Trabalho” vem da palavra latina baixa tripalium, que é literalmente uma máquina feita de três estacas. No entanto, o tripalium foi este instrumento usado em 1000 para ferrar bois e cavalos difíceis e caprichosos. Mas era comumente usado quando era necessário punir pecadores e recalcitrantes. Para os animais, era uma ferramenta de trabalho, para os homens, um instrumento de tortura. Origens e raízes privam esta palavra de seu brilho e brilho.

O Trabalho como valor 

Durante o segundo milénio, o seu significado deteriora-se  e enfraquece. No século XII, o francês antigo usava invariavelmente "trabalhar" e "fazer sofrer". Moral ou fisicamente, nem é preciso dizer. Mais tarde, trabalhar significa 'molestar', 'danificar' ou 'bater'. A frase "trabalhar as costelas de alguém" vem daí. Dá então origem a outra metáfora: "trabalhar o adversário ao corpo", que sugere que o referido adversário terá de passar um mau quarto de hora. Então o espírito, na vida desta palavra, assume o corpo. "Trabalhar a mente" e seu uso coloquial "trabalha a mente" são apenas algumas expressões entre muitas que marcam a mudança. Ao mesmo tempo, como Alain Rey, autor do recente "Dicionário Histórico da Língua Francesa" ** aponta, "a ideia de transformação da matéria prevalece gradualmente sobre a de fadiga ou dor". No final, o domínio do homem sobre a natureza só pode ser alcançado através do trabalho. Isso requer esforço, é claro, mas esse esforço será recompensado e a mãe natureza dominada.

Abundância de trabalho, escassez de emprego

Trabalhamos o ferro enquanto trabalhamos a massa. Nós deformamos as coisas, nós as transformamos. A máquina começa a funcionar, o que reduz o sofrimento humano. A técnica é introduzida nos processos de fabricação e o trabalho é elevado ao patamar de grandes valores. Conseguimos criar criando a nós mesmos, pelo menos é o que dizem alguns teóricos para quem o trabalho é o caminho para a liberdade. Curioso destino desse instrumento de tortura, o tripalium, que finalmente permitirá ao homem sofrer menos. A vida da palavra "emprego" é um rio mais calmo. Poucas variações de significado. Se “empregar” vem do latim implicare, que significa “dobrar” ou “torcer, enredar”, esta palavra é usada principalmente no sentido de “colocar, fazer uso”. Na Chanson de Roland, as armas eram usadas à medida que os golpes eram usados. A partir do século XVII, empregar alguém era fazê-lo trabalhar por conta própria. A noção de serviço foi inoculada no termo. No mundo do show business, a expressão figurativa "ter a cara do ofício" mostra até que ponto a cara é a ferramenta de trabalho do ator, esse prestador de serviços. Mas a palavra "emprego", embora a sua história nos leve às fontes do latim, afirmou-se e ocupou o seu lugar no nosso vocabulário desde o momento em que se associou à economia e ao inglês.
Na verdade, esse termo como é usado hoje é a tradução de emprego e empregar. Assim, a ideia de função e carga vinda do inglês torna-se dominante. A forma "pleno emprego", tradução literal de pleno emprego apenas confirma essa relação de parentesco. Mas a confusão pode ser grande entre esses dois termos. Se o emprego é escasso, o trabalho é abundante. Muitas vezes visto como um bem, o trabalho é, na verdade, apenas um recurso. É apenas um contributo utilizado com maior ou menor eficiência num processo produtivo. Se a população ativa aumenta, por exemplo, o recurso mão-de-obra também aumenta, porque há mais mãos para trabalhar e mais cabeças para pensar. O mesmo não ocorre com o emprego, que é uma demanda de serviços e know-how por parte das empresas. No entanto, é esta procura (emprego) que tende a escassear. É ela que em certos segmentos da economia tende a encolher. Quando certos políticos se propõem a repartir a obra, sendo esta superabundante, fazem, ao lapidar esta catástrofe semântica, apenas para aumentar a confusão e perturbar o debate. 
Como escreve Alain Rey: “Essas palavras, acreditamos que as usamos, quando muitas vezes são elas que nos conduzem, pela carga que a história colocou nos sons e nas letras”.

** “Dicionário histórico da língua francesa”, Alain Rey. Edições Robert, Paris, 1998. 
* Economista, Universidade de Neuchâtel.

FONTE:
in https://www.letemps.ch/economie/jadis-instrument-torture-travail-su-faire-chemin


Agora, segue-se o texto pesquisado e cujo original é em língua francesa


tripalium – DIÁRIO DE UM LINGUISTA
image obtenue in diariodeumlinguista.com


Jadis instrument de torture, le travail a su faire son chemin

Contrairement au mot «emploi», auquel on l'associe, l'étymologie du «travail» est tourmentée. Issu du latin «tripalium», qui désignait une machine à ferrer les bœufs, le travail sert aujourd'hui de lien social

Florencio Artigot *

Publié 15 janvier 1999 

Ecorchés, dépecés, broyés, boursouflés par certains, castrés par d'autres, les mots finissent par devenir, comme ces couches géologiques dépositaires d'un passé, les témoins des mentalités qu'ils ont traversées. Reflet de certaines coutumes, la langue ne traverse pas l'histoire sans cicatrices. «Travail» et «emploi», aujourd'hui sur toutes les lèvres, font partie de ces mots que l'histoire n'a pas ménagés. Si ces termes sont aujourd'hui chargés de valeurs positives, c'est qu'ils sont le dernier lien social, sorte de cordon ombilical, entre l'individu et la société. L'emploi, cette source de revenu et d'intégration à la société, se raréfiant, devient par la force des choses une denrée rare.

En ce sens, l'étymologie du mot travail, c'est-à-dire l'histoire de sa vie, est pour le moins surprenante. La remontée dans le temps effleure les origines lointaines, qu'elles soient latines ou franciques. «Travail» est issu du bas latin tripalium, qui est littéralement une machine faite de trois pieux. Or, le tripalium était cet instrument utilisé en 1000 pour ferrer les bœufs et les chevaux difficiles et capricieux. Mais on en faisait couramment usage lorsqu'il fallait punir les pécheurs et les récalcitrants. Pour les animaux, il s'agissait d'un outil de travail, pour les hommes, d'un instrument de torture. Les origines et les racines enlèvent à ce mot partie de son lustre et de sa brillance.

Le travail comme valeur

Pendant le deuxième millénaire, son sens s'altère et s'affaiblit. Au XIIe siècle, l'ancien français utilise invariablement «travailler» et «faire souffrir». Moralement ou physiquement, cela va de soi. Plus tard, travailler veut dire «molester», «endommager» ou «battre». L'expression «travailler les côtes de quelqu'un» vient de là. Elle donne ensuite naissance à une autre métaphore: «travailler l'adversaire au corps», qui laisse à penser que ledit adversaire devra passer un mauvais quart d'heure. Puis l'esprit, dans la vie de ce mot, prend le dessus sur le corps. «Travailler l'esprit» et son emploi familier «ça le travaille» ne sont que quelques expressions parmi tant d'autres qui marquent le changement. En même temps, comme le souligne Alain Rey, auteur du récent «Dictionnaire historique de la langue française»**, «l'idée de transformation de la matière l'emporte peu à peu sur celle de fatigue ou de peine». L'emprise de l'homme sur la nature ne peut finalement se faire que par le travail. Cela demande un effort certes, mais cet effort sera récompensé et dame nature maîtrisée.

Abondance du travail, rareté de l'emploi

On travaille le fer comme on travaille la pâte. On déforme les choses, on les métamorphose. La machine se met à travailler, ce qui réduit les souffrances de l'homme. La technique s'introduit dans les procédés de fabrication et le travail est élevé au rang des grandes valeurs. On arrive à créer tout en se créant, c'est du moins ce que disent certains théoriciens pour qui le travail est le chemin de la liberté. Curieux destin que celui de cet instrument de torture, le tripalium, qui va finalement permettre à l'homme de moins souffrir. La vie du mot «emploi» est un fleuve plus tranquille. Peu de variations de sens. Si «employer» est issu du latin implicare, qui signifie «plier dans» ou «entortiller, emmêler», ce mot est surtout utilisé dans le sens de «placer, faire usage de». Dans la Chanson de Roland, on employait des armes comme on employait des coups. A partir du XVIIe siècle, employer quelqu'un, c'était faire travailler cette personne à son compte. La notion de service était inoculée dans le terme. Dans le monde du spectacle, la locution figurée «avoir la gueule de l'emploi» montre à quel point le visage est l'outil de travail de l'acteur, ce prestataire de service. Mais le mot «emploi», bien que son histoire nous amène aux sources du latin, s'est affirmé et a pris place dans notre vocabulaire à partir du moment où il s'est acoquiné à l'économique et à l'anglais. En fait, ce terme tel qu'il est utilisé de nos jours est la traduction de employment et de to employ. Ainsi, l'idée de fonction et de charge en provenance de l'anglais devient dominante. La forme «plein-emploi», traduction littérale de full employment ne fait que confirmer cette relation de cousinage. Mais la confusion peut être grande entre ces deux termes. Si l'emploi est rare, le travail abonde. Trop souvent vu comme un bien, le travail n'est en fait qu'une ressource. Ce n'est qu'un input utilisé avec plus ou moins d'efficacité dans un processus de production. Si la population active augmente, par exemple, la ressource travail augmente aussi car il y a plus de bras pour œuvrer et de têtes pour réfléchir. Il n'en va pas de même pour l'emploi, qui est une demande de service et de savoir-faire de la part des entreprises. Or, c'est cette demande (l'emploi) qui tend à se raréfier. C'est elle qui dans certains segments de l'économie tend à se réduire comme peau de chagrin. Lorsque certains politiques proposent de partager le travail, alors que celui-ci est surabondant, ils ne font, en lustrant cette catastrophe sémantique, qu'augmenter la confusion et troubler le débat. Comme l'écrit Alain Rey: «Ces mots, nous croyons nous en servir, alors que bien souvent ce sont eux qui nous entraînent, par la charge que l'histoire a mise dans les sons et les lettres.» 

** «Dictionnaire historique de la langue française», Alain Rey. Editions Robert, Paris, 1998.

* Economiste, Université de Neuchâtel.

SOURCE: in https://www.letemps.ch/economie/jadis-instrument-torture-travail-su-faire-chemin

quarta-feira, 11 de outubro de 2017

A palavra "edil" e o seu significado

in: https://gl.wikipedia.org/wiki/
Lista_de_municipios_portugueses

Na Roma Antiga, edil era o magistrado ou o funcionário que zelava pela manutenção e bom estado de conservação de edifícios ou outras obras públicas.

Supervisionava as ruas, controlava o abastecimento de alimentos e da água.

Nos municípios do Império Romano, o edil era um funcionário administrativo.

Na Política era o mesmo que um vereador.

No Nordeste Brasileiro, é um regionalismo, é o mesmo que prefeito.

Sendo um substantivo comum, edil tem como nome coletivo a edilidade.

EDIL vem do latim aedilis (edil, como já referi acima, era um magistrado romano, estava incumbido de inspecionar os edifícios públicos e particulares, sagrados e profanos; também tinha de zelar pelos aquedutos, pelos divertimentos públicos, pelo abastecimento da cidade, e, em geral, tudo o que fosse do bem comum); o edil oriundo do latim aedés, is, significava residência, templo comum, cuja manutenção era a função inicial dos edis.

fonte: pesquisa efetuada em https://pt.wiktionary.org